Trump aparece nos ficheiros Epstein, avança o Wall Street Journal

A procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, e o seu adjunto informaram o Presidente Donald Trump que o seu nome aparece nos ficheiros relacionados com o caso Jeffrey Epstein.

A notícia foi avançada esta quarta-feira pelo “Wall Street Journal” (WSJ), que cita fontes da administração norte-americana.

Já segue a Informação da Renascença no WhatsApp? É só clicar aqui

A informação foi facultada a Donald Trump durante uma reunião que teve lugar em maio deste ano.

De acordo com o WSJ, Trump também foi avisado de que várias outras figuras de alto nível estavam igualmente referenciadas nos documentos.

No entanto, o Departamento de Justiça não tem planos para divulgar mais documentos ligados à investigação.

Uma fonte da Casa Branca começou por desmentir o “Wall Street Journal”, considerando que se trata de uma “notícia falsa”.

Posteriormente, uma fonte da administração Trump, citada pela agência Reuters, não nega que o nome do Presidente aparece nos ficheiros do caso Epstein.

O facto de o nome de Donald Trump aparecer nos documentos confidenciais foi admitido em pastas informativas partilhadas com “influencers”, adiantou a mesma fonte.

Amigo pessoal do Presidente dos Estados Unidos, Jeffrey Epstein foi acusado de tráfico sexual de menores e encontrado morto na cela da prisão de Nova Iorque onde aguardava julgamento, em agosto de 2019.

A morte originou muitas teorias da conspiração, que estão a ser alimentadas pela não divulgação da lista de clientes de Epstein – uma promessa eleitoral de Trump.

Na semana passada, o “Wall Street Journal” noticiou que, em 2003, Trump enviou a Epstein um desenho de conotações sexuais e uma mensagem com referências a segredos que ambos partilhavam.

Na resposta, o Presidente norte-americano processou o jornal e o seu proprietário, o milionário Rupert Murdoch, exigindo uma indemnização de 10 mil milhões de dólares.

PS pede que Governo decida governador do Banco de Portugal sem “manobras de distração”

O PS defendeu esta quarta-feira que o Governo deve tomar a decisão política de escolha do governador do Banco de Portugal sem “manobras de distração” como a auditoria da Inspeção Geral de Finanças (IGF), um pedido que considerou “muito irónico”.

Em declarações à agência Lusa, o vice-presidente do grupo parlamentar do PS António Mendonça Mendes adiantou que os socialistas vão pedir a audição do ministro das Finanças para que esclareça “se tinha ou não conhecimento de toda esta operação de compra da sede do Banco de Portugal e se a mesma só lhe levantou dúvidas agora”, referindo-se à auditoria que o Governo vai pedir à IGF sobre este novo edifício.

“Da parte do PS estaremos sempre do lado de toda a transparência, de todos os esclarecimentos, mas nunca iremos pactuar com falhas de memória seletiva e muito menos com manobras de distração que querem apenas criar um contexto justificativo de tomadas de decisões que o Governo já deveria ter tomado em relação ao Banco de Portugal”, criticou.

Considerando que o executivo de Luís Montenegro tem toda a legitimidade política para tomar as decisões que entenda”, Mendonça Mendes apontou que este “poderá ser o primeiro Governo a não reconduzir para um segundo mandato um governador do Banco de Portugal”.

Na perspetiva do deputado do PS e antigo secretário de Estado, “é muito irónico que seja o atual ministro das Finanças a chamar a IGF para auditar uma operação do Banco de Portugal”.

“Acho irónico. Nós podemos recordar agora aquilo que o então governador Carlos Costa dizia sobre a introdução que o Governo PS queria fazer na lei, e que não foi feita, que a IGF tinha poderes de auditoria relativamente ao Banco de Portugal“, referiu.

De acordo com Mendonça Mendes, “Carlos Costa, secundado pelos partidos da AD, dizia que isso era uma forma de o governo querer controlar o Banco de Portugal”.

“O Governo tem uma decisão política que já deveria ter tomado e tem que a tomar e é essa decisão política que o país aguarda. Acho que o Governo tem uma responsabilidade de ser o primeiro garante daquilo que é a estabilidade e a defesa das instituições democráticas, sejam elas quais forem”, apontou.

Esta polémica com o novo edifício surgiu a dias de se saber quem será o governador do banco central nos próximos cinco anos. O mandato de Mário Centeno enquanto governador do BdP terminou no domingo sem que o Governo tivesse indicado sucessor.

