Clair Obscure: Expedition 33 é mais uma vitória para os RPG por turnos
Aqui estamos nós outra vez, embora pareça que já não faria tanto sentido, mas várias empresas parece que não aprendem e depois, temos jogos como Clair Obscure: Expedition 33, feito por uma pequena equipa de ex-devs da Ubisoft que surge de “mansinho” e toma lá um candidato a jogo do ano. O qual já vendeu 1 milhão de unidades em apenas 3 dias.
Ainda não acabei Clair Obscure: Expedition 33, estou perto de meio, mas já é um dos melhores JRPG feitos fora do Japão que joguei até hoje. Claro que pode ser pateta dizer que um RPG feito em França é um JRPG, mas o estilo e nomenclatura dizem-nos isso mesmo, além de que não foram feitos esforços para esconder que é claramente inspirado em jogos como Final Fantasy X, com mecânicas mais conhecidas de outros JRPG e obscuras como os QTE dos ataques a fazer lembrar Shadow Hearts Covenant, curiosamente, dois jogos da mesma geração.
Mas o que interessa aqui e agora, antes sequer de publicar a minha análise, observar novamente a forma como o mundo se abre de forma irónica, demonstrando que enquanto uns acham que sabem o que queremos, a Sandfall fez aquilo que verdadeiramente os jogadores querem. Sim, eu sei, vamos bater outra vez na mesma porta, mas é bem verdade, esta pequena equipa fez o Final Fantasy que a Square-Enix se recusa a fazer. A recusa sistemática apoiada em acreditar que os jogadores agora só gostam de Call of Duty, a mesma empresa que disse que grandes gráficos não ficam bem com personagens paradas à espera do seu turno.
Olhem bem para Clair Obscure: Expedition 33, são personagens paradas à espera do seu turno e nunca pareceu tão bem e tão empolgante este ano.
Isto só é novidade para quem anda mais distraído. Pois se Clair Obscure: Expedition 33 é um RPG por turnos que pode vir a ser jogo do ano. No ano anterior, Metaphor Re:Fantazio, curiosamente um JRPG por turnos, foi um dos jogos do ano e no ano anterior, Baldur’s Gate 3. Sabem que género tem este jogo? Sim, RPG por turnos. Já vamos com 3 anos consecutivos de jogos do ano com um género que não faz sentido e está morto, mas querem mais? Apresento-vos um dos melhores jogos Indie de 2022, que se fartou de ganhar prémios e que está em 5º lugar dos melhores jogos por pontuação do Metacritic: Chained Echoes.
Sem dúvida alguma, a Sandfall Interactive está de parabéns e sei que vou acabar este artigo e continuar a jogar, pois valeu a pena a espera e está ainda melhor do que parecia nos trailers. Quanto a quem ainda não acredita que os JRPG e RPG por turnos estão bons e recomendados, nunca é tarde para relembrar esta imagem: