Papa: O “sim” dos mártires do nosso tempo continua vivo

O Papa elogiou esta sexta-feira todos os que, tal como Maria, não fogem e respondem com o seu “sim” à vontade de Deus. Leão XIV, que celebrou missa na paróquia de San Tommaso de Villanova, em Castel Gandolfo, reconheceu “nos mártires do nosso tempo, nas testemunhas da fé e da justiça, da mansidão e da paz, que aquele “sim” continua vivo e ainda contraria a morte”.

Assim, este dia de festa, dedicado à Assunção da Virgem, “é um dia que nos compromete a escolher como e para quem viver”, afirmou.

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Na homilia, o Santo Padre elogiou o “sim” de tantas comunidades cristãs pobres e perseguidas, os testemunhos de ternura e perdão nos locais de conflito, os construtores da paz e os edificadores de pontes num mundo despedaçado, considerando-os “a alegria da Igreja pela sua fecundidade permanente e pelos primeiros frutos do Reino que vem”.

Neste contexto, Leão XIV também lamentou que “infelizmente, onde prevalecem as seguranças humanas, com um certo bem-estar material e a acomodação que adormece as consciências, a fé pode envelhecer”. O Papa condenou todo o tipo de “resignação e lamentação, nostalgia e insegurança” que, em vez de se acabar com o mundo antigo, “continua a procurar-se o seu amparo: o amparo dos ricos e dos poderosos, que geralmente acompanha o desprezo pelos pobres e humildes”.

A posição da Igreja é outra: “Não tenhamos medo de escolher a vida! Pode parecer perigoso, imprudente. Quantas vozes estão sempre lá a sussurrar-nos: ‘Quem te obriga a fazer isso? Deixa estar! Pensa nos teus interesses’. São vozes de morte. Em contrapartida, nós somos discípulos de Cristo. É o seu amor que nos impele, corpo e alma, no nosso tempo”, afirmou. “Como indivíduos e como Igreja, já não vivemos para nós mesmos. É precisamente isto – e só isto – que difunde a vida e a faz prevalecer”.

Fogo apareceu junto a posto de combustível. “Ninguém se entende!”, queixa-se comandante de bombeiros

Chamas de Trancoso e Sátão atingem 10 municípios. Há 6 grandes fogos, está “descontrolado” em Arganil. Governo percebe reclamações. Os incêndios não dão tréguas em Portugal. E, como a ministra da Administração Interna tinha avisado, esta sexta-feira seria um dia particularmente complicado. Ao início da manhã, mais de 3.500 operacionais combatiam os 37 incêndios ativos em todo o país, seis deles a mobilizar o maior número de meios. O mais preocupante é em Arganil. “As coisas descontrolaram-se completamente durante a noite, os ventos são muito severos”, relata o presidente da Câmara Municipal local. Luís Paulo Costa lamenta na TSF: “Nós

Polícias identificaram numa década 3.014 pessoas suspeitas de abandonarem animais

As autoridades policiais identificaram durante a primeira década da criminalização do abandono de animais, 3.014 suspeitos, mostram as estatísticas oficiais da Justiça, com o verão a ser, segundo a GNR, um dos períodos mais críticos do ano.

De acordo com o portal Estatísticas da Justiça, gerido pela Direção-Geral da Política de Justiça, entre 1 de janeiro de 2015 e 31 de dezembro de 2024, foram identificados, maioritariamente por PSP e GNR, 1.706 homens e 1.308 mulheres por suspeita da prática do crime de abandono de animais de companhia.

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Em 2015, foram identificadas 205 pessoas, o número mais baixo da década e, no ano passado, 320.

O pico ocorreu em 2022, com 364 identificações.

Segundo a mesma fonte, as polícias registaram, na mesma década, 6.711 crimes de abandono de animais de companhia.

Anualmente, o número mais baixo foi em 2015, com 472 casos, e o mais elevado em 2019, com 801.

No ano passado, foram contabilizados 652 crimes.

