Operação Pretoriano pára três semanas por baixa de juíza

O julgamento da Operação Pretoriano vai parar pelo menos três semanas, por motivos de baixa de um dos três juízes que compõe o colectivo do caso. A informação foi dada pela juíza Ana Dias esta segunda-feira, com a sessão da manhã desta segunda-feira a servir para serem acertados calendários com as defesas para a audição de testemunhas. Foram marcadas seis datas adicionais, não sendo certo que a juíza com baixa consiga regressar na data prevista.
O julgamento que arrancou em Março já tem sessões marcadas para Junho, aproximando-se a passos largos o limite da prisão preventiva de Fernando Madureira. O antigo líder da claque Super Dragões foi detido a 31 de Janeiro de 2024, com o prazo máximo de prisão preventiva a esgotar-se no final de Julho.
A Operação Pretoriano investiga os incidentes de violência ocorridos na assembleia geral extraordinária do FC Porto de Novembro de 2023. O Ministério Público acusa o ex-líder dos Super Dragões, a mulher e vários outros elementos da claque, de terem montado um clima de medo e intimidação que culminou em agressões a sócios portistas.
No total, foram constituídos 12 arguidos e todos respondem pelos mesmos 31 crimes: 19 de coacção agravada; sete de ofensa à integridade física no âmbito de espectáculo desportivo; três de atentado à liberdade de informação; um de instigação pública a um crime e outro de arremesso de objecto.
Fernando Madureira é o mais mediático do grupo. O homem de 49 anos foi líder da principal claque do FC Porto durante cerca de duas décadas, tornando-se uma das caras mais conhecidas do clube fora das quatro linhas. Começou a exibir um estilo de vida luxuoso, com carros topo de gama, férias de luxo e casas.