A decisão será conhecida na quinta-feira, dia da reunião do Conselho de Ministros, segundo fez saber o primeiro-ministro.

O Observador noticiou no domingo, 20 de julho, que o valor das futuras instalações será superior a 192 milhões de euros, pois o valor refere-se apenas às obras estruturais, estimando que o custo total possa subir para 235 milhões de euros. Há ainda alertas de consultores do Banco de Portugal, designadamente sobre os licenciamentos e a eventual necessidade de avaliação de impacte ambiental na construção do parque de estacionamento.

A IGF, a quem Joaquim Miranda Sarmento vai solicitar a auditoria, é um serviço do Ministério das Finanças responsável pela inspeção de entidades do setor público administrativo, que funciona na direta dependência do ministro das Finanças, mas com autonomia administrativa.

A informação levou a instituição a reagir em resposta a questões da Lusa, dizendo que cumpre todas as normas no processo de compra do edifício.

Estudo associa consumo frequente de ovos a menor risco de demência

Uma nova pesquisa descobriu uma associação entre comer ovos mais do que uma vez por semana e um risco menor de Alzheimer. Um novo estudo publicado na The Journal of Nutrition descobriu uma associação entre os idosos que comem ovos mais do que uma vez por semana e uma menor probabilidade de desenvolverem demência associada a Alzheimer. O estudo aponta ainda a colina, um nutriente essencial encontrado nos ovos, como um potencial fator neste efeito protetor. Os investigadores analisaram dados de 1024 participantes do Rush Memory and Aging Project, um estudo de longa duração com idosos na região de Chicago.

Concessionárias lançam aplicação para agilizar pedidos de assistência rodoviária

A Associação Portuguesa das Sociedades Concessionárias de Autoestradas ou Pontes com Portagem (APCAP) lançou esta quarta-feira uma aplicação móvel, que permite pedir assistência em caso de avaria ou acidente nas autoestradas, sem sair do carro ou recorrer aos postos SOS físicos.

Desenvolvida pelas 21 concessionárias associadas da APCAP, a SOS Autoestradas pretende ser uma alternativa mais rápida, precisa e segura aos tradicionais meios de contacto, evitando também chamadas desnecessárias para os números de emergência nacionais, de acordo com um comunicado divulgado esta quarta-feira.

“São mais de 3.000 os postos telefónicos de emergência disponíveis nas autoestradas, mas que nem sempre são utilizados. A app SOS Autoestradas da APCAP representa um passo de gigante na segurança e conveniência para todos os utilizadores da estrada em Portugal”, afirmou o presidente da associação, Manuel Melo Ramos, citado no mesmo documento.

É a primeira vez que uma solução deste género fica disponível em Portugal. A partir de agora, qualquer pessoa, desde que tenha telemóvel, poderá atuar como um posto SOS caso seja protagonista ou testemunha de um incidente, evitando dessa forma andar a pé até ao posto mais próximo para pedir ajuda”, acrescentou.

Disponível gratuitamente para download na Apple Store e Google Play Store, a aplicação localiza automaticamente o veículo, identificando a posição exata, o sentido de marcha e até a faixa de rodagem em que o veículo se encontra imobilizado, informação que permite acelerar a resposta das equipas de assistência.

A funcionalidade principal aplica-se à rede de autoestradas gerida pelas concessionárias da APCAP, mas a aplicação permite também contactar diretamente o 112, caso haja feridos, garantindo assim uma cobertura de emergência tanto dentro como fora da rede de autoestradas concessionadas.

[É sábado. No lobby de um hotel de Albufeira um assassino misterioso espera junto ao bar por um convidado especial: representa a Organização para a Libertação da Palestina. Quando o vê entrar, o terrorista dispara quatro tiros e foge. “1983: Portugal à Queima-Roupa” é a história do ano em que dois grupos terroristas internacionais atacaram em Portugal. Um comando paramilitar tomou de assalto uma embaixada em Lisboa e esta execução sumária no Algarve abalou o Médio Oriente. É narrada pela atriz Victoria Guerra, com banda sonora original dos Linda Martini. Ouça o primeiro episódio no site do Observador, na Apple Podcasts, no Spotify e no Youtube Music.]

Segundo dados da associação, anualmente cerca de 12.500 pessoas contactam as linhas de ajuda das concessionárias, somando-se aos aproximadamente 150.000 incidentes detetados todos os anos pelas equipas de assistência ao longo da última década.

“Atualmente, 80% das chamadas para as linhas das concessionárias são feitas por condutores de ligeiros”, refere a APCAP, indicando que as áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto registam o maior volume de contactos, com um pico de incidentes no verão.