Em 2025, a GNR registou até 31 de julho 214 crimes de abandono de animais de companhia, enquanto a PSP contabilizou até 30 de junho 117 ilícitos, informaram em resposta à Lusa as duas forças de segurança.

A maioria dos animais abandonados são cães e gatos, com o verão a ser uma das alturas críticas do ano.

“Por norma, o maior número de abandono de animais de companhia ocorre durante o principal período de férias, nomeadamente no verão”, refere a GNR.

Lembrando que “a adoção de um animal de companhia acarreta sempre responsabilidades”, a força de segurança apela “a um comportamento responsável” mesmo em férias.

“Existem […] alternativas com as condições necessárias para que os animais sejam devidamente acolhidos, na impossibilidade de serem transportados para os locais de veraneio, sendo que a solução nunca passará por abandonar um animal de companhia”, sublinha a GNR.

O mesmo apelo é deixado pela PSP, que pede a todos os cidadãos que “respeitem os “direitos dos animais””.

Segundo o Código Penal, o crime de abandono de animal de companhia é punido com até seis meses de prisão ou até 60 dias de multa.

No sábado assinala-se o Dia Internacional do Animal Abandonado.

Em três meses de época balnear registaram-se 17 interdições a banhos

Entre maio e julho de 2025 foram declaradas 17 interdições a banhos em praias de Portugal continental, 14 por contaminação microbiológica, duas por salmonela e uma por precaução, abrangendo um total de 16 estâncias balneares, informou a associação Zero.

Segundo a associação ambientalista, estes dados representam uma diminuição para quase metade do número de zonas balneares com problemas idênticos no ano passado: 31.

De acordo com a Zero, existem atualmente 673 águas balneares cuja monitorização é reportada, com um “número limitado de praias a revelarem problemas”.

Em relação a Portugal continental, onde existem 526 águas balneares, entre maio e julho, registaram-se 34 desaconselhamentos de banhos, mais três que em 2024, 21 dos quais devido a contaminação microbiológica, afetando um total de 27 águas balneares.

Na Região Autónoma da Madeira, verificaram-se até agora quatro situações de desaconselhamento de banhos, avança a Zero, enquanto nos Açores, os dados disponíveis apontam para a ausência de quaisquer restrições.

No mês de agosto, já se verificaram 13 situações de desaconselhamento ou proibição de banhos, cinco das quais comprovadamente devido a contaminação microbiológica.

Nestas zonas balneares em que se verificou contaminação microbiológica, a Zero refere ter havido “ultrapassagem dos limites fixados tecnicamente a nível nacional relativamente a pelo menos um dos dois parâmetros microbiológicos que são avaliados (Escherichia coli e Enterococus intestinais)”.

A praia que apresentou maior número de situações de água imprópria para banhos foi a de Matosinhos, com três situações de desaconselhamento ou proibição de banhos e uma situação de interdição durante praticamente duas semanas.

Segundo a Zero, os problemas que afetaram a água balnear de Angeiras Norte, também no concelho de Matosinhos, onde se verificou um período de desaconselhamento de banhos e também de interdição da praia, conduziram a que este concelho fosse aquele onde foram identificados maiores problemas de qualidade da água no país.

De acordo com a associação ambientalista, a situação verificada nos últimos dias na praia da Nazaré, onde uma descarga associada ao sistema de saneamento conduziu mais de 100 pessoas aos serviços de saúde, “é um claro alerta para que as entidades responsáveis façam um maior esforço para evitar este tipo de riscos de contaminação de praias próximas”.

No caso das praias de Angeiras Norte, em Matosinhos e de Labruge, em Vila do Conde, e de acordo com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), “foram descargas industriais” no rio Onda que viriam a afetar praias adjacentes à foz, “mostrando quão importante é a fiscalização e cumprimento de regras por parte das empresas no que respeita às águas residuais”.

