Cinco pessoas ficaram feridas durante largadas de touros em Alcochete

Cinco pessoas ficaram hoje feridas, pelo menos uma com gravidade, durante largadas de toiros em Alcochete, no distrito de Setúbal, realizadas no âmbito das Festas do Barrete Verde e das Salinas, segundo fonte dos bombeiros.

Em declarações à agência Lusa o comandante dos Bombeiros Voluntários de Alcochete explicou que as pessoas foram colhidas pelos toiros em três zonas diferentes, no passeio do Tejo (junto à muralha), na rua José André dos Santos e na avenida 05 de outubro.

Os feridos foram já transportados para o hospital, um deles para S.José, em Lisboa.

Na primeira colhida, explicou Paulo Vieira, o toiro que estava a ser conduzido pelos campinos e ladeado pelos cabrestos (tipo de boi usado para guiar o gado), tresmalhou-se e foi colher uma mulher que se encontrava junto à muralha tendo esta caído de uma altura de cinco metros.

Nesse momento outras duas pessoas atiraram-se da muralha para fugir do toiro.

Esta situação ocorreu durante o momento de entrada dos toiros na vila, num cortejo que é acompanhado pelos campinos e pelos cabrestos. .

Paulo Vieira adiantou que numa outra zona, na rua José André dos Santos, onde se situa a sede do Aposento do Barrete Verde de Alcochete e onde tradicionalmente decorrem largadas, um homem foi também colhido.

Na largada que decorre à mesma hora, mas numa zona entre a Igreja Matriz de Alcochete e a Praça de Toiros (na avenida 05 de outubro), registou-se outra colhida, tendo ferido uma pessoa.

As festas começaram na sexta-feira e decorrem até 13 de agosto e além da situação ocorrida hoje houve já outras colhidas, mas sem ferimentos de gravidade, adiantou.

Neste segundo dia das festas a entrada de toiros na vila estava marcada para as 19:00, seguindo-se as largadas às 21:00 que após terminarem, sendo os animais recolhidos, dá lugar a várias animações musicais e à tradicional noite da sardinha assada nas ruas de Alcochete.

Para as 04:00 estão marcadas largadas de toiros na rua José André dos Santos e na avenida 05 de outubro.

GC // JMR.

Lusa/Fim.

Burocracia na Era Digital: O Caso Surreal do DWFx

Numa tentativa recente de submeter um projeto de arquitetura, um amigo arquiteto viu-se preso num daqueles labirintos que só a burocracia portuguesa consegue montar. Queria apenas assinar um ficheiro DWFx com o novo Cartão de Cidadão. Resultado? Missão impossível.

O DWFx é um formato digital que permite visualizar desenhos técnicos sem os editar, mantendo uma assinatura digital que garante a sua autenticidade. Tornou-se obrigatório na submissão de projetos urbanísticos através da Portaria n.º 113/2015, entretanto revogada pela Portaria n.º 71-A/2024 — mas que, no seu Anexo II, continua a referir o DWFx, levando muitas câmaras municipais a manter a exigência.

Até aqui, tudo bem. O problema surge quando o novo Cartão de Cidadão, lançado em junho de 2024 com maior segurança e alinhado com normas europeias, deixa de ser compatível com o único programa capaz de assinar ficheiros DWFx: o Design Review 2013, da Autodesk. Sim, uma versão de 2013 — desatualizada, descontinuada e sem suporte técnico.

O resultado? Profissionais com cartões novos, ficheiros exigidos e software obsoleto. Tudo certo, menos o essencial: funcionar.

E isto acontece em plena crise habitacional, onde atrasos nos licenciamentos têm impacto direto em custos e prazos. Arquitetos e engenheiros veem-se bloqueados por um erro técnico com ar de “volte amanhã”.

A solução? Alterar a portaria e substituir o DWFx por formatos mais práticos e robustos, como o PDF assinado digitalmente — amplamente aceite e de uso intuitivo — ou o ficheiro ASiC, uma espécie de “zip” com assinatura digital que garante integridade e autenticidade.

Pode parecer um detalhe técnico, mas tem efeitos reais. Cada dia perdido a tentar resolver este impasse é um dia de trabalho não feito. Multiplicado por centenas de profissionais, o impacto traduz-se em atrasos nos licenciamentos, custos adicionais e muito tempo desperdiçado, entre cafés, à espera que funcione.

