Incêndios cortam seis estradas nacionais nos distritos de Coimbra e Guarda

Os incêndios que continuam a afetar a região Centro do país obrigaram, este sábado, ao corte de seis estradas nacionais, nos dois sentidos, nos distritos de Coimbra e Guarda.

De acordo com a GNR, às 11h deste sábado estavam cortadas, no distrito de Coimbra, a EN 230, entre Quinta da Tapada e Parede; EN236, entre a vila da Lousã e a localidade de Pêra; e a EN342, entre as localidades de Reta do Sol e Mata do Sobral.

Já no distrito da Guarda, a circulação está interdita na EN102, entre as localidades de Marialva e Longroiva; EN221, entre as localidades de Gouveias e Pinhel; e EN226, nas proximidades das localidades de Ponte Abade, Rio de Mel e Peroferreiro.

A GNR sublinha que tem levado a cabo “patrulhamento apeado, patrulhamento a cavalo, patrulhamento ciclo, patrulhamento por elementos da investigação criminal e vigilância e monitorização através de drones, que podem atuar na deteção rápida de focos de incêndio e na identificação de suspeitos da prática de crimes de incêndio”.

A Guarda Nacional Republicana aponta ainda que as queimas e queimadas são das principais causas de incêndios em Portugal, e estão proibidas durante a situação de alerta, assim como os trabalhos rurais com recurso a máquinas.

Também o acesso, circulação e permanência no interior de espaços florestais, bem como nos caminhos florestais, caminhos rurais e outras vias que os atravessem, está proibido, assim como a utilização de fogo-de-artifício ou outros artefactos pirotécnicos, independentemente da sua forma de combustão.

Feira do Livro do Porto homenageia Sérgio Godinho

A Feira do Livro do Porto vai regressar aos Jardins do Palácio de Cristal, de sexta-feira a 7 de setembro, numa edição que homenageia o músico e escritor Sérgio Godinho e se divide por dezenas atividades programadas.

Sérgio Godinho, “um dos mais importantes autores portugueses da atualidade”, vai estar em destaque na Feira do Livro do Porto 2025, numa homenagem que se estende à sua obra ficcional e poética, ombreando “em qualidade com o seu cancioneiro”, afirma o presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, numa nota publicada no site da feira, onde a programação está toda disponível.

“O universo criativo deste homem dos sete instrumentos serve de mote à programação da feira, que se espraia por diferentes expressões artísticas: da literatura à música, passando pelas artes plásticas, o cinema ou a spoken word“, acrescenta o autarca.

Durante 17 dias, os Jardins do Palácio de Cristal vão acolher 113 editoras, livreiros e alfarrabistas distribuídos por 130 pavilhões, e vão ser palco de iniciativas como intervenção mural, concertos, jogos, apresentações de livros, cinema, conversas, exposições e oficinas infantojuvenis, de acordo com a programação disponível.

Logo no primeiro dia, haverá uma intervenção mural pela ilustradora Mariana, a miserável, intitulada “A Minhoca”, inspirada na música “Lá Isso É” (1978), de Sérgio Godinho.

O concerto de abertura, “E o coração que o conte/quantas vezes já bateu pra nada”, que acontece na Concha Acústica, conta com curadoria de Tiago Andrade e Bruno Rocha, e terá lugar ao fim do dia.

À noite, no âmbito da programação para cinema, o auditório da Biblioteca Municipal Almeida Garrett apresenta “Estilhaços”, a partir de um espetáculo de Adolfo Luxúria Canibal.

No dia 23, os destaques vão para a atribuição da tília de homenagem a Sérgio Godinho, pelas 15h, seguida da sessão de homenagem “Sérgio sobre o Porto”, com a participação do músico, de Rui Moreira, de João Gobern e de Francisco José Viegas.

No que respeita à programação de cinema, ao longo dos vários dias de feira, estão previstas apresentações de filmes como “Era uma vez no Apocalipse”, de Tiago Pimentel, com Sérgio Godinho, de “Kilas o mau da fita”, seguida de uma conversa com o músico, “Nós por cá todos bem”, de Fernando Lopes, “Jules e Jim”, de François Truffaut, ou a palestra multimédia “O labirinto da beleza”, de Martim Sousa Tavares, entre outros.

