“Já adulta fiz um piercing e a minha mãe disse: ‘Estás com a mania que voltaste à adolescência.’ Quando fui mãe, pintei o cabelo de azul”

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Convidada da mais recente edição do Posto Emissor, Ana Markl recordou alguns momentos em que tentou ‘escapar’ à seriedade da vida adulta.

“Já adulta, fiz um piercing e a minha mãe disse: ‘Estás com a mania que voltaste à adolescência’”, conta a autora do livro “Do Outro Lado do Tempo”, conversa imaginada entre dois tempos – o presente, escrito por uma adulta em 2025, e o passado, baseado nos diários de uma adolescente dos anos 90.

“Quando fui mãe, pintei o cabelo de azul. Em retrospetiva, é uma tentativa de contrariar essa imagem de desistência”, confessa.

Luto gestacional. Livre, BE e PAN acusam Governo de crueldade e ataque às famílias

Livre, BE e PAN acusaram este domingo o Governo de crueldade e de atacar as famílias ao propor a revogação do regime de falta por luto gestacional, apelando a um “sobressalto cívico” contra esta medida.

Em causa está a revogação, proposta pelo Governo no anteprojeto de reforma laboral anunciado esta quinta-feira, do regime da falta por luto gestacional, atualmente três dias sem perda de direito, acrescentando à licença por interrupção de gravidez o regime de faltas para assistência à família.

Em declarações aos jornalistas após ter firmado um acordo pré-eleitoral com BE e PAN para as autárquicas em Loures, o porta-voz do Livre, Rui Tavares, acusou o Governo de estar a propor uma “reversão” no que foi “um grande avanço” societal.

A reversão “exclui gente. [Eram] três dias que tinham uma função importante do ponto de vista do reconhecimento nas políticas públicas da dor de alguém que passa por uma situação de luto gestacional, mãe e pai. Acabar com isto é, em si mesmo, grave”, criticou.

O porta-voz do Livre abordou ainda as notas que o Governo tem feito nas redes sociais sobre esta matéria, acusando o executivo de estar a “procurar mentir acerca da sua própria política” e substituir-se ao trabalho dos jornalistas, criando “falsas páginas de verificação de factos”.

“Em vez de esclarecerem, de recuarem quando reconhecem que é errado, o que fazem é dobrar a aposta numa política que é errada e ainda tentar confundir o eleitorado dizendo: “não, isto não desapareceu, isto continua aqui, só que com outro nome ou de outra maneira”, disse.

Por sua vez, a porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, frisou que foi o seu partido que, em 2023, propôs a consagração na lei a falta de três dias por luto gestacional, até às 20 semanas de gravidez, e considerou “absurdo e incoerente” que o Governo “confunda, no seu preconceito e cegueira ideológica, o direito das mulheres à interrupção voluntária da gravidez (IVG) com o direito a um pai e uma mãe viverem o luto por terem perdido um filho”.

“Aliás, o Governo deveria ter vergonha, não há outra palavra para se utilizar, de ter neste momento mães que perdem os seus filhos a caminho do hospital (…) e não lhes reconhecer o direito ao luto e ao sofrimento”, disse.

Para Inês Sousa Real, o que se deveria estar a discutir neste momento era o alargamento do luto gestacional para os 20 dias, equiparando-os à duração do luto parental, porque “a dor da perda de um filho não cabe em três dias, às vezes dura uma vida inteira”.

“Isto só vem demonstrar que este Governo está a pôr mais uma vez sob ataque não apenas o direito das mulheres, mas o direito que temos enquanto sociedade a podermos fazer o luto quando temos uma perda desta natureza”, disse, considerando que a proposta é “absolutamente indigna”.

A porta-voz do PAN garantiu que, quando a Assembleia da República retomar os trabalhos, em 17 de setembro, o seu partido irá pedir a audição da ministra do Trabalho para “prestar esclarecimentos, porque deve uma explicação a todas as mulheres, a todas as famílias que perderam os seus filhos e que têm o direito a este luto”.

Já o dirigente e ex-líder parlamentar do BE Fabian Figueiredo acusou o primeiro-ministro, Luís Montenegro, de estar na “política de forma cruel”.

“Isto é uma crueldade e necessita de um sobressalto cívico. Perder um filho é uma dor gigantesca. Que nós, em 2025, discutamos o fim do direito ao luto gestacional é uma crueldade imensa, que tem de ser travada”, disse.

Fabian Figueiredo apelou a que “toda a gente nas redes sociais, na conversa com os seus vizinhos” ou através de cartas abertas, “manifeste o seu desagrado” contra esta medida.

“Portugal é um país de gente corajosa, trabalhadora e merece políticas à altura. Nós não deixaremos e faremos todas as pontes que sejam necessárias para [impedir] que esta crueldade se inscreva na lei”, garantiu.