Mais do que um problema de software, é uma questão de lógica: se o próprio Estado fornece um cartão incompatível com as suas exigências, talvez seja tempo de rever… as exigências.

É verdade que o Estado tem feito esforços para digitalizar processos — e isso é positivo. Mas há uma diferença entre digitalizar e criar um labirinto digital. Quando os profissionais precisam de recorrer a fóruns, tutoriais, vídeos no YouTube e chamadas de socorro para conseguir submeter um projeto, talvez o sistema precise de atenção. Ou de reforma.

Várias ordens profissionais já alertaram para esta situação e apresentaram propostas concretas para resolver o problema. E, imagine-se, as soluções funcionam. Mas como tudo em Portugal, mudar uma regra exige mais do que bom senso: exige pareceres, grupos de trabalho, reuniões e — claro — mais café.

No fim do dia, a questão é simples: quem quer construir, devia poder fazê-lo sem se tornar especialista em assinaturas digitais e formatos de ficheiros. A tecnologia devia servir para ajudar, não para transformar um projeto num exercício de frustração.

E se o objetivo é acelerar a construção e dar resposta à crise da habitação, talvez seja boa ideia começar por não dificultar o que já devia estar resolvido – e por facilitar o trabalho daqueles que querem trabalhar.

Crentes nos transportes públicos ao domingo de manhã

Domingo de manhã, comboio das 7.20 de Oeiras para Lisboa. Não leva muita gente e consigo lugar logo na primeira carruagem, naqueles de dois lado a lado, onde aproveito para ir sossegado à janela, de preferência a ler. À minha frente, naqueles lugar de quatro, de dois virados para dois, estão duas senhoras africanas. Diria que são angolanas mas não tenho a certeza. Estarão nos seus sessentas. Conversam animadas.

A determinada altura, uma delas levanta-se e vai chamar alguém que viu na segunda carruagem. Regressa com um senhor nos seus quarentas, português, branco, banal como eu. Só pela mistura, desconfio que sejam evangélicos. Domingo de manhã, transportes públicos, pessoas que se juntam de raças diferentes—devem ser crentes, diz-me o instinto de 47 anos assim (e “crente” é o termo que os evangélicos usam para distinguir quem faz parte). Confirma-se. Em segundos falam de pastores, de bispos, de cultos a que vão.

Em Portugal a palavra “culto” mete medo. Não devia mas é típico de um país que ao longo dos séculos foi trancado numa religião única. Culto implica cultuar, implica cultivar. Só associará culto a oculto quem presta pouca atenção a palavras e talvez ainda menos a pessoas. Mas creio que é essa a associação negativa que acontece na maioria dos portugueses. Os evangélicos não têm missas, têm cultos—e não se envergonham disso. São esses mesmos cultos que juntam pessoas tão diferentes na adoração ao mesmo Deus. Um português comum de 40 anos em conversa animada com duas sexagenárias africanas acontece por causa do culto.

Aqueles três no comboio comentavam transferências pastorais, horários das reuniões preferidas, planos futuros para a igreja. Falavam com emoção, riam, não escondiam o entusiasmo pela hora que estava a chegar em que orariam juntos, cantariam juntos, leriam juntos, ouviriam juntos, provavelmente chorariam juntos. Tive vontade de os interromper e dizer-lhes que era um pastor baptista a caminho do culto também. Mas deixei-me ficar, contagiado pela vibração das vozes deles. Era como se o culto já tivesse começado ali, na carruagem de comboio, e eu me juntasse mesmo que silenciosamente.

E é isso mesmo. Naquele centro móvel de Lisboa, conduzido em carris, o culto já tinha começado, reunindo quem geralmente anda separado. Um pequeno grupo de três, luso-angolano, branco e preto, feito de um homem e duas mulheres, certamente popular, é a semente de algo futuro ao mesmo tempo que é antídoto para o pior do presente. Vivo para fazer parte dele.

Turkish Airline injeta 275 milhões para entrar na Air Europa depois de candidatos à TAP terem desistido

A Turkish Airlines tinha ficado isolada na corrida à Air Europa. Neste sábado o presidente da Air Europa confirma que a Turkish Airlines vai fazer um empréstimo, convertível em ações, de 275 milhões à Air Europa.

Depois de convertido dará à companhia turca cerca de 26-27% do capital. Fica também dependente das autorizações necessárias que a companhia espera obter entre setembro e novembro.