Relativamente ao que se passou no Algarve, os desaconselhamentos verificados nas praias de Alagoa — Altura e Praia Verde, ambas no concelho de Castro Marim — mostram, segundo a Zero, ser necessário, “apesar do já enorme esforço de amostragem à escala nacional, complementá-lo com amostras extra”.

A associação ambientalista considera que naquelas e em outras praias “com uma baixa frequência de recolha de amostras pelo historial de excelente qualidade, pode haver episódios de poluição não detetados”.

Nenhuma das 81 praias classificadas pela associação como Praia Zero Poluição (zonas balneares onde não foi detetada qualquer contaminação nas análises efetuadas ao longo das três últimas épocas balneares) foi abrangida por desaconselhamento ou interdição associada à ultrapassagem de parâmetros microbiológicos, de acordo com todos os dados disponibilizados.

Os dados foram recolhidos pela Zero tendo por base os pontos de situações mensais efetuados pela APA e pela Direção Geral de Saúde (DGS) para as águas balneares de Portugal Continental.

Interface com IA transforma palavras apenas imaginadas em discurso falado

Uma interface cérebro-computador permitiu que pessoas com paralisia transformassem diretamente os pensamentos em palavras, com menos esforço do que técnicas anteriores, nas quais era necessário fazer uma tentativa física de falar. Mas ainda estamos muito longe verdadeiramente ler pensamentos. Pessoas com paralisia podem agora ver os seus pensamentos convertidos em fala apenas ao imaginarem falar mentalmente. Embora as interfaces cérebro-computador já consigam decifrar a atividade neuronal de pessoas com paralisia quando estas tentam fisicamente falar, esse processo pode exigir um esforço considerável. Na realidade, os cientistas andam pelo menos desde 2018 a tentar ler pensamentos com a ajuda de IA

Hezbollah rejeita desarmamento enquanto Israel mantiver ataques

Enquanto os ataques e a ocupação israelita prosseguirem, o Hezbollah não vai entregar as armas.

Num discurso emitido pela televisão libanesa, esta manhã, o responsável máximo do Hezbollah referiu que “não pode haver soberania libanesa sem resistência”.

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Naim Qassem lembrou que, com o movimento Amal, seu aliado muçulmano xiita, o Hezbollah decidiu adiar quaisquer protestos de rua contra o plano de desarmamento libanês, apoiado pelos Estados Unidos, na esperança que haveria espaço para diálogo com o governo libanês.

Governo a quem Qassem diria que o plano de desarmamento “despojaria a resistência das suas armas” e “abriria caminho para a expulsão dos combatentes das suas casas”. Mas sem diálogo, o Hezbollah deixou críticas ao governo libanês.

“O dever do Governo é construir o país, não entregá-lo ao inimigo israelita e americano”, referiu Qassem, que conclui que está a executar “ordens americanas e israelitas” para acabar com a resistência. E se as armas do Hezbollah forem removidas, o Governo libanês será responsável por qualquer agitação ou conflito interno que possa surgir como resultado dessa decisão. Como manifestações de protesto ” que podem chegar á embaixada dos Estados Unidos”.

“Não haverá vida no Líbano” se o Governo tentar tomar as armas à força, avisou.

Em direto/ Trump e Putin vão estar “cara a cara” no Alasca para falar de guerra e paz

Trump e Putin “cara a cara” no Alasca para falar de guerra e paz

O futuro da Ucrânia passa hoje pelo Alasca, uma antiga colónia russa onde os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia se vão reunir sem a participação do país invadido por Moscovo.

Donald Trump e Vladimir Putin vão falar “cara a cara” sobre a guerra iniciada pela Rússia em fevereiro de 2022, quando invadiu o país vizinho para o “desmilitarizar e desnazificar”, como anunciou na altura o líder russo.

Depois de uma primeira conversa apenas com a presença de intérpretes, delegações dos dois países vão juntar-se a Trump e a Putin numa reunião que incluirá um almoço de trabalho, segundo o programa anunciado pelas autoridades russas.

