AMA passa chamar-se Agência para a Reforma Tecnológica do Estado

A Agência para a Modernização Administrativa (AMA) passa a chamar-se Agência para a Reforma Tecnológica do Estado (ARTE), segundo o decreto-lei esta quinta-feira publicado em Diário da República e que entra em vigor na sexta-feira.

Em 13 de agosto, a Presidência da República anunciou a promulgação do diploma que reestrutura a Agência para a Reforma Tecnológica do Estado (ARTE).

Segundo o decreto-lei n.º 96/2025, “é criada a Agência para a Reforma Tecnológica do Estado, IP (ARTE, IP), uma entidade que consolida as atribuições da AMA, IP, bem como um conjunto alargado de novas atribuições necessárias à concretização dos objetivos estratégicos de Portugal na área da transformação digital”.

O programa do XXV Governo Constitucional “assume, de forma clara, esta ambição – posicionar Portugal entre os 10 países digitalmente mais avançados até 2030”, lê-se no documento.

O Governo decreta que a AMA “assume a designação” de ARTE e que todas as referências feitas à Agência para a Modernização Administrativa “constantes do decreto-lei n.º 43/2012, de 23 de fevereiro, demais atos legislativos, regulamentares ou de outra natureza, consideram-se feitas à ARTE”.

Esta agência tem como missão “dirigir, coordenar e assegurar a execução da estratégia de transformação tecnológica e de digitalização do Estado no quadro das políticas definidas pelo Governo”.

O que inclui promover “a modernização e simplificação da Administração Pública [AP], o desenvolvimento de serviços públicos digitais centrados no cidadão e na empresa, a integração de tecnologias emergentes e o reforço da capacitação da sociedade portuguesa para as oportunidades tecnológicas do futuro”, refere o decreto-lei.

Entre as suas atribuições estão contribuir para definição e coordenar a execução da estratégia transversal e unificada de transformação tecnológica e de digitalização da Administração Pública, em alinhamento com as políticas definidas pelo Governo, bem como definir a arquitetura transversal e a governação de sistemas de informação da AP.

Inclui ainda a promoção da adoção de tecnologias emergentes e processos inovadores na AP, “nomeadamente na área da inteligência artificial, incluindo a gestão de iniciativas e a disseminação de modelos” de IA, “com foco na maximização do valor para cidadãos e empresas e no desenvolvimento e escala de novas soluções” e no “apoio ao desenvolvimento e implementação de soluções de avaliação e deteção de fraudes na interação com os serviços públicos”.

Também tem de garantir a “implementação e monitorização de políticas de cibersegurança, segurança da informação e conformidade legal, em estreita articulação com as entidades da Administração Pública com atribuições nestas matérias”.

A gestão e desenvolvimento da rede de atendimento presencial e mediado para os cidadãos e as empresas, nomeadamente as lojas do cidadão, os espaços cidadão e o sistema de informação para a gestão do atendimento, e a coordenação da definição dos termos e requisitos necessários ao processo de aquisição de bens e serviços TIC são outras das suas atribuições.

A ARTE vai dar também “parecer prévio e acompanhar os projetos em matéria de investimento público e dar parecer prévio sobre a afetação de fundos europeus, no contexto da modernização e simplificação administrativa e da administração eletrónica”, entre outros.

O diretor de sistemas e tecnologias de informação da Administração Pública é, por inerência, o presidente do conselho diretivo, refere o decreto-lei, que adianta que aos membros do conselho diretivo é aplicável o estatuto do gestor público.

No âmbito do processo de restruturação de outros serviços ou entidades da AP, “o Governo identifica as atribuições das mesmas que transitam para a ARTE, IP, com vista a dar cumprimento da sua missão”, refere o diploma.

Os membros do conselho diretivo da AMA, IP, “mantêm-se em funções até à designação” dos membros da ARTE, refere o documento. O decreto-lei “entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação”.

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Portugal e outros 26 países exigem a Israel acesso imediato de jornalistas a Gaza

Um grupo de 27 países, incluindo Portugal, exigiu, esta quinta-feira, a Israel que permita “o acesso imediato” de jornalistas estrangeiros independentes à Faixa de Gaza e que proteja os profissionais já presentes no enclave.