Os concertos são um dos pontos fortes do certame, que este ano contará com espetáculos musicais de artistas como Manel Cruz, Márcia, Três Tristes Tigres, Lula Pena, Napa e, a encerrar a feira, um concerto de Sérgio Godinho & Os Assessores, com Manuela Azevedo como convidada.

Ainda no contexto musical, será possível assistir aos podcasts “Assim ou Assado”, com Marco Neves e Sam The Kid, e “O que cresci ouvindo”, com Ivan Lima e Sérgio Godinho.

Haverá também espaço para várias conversas temáticas, entre as quais se destacam “Quantas faces ocultas na face visível da lua?”, com Luísa Sobral e moderação de Maria João Costa, “Contrafação da liberdade é ignomínia”, com António Brito Guterres e moderação de Teresa Coutinho, ou “Tudo no amor faz do nada um tudo”, com Lídia Jorge e moderação de Rui Couceiro.

O programa tem ainda prevista uma iniciativa da cooperativa cultural Frenesim que consiste numa open call para todas as vozes do Porto se juntarem num coro de criação coletiva, para um espetáculo que terá lugar nos dias 6 e 7 de setembro, intitulado “Maré Alta — Coro instantâneo do Porto”.

“Construímos, no âmbito da Feira do Livro do Porto, um festival literário contagiante, assente numa programação rica, vibrante e diversa, contando com a cumplicidade e o gesto exato de centenas de ‘alquimistas da palavra’”, destaca o coordenador da programação, João Gesta.

Nas palavras do responsável, “a liberdade vai passar” pela feira do livro do Porto, que espera “se transforme num rigoroso exercício de libertação, numa festa da palavra ao serviço do dia claro e vertiginoso, numa festa onde caiba o mundo inteiro”.

O escritor e editor Francisco José Viegas, comissário da homenagem a Sérgio Godinho, adiantou que a partir de dia 23, na Avenida das Tílias, uma dessas árvores levará o nome de Sérgio Godinho e os seus versos, e destacou o lançamento do seu novo livro de contos, “Como se não houvesse amanhã”, bem como o concerto de encerramento, que acontece uma semana depois do cantor cumprir 80 anos.

SATA quer ser compensada por prejuízos devido a greve do IPMA

A SATA Air Açores vai recorrer à Justiça para ser ressarcida dos prejuízos por ter sido impedida de voar sexta-feira para várias ilhas açorianas devido à greve dos trabalhadores do Instituto Português do Mar e da Atmosfera.

Em comunicado enviado este sábado à agência Lusa, a companhia aérea açoriana referiu que a paralisação dos trabalhadores do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) obrigou, na sexta-feira, ao cancelamento de 42 voos, “afetando cerca de três mil pessoas”.

“A administração do grupo SATA vai agir judicialmente para ser ressarcida dos prejuízos causados por esta greve e pelo não cumprimento dos serviços mínimos”, adiantou a empresa.

O cancelamento de diversas ligações aéreas “comprometeu gravemente a mobilidade dos açorianos”. “O acesso a serviços essenciais, incluindo cuidados de saúde, ficou dificultado e foram violadas obrigações elementares de serviço público”, referiu.

Segundo a nota, no dia 8 de agosto “a presidência do IPMA confirmou à administração do grupo SATA que estava salvaguardado o cumprimento dos serviços mínimos, mas tal não aconteceu”.

“A situação é particularmente grave não só pelo incumprimento, mas também porque impediu a companhia de adotar medidas preventivas adequadas, dado que o IPMA não informou em tempo útil que os serviços mínimos não seriam efetivamente cumpridos”, disse.

A SATA Air Açores (responsável pelas ligações interilhas) adiantou que “está a fazer todos os esforços para repor a normalidade da operação durante o dia de hoje [sábado], com diversos voos extraordinários programados para minimizar os impactos para os passageiros”.