A cimeira, durante a qual serão discutidos outros temas relacionados com a segurança internacional, está marcada para as 11h30 locais (20h30 em Lisboa).

Vai realizar-se numa base militar perto de Anchorage, a capital do maior dos 50 estados norte-americanos, “encravado” entre o Canadá e a Rússia, situada a meros 82 quilómetros do outro lado do estreito de Bering.

Fogo em Pampilhosa da Serra obriga à evacuação da aldeia de Covanca

A aldeia de Covanca, em Pampilhosa da Serra, vai ser evacuada devido ao agravamento do incêndio que lavra desde quarta-feira naquele concelho do distrito de Coimbra.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara de Pampilhosa da Serra disse que a situação no seu concelho está a agravar-se, sobretudo por causa das condições climatéricas adversas.

“O incêndio não nos deu descanso durante toda a noite. Tem uma extensão muito grande. Neste momento estamos a preparar-nos para evacuar a aldeia de Covanca”, disse Jorge Custódio.

O autarca explicou ainda que Covanca é atualmente habitada por cerca de 300 pessoas.

Esta aldeia situa-se no extremo nordeste do concelho de Pampilhosa da Serra e nos seus limites encontram-se as linhas divisórias de três concelhos, Pampilhosa da Serra, Arganil e Covilhã, consequentemente de dois distritos, Coimbra e Castelo Branco.

Várias frentes em Arganil ameaçam aldeias e Mata da Margaraça

O incêndio florestal que lavra há mais de 48 horas no município de Arganil, distrito de Coimbra, está a evoluir em várias frentes, ameaçando aldeias e a ‘joia ambiental’ da Mata da Margaraça, disse o presidente da Câmara.

À Lusa, Luís Paulo Costa manifestou-se muito preocupado com a evolução do incêndio no seu concelho, antecipando muitos problemas ao longo do dia, com frentes de fogo a norte, oeste e sudoeste do local onde o incêndio eclodiu na freguesia do Piódão, na quarta-feira, situadas a quase dez quilómetros em linha reta da origem.

“Neste momento a Mata da Margaraça está ameaçada, ainda não ardeu, mas o fogo está nas imediações, na mesma encosta. Está a ser feito lá um trabalho do sentido de tentar fazer a contenção do incêndio, mas está difícil”, diz.

Os meios foram reforçados no combate ao incêndio de Arganil. São nove os meios aéreos que apoiam o trabalho de 900 operacionais.

Autarca denuncia falta de meios e má abordagem por parte da proteção civil

As últimas horas foram bastante difíceis. O vento forte comprometeu o trabalho dos bombeiros e houve mesmo a necessidade de retirar, por precaução, quatro pessoas, nas aldeias de Valado e Casarias.

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A população que é obrigada a deixar as habitações está a ser acolhida com a ajuda de IPSS locais. Há ainda um pavilhão gimnodesportivo em Coja, para acolher pessoas.

“Nas várias linhas de fogo encontram-se várias aldeias. Tem havido aqui um trabalho de articulação, nomeadamente da Proteção Civil com a GNR, no sentido de avisarem as pessoas e de chegarem antes do fogo circundar as aldeias”, diz o autarca à Renascença, revelando que durante a madrugada foram retiradas quatro pessoas de duas aldeias.

O presidente da Câmara de Arganil, Luís Paulo Costa, queixa-se da falta de meios e identifica no trabalho da Proteção Civil uma possível má abordagem ao incêndio

“Nós vimos de anteontem, com um dia em que houve aqui um número muito significativo de meios, um empenho muito grande, houve muita organização. As coisas ontem já não correram tão bem. Houve aqui coisas que claramente não correram bem, para não dizer expressamente que correram mal”, assinala.

Ressaltando que não sabe o suficiente sobre combate a incêndios, Luís Paulo Costa destaca que “num incêndio, que tem sempre um conjunto de adversidades, em determinados momentos acontecem janelas de oportunidade, que são uma hipótese para fazer trabalhos ou de contenção ou de combate a incêndio com probabilidade de sucesso”.