A defender penáltis, o melhor guarda-redes é a Inteligência Artificial

Nota positiva para máquinas, negativa para guardiões humanos. Inteligência Artificial supera guarda-redes a prever para que direção penáltis são batidos, com uma taxa de eficácia de 64% entre esquerda e direita. Um modelo de deep learning conseguiu prever com mais eficácia do que guarda-redes humanos para que lado seria batido um penálti, de acordo com um novo estudo publicado na arXiv que analisou mais de mil grandes penalidades. Investigadores da Universidade de Las Palmas de Gran Canaria, em Espanha, liderados por David Freire-Obregón, analisaram mais de mil penáltis de jogos reais transmitidos na televisão, para perceberem se a Inteligência Artificial

​Diogo Ribeiro está na final dos mundiais de natação

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Gustavo Gonçalves e Pedro Casinha campeões do Mundo sub-23 em K2 500

Os canoístas Gustavo Gonçalves e Pedro Casinha sagraram-se este domingo campeões do Mundo sub-23 em K2 500 metros, o terceiro pódio da seleção portuguesa em Montemor-o-Velho, Coimbra.

Liderando a prova do primeiro ao derradeiro metro, a dupla lusa terminou em 1.33,12 minutos, superando os italianos Francesco Lanciotti e Nicolo Volo por 89 centésimos de segundo e os eslovenos Matevz Manfreda e Anze Pikon por 1,01 segundos.

Sexta-feira, Pedro Casinha tinha garantido a medalha de bronze em K1 200 metros sub-23, o escalão no qual Beatriz Fernandes foi vice-campeã mundial no sábado, em C1 500 metros.

Os Mundiais sub-23 e júnior de canoagem, que terminam hoje no Centro de Alto Rendimento, reúnem cerca de 1.000 atletas de 66 países.

Motociclista morreu em acidente com veículo ligeiro em Santa Maria da Feira

Um motociclista, de 43 anos, morreu este domingo num acidente que envolveu também um veículo ligeiro de passageiros, na freguesia de Canedo, concelho de Santa Maria da Feira, disse à Lusa fonte do Comando Territorial da GNR de Aveiro.

De acordo com a fonte, tratou-se de uma colisão lateral, tendo os veículos embatido em mais três viaturas estacionadas.

“Não há feridos, apenas uma vítima mortal, que era o condutor da mota”, referiu a fonte da GNR de Aveiro.

As circunstâncias em que ocorreu este sinistro estão a ser investigadas pelo Núcleo de Investigação de Acidentes de Viação (NICAV).

O corpo foi transportado para o Gabinete Médico-Legal da Feira.

Entrevista a Kim Deal (Breeders, Pixies): “As pessoas acham que sou só uma baixista. E não sou, já agora, sou guitarrista. Quero lá saber!”

Kim Deal é muitas coisas. Baixista nos Pixies (na primeira vida do grupo, entre 1986 e 1993; depois a partir da reunião de 2004 até 2013, altura em que foi afastada); guitarrista e vocalista nas Breeders (banda bissexta fundada em 1989 e que não deu por terminada); a mulher mais fixe de sempre, para uma franja considerável de adeptos do rock dito alternativo. Estreou-se em nome próprio em 2024 com “Nobody Loves You More”, onze canções que oscilam entre a guitarrada boa e a ternura elegante, e que foi amplamente considerado como um dos melhores do ano transato. Foi precisamente esse álbum o que a norte-americana veio apresentar ao Porto, num concerto que teve lugar no Primavera Sound local.

É nesse contexto que a BLITZ a apanha, após o concerto; café na mão, olhar penetrante e constantemente fixo no olhar do jornalista, um sorriso espalhado na cara que tinha tanto de carinhoso como de Joker. A conversa começou no exterior dos bastidores do palco principal do Primavera Sound Porto, e foi sendo cortada pelo encontro de Kim com as Wet Leg, que também atuaram nesse dia, e pelo reencontro com um velho amigo, Bob Weston, dos Shellac, outrora a banda residente do festival. Terminou nos camarins de Kim, numa cadência de pensamentos que parecia viajar a milhas. A mulher mais fixe de sempre: tende-se a concordar.

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Sporting. Debast e Quenda podem jogar Supertaça

Zeno Debast e Geovany Quenda vão poder a jogar a Supertaça, diante do Benfica, depois de o Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) ter aceitado a providência cautelar do Sporting para suspender o castigo de um jogo aplicado a ambos pelo Conselho de Disciplina (CD) da Federação. A informação está a ser avançada pelo jornal “A Bola“, este domingo.

O defesa/médio neerlandês e o ala português tinham sido punidos pelo CD com um jogo de suspensão, cada, devido a factos ocorridos no Sporting-Vitória de Guimarães, referente à última jornada do campeonato 2024/25. O processo surgiu de uma denúncia do Benfica.

Em causa está uma tarja usada ao peito por Quenda, após o jogo com o Vitória, em que o Sporting festejou o bicampeonato, com uma imagem de Ricardo Esgaio e a inscrição “falas muito, chupa car****”. Uma expressão com que Esgaio se dirigira a Nicolás Otamendi, no final da visita dos leões ao Benfica, da jornada anterior do campeonato.