“Como encontrar um diamante”. Fóssil de formiga com 16 milhões de anos surpreende cientistas

O fóssil contradiz a teoria evolutiva de que estas formigas encolheram ao longo os anos e de que nunca saíram da América Latina continental. Um fóssil com 16 milhões de anos preservado em âmbar revelou uma espécie de formiga até agora desconhecida, oferecendo novas pistas sobre a história evolutiva e a distribuição passada destes insetos elusivos. O estudo, publicado na Proceedings of the Royal Society B por investigadores do New Jersey Institute of Technology (NJIT), detalha o primeiro membro fossilizado do género Basiceros alguma vez encontrado nas Caraíbas. A espécie recém-identificada, Basiceros enana, era uma obreira adulta com apenas 5,13

Risco máximo de incêndio em mais de 100 concelhos do Norte, Centro e Algarve

🔴 3.400 bombeiros combatem sete incêndios. Piódão e Sátão continuam os mais preocupantes

Mais de uma centena de concelhos do interior Norte e Centro do país e sete municípios do Algarve estão este sábado em risco máximo de incêndio, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

De acordo com o IPMA, estão sob risco máximo de incêndio todos os concelhos dos distritos de Bragança e Guarda e a maioria dos de Viseu, Vila Real e Castelo Branco.

Também em risco máximo estão dezenas de outros municípios dos distritos Viana do Castelo, Braga, Porto, Coimbra, Santarém, Portalegre e Faro.

Em risco muito elevado estão cerca de 50 municípios nos distritos de Faro, Beja, Portalegre, Castelo Branco, Santarém, Leiria, Coimbra, Aveiro e Porto.

Sob risco elevado encontram-se perto de cem municípios, abrangendo a maioria do Alentejo, e vários concelhos dos distritos de Faro, Lisboa, Leiria, Coimbra, Aveiro, Porto, Braga, Viana do Castelo .

ICNF apela ao "cumprimento integral" da suspensão da caça devido à situação de alerta

Segundo o IPMA, estão ainda em risco moderado à volta de 30 municípios, dos distritos de Lisboa, Setúbal, Santarém, Leiria, Coimbra Aveiro e Braga.

O risco de incêndio determinado pelo IPMA tem cinco níveis, que vão de reduzido a máximo, sendo este último emitido quando as condições meteorológicas, como calor extremo e baixa humidade, aumentam significativamente o perigo de ignição e propagação de incêndios.

Portugal está em situação de alerta devido ao risco de incêndio rural desde 02 de agosto e este ano já arderam 63.247 hectares de espaços florestais, metade dos quais nas últimas três semanas, e deflagraram 5.963 incêndios, sendo a maioria nas regiões do Norte e Centro.

O IPMA colocou ainda sob aviso laranja devido à “persistência de valores muito elevados da temperatura máxima” os distritos de Bragança, Guarda, Castelo Branco, Portalegre, Évora, Beja e Faro.

Quanto à previsão para este sábado, o IPMA aponta para uma pequena descida da temperatura mínima, mas subida da temperatura máxima no litoral Norte e Centro e na região Sul. O vento em geral vai soprar fraco do quadrante oeste, sendo fraco a moderado (até 30 km/h) de noroeste na faixa costeira ocidental e do quadrante sul nas terras altas, sendo por vezes forte (até 40 km/h) de sueste nas serras algarvias até ao meio da manhã.

As temperaturas mínimas vão variar entre os 14º (graus Celsius), em Viana do Castelo, e os 24º (Portalegre) e as máximas entre os 24º (Viana do Castelo, Porto e Aveiro) e os 41º (Évora e Beja).

PJ detém dois suspeitos de atear fogos florestais no distrito da Guarda

A Polícia Judiciária (PJ) deteve, na passada sexta-feira, dois suspeitos de atear fogos florestais em Seia e Pinhel, duas cidades do distrito da Guarda, foi hoje revelado.

De acordo com a PJ, no caso de Seia, foi detido um homem de 19 anos suspeito de atear um incêndio naquele concelho “com recurso a chama direta, sem motivo evidente, pondo em risco floresta e habitações em plena Serra da Estrela”.

O jovem já foi investigado no passado pelo mesmo tipo de crimes.

