A Volta a Portugal passa à minha porta Conheça o percurso completo

A 86.ª edição da Volta a Portugal arranca na quarta-feira, na Maia, num percurso de um total de 1581 quilómetros, com 27 metas volantes e 28 contagens de prémio da montanha, ao longo de dez dias.
Ao contrário do histórico recente, a subida à Senhora da Graça acontece na primeira semana e a escalada à Torre na segunda. Há uma estreia no trajeto, que é pouco favorável aos “sprinters”, com cinco chegadas em alto. Confira se vai poder ver os ciclistas da janela.
Itinerário da Volta a Portugal
Prólogo: Maia-Maia – 3,4km
6 de agosto, quarta-feira – A Volta arranca com um prólogo de 3,4 quilómetros na Maia, a partir das 14h30. Começa na Avenida de Altino Coelho, junto à Cidade Desportiva da Maia, e dá à volta, passando pelo Maia Jardim antes de voltar, até à Avenida Luís de Camões.
Etapa 1: Viana do Castelo-Braga (Sameiro) – 162,3km
7 de agosto, quinta-feira – A primeira etapa propriamente dita mostra logo ao que vem a Grandíssima de 2025, com um final em alto, no Santuário do Sameiro, em Braga. Os primeiros 70 quilómetros, com passagem por Valença, são planos, mas seguem-se depois duas subidas de terceira categoria, em Extremo e Portela do Vade.
O pelotão também atravessará Ponte da Barca e Vila Verde, antes de enfrentar uma contagem de montanha de segunda categoria, para uma primeira passagem na meta, e depois nova subida, de igual nível de dificuldade, até ao santuário, desta vez para o fim de uma etapa que poderá começar a separar favoritos.
Etapa 2: Felgueiras-Fafe – 167,9km
8 de agosto, sexta-feira – A segunda etapa distribui mais as subidas que a anterior. Conta com uma escalada de terceira categoria, até à Casa do Penedo, icónico troço do Rali de Portugal, e duas de quarta: a Baltar e, mesmo antes da meta, Golães. O pelo tão também passará por Marco de Canaveses, Paredes e Lousada.
Etapa 3: Boticas-Bragança – 179,8km
9 de agosto, sábado – A terceira etapa abre logo com uma subida de terceira categoria até Alturas do Barroso. Numa autêntica montanha russa, o pelotão passa depois por Chaves, antes de enfrentar mais duas escaladas: uma de segunda categoria, na Serra do Brunheiro, e outra de terceira, até Rebordelo.
Após a descida por Vinhais, e já ao 147.º quilómetro, os trepadores terão novo desafio, com a ascensão de primeira categoria na Serra da Nogueira. Bragança traz algum alívio aos ciclistas, com 15 quilómetros finais mais calmos.
Etapa 4: Bragança-Mondim de Basto (Senhora da Graça) – 182,9km
10 de agosto, domingo – A primeira semana da Volta a Portugal termina com a icónica subida à Senhora da Graça. A primeira metade da décima etapa, com uma visita a Macedo de Cavaleiros, é tranquila.
A partir dos 100, porém, o pelotão não terá descanso. São quatro subidas, ao todo, com passagens por Vila Real e Mondim de Basto pelo meio: segunda categoria ao Alto do Pópulo, terceira a Leirós, primeira na Serra do Alvão e o mítico final com uma escalada de primeira categoria até à Senhora da Graça, potencialmente influente nas contas da classificação geral individual. Chega, então, o merecido descanso.
Etapa 5: Lamego-Viseu – 155km
12 de agosto, terça-feira – O regresso após o dia de descanso dá alguma trégua ao pelotão até ao Peso da Régua. A seguir, tem uma longa subida de 30km, de segunda categoria, até Bigorne, e logo após a descida vem outra escalada de quarta categoria em Carranqueira. Depois de São Pedro do Sul, os ciclistas terão pela frente um prémio de montanha de categoria 3 e, para terminar, passam duas vezes pela meta em Viseu.
Etapa 6: Águeda-Guarda – 173,1km
13 de agosto, quarta-feira – Uma semana depois do arranque, chega mais uma das mais importantes etapas da Volta. É mais uma tirada dura. O pelotão enfrenta logo um prémio de montanha de segunda categoria nos primeiros 20 quilómetros, até Moinho do Pisco.
Passa depois por Mortágua, Oliveira do Hospital e Gouveia e, a partir dos 130 quilómetros, é “bombardeado” por escaladas: Prados, de segunda categoria, Videmonte, de terceira, e por fim duas subidas à Guarda, ambas de terceira categoria — mais um final em alto, mais um dia potencialmente decisivo para as contas finais.
Etapa 7: Sabugal-Covilhã (Torre) – 179,3km
14 de agosto, quinta-feira – É à sétima etapa que chega a mítica subida à Torre. Um dia maioritariamente calminho, com visitas a Penamacor e Belmonte, e que agita a partir do 130.º quilómetro. Primeiro, com uma subida de terceira categoria até Serzedo.
E depois da entrada na Covilhã, a mais dura escalada de toda a Volta a Portugal: a única de categoria especial, que levará o pelotão até à Torre e poderá ser a última oportunidade para um golpe de teatro, seja pelos favoritos, seja por especialistas que queiram consagrar-se na “etapa rainha”.
Etapa 8: Ferreira do Zêzere-Santarém – 178,2km
15 de agosto, sexta-feira – Ferreira do Zêzere estreia-se na Volta, para a partida de uma oitava etapa maioritariamente plana. Há duas subidas de quarta categoria, uma em Abrantes e outra em Santarém, mas as passagens por Constância, Alpiarça e Cartaxo não deverão oferecer grande dificuldade aos ciclistas.
Etapa 9: Alcobaça-Montejunto (OesteCIM) – 174,4km
16 de agosto, sábado – Uma nona etapa calma, até um final dramático. As visitas a Caldas da Rainha, Torres Vedras e Bombarral pontilham cerca de 170 quilómetros planos, até aos últimos cinco, com a subida de primeira categoria até Montejunto, mais um final que pode separar favoritos.
Etapa 10 (CRI): Lisboa-Lisboa – 16,7km
17 de agosto, domingo – Como habitual, a Volta a Portugal termina com um contrarrelógio individual. O pelotão correrá contra o tempo ao longo da marginal lisboeta, numa ida e volta: começa na Praça do Império, dá a volta no Jamor e termina no ponto de partida. Será o coroar do sucessor do russo Artem Nych.