Em entrevista à Efe, citada pelo El Mundo, o presidente de Air Europa, Juan José Hidalgo, mostrou-se “satisfeito” com o acordo, já que lhe dá a segurança de que “a companhia aérea continuará em frente e de Espanha terá a sua própria companhia aérea”.

Este dinheiro, em conjunto do que a Air Europa tem em tesouraria, permitirá reembolsar o empréstimo de 475 milhões que a SEPI (Sociedad Estatal de Participaciones Industriales), holding pública espanhola, concedeu por ocasião da pandemia de Covid-19 que teve um impacto estimado em 1.400 milhões nesta companhia. Hidalgo recusou sempre a ideia de que tinha havido um resgate à Air Europa pelo estado espanhol. 

Mensagens revelam intervenção de Sánchez no resgate da Air Europa e fazem referência à TAP

Hidalgo assegura que não pretende desfazer-se de mais participação na Air Europa e assume que agora ficará com “dois bons sócios”. A IAG (proprietária da Iberia, British Airways, Vueling, Aer Lingus e Level), com 20% do capital, e a Turkish Airlines, com 26/27%. “São dos melhores sócios que podia ter”. A Globalia detém, atualmente, 80% da companhia e vai, agora, diluir a posição.

A IAG tentou ficar com a Air Europa (numa segunda tentativa) mas a Comissão Europeia teve dúvidas e perante o entrave a IAG desistiu. Air France/KLM e Lufthansa estiveram nos últimos meses em negociações, que acabaram por não seguir em frente. E o espaço ficou livre para a Turkish Airlines.

A cidade do Porto desfilou pela libertação da Palestina

Centenas de pessoas juntaram-se para uma marcha de apoio ao povo palestiniano teve lugar na cidade do Porto, este sábado. O anoitecer na cidade invicta ficou marcado por bandeiras, lenços palestinianos e bonecos ensanguentados, sempre com a mesma palavra de ordem: “Libertar a Palestina”.

Com início junto à Ponte D. Luís I, a iniciativa começou com discursos de apelo à Paz e à vida do povo palestiniano. Uma grande bandeira fazia-se esvoaçar, em conjunto com faixas que apelavam à libertação de Gaza e ao boicote a Israel.

Durante os discursos, houve espaço para um breve conflito verbal entre um turista e vários manifestantes. No entanto, a situação não escalou.

Paris Saint-Germain contrata guarda-redes Lucas Chevalier ao Lille

O Paris Saint-Germain (PSG), da Liga francesa de futebol, confirmou neste sábado a contratação do guarda-redes Lucas Chevalier ao Lille, com um vínculo de cinco épocas, até 2030, a troco de 40 milhões de euros, mais 15 milhões em objetivos.

Sou um miúdo a realizar um sonho. Desde criança que ambiciono jogar ao mais alto nível. Agradeço ao presidente Nasser Al-Khelaïfi, a Luís Campos, ao treinador Luis Enrique e a toda a estrutura que me trouxe ao PSG. Defenderei esta camisola com amor e ambição”, disse o atleta de 23 anos, aos meios do clube.

Chevalier vai competir pela baliza com o italiano Gianluigi Donnarumma, há vários anos dono do lugar no atual campeão da Europa e que poderá deixar os praienses neste defeso.

Internacional francês nas camadas jovens, Lucas Chevalier realizou assumiu a baliza do Lille nas últimas três épocas, após uma temporada emprestado ao Valenciennes, tendo sido já convocado para a seleção principal dos ‘blues’.

Já o PSG destacou o “excelente jogo com os pés” daquele que consideram ser “um dos melhores especialistas do campeonato e dos guarda-redes mais promissores da Europa”.

“Lucas é um dos melhores guarda-redes da França e Europa. É um reforço fantástico para o nosso projeto de longo prazo, centrado no coletivo”, elogiou o presidente, Nasser Al-Khelaïfi.

O gaulês vai encontrar no PSG os portugueses Vitinha, Nuno Mendes, João Neves e Gonçalo Ramos.

Condutor multado depois de ser apanhado a 321 km/h na auto-estrada

Um condutor, à semelhança de muitos outros amantes de velocidade, decidiu determinar a velocidade que  o seu desportivo conseguia atingir numa via rodoviária aberta ao público, uma prática potencialmente perigosa mas que o Governo alemão alimenta e fomenta, ao anunciar que em 70% das suas auto-estradas, as germânicas autobahnen, o céu é o limite, uma vez que não há limite de velocidade. Mas nem tudo correu bem.

