O início do conclave para eleger o sucessor do Papa Francisco foi marcado para o dia 7 de maio, confirmou esta segunda-feira o Vaticano, depois de os cardeais terem passado toda a manhã reunidos em congregação geral para definir a data.

O Papa Francisco morreu na última segunda-feira aos 88 anos de idade, vítima de um AVC e na sequência de vários problemas de saúde.

Os cardeais terão agora de decidir o seu sucessor através do conclave, um processo eletivo secreto no interior da Capela Sistina, em Roma, disse aos jornalistas o porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni. Da parte da manhã os cardeais concelebram uma missa e o primeiro escrutínio será à tarde.

Quem sucederá a Francisco? Entre propaganda e divisões internas, vai ser um dos conclaves mais imprevisíveis de sempre

Até ao dia 7 de maio, os cardeais vão reunir-se diariamente em congregações gerais para discutir entre si o estado atual do mundo e da Igreja Católica e para levarem a cabo um processo de discernimento sobre quem é a pessoa mais indicada para liderar a Igreja Católica neste momento.

Este será um dos conclaves mais imprevisíveis das últimas décadas, sem candidatos óbvios à partida, mas no qual o atual secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, poderá ser o candidato do compromisso entre diferentes sensibilidades na Igreja.

Dentro do conclave estarão mais de 130 cardeais de todo o mundo, 80% dos quais participarão num conclave pela primeira vez, por terem sido escolhidos para o cardinalato já por Francisco.

Quatro cardeais portugueses terão direito de voto: Manuel Clemente, patriarca emérito de Lisboa; António Marto, bispo emérito de Leiria-Fátima; Américo Aguiar, bispo de Setúbal; e José Tolentino Mendonça, prefeito do Dicastério para a Cultura e Educação, no Vaticano.

Em 2013, o conclave que elegeu Francisco durou apenas dois dias.

Em atualização

Várias zonas do país, de norte a sul do país, estão neste momento sem eletricidade. Há registo de falhas, pelo menos, na região de Lisboa, Porto, Gaia, Évora Leiria e Caminha, sabe o Observador.

Há ainda registo de problemas idênticos em Espanha, incluindo em Madrid.

Neste momento, segundo relatos feitos ao Observador, há pessoas presas nas carruagens do Metro de Lisboa.

A Agência para o Comércio Externo de Portugal (AICEP) aprovou um pacote de investimento de mais de 300 milhões de euros, em quatro empresas, criando mais de 1.200 postos de trabalho, adiantou esta segunda-feira o Governo.

Num comunicado, o Ministério da Economia indicou que estes investimentos, aprovados na semana passada pela AICEP, se destinam a quatro áreas de atividade, nomeadamente componentes para automóveis, fibras celulósicas, equipamentos médico-hospitalares e aparelhos de medição.

“Estes investimentos contratualizados pela AICEP nos primeiros quatro meses de 2025 permitirão a criação de mais 1.263 novos postos de trabalho, dos quais 152 qualificados e a manutenção de 1.211, dos quais 227 qualificados”, indicou.

De acordo com o Governo, este volume de contratualização de investimentos nos primeiros quatro meses do ano é “um bom sinal de que a economia portuguesa poderá manter a trajetória de crescimento em 2025, apesar de uma conjuntura externa particularmente desafiante”.

Os investimentos serão distribuídos por quatro empresas, com o maior a ir para a Coloplast Manufacturing Portugal, num total de 110 milhões de euros, para construção de uma unidade industrial em Felgueiras.

Já a Bioteck irá receber 75 milhões de euros, para transformação da linha de produção, e a Preh Portugal 72 milhões de euros, para expansão da atual unidade produtiva da Trofa.

Por fim, a Testo Portugal será alvo de um investimento de 44 milhões de euros, “para construção de uma nova e moderna unidade industrial destinada à fabricação e montagem de equipamentos de medição e controlo”.

A tutela lembrou que, em fevereiro, “teve lugar o arranque do investimento da Calb, de cerca de dois mil milhões de euros, para construção de uma fábrica de última geração de baterias de lítio em Sines e que permitirá a criação de 1.800 postos de trabalho diretos”.

Além disso, recordou, a Volkswagen anunciou, em março, que irá produzir o novo carro elétrico na Autoeuropa, em Palmela.

O Governo lembrou ainda que em 2024 “já tinha sido contratualizado através da Agência um pacote total de investimento de 420 milhões de euros, que corresponde à criação de mais de mil postos de trabalho em seis áreas diferentes de atividade e com afetação permanente de 600 desses postos a atividades de investigação e desenvolvimento tecnológico”.

Citado no comunicado, o ministro da Economia, Pedro Reis, disse que estes investimentos mostram que Portugal “continua a ser visto pelos investidores como um porto seguro”.