No caso de um incêndio que deflagrou na sexta-feira em Pinhel, foi detida uma mulher de 32 anos suspeita da sua autoria.

“A suspeita vive em conflitualidade com os vizinhos e terá ateado o incêndio com recurso a chama direta, utilizando um isqueiro, para os assustar, colocando em risco a própria povoação onde reside”, informou a PJ.

Os dois suspeitos vão ser presentes ao Ministério Público da Guarda para primeiro interrogatório judicial.

SATA impedida de voar devido a greve do IPMA quer ser ressarcida de prejuízos

A SATA Air Açores vai recorrer à justiça para ser ressarcida dos prejuízos por ter sido impedida de voar sexta-feira para várias ilhas açorianas devido à greve dos trabalhadores do Instituto Português do Mar e da Atmosfera.

Em comunicado enviado este sábado à agência Lusa, a companhia aérea açoriana referiu que a paralisação dos trabalhadores do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) obrigou, na sexta-feira, ao cancelamento de 42 voos, “afetando cerca de 3.000 pessoas”.

“A administração do grupo SATA vai agir judicialmente para ser ressarcida dos prejuízos causados por esta greve e pelo não cumprimento dos serviços mínimos”, adiantou a empresa.

O cancelamento de diversas ligações aéreas “comprometeu gravemente a mobilidade dos açorianos”.

“O acesso a serviços essenciais, incluindo cuidados de saúde, ficou dificultado e foram violadas obrigações elementares de serviço público”, referiu.

Segundo a nota, no dia 08 de agosto “a presidência do IPMA confirmou à administração do grupo SATA que estava salvaguardado o cumprimento dos serviços mínimos, mas tal não aconteceu”.

“A situação é particularmente grave não só pelo incumprimento, mas também porque impediu a companhia de adotar medidas preventivas adequadas, dado que o IPMA não informou em tempo útil que os serviços mínimos não seriam efetivamente cumpridos”, disse.

A SATA Air Açores (responsável pelas ligações interilhas) adiantou que “está a fazer todos os esforços para repor a normalidade da operação durante o dia de hoje, com diversos voos extraordinários programados para minimizar os impactos para os passageiros”.

Seis mortos em incêndio no lar da Misericórdia de Mirandela

Além dos seis mortos confirmados, resultaram ainda 24 feridos, dos quais cinco em estado grave. Três funcionárias deram o alerta. Seis idosos morreram na madrugada deste sábado, num lar da Santa Casa da Misericórdia de Mirandela, na sequência de um incêndio. Segundo o provedor Adérito Gomes, o incêndio terá começado num “colchão anti-escaras”, num quarto com três utentes, que acabaram por morrer. Outros três, devido à inalação de fumo e a problemas respiratórios, também não conseguiram resistir. Além dos seis mortos confirmados, resultaram ainda 24 feridos, dos quais cinco em estado grave, segundo confirmou o presidente da Câmara Municipal de

Putin quer “acordo abrangente e não cessar-fogo”, diz Trump. Zelensky vai a Washington

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que o seu homólogo russo, Vladimir Putin, não está interessado num acordo de cessar-fogo e prefere discutir um acordo abrangente que ponha fim à guerra na Ucrânia, disse Trump, citado pelo jornalista do site Axios Barak Ravid na rede social X (antigo Twitter).

Trump reuniu-se com Putin na véspera no Alasca, num encontro que tinha gerado grandes receios e expectativas sobre o que poderiam os dois líderes decidir na ausência do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, especialmente sobre trocas de território. Trump tinha dito que a sua prioridade seria um cessar-fogo imediato.

Mas ao relatar, este sábado, o conteúdo da discussão com Putin a aliados da NATO e a Zelensky, concordou com o Presidente russo: “Penso que um acordo de paz rápido é melhor do que um acordo de cessar-fogo.”

Zelensky, disse ainda Ravid, confirmou que irá encontrar-se com Trump em Washington na segunda-feira.

A cimeira de Trump e Putin foi considerada produtiva pelos dois e acabou com breves declarações à imprensa, com Trump a declarar que “não há acordo até haver acordo”, e Putin a dizer, em inglês, “para a próxima em Moscovo”.