“Os jornalistas e os profissionais e comunicação social desempenham um papel vital para lançar luz sobre a realidade devastadora da guerra”, afirmam os 27 signatários, entre os quais Reino Unido, Alemanha e França, no texto divulgado pela diplomacia de Londres.

Os países que assinaram o documento integram a Coligação para a Liberdade dos Media, uma parceria global com a participação de 51 membros de todos os continentes, mas não Israel.

No apelo, o grupo de países assinala a “catástrofe humanitária em curso em Gaza” e destaca a sua oposição comum “a todas as tentativas de restringir a liberdade de imprensa e de bloquear a entrada de jornalistas” durante os conflitos.

“Condenamos também veementemente toda a violência dirigida contra jornalistas e profissionais dos meios de comunicação social, especialmente o número extremamente elevado de mortes, prisões e detenções”, refere o documento.

Nesse sentido, os países signatários frisam que “atacar deliberadamente jornalistas é inaceitável” e ofende o Direito Internacional e pedem igualmente às autoridades israelitas que garantam que os profissionais na Faixa de Gaza, mas também em Israel e nos territórios palestinianos ocupados, possam realizar o seu trabalho com liberdade e segurança.

“Apelamos para que todos os ataques contra profissionais dos meios de comunicação social sejam investigados e que os responsáveis sejam processados, em conformidade com a legislação nacional e internacional”, afirmam os países signatários.

No final do texto, o grupo reitera ainda a necessidade de um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza e acesso irrestrito de ajuda humanitária ao território, além de “um caminho para uma solução de dois Estados, e para a paz e a segurança a longo prazo”.

Este apelo surge num momento em que o Exército israelita iniciou os preparativos para ocupar a Cidade de Gaza e expulsar centenas de milhares dos seus habitantes, gerando uma vaga de condenação internacional e dentro de Israel.

Ocorre também numa fase em que os mediadores internacionais — Egito, Qatar e Estados Unidos — tentam relançar as negociações para um cessar-fogo na Faixa de Gaza, através de uma proposta que já tem a concordância do grupo islamita palestiniano Hamas mas que ainda não mereceu resposta de Israel.

No dia 10 de agosto, seis jornalistas locais morreram num bombardeamento cirúrgico de Israel na Faixa de Gaza, juntando-se a uma lista de gravidade sem precedentes de mais de duas centenas de profissionais de comunicação social mortos em 22 meses de conflito no território palestiniano.

Segundo a ONU, a Faixa de Gaza enfrenta uma “situação de fome catastrófica”, que foi agravada desde março, quando Israel rompeu o último cessar-fogo com o Hamas e impôs um bloqueio quase total ao território.

O conflito foi desencadeado pelos ataques liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, onde perto de 1.200 pessoas morreram e cerca de 250 foram feitas reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma vasta operação militar no território, que já provocou mais de 62 mil mortos, segundo as autoridades locais, a destruição de quase todas as infraestruturas do enclave e a deslocação de centenas de milhares de pessoas.

HB // JH

Lusa/Fim

Portugal é o quarto país da UE onde se trabalha mais horas

Portugal é o quarto país da União Europeia onde se trabalha mais horas, segundo dados do Eurostat.

Mais de 9% dos empregados passam 49 horas por semana, ou mais, a trabalhar.

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A média na União Europeia das pessoas que passam as 49 horas de trabalho semanais é de 6,6%.

Segundo o gabinete de estatística da União Europeia, só a Grécia (12,4%), Chipre (10%) e França (9,9%) têm piores registos que Portugal.

No lado oposto da tabela estão a Bulgária (0,4%), Letónia (1%) e Lituânia (1,4%).

As longas jornadas semanais são mais frequentes entre trabalhadores por conta própria ou a recibos verdes, na agricultura, floresta e pescas e em cargos de gerência.

Na União Europeia, 27,5% dos trabalhadores por conta própria têm longas jornadas laborais, valor que nos empregados por conta de outrem é de 3,4%.

Incêndios. Associação ambientalista Zero defende avaliação dos sapadores florestais

Acompanhe o nosso liveblog sobre a situação dos incêndios em Portugal.