“O procedimento padrão após uma chamada de assistência é o acionamento do 112 sempre que há feridos. Mesmo nestes casos, a app SOS Autoestradas pode ser uma ajuda, porque, sempre que a ocorrência se der na rede APCAP, a concessionária mobiliza diretamente os meios de emergência. Fora desta rede, e por não haver concessionárias a prestar assistência, a app permite ligar diretamente para o 112”, acrescenta a associação.

A aplicação pode ser usada por todos os tipos de veículos, incluindo transportes pesados de mercadorias e passageiros.

Totoloto. Confira a chave desta quarta-feira

A chave vencedora do sorteio do Totoloto desta quarta-feira, 23 de julho de 2025 é composta pelos números 3 – 8 – 14 – 17 – 27 + Número da Sorte 12.

Em jogo no primeiro prémio está um jackpot de 2,2 milhões de euros.

Já segue a Informação da Renascença no WhatsApp? É só clicar aqui

A chave constante neste artigo não dispensa a consulta do site do Departamento de Jogos da Santa Casa.

Os prémios atribuídos de valor superior a 5 mil euros estão sujeitos a imposto do selo, à taxa legal de 20%, nos termos da legislação em vigor.

O Totoloto é sorteado à quarta-feira e ao sábado.

Mais de 7.500 jovens participam em encontro mundial escutista em Portugal

Mais de 7.500 jovens de cerca de 100 países participam a partir de sexta-feira e até 3 de agosto no encontro mundial de escuteiros World Scout Moot, que se realiza pela primeira vez em Portugal.

“Engaje with us, Engage with Portugal” é o lema do 16.º World Scout Moot, organizado pela Federação Escutista de Portugal, que integra as duas associações nacionais, a dos Escoteiros de Portugal (AEP) e o Corpo Nacional de Escutas (Escutismo católico).

Já segue a Informação da Renascença no WhatsApp? É só clicar aqui

Perto de 750 escuteiros portugueses, entre a equipa de planeamento e os participantes, estão envolvidos na iniciativa, destinada aos jovens entre os 18 e os 25 anos e que inclui atividades “em praticamente todos os distritos” portugueses, disse à agência Lusa Sofia Fernandes, assessora de imprensa.

A cerimónia de abertura do evento realiza-se no Parque das Nações, em Lisboa, e o programa da iniciativa está dividido em duas partes: na primeira, a decorrer até 30 de julho, os escuteiros espalhar-se-ão por todo o país para a realização de atividades propostas pelos jovens portugueses e a partir desta data estarão instalados no campo base em Cortegaça, Ovar, “para partilhar as experiências que viveram”.

“Espaço de esperança, união e ação”

Percursos pedestres, organização de debates, conhecer a história de uma cidade e os seus monumentos e atividades de serviço à comunidade, como fazer pequenas reparações em lares e escolas e recuperar habitações, entre outras, ocuparão os jovens durante os primeiros dias do encontro até à deslocação para o acampamento geral, onde está prevista a realização de jogos e ‘workshps’ e visitas aos arredores.

“Num tempo marcado pela instabilidade global, conflitos, crise climática e crescentes divisões, o World Scout Moot surge como um poderoso antídoto – oferecendo aos jovens um espaço de esperança, união e ação”, declara David Berg, secretário-geral da Organização Mundial do Movimento Escutista (WOSM na sigla em inglês), citado no comunicado divulgado pela organização.

Desenvolvendo de competências de liderança, intercâmbio cultural e experiências imersivas ao ar livre, o Moot “permite que os jovens superem os desafios de hoje, criem amizades duradouras e contribuam para a construção de um mundo mais pacífico e sustentável”, diz.

“Este encontro global único reúne milhares de Rover Scouts e voluntários de todo o mundo para partilhar a aventura de uma vida (…) Ao reunirem-se em Portugal, os Escuteiros lembram-nos da força do nosso Movimento e do papel essencial que os jovens desempenham na criação de um futuro melhor para todos”, acrescenta.

Segundo o comunicado, “este é o Moot mais diverso de sempre (…) contando com pessoas de todas as origens, crenças, etnias, géneros e capacidades” e será “uma grande celebração da diversidade e da inclusão”.

O World Scout Moot realiza-se de quatro em quatro anos e “promove o intercâmbio cultural, a compreensão e a amizade entre os povos”.