O encontro de três horas entre Trump e Putin deixou mais perguntas do que respostas, segundo a BBC. O New York Times destaca que Trump mencionou um “acordo” sobre alguns pontos, não revelando quais, mas não sobre outros, enquanto Putin afirmou, de forma ainda mais vaga, que alcançaram um “entendimento”.

Ao falar da “situação na Ucrânia”, Putin disse que as causas que estão na raiz do conflito tinham de ser resolvidas antes de que fosse possível chegar a um acordo, “uma frase que terá feito soar alarmes em Kiev” e noutras capitais, comenta a BBC, porque é uma expressão que “se tornou sinónimo de uma série de exigências maximalistas de Putin”.​

Na análise da BBC, Putin saiu muito bem do encontro com Trump. Primeiro, por ter sido recebido com pompa e circunstância depois de estar anos com viagens ao estrangeiro muito restritas e pela atmosfera calorosa com Trump.

Cimentar da reaproximação EUA-Rússia

O New York Times também destaca “a atmosfera extraordinária”: a passadeira vermelha, palmas de Trump quando Putin chegou – alguém que, lembra, “está sob sanções dos EUA e enfrenta um mandado de captura internacional por crimes de guerra”.

Putin também terá ficado aliviado por não ter havido quaisquer “consequências graves” para a Rússia, que tinham sido uma ameaça de Trump caso não houvesse um acordo de cessar-fogo.

“A cimeira pode não ter conseguido progressos concretos para a paz na Ucrânia, mas cimentou a reaproximação entre a Rússia e os Estados Unidos”, conclui a BBC.

“Seria difícil imaginar um evento que pudesse ter corrido melhor do ponto de vista do líder russo”, é a análise do New York Times.

Relato a Zelensky e líderes europeus

Trump fez o relato da conversa com Putin enquanto regressava a Washington, onde aterrou esta manhã.

Entre os participantes esteve a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, segundo confirmou a sua porta-voz à agência Reuters. De acordo com um responsável da NATO, o secretário-geral da Aliança Atlântica, Mark Rutte, também esteve na chamada telefónica, tal como o Presidente francês, Emmanuel Macron, confirmou o Eliseu.

Participaram ainda líderes da Alemanha, Finlândia, Polónia, Itália e Reino Unido, informou a Comissão Europeia.

Segundo o jornalista Barak Ravid, que cita uma fonte próxima presente no telefonema, Trump falou durante mais de uma hora e meia com Zelensky e os líderes europeus.

*com Reuters

Governo dos EUA desiste de assumir controlo total da polícia de Washington D.C.

O governo norte-americano desistiu de assumir o controlo da polícia de Washington D.C., após as autoridades locais interporem uma ação judicial contra a nomeação do diretor da Administração de Combate às Drogas para liderar a segurança na capital.

A decisão foi tomada na sexta-feira pelo Departamento de Justiça, depois de o procurador-geral do Distrito de Columbia, Brian Schwalb, processar a administração do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pelo que considera ser uma “tomada hostil” da polícia da capital pelo Governo federal como parte da campanha republicana contra o crime nas ruas.

Schwalb e a presidente da Câmara de Washington D.C., Muriel Bowser reagiram à decisão em conferência de imprensa, classificando o recuo como “uma vitória”.

A reviravolta ocorreu depois de as partes envolvidas terem sido convocadas pela juíza distrital dos EUA Ana Reyes, que sugeriu chegarem a um acordo para evitar a suspensão, de forma permanente, da federalização da cidade.

Na segunda-feira, Trump declarou uma “Emergência de Segurança Pública” e assumiu o controlo da Polícia de Washington D.C., quando também anunciou a ativação de cerca de 800 soldados da Guarda Nacional no âmbito dos esforços para “restabelecer a ordem pública”, com base numa cláusula da Lei da Autonomia Municipal.

A decisão do Presidente foi criticada pelo facto de a capital dos EUA registar os números mais baixos de crimes de homicídio em décadas.

Além disso, o republicano ameaçou repetir a mesma ação noutras cidades governadas por presidentes de câmara democratas.

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