A associação ambientalista Zero defende uma avaliação aos resultados das equipas de sapadores florestais e do seu contributo para travar a progressão de incêndios florestais, a par do reforço da intervenção dos autarcas na prevenção.

“Há muitas equipas de sapadores que estão com as autarquias. E esse trabalho de prevenção também é feito ao longo do ano. Não sei se há uma estratégia de prevenção tão disseminada e tão bem definida”, disse à Lusa Paulo Lucas.

As dúvidas do dirigente da Zero – Associação Sistema Terrestre Sustentável resultam de ver, “por exemplo, sapadores a fazerem coisas completamente inúteis”, como limpar “as mesmas áreas, onde o mato praticamente não cresce”, ou selecionar espécies que antecipam mais os seus períodos de floração e de frutificação.

Nesse sentido, “estão a simplificar os habitats naturais e essas áreas florestais na proximidade dos espaços urbanos” e, por isso, não tem “uma certeza de que realmente estas equipas de sapadores florestais geram esse impacto” positivo.

“Acreditamos que há uma estratégia por trás disto, mas não existem elementos comprovativos da eficácia destas equipas, de se as áreas onde estão a fazer a silvicultura preventiva têm sido uma barreira ao fogo, ou se têm contribuído para que o fogo não se propague com tanta facilidade”, referiu.

Para Paulo Lucas, existe uma política que não é assente em resultados: “Temos uma política pública que despeja dinheiro nas coisas, mas depois não monitoriza, não avalia […]. Também se reflete nessa lógica das equipas de sapadores, inclusive nas políticas municipais, em geral, não é uma política de avaliação destes resultados.”

“Isso para nós é absolutamente crítico – a questão de saber o que é que correu mal, digamos, nestes incêndios. Nós já temos um sistema de lições aprendidas, a AGIF [Agência Integrada de Incêndios Florestais] já implementou esse sistema, mas necessita claramente de ser reforçado”, advogou.

O ativista reforçou que sem aprendizagem não se vai longe, e tem de se “aprender com aquilo que correu menos bem e identificar quais são as áreas de melhoria”.

“Porque os erros são importantes. Devemos valorizar os erros, não devemos escondê-los. E parece que há uma política que é quase de esconder as fragilidades, não vale a pena a gente esconder as fragilidades, temos é que identificá-las e depois atacá-las”, frisou.

O responsável apontou que alguns autarcas se preocupam com os incêndios “na altura em que o fogo chega à sua porta”, quando a segurança das populações e a prevenção são “claramente um assunto autárquico”.

No entanto, a responsabilidade não poderá ser imputada só aos municípios, uma vez que existem “grandes atrasos ao nível da Aldeia Segura” e no programa “Condomínio de Aldeia também há muito atraso no investimento”.

“O Condomínio de Aldeia é, aliás, um projeto PRR [Plano de Recuperação e Resiliência], portanto, já deveria estar um bocadinho mais avançado. Nós depositámos alguma esperança no Condomínio de Aldeia e ainda não conseguimos percecionar quais são os resultados”, notou Paulo Lucas, acrescentando que os dados pedidos ao Fundo Ambiental indicam que a execução “não está a avançar muito”.

[Governo decide que é preciso invadir a embaixada para pôr fim ao sequestro. É chamada uma nova força de elite: o Grupo de Operações Especiais. “1983: Portugal à Queima-Roupa” é a história do ano em que dois grupos terroristas internacionais atacaram em Portugal. Um comando paramilitar tomou de assalto uma embaixada em Lisboa e esta execução sumária no Algarve abalou o Médio Oriente. Ouça no site do Observador o quinto episódiodeste podcastplus narrado pela atriz Victoria Guerra, com banda sonora original dos Linda Martini. Também o pode escutar na Apple Podcasts, no Spotify e no YoutubeMusic. E ouça o primeiro episódio aqui, o segundo aqui, o terceiro aqui e o quarto aqui]

Segundo o relatório de atividades apresentado em junho pela AGIF, no âmbito do programa Condomínio de Aldeia, “no final de 2024 estavam já aprovadas 903 aldeias para a gestão de combustível nos aglomerados rurais e na envolvente de áreas edificadas”, com um “investimento elegível aprovado de 31 milhões de euros”.