Este dono de um Porsche 911 (cuja identificação não foi revelada pela polícia) escolheu uma auto-estrada nos arredores de Berlim, a A2, nas imediações de Burg, para perceber até onde podia ir o seu desportivo em matéria de velocidade máxima. E, face à decisão do Governo alemão, para proteger os desportivos fabricados pela sua indústria automóvel e, sobretudo, para não irritar os eleitores — que consideram andar a fundo na auto-estrada um direito —, a decisão deste condutor até poderia ser indiscutível, mas não foi.

A A2 tem uma extensão aproximada de 486 km e é considerada uma das auto-estradas alemãs sem limites, uma vez que em grande parte da sua extensão o condutor pode circular a qualquer velocidade. Isto apesar de as autoridades aconselharem a que não se ultrapassem 130 km/h por uma questão de segurança. Contudo, há casos de condutores portugueses que foram parados pela polícia alemã a mais de 200 km/h e, apesar de temerem uma multa mais que generosa, as autoridades (com algum sentido de humor) apenas informaram que mandaram parar “porque (o condutor em causa) circulava a 200 km/h, provavelmente por distracção”.

Sucede que a A2, apesar de não ter limites na esmagadora maioria da sua extensão, respeita o limite de 120 km/h em alguns locais, aqueles onde por excesso de tráfego, grande declive ou junções complicadas, é aconselhável conduzir mais devagar.

Foi exactamente numa destas situações que a polícia apanhou o condutor de um 911 a 321 km/h, a 28 de Julho, valor que a polícia considerou ser um novo recorde entre as velocidades registadas pelos radares. Seria de esperar uma reprimenda memorável, seguida de uma multa que arrepiasse qualquer um, mas apesar de circular 201 km acima do limite de velocidade, a realidade é que a polícia se limitou a aplicar-lhe uma multa de 900€. Paralelamente, retirou-lhe dois pontos na carta de condução e proibiu-o de conduzir durante três meses.

Antes todos conduziam pela esquerda. Depois chegou Napoleão

Atualmente, na maior parte dos países do mundo, conduz-se pela direita. Mas nem sempre foi assim. O mais comum era mesmo conduzir pela esquerda. A maioria das pessoas é destra. Não de agora, desde sempre. O braço direito é, por isso, tido como o primeiro responsável pelo facto de na Antiguidade e Idade Média ser mais comum andarem pela esquerda. A pé ou a cavalo, se as pessoas andassem sempre pela esquerda, ficavam com a mão direita mais “à moda” para se cumprimentarem. Ou, noutros cenários, era mais rápido e fácil para “sacar da” espada contra quem viesse em sentido

Centenas no Porto exigem “fim do cerco em Gaza”

Várias centenas de pessoas juntaram-se neste sábado, no Porto, numa marcha e vigília pela Palestina, uma iniciativa convocada por movimentos nacionais e internacionais que exigem “o fim do genocídio e do cerco em Gaza”.

Inês Pinto e Filipe Nuno fizeram cerca de 60 quilómetros, de Amarante ao Porto, com a filha Carolina, de dois anos, para participarem na marcha.

“Quando ela estudar isto na escola vai associar, vamos contar-lhe e mostrar-lhe registos, e ela saberá que os pais não se calaram”, disse Inês Pinto à Lusa antes de iniciar uma caminhada que, da Ribeira do Porto até à Avenida dos Aliados, demorou cerca de 50 minutos.

Para Inês Pinto, que contou ter “vergonha da Europa” porque acreditava que “vivia na Europa de bem, da igualdade, da justiça, mas afinal é uma Europa de silêncio”, é “inaceitável que o mundo continue a assistir a um genocídio em 4K”.

“Como pais temos sensibilidade e uma revolta muito grande por saber que há tantas crianças a morrer à fome e o mundo não faz nada”, completou antes de contar à Lusa que já mandou, por iniciativa própria, ’emails’ para a União Europeia, Governo português, Provedores de Justiça de vários países, Ministério dos Negócios Estrangeiros, entre outras entidades.

Ao lado, com a Carolina ao colo que sussurrou à Lusa que tinha vindo com os pais à “festa da paz”, Filipe Nuno acrescenta: “Os Governos centrais e de direita europeus são cobardes e estão a alimentar o genocídio de milhões. Esta fome alimenta negócios de milhões. Já nem falo do silêncio dos Estados Unidos.”