“E aquilo que ontem aconteceu foi o desperdício de algumas janelas de oportunidade, porque não estavam meios nas localizações necessárias, porque não eram em número suficiente. E esta madrugada a coisa foi ainda mais flagrante e, portanto, está a ser aqui um exercício muito desanimador”, completa.

"Temos um quadro raro." Risco de fenómenos semelhantes a 2017 na base do prolongamento da situação de alerta

De acordo com a Proteção Civil há mais de 900 operacionais no incêndio de Arganil que alastrou a Oliveira do Hospital.

Número semelhante em Sátão, com as chamas a atingirem também os concelhos de Aguiar da Beira, Sernancelhe e Moimenta da Beira.

Agravamento da situação na Lousã. Duas frentes ativas e aldeias evacuadas

O incêndio florestal em curso na serra da Lousã, no distrito de Coimbra, tem duas frentes ativas, uma delas em direção à localidade de Vilarinho e ao concelho de Góis.

Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara, Luís Antunes, considerou que a situação “é ainda muito preocupante”, com “dois pontos principais de preocupação”.

A frente que lavra para norte, em relação à origem do incêndio, na povoação de Candal, que deflagrou ao início da tarde de quinta-feira, dirige-se para Vilarinho, mas ainda está longe de povoações, mantendo-se na cumeada da serra, indicou.

No entanto, a exemplo do sucedido na quinta-feira, quando foram evacuadas oito aldeias, por precaução, na manhã de hoje foram dadas indicações para retirar preventivamente de casa moradores das localidades mais próximos das chamas “e que podem vir a estar na linha de progressão do incêndio”, declarou o autarca.

Foi o caso das localidades de Cabanões, Póvoa de Fiscal e Fiscal (esta situada a dois quilómetros do núcleo urbano da sede do município), entre outras.

A outra zona a concentrar a atenção dos operacionais no terreno localiza-se junto à ribeira de São João, (situada abaixo da aldeia da Cerdeira) e que corre serra abaixo até à Senhora da Piedade, zona turística onde se situa um santuário, praia fluvial e o Castelo da Lousã, e que já tinha sido fechada na quinta-feira.

Nas aldeias de xisto evacuadas aquando da deflagração do incêndio, como o Talasnal, “que tem uma vocação turística significativa”, os turistas foram retirados, ficando apenas os proprietários das casas.

Luís Antunes vincou que as aldeias foram salvaguardadas pelos bombeiros no terreno, não existindo, aparentemente, danos em habitações, tendo a progressão do incêndio também sido travada no Trevim, o ponto mais alto da serra, a 1.205 metros de altitude, impedindo que se propagasse ao concelho de Castanheira de Pêra, já no distrito de Leiria.

De acordo com a página de internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, pelas 11h40 o incêndio da serra da Lousã estava a ser combatido por 301 operacionais, apoiados por 87 viaturas e cinco meios aéreos.

Dominado fogo em Portalegre e Castelo de Vide

O incêndio dos concelhos de Portalegre e Castelo de Vide foi considerado dominado às 10h19 de hoje, revelou à agência Lusa fonte da Proteção Civil, realçando que os meios estão agora posicionados nas áreas mais críticas.

“O incêndio está dominado na totalidade, o que confirmámos às 10h19, após um reconhecimento aéreo a todo o perímetro”, disse o 2.º comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Alto Alentejo, João Vaz.

Segundo o mesmo responsável, o sinistro queimou “um pouco de tudo, eucaliptal, pinho, matos, pasto, sobreiros, entrou na Serra de São Paulo, mas não chegou a entrar na Serra de São Mamede”.

Além disso, continuou, foram afetadas “algumas habitações” na zona de Castelo de Vide, “dispersas e situadas na orla florestal”, mas o levantamento desses danos está a ser efetuado pela câmara municipal deste concelho alentejano, no distrito de Portalegre.