O ambientalista referiu que os autarcas “realmente riscam pouco” na resposta aos incêndios, principalmente em territórios do interior, “mais descapacitados do ponto de vista financeiro”, sem equipamentos e escassos meios humanos.

Os autarcas, sublinhou, não têm influência sobre os meios aéreos ou os bombeiros e, nesse sentido, “sentem-se bastante impotentes”, pois são os responsáveis pela proteção civil no respetivo município, “mas comandam pouco”.

​Ministra vai receber autarcas sobre hospital de Vila Franca de Xira

Já tem data e hora marcada reunião da ministra da Saúde com os autarcas dos municípios servidos pelo Hospital de Vila Franca de Xira. Vai ser na próxima terça-feira de manhã, apurou a Renascença.

Os presidentes de câmara de Alenquer, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Benavente e Vila Franca insistiram esta semana num pedido de audiência urgente a Ana Paula Martins.

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Os autarcas querem discutir os problemas que o hospital enfrenta. Receiam que os encerramentos da urgência de obstetrícia ao fim de semana seja um sinal de que a maternidade vai fechar.

Em declarações à Renascença, esta semana, Fernando Paulo Ferreira, autarca de Vila Franca de Xira, disse recear que os encerramentos da urgência de obstetrícia ao fim de semana sejam o prenúncio de um fecho definitivo.

“O que esperamos é que, por trás destes encerramentos aos fins de semana, não esteja uma vontade do Governo de encerrar a maternidade do hospital, porque com menos partos começa depois a entrar no processo de acharem que a maternidade não tem o número de partos suficientes”, afirma Fernando Paulo Ferreira, do PS.

Ataque russo atinge fábrica norte-americana na Ucrânia durante iniciativa de paz

Acompanhe o nosso liveblog sobre a guerra na Ucrânia

A Rússia lançou, esta quinta-feira, um raro ataque com drones e mísseis na Ucrânia e atingiu uma fábrica de eletrónica norte-americana, gerando ainda mais incerteza sobre os esforços dos Estados Unidos para acabar com a guerra, segundo autoridades ucranianas.

O ataque aéreo a uma parte da Ucrânia (Oeste) foi um dos maiores da Rússia este ano e ocorreu num momento em que Moscovo deverá apresentar objeções a pontos chave das propostas que poderiam pôr fim à guerra, que dura há três anos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discutiu o fim da guerra com o presidente russo, Vladimir Putin, no Alasca na semana passada, antes de receber o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, e líderes europeus na Casa Branca na segunda-feira.

O Ministério da Defesa da Rússia disse que os ataques tiveram como alvo “empresas do complexo militar-industrial ucraniano”, incluindo fábricas de drones, depósitos de armazenamento, locais de lançamento de mísseis e áreas onde as tropas ucranianas estavam reunidas. A Rússia negou repetidamente ter como alvo áreas civis da Ucrânia.

Mas, num post na rede social X, o Presidente da Ucrânia escreveu que “os russos praticamente incendiaram uma empresa norte-americana que produz peças eletrónicas — eletrodomésticos, nada militar”.

Segundo a presidente da Câmara de Comércio Americana na Ucrânia, Andy Hunder, a Flex, uma fábrica de eletrónica norte-americana perto da fronteira com a Hungria, foi atingida no ataque.

Em declarações à Associated Press, Hunter disse que aquela fábrica é um dos maiores investimentos norte-americanos na Ucrânia.

No momento do impacto, 600 trabalhadores do turno da noite estavam nas instalações e seis ficaram feridos, acrescentou.

“Os russos sabiam exatamente onde lançaram os mísseis. Acreditamos que este foi um ataque deliberado contra propriedades e investimentos norte-americanos na Ucrânia”, escreveu Zelenskyy, acrescentando: “Um ataque revelador, justamente quando o mundo aguarda uma resposta clara da Rússia sobre as negociações para acabar com a guerra”.

No mês passado, Trump questionou o compromisso de Putin em acabar com a guerra, dizendo que o líder russo “fala bem e depois bombardeia toda a gente”.

Numa publicação nas redes sociais, Trump criticou o seu antecessor, Joe Biden, por não fornecer à Ucrânia mais armamento necessário para “retaliar”.