Diretores pedem urgência nas orientações e formação para Cidadania e Desenvolvimento

O presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (Andaep) pediu esta quarta-feira urgência na comunicação das novas orientações para a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento e alertou que os professores precisam de formação adequada.

“O que queremos é que as orientações cheguem no mais curto espaço de tempo possível. Estamos quase em agosto, o ano letivo começa a 12 de setembro e vamos ter férias. É bom que essas orientações cheguem às escolas rapidamente”, afirmou Filinto Lima.

O presidente da Andaep falava aos jornalistas no final de um encontro entre o Ministério da Educação e os diretores escolares de todo o país, que decorreu durante a manhã em Lisboa para preparar o próximo ano letivo.

Questionado sobre as novas aprendizagens essenciais para a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento e a Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania, em consulta pública até 1 de agosto, Filinto Lima deixou críticas e considerou tratar-se de “uma decisão mais política do que pedagógica“.

“É um caminho diferente do caminho de um governo de esquerda. Se calhar, daqui por quatro anos vem um governo de esquerda e troca as voltas às escolas”, afirmou, lamentando as mudanças “quase constantes”, mas a que as escolas já estão habituadas.

Ainda assim, sobre esta mudança em concreto, preocupa-lhe o pouco tempo disponível até ao início do ano letivo para os professores e as escolas se adaptarem a novos guiões de uma disciplina para a qual os docentes não têm formação específica.

“Em setembro, não teremos essa formação, mas ao longo do ano vamos exigir que seja facultada aos nossos professores”, adiantou, explicando que a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento é lecionada por professores de outras disciplinas que não estão habilitados para falar sobre determinadas matérias.

“Não é só no tema da sexualidade nem da identidade de género, é em todos os temas, nas oito áreas temáticas. Esta disciplina é dada por qualquer professor, de história, de inglês, de português, e é preciso formação para esses professores”, defendeu.

Também o ministro da Educação, Ciência e Inovação tem manifestado preocupação com a preparação dos professores para ensinar aquela disciplina e, em declarações aos jornalistas, sugeriu até que as direções de turma façam uma gestão para que cada tema seja lecionado por professores com a formação mais adequada ou até por parceiros da sociedade civil, como instituições de ensino superior ou associações.

Outra das mudanças previstas para 2025/2026 terá impacto fora da sala de aula e só será sentida pelos mais novos, do 1.º ao 6.º anos, que vão deixar de poder usar ‘smartphone’ na escola.

Também neste âmbito, os diretores escolares continuam à espera de orientações do MECI e Filinto Lima refere alguns desafios na operacionalização da medida, sobretudo nas escolas de 2.º e 3.º ciclos, onde os mesmos recreios vão ser partilhados por alunos que podem usar os telemóveis e outros que estão proibidos de o fazer.

Por outro lado, o presidente da Andaep lamenta que as restrições ao uso de telemóveis visem apenas as escolas, relatando que os alunos passam muito tempo a olhar para os ecrãs quando estão fora do recinto escolar.

“Eu nem culpo tanto o Ministério da Educação, mas o Governo, a sociedade, todos nós, estamos a circunscrever um problema àquele espaço, àqueles escassos metros quadrados, pensando que lá fora na sociedade está tudo bem. E não está tudo bem”, alertou.

PS acusa Governo de “silêncio ensurdecedor” sobre apoio à saída de famílias palestinianas de Gaza

O PS questionou esta segunda-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros sobre a “inação das autoridades nacionais” na resposta a famílias palestinianas que querem sair da Faixa de Gaza com o apoio de Portugal, acusando o Governo de “silêncio ensurdecedor”.

Numa pergunta, a que a agência Lusa teve acesso, enviada através do parlamento a Paulo Rangel, deputados socialistas referem que têm recebido “testemunhos e pedidos reiterados”, através do Grupo de Apoio a Refugiados Palestinianos em Portugal, sobre “as dificuldades sentidas por diversas famílias palestinianas que pretendem abandonar a Faixa de Gaza com o apoio do Estado português”.

Apontando uma “inação das autoridades nacionais”, o PS diz que há famílias identificadas que “vivem numa linha ténue de sobrevivência” e cuja saída “é sistematicamente recusada por parte das autoridades portuguesas, em contraciclo com países como França, Espanha, Itália ou Roménia“, que têm promovido corredores de acolhimento humanitário.

Perante o silêncio ensurdecedor do Governo português,impõem-se respostas.Impõem-se soluções humanistas que garantam, acima de tudo, o direito à vida de crianças, jovens, adultos e idosos cuja única aspiração, neste momento, é sobreviver”, sustentam.

