Papa: O “sim” dos mártires do nosso tempo continua vivo


O Papa elogiou esta sexta-feira todos os que, tal como Maria, não fogem e respondem com o seu “sim” à vontade de Deus. Leão XIV, que celebrou missa na paróquia de San Tommaso de Villanova, em Castel Gandolfo, reconheceu “nos mártires do nosso tempo, nas testemunhas da fé e da justiça, da mansidão e da paz, que aquele “sim” continua vivo e ainda contraria a morte”.
Assim, este dia de festa, dedicado à Assunção da Virgem, “é um dia que nos compromete a escolher como e para quem viver”, afirmou.
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Na homilia, o Santo Padre elogiou o “sim” de tantas comunidades cristãs pobres e perseguidas, os testemunhos de ternura e perdão nos locais de conflito, os construtores da paz e os edificadores de pontes num mundo despedaçado, considerando-os “a alegria da Igreja pela sua fecundidade permanente e pelos primeiros frutos do Reino que vem”.
Neste contexto, Leão XIV também lamentou que “infelizmente, onde prevalecem as seguranças humanas, com um certo bem-estar material e a acomodação que adormece as consciências, a fé pode envelhecer”. O Papa condenou todo o tipo de “resignação e lamentação, nostalgia e insegurança” que, em vez de se acabar com o mundo antigo, “continua a procurar-se o seu amparo: o amparo dos ricos e dos poderosos, que geralmente acompanha o desprezo pelos pobres e humildes”.
A posição da Igreja é outra: “Não tenhamos medo de escolher a vida! Pode parecer perigoso, imprudente. Quantas vozes estão sempre lá a sussurrar-nos: ‘Quem te obriga a fazer isso? Deixa estar! Pensa nos teus interesses’. São vozes de morte. Em contrapartida, nós somos discípulos de Cristo. É o seu amor que nos impele, corpo e alma, no nosso tempo”, afirmou. “Como indivíduos e como Igreja, já não vivemos para nós mesmos. É precisamente isto – e só isto – que difunde a vida e a faz prevalecer”.