“É muito difícil, se não impossível, ganhar uma guerra sem atacar o país invasor”, afirmou Trump. “É como uma grande equipa desportiva que tem uma defesa fantástica, mas não pode jogar ofensivamente. Não há hipótese de ganhar! É assim com a Ucrânia e a Rússia”.

A Casa Branca não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre se Trump está a considerar alterações nos tipos de armas que os Estados Unidos fornecerão a Kiev.

[Governo decide que é preciso invadir a embaixada para pôr fim ao sequestro. É chamada uma nova força de elite: o Grupo de Operações Especiais. “1983: Portugal à Queima-Roupa” é a história do ano em que dois grupos terroristas internacionais atacaram em Portugal. Um comando paramilitar tomou de assalto uma embaixada em Lisboa e esta execução sumária no Algarve abalou o Médio Oriente. Ouça no site do Observador o quinto episódiodeste podcastplus narrado pela atriz Victoria Guerra, com banda sonora original dos Linda Martini. Também o pode escutar na Apple Podcasts, no Spotify e no YoutubeMusic. E ouça o primeiro episódio aqui, o segundo aqui, o terceiro aqui e o quarto aqui]

A Rússia disparou quase 1000 drones e mísseis de longo alcance contra a Ucrânia desde as conversações de segunda-feira na Casa Branca, de acordo com os cálculos ucranianos.

Os países europeus estão a discutir como podem mobilizar recursos militares para dissuadir qualquer ataque russo à Ucrânia após a guerra.

Mas o Kremlin não aceitará a mobilização de tropas dos países da NATO e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, disse na quarta-feira que é inútil fazer acordos de segurança para a Ucrânia sem o envolvimento de Moscovo.

Putin está pronto para se reunir com Zelenskyy para discutir os termos da paz, adiantou Lavrov, mas somente depois de questões importantes serem resolvidas por altos responsáveis, pelo que pode ser um processo de negociação prolongado, pois os dois lados continuam distantes.

Os líderes ucranianos e europeus acusaram Putin de protelar os esforços de paz na esperança de que seu exército, que vem avançando lentamente, possa capturar mais território ucraniano.

A Rússia lançou 574 drones e 40 mísseis balísticos e de cruzeiro durante a noite de hoje, disse a força aérea ucraniana. O ataque teve como alvo principalmente as regiões ocidentais do país, onde se acredita que grande parte da ajuda militar fornecida pelos aliados ocidentais da Ucrânia seja entregue e armazenada.

Os ataques mataram pelo menos uma pessoa e feriram outras 15, segundo autoridades.

Liga Europa. Sporting de Braga goleia Lincoln Red Imps e tem “pé e meio” na fase de liga

O Sporting de Braga tem praticamente garantida a entrada na fase de liga da Liga Europa de futebol, depois de ter goleado o Lincoln Red Imps, por 4-0, esta quinta-feira, em jogo da primeira mão do play-off.

No Estádio Algarve, recinto em que a formação de Gibraltar atuou como visitada, o espanhol Victor Gómez marcou o seu primeiro golo pelos bracarenses, aos 34 minutos, antes de o médio uruguaio Rodrigo Zalazar ‘bisar’, aos 39 e 80, e o espanhol Pau Victor fixar o resultado, aos 90.

O encontro da segunda mão realiza-se dentro de uma semana, em 28 de agosto, em Braga, sendo que o vencedor desta eliminatória garante uma vaga na fase de liga, enquanto o derrotado será relegado para a Liga Conferência.

Ministério da Saúde de Gaza rejeita ordem de retirada de pessoal médico

Acompanhe o nosso liveblog sobre o conflito Israelo-palestiniano.

O Ministério da Saúde de Gaza recusou esta quinta-feira a ordem do exército israelita de retirar todo o pessoal de saúde dos hospitais para o sul da Faixa antes da invasão terrestre planeada por Israel.

“O Ministério da Saúde expressa a sua rejeição de qualquer medida que possa minar o que resta do sistema de saúde após a destruição sistemática levada a cabo pelas autoridades de ocupação [israelitas]”, afirmou, em comunicado.