A marcha e vigília que acontece neste sábado no Porto está integrada na iniciativa “Dia Global de Ação por Gaza” promovida por organizações como a Global Movement to Gaza e a Palestine Youth Movement.

Portugal é um dos 17 países em que estão convocadas várias ações, para denunciar a crise humanitária no enclave palestiniano.

Além do Porto, foram “convocadas” as cidades de Coimbra, onde a iniciativa incluía um miniconcerto acústico, exibição de vídeos sobre a realidade em Gaza e poesia livre, e Faro com uma marcha silenciosa e uma palestra sobre a história e contexto atual da Palestina.

No apelo divulgado pelos organizadores, movimentos internacionais e nacionais exigem “o fim do genocídio e do cerco em Gaza, o fim da cumplicidade dos estados europeus e Estados Unidos que financiam e apoiam politicamente o projeto colonial sionista, a imposição de sanções a Israel e o embargo de armas”, bem como “a descolonização e libertação da Palestina, do rio ao mar”.

Com bandeiras da Palestina, cartazes cujas palavras principais eram “Free Palestina” [Liberdade à Palestina em português livre] e muitos ‘keffiyehs’, o lenço típico palestiniano, o grupo que se concentrou às 19:00 junto à ponte D. Luís, misturando-se com turistas, famílias a passear e crianças a saltar para o rio Douro, iniciou a caminhada em direção à Câmara do Porto às 20:00 ao som do grito “Israel assassino, viva o povo palestino” e de panelas e tachos, uma “forma sonora de protesto e resistência” que serve para “chamar a atenção para a fome atroz que está a ser infligida por Israel ao povo palestiniano em Gaza”, lia-se num dos folhetos distribuídos.

À frente da comitiva uma tarja com a frase “Comprar produtos de Israel financia o genocídio do povo palestino”. Nas mãos bonecos ensanguentados e amortalhados que simbolizam “as milhares de crianças assassinadas por Israel”.

Num percurso que quanto mais perto se aproximava do ‘coração’ da cidade Invicta se tornava mais em ‘ziguezagues’ devido às obras do metro, várias foram as paragens. Em frente ao Palácio da Bolsa, por exemplo, os manifestantes gritaram repetidamente: “Agora, agora que estamos juntos, agora que conseguimos ver, abaixo o sionismo que vai cair, vai cair, e viva a Palestina. Resistir! Resistir!”.

“É evidente que neste momento o urgente é alimentar a população em Gaza, parar o genocídio e libertar as pessoas. Mas evidentemente que, numa prioridade máxima, é preciso quebrar o cerco a Gaza, o bloqueio deliberado feito de uma forma maquiavelicamente planeada e que está a exterminar o povo palestiniano”, disse Isabel Oliveira, da organização.

Feliz por ver “muitas caras novas”, Isabel lamentou, ainda assim, “a inércia muito grande da população portuguesa”.

“Às vezes somos sempre os mesmos. As pessoas lamentam, mas não tomam ação. Acho que é muito importante perceber que o silêncio traz impunidade. E nós não podemos deixar este crime impune”, referiu.

À Lusa, Isabel Oliveira vinca que “o que se pretende é dar visibilidade à solidariedade internacional das populações para provocar os poderes políticos a tomarem uma decisão”.

“É fundamental sancionar Israel e condenar Israel publicamente e objetivamente por todos os crimes e os governos europeus e dos Estados Unidos têm de se alinhar com os direitos humanos, com as decisões do Tribunal Penal Internacional e condenar o fim deste ‘apartheid’. Não faz sentido no século XXI estarmos a assistir a este massacre e a esta matança”, concluiu.

Zelensky pode juntar-se a encontro entre Trump e Putin no Alasca

A Casa Branca está a equacionar convidar o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para o encontro entre Donald Trump e Vladimir Putin, que se realiza na sexta-feira, em solo norte-americano, no Alasca.

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Segundo a Reuters, que cita a NBC News, várias fontes oficiais garantem que o convite “está a ser discutido”.

Nenhum convite formal foi feito e não é certo se Zelensky o poderá aceitar.

Trump tinha anunciado o encontro em pessoa com Putin na sexta-feira. Não foram ainda adiantadas informações sobre a agenda do encontro.

Este será a primeira reunião presencial entre os dois líderes desde que Trump regressou à presidência dos EUA.

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