O Conselho de Disciplina entendeu que a expressão foi “claramente” uma provocação a Otamendi e ao Benfica. O castigo a Debast deve-se à partilha da imagem de Quenda com a tarja numa “story” do Instagram.

O Sporting interpôs uma providência cautelar e agora, segundo a referida publicação, o TAD aceitou, o que liberta os dois jogadores para a Supertaça, na próxima quinta-feira, às 20h45, no Estádio Algarve.

Geração 90

Geração 90 abre as portas a uma série de portugueses da geração que cresceu com a revolução digital e que vive ansiosa em relação ao futuro. Neste podcast, fala-se de forma leve do peso que acarretam os sonhos e as expectativas. Com Júlia Palha, nascida na década de 90, vamos descobrir se para esta geração o “Agora” será a melhor e mais importante altura das suas vidas.

Trust in News, dona da Visão, comunica despedimento coletivo dos 80 trabalhadores

A Trust in News (TiN) comunicou na sexta-feira o despedimento coletivo dos 80 trabalhadores do grupo, dono de títulos como a Visão e Caras, pedindo-lhes para “continuarem a trabalhar sem receber”, anunciou este domingo o Sindicato dos Jornalistas (SJ).

“A direção do Sindicato dos Jornalistas (SJ) foi confrontada com a dramática notícia do despedimento, sexta-feira, 25 de julho, de todos os trabalhadores do grupo Trust in News (TiN)”, lê-se num comunicado divulgado este domingo.

De acordo com o sindicato, este “é um desfecho que começou a desenhar-se há meses e cujos reais contornos devem ser apurados em todas as dimensões, desde a jornalística, à económica, financeira, política e até judicial”.

No comunicado, o SJ aponta a “postura incompreensível e intolerável” do administrador de insolvência da TiN, que quando entregou, presencialmente, o pré-aviso de despedimento aos cerca de 80 trabalhadores da empresa, lhes pediu “que continuassem a trabalhar para manter vivos os títulos, com o argumento de gerar receita, apesar de não ser dada qualquer garantia de remuneração”.

“Teme o SJ que se esteja a preparar uma venda a preço de saldo, sem ‘o inconveniente e o incómodo’ de existirem pessoas a quem pagar salários e garantir direitos”, sustenta.

Segundo explica, variando o prazo do pré-aviso de despedimento de 30 a 75 dias, consoante a antiguidade de cada trabalhador, “no fundo, foi pedido às pessoas a quem é devido o salário de junho, e em breve o de julho, bem como os subsídios de férias e os subsídios de refeição de maio e de junho, que continuem a trabalhar sem garantia de retribuição”.

Isto “para manter vivo um negócio que, desconfiamos, será vendido ‘à 25.ª hora’”, adverte.

Neste sentido, o sindicato alerta que “todos os que aceitarem continuar a trabalhar poderão estar a ajudar a salvar uma negociata cujos contornos não são claros neste momento”.

Adicionalmente, “perdendo todos os direitos como trabalhadores com o despedimento agora anunciado, não têm qualquer garantia de vir a ser integrados numa empresa que eventualmente possa nascer”.

“Lembramos que, além de estar a ser pedido agora às pessoas que continuem a trabalhar sem remuneração, o que equivale a escravatura, os trabalhadores, na esperança de uma venda redentora, podem estar a contribuir para salvar títulos que, no futuro, podem ser usados para fazer um jornalismo completamente diferente do que fizeram nestes anos, em que engrandeceram a profissão e contribuíram para uma sociedade mais esclarecida, dado o rigoroso escrutínio de que se revestiu muito do que foi feito jornalisticamente no grupo TiN, enquanto teve capacidade financeira”, adverte o SJ.

O sindicato diz viverem-se tempos em que “a fragilidade do jornalismo interessa a muitos atores sociais, alguns dos quais se regozijam com o desemprego destas 80 pessoas”.

“Sabemos que há muita gente que deseja o fim desta profissão, que não quer ser escrutinada, que quer mentir livremente, pois não trabalha nem deseja uma sociedade que seja mais justa e equitativa”, lamenta.

Neste cenário, a estrutura sindical considera “ainda mais lamentável e profundamente incompreensível” que, quase dois meses decorridos desde que tomou posse, o ministro da Presidência, Leitão Amaro, que tutela a comunicação social, “ainda não tenha respondido ao pedido de audiência solicitado pelo SJ pouco após a sua oficialização no cargo”.

O Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste chumbou em junho o plano de insolvência apresentado pela TiN, determinando o encerramento da sua atividade: “Nestes termos, decido não homologar o plano de insolvência apresentado pela Trust in News”, lê-se num documento datado de 18 de junho, a que a agência Lusa teve acesso.

Na altura, o acionista da TiN Luís Delgado disse à Lusa pretender recorrer da decisão que ditava o fecho da empresa, detentora de títulos como a Visão, Exame, Jornal de Letras, Activa, Telenovelas, TV Mais e Caras.

“Se possível, vamos recorrer da decisão da não homologação do plano de insolvência que foi aprovado por 77% dos credores”, afirmou então o gestor.

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