Governo vai insistir na mudança ao regime de reagrupamento familiar ajustando-o face ao chumbo do Constitucional


O Governo “está a olhar para a decisão do Tribunal Constitucional”, assumindo que vai ajustar as normas que foram consideradas inconstitucionais, mas irá insistir em propor alterações ao reagrupamento familiar, assumiu António Leitão Amaro, que se encontra no Algarve, em declarações a vários órgãos de comunicação social, transmitidas pela RTP.
“Respeitando, e discordando, o Governo vai fazer ajustamentos nas normas que aquela maioria dos juízes considerou desconforme à Constituição. Irá ajustá-las com um objetivo”, salientou, reafirmando ser “necessário reforçar a regulação da imigração, incluindo todos estes canais”. E recorda que o Presidente da República e o Tribunal não viram obstáculos nas alterações nos canais CPLP, nos vistos de procura de trabalho, no regime transitório.
Em declarações aos jornalistas, Leitão Amaro recordou várias vezes que a decisão do Constitucional de chumbar várias normas do diploma proposto pelo Governo não foi unânime. “Muitos juízes discordaram da decisão” e o Governo também, naquilo que diz ser uma “discordância com respeito institucional”.
Agora, depois da decisão do Constitucional, “com tranquilidade, olhamos para a decisão, alteramos as normas, encontrando soluções que permitam regulação e introdução de limites, exigências, regras” até no reagrupamento familiar que, segundo Leitão Amaro, está respaldado em várias diretivas europeias e pelo tribunal europeu e dos direitos humanos.
Ajustará assim as cinco normas chumbadas. “Não abdicamos do objetivo de regular a imigração no canal do reagrupamento”. É, pois, “preciso encontrar um ponto que cumpra [a decisão do Tribunal Constitucional]”, assumindo que “podem contar com este governo e que vão ter soluções e o governo, com a maioria que o suporta, vai propor soluções”.
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