O incêndio “tem um perímetro de sete quilómetros, ou seja, da cauda até à orla, mas depois toda a orla estende-se por 33 quilómetros”, indicou ainda João Vaz.

O 2.º comandante sub-regional do Alto Alentejo destacou que, agora que o foco está dominado, “continuam trabalhos de rescaldo e consolidação” e os meios “estão espalhados sobretudo pelas áreas mais críticas, para reagir a eventuais reativações que possam ocorrer”.

“E é expectável que ocorram devido às condições meteorológicas severas [esperadas hoje] e ao acumulado dos dias de calor que se fizeram sentir nas últimas semanas, estando os combustíveis com secura elevada”, avisou.

Às 11h20, de acordo com a página de Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), o incêndio mobilizava 236 operacionais, apoiados por 80 viaturas.

[notícia atualizada às 11h55 de 15 de agosto de 2025]

Trabalhadores de museus e monumentos nacionais em greve por “justa compensação” em feriados

Os trabalhadores dos museus e monumentos nacionais cumprem esta sexta-feira nova greve ao trabalho em dias feriados, tendo a respetiva federação sindical lamentado esta semana a “falta de respostas do Governo”.

De acordo com um comunicado da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS) divulgado na segunda-feira, os trabalhadores vão regressar à greve no quadro da paralisação em dias feriados que tem decorrido ao longo do ano, porque “ainda não foi apresentada qualquer proposta para alterar a situação, por parte do Governo”.

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A estrutura sindical revelou que se reuniu a 15 de julho com a ministra da Cultura, Juventude e Desporto, Margarida Balseiro Lopes, e com o conselho de administração da empresa pública Museus e Monumentos de Portugal (MMP), “não tendo sido dada qualquer resposta às reivindicações apresentadas, mantendo-se o atual valor a pagar pelo trabalho em dia feriado aos trabalhadores dos museus, monumentos e sítios arqueológicos”.

Os trabalhadores exigem a “justa compensação” do trabalho prestado em dias feriados e também do trabalho suplementar, que consideram ser insuficientemente pago, e só até duas horas suplementares, embora por vezes tenham de trabalhar mais do que esse tempo no total.

“É a troco de uma compensação irrisória que em nada reflete a exigência e responsabilidade da função, que os trabalhadores mantêm abertos aos feriados os museus, monumentos e sítios arqueológicos, assegurando com profissionalismo e dedicação a segurança do património e o bom funcionamento desses equipamentos, sem terem sequer direito a um descanso compensatório”, alega a federação.

No comunicado, referiam que, “em 2024, os 38 equipamentos da Museus e Monumentos de Portugal tiveram uma receita de bilheteira de 21.217.432,00 de euros”, obtida com “o turismo e as visitas de estudo organizadas pelas escolas, confirmando o papel central do património na cultura”.

“Há anos que este problema se arrasta, sem que os sucessivos governos do PSD e do PS, com ou sem CDS, tenham tomado uma decisão no sentido de valorizar o trabalho prestado em dias feriado”, argumentam ainda, no comunicado.

Nos 37 museus, monumentos e palácios nacionais geridos pela Museus e Monumentos de Portugal, entre os quais o Palácio Nacional de Mafra, o Mosteiro dos Jerónimos e Torre de Belém (Lisboa) e o Convento de Cristo (Tomar), trabalham cerca de mil funcionários, estimou, em abril, o dirigente sindical Orlando Almeida.

As greves em dias feriados têm encerrado vários museus e monumentos pelo país, incluindo alguns dos mais visitados em Portugal.

Num texto partilhado no seu “site”, a MMP alertava para possíveis “perturbações no acesso aos museus e monumentos” sob gestão da empresa pública e lembrava que os bilhetes já comprados poderão ser trocados ou reembolsados através de pedido para a Blueticket.

“Lamentamos os transtornos causados e agradecemos a compreensão”, escrevia a MMP.

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