Os deputados do PS perguntam, assim, ao ministro dos Negócios Estrangeiros de que forma o Governo “pretende intervir na salvaguarda da vida de cidadãos palestinianos atualmente retidos em Gaza e em risco humanitário extremo”.

“Qual o compromisso concreto do Governo português com a proteção internacional de famílias palestinianas perante a gravíssima crise humanitária em curso”, questionam.

No texto da pergunta, os socialistas afirmam que a cada dia se assiste “à deterioração dramática das condições de vida na Faixa de Gaza”, onde bombardeamentos sucessivos, fome, colapso sanitário e “absoluto desespero de um povo fechado em si”.

“O Partido Socialista reafirma, neste quadro, a sua oposição a qualquer recuo na posição de reconhecimento do Estado da Palestina. Fá-lo num momento em que as divergências aparentemente insanáveis entre estados membro da União Europeia têm inviabilizado uma posição comum, e precisamente porque entende que o reconhecimento do Estado palestiniano não é um gesto simbólico, mas um imperativo político e moral e um ato de rejeição dos extremismos e radicalismos e da neutralidade perante a crueldade e a barbárie”, enfatiza.

Além deste posicionamento político, segundo o PS, “é urgente responder às necessidades humanitárias concretas de famílias que veem, dia após dia, a sua sobrevivência colocada em causa”.

Moedas equilibra IL e CDS na coligação de direita e atira ao “bloco da esquerda”

Ao som de People have the power, de Patti Smith, o PSD, o CDS e a Iniciativa Liberal (IL) assinaram o acordo de coligação autárquica para Lisboa liderado por Carlos Moedas. Numa apresentação carregada de críticas ao “bloco da esquerda”, foi conhecido o desenho das listas com os liberais à frente dos centristas para o executivo municipal. Já para as juntas de freguesia, vão ser 15 com candidato a presidente indicado pelo PSD, seis pelo CDS e três pela IL. Para a assembleia municipal, ao contrário das últimas eleições, serão os sociais-democratas a apontar o primeiro nome.

O acordo foi assinado na Fábrica de Unicórnios, no Beato, e apenas divulgado no fim das intervenções dos vários partidos que o apelidaram de “bom acordo”. Para o executivo municipal, caberá ao PSD indicar o candidato a presidente da câmara, os lugares dois, três, seis e nove; a Iniciativa Liberal indica o quarto e oitavo lugares; e o CDS fica com o quinto e sétimo nomes. Actualmente, Moedas governa em minoria com mais seis vereadores, três dos quais indicados pelo CDS.

Com esta distribuição de lugares, em caso de maioria absoluta, tanto a IL como o CDS terão dois lugares cada no executivo municipal. No entanto, em caso de pequena melhoria face ao resultado das últimas autárquicas, a IL, apesar de seguir simbolicamente à frente dos centristas, arrisca-se a ficar com apenas um lugar no executivo lisboeta.

No caso das juntas, o acordo define que é o PSD a indicar candidato à presidência de 15 freguesias (Alvalade, Areeiro, Avenidas Novas, Belém, Campo de Ourique, Carnide, Estrela, Lumiar, Misericórdia, Penha de França, Santa Clara, Santa Maria Maior, Santo António, São Domingos de Benfica e São Vicente). Já o CDS indica seis (Ajuda, Arroios, Beato, Benfica, Marvila, Parque das Nações) e a IL as restantes três (Alcântara, Campolide e Olivais).

Em sentido contrário face a 2021, quando o CDS pôde indicar o nome de Isabel Galriça Neto para a assembleia municipal, desta vez cabe ao PSD essa escolha.

Tiro ao “bloco da esquerda”

Com a formalização do acordo como pretexto para reunir as tropas dos vários partidos, Carlos Moedas não perdeu a oportunidade de seguir com o plano que tem vindo a desenhar: colar um rótulo de “extremismo” e de “radical” à adversária Alexandra Leitão.

Começando por falar numa “coligação com os lisboetas, juntando os três partidos hoje moderados e responsáveis do nosso contexto político”, o incumbente Moedas recupera a ideia do anúncio da candidatura para dizer que, nestas eleições, está em causa “uma escolha entre a moderação assertiva que faz e o radicalismo do contra”, falando num novo “bloco da esquerda”.