De acordo com o ministério, esta medida “privaria mais de um milhão de pessoas do seu direito a cuidados médicos e colocaria seriamente em perigo a vida dos residentes, dos doentes e dos feridos”.

O exército israelita divulgou esta quinta-feira uma alegada chamada telefónica – com voz distorcida – entre um oficial do COGAT, a autoridade militar israelita responsável pelos territórios palestinianos, e um funcionário da saúde de Gaza, instando-o a deslocar-se com o seu equipamento para o sul do enclave.

“O exército vai proceder a uma evacuação completa da cidade de Gaza para o sul. É preciso que tenha um plano para deslocar o seu equipamento, para que possa também deslocar todos os doentes e feridos, e preparar os hospitais do sul para receberem os doentes do norte”, afirmava o interlocutor.

O aviso começou a ser feito na terça-feira pela COGAT, de acordo com um comunicado citado pelas agências espanholas EFE e Europa Press.

“Como parte dos preparativos para a transferência da população da cidade de Gaza para o sul, (…) a direção de coordenação e ligação da COGAT emitiu os primeiros alertas aos médicos e organizações internacionais”, disse o exército.

Os militares afirmaram que os hospitais no sul da Faixa de Gaza estavam a ser adaptados para receber doentes e feridos, juntamente com um aumento na entrada de equipamento médico necessário, de acordo com os pedidos das organizações internacionais”.

Os ataques aéreos israelitas à capital de Gaza, onde cerca de um milhão de pessoas – praticamente metade da população do enclave – se encontram abrigadas, aumentaram nos últimos dias, naquilo que a ONU descreve como uma “ofensiva em grande escala” contra a cidade.

[Governo decide que é preciso invadir a embaixada para pôr fim ao sequestro. É chamada uma nova força de elite: o Grupo de Operações Especiais. “1983: Portugal à Queima-Roupa” é a história do ano em que dois grupos terroristas internacionais atacaram em Portugal. Um comando paramilitar tomou de assalto uma embaixada em Lisboa e esta execução sumária no Algarve abalou o Médio Oriente. Ouça no site do Observador o quinto episódiodeste podcastplus narrado pela atriz Victoria Guerra, com banda sonora original dos Linda Martini. Também o pode escutar na Apple Podcasts, no Spotify e no YoutubeMusic. E ouça o primeiro episódio aqui, o segundo aqui, o terceiro aqui e o quarto aqui]

Pelo menos oito pessoas foram mortas num ataque aéreo ao bairro de Sabra esta tarde, incluindo quatro crianças, de acordo com fontes médicas.

No dia 8, o gabinete de segurança israelita aprovou um plano para ocupar militarmente a cidade de Gaza e, com ela, todo o território palestiniano.

Na quarta-feira, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, apelou numa declaração para que os preparativos fossem encurtados e a operação iniciada o mais rapidamente possível.

Segundo a ONU, 86,3% do território de Gaza já está sob ordens israelitas de evacuação forçada ou nas chamadas “zonas de combate”, deixando os palestinianos a viver em condições de sobrelotação nos poucos campos que restam e que não foram tomados pelos militares.

A ofensiva israelita já provocou mais de 62.100 mortos, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.

A guerra em Gaza foi desencadeada pelo ataque de 7 de outubro de 2023 do Hamas no sul de Israel, que causou cerca de 1.200 mortos e 250 reféns.

Incêndios. Autarcas garantem que reunião com membros do Governo foi importante

Acompanhe o nosso liveblog sobre a situação dos incêndios em Portugal.

O presidente da Câmara Municipal de Trancoso disse esta quinta-feira à agência Lusa que os autarcas “ficaram contentes” com a reunião com o elenco governamental liderado pelos ministros da Economia e da Agricultura.

Amílcar Salvador adiantou que esta reunião “já tinha sido solicitada no dia 14 de agosto, em plena semana de incêndios” no Município de Trancoso, no distrito da Guarda.

“Fruto do desespero e das circunstâncias em que nos encontrávamo-nos”, explicou.

Esta quinta-feira, foi o anfitrião de uma reunião solicitada pelo ministro da Economia e Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, que se fez acompanhar pelo ministro da Agricultura e Mar, José Manuel Fernandes, e ainda pelos secretários de Estado da