Procurando traçar diferenças – e estabelecer-se como “moderado” –, Carlos Moedas vincou, sob formato de “compromisso de honra”, que “nunca” o verão “numa manifestação contra os polícias”. De resto, procurou traçar uma linha entre o novo líder do PS, José Luís Carneiro, e Alexandra Leitão para mostrar que, com o então ministro da Administração Interna, era possível chegar a acordo para mais policiamento em Lisboa, enquanto a candidata “deste bloco da esquerda estava na manifestação contra a polícia”. No caso, Moedas falava da participação de Alexandra Leitão na manifestação “Não nos encostem à parede” a propósito da actuação policial na rua do Benformoso (a Provedoria de Justiça, então liderada pela agora ministra da Administração Interna Maria Lúcia Amaral, num relatório conhecido no início deste mês, apontou “falhas graves” à PSP).

Já antes, ao falar do investimento captado para a cidade com a Fábrica de Unicórnios e com a respectiva criação de emprego, o recandidato atirou que “o bloco da esquerda não quer unicórnios, o bloco da esquerda quer pobreza”.

Antes, Hugo Soares, secretário-geral do PSD, já tinha embarcado nessa linha ao afirmar, “com todas as letras”, que nesta candidatura “não há radicais”, só “gente de bom senso, gente moderada que quer continuar a construir Lisboa”. Telmo Correia, vice-presidente do CDS, fez questão de nomear mesmo o PS, não o “de nova roupagem, aparentemente mais sensato e moderado”, mas “o antigo, o da ‘geringonça’ na sua pior versão”. “É um PS unido à extrema-esquerda mais radical”, alegou Telmo Correia, falando da candidatura encabeçada por Alexandra Leitão.

Estreante nesta coligação, a IL, representada por Mário Amorim Lopes, falou no “maior unicórnio desta cidade que são as suas pessoas”. Para os liberais, Lisboa tem de continuar a ser uma “cidade viva, efervescente, que pulsa” e que deve ser um “farol nacional da eficiência”. De resto, citando “o tio do homem aranha”, de que “com grande poder, vem grande responsabilidade”, o vice-presidente da IL assume que é um momento de “grande responsabilidade, sobretudo perante os lisboetas”.

Com o acordo de coligação assinado, como que fazendo render o peixe da atenção, fica agora a faltar a apresentação dos nomes indicados por cada partido, o que acontecerá em meados de Agosto. Uma das dúvidas recai sobre a inclusão, ou não, do actual vice-presidente Filipe Anacoreta Correia que se desfiliou do CDS e que marcou presença na assinatura deste acordo. Moedas, no discurso, agradeceu-lhe particularmente o trabalho desempenhado em prol dos lisboetas, mas ainda sem revelar se vai fazer parte do próximo executivo.

Coligação PSD/CDS/IL “vai muito além dos partidos”, diz Moedas: há dois lugares para centristas e dois para liberais nos primeiros oito

A coligação PSD/CDS-PP/IL oficializou esta quarta-feira a sua candidatura conjunta à Câmara Municipal de Lisboa, nas eleições autárquicas marcadas para 12 de outubro, com Carlos Moedas a renovar a liderança da lista e a candidatura sob o lema “Por ti, Lisboa”.

O acordo estabelece que os sociais-democratas indicarão quatro dos primeiros oito nomes da lista à câmara, incluindo o próprio Moedas como candidato à presidência, bem como os números 2, 3 e 6. O PSD ficará ainda responsável pelos lugares entre o 9º e o 13º da lista.

O CDS-PP, que integrou a anterior coligação “Novos Tempos” e detém atualmente três vereadores no executivo, terá direito a propor os nomes para os 5º e 7º lugares. Já a Iniciativa Liberal indicará os candidatos para os 4º e 8º postos.

No acordo para a Assembleia Municipal, será também o PSD a indicar o nome para a presidência, ficando a IL com o segundo lugar da lista e o CDS-PP com o quarto.

Quanto às 24 juntas de freguesia da capital, os sociais-democratas liderarão em 15, o CDS-PP em seis (menos três do que no mandato anterior) e a IL em três.

Atualmente, Carlos Moedas governa Lisboa sem maioria absoluta, após ter vencido em 2021 com sete mandatos conquistados pela coligação “Novos Tempos” (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança). O CDS-PP indicou então três vereadores, Filipe Anacoreta Correia, Diogo Moura e Sofia Athayde, sendo que Anacoreta Correia já se desvinculou do partido.

Durante a apresentação da candidatura, no passado dia 16 de julho, Carlos Moedas afirmou que não se candidata “contra ninguém” e definiu estas eleições como uma escolha entre “moderação e radicalismo”.

1 177 178 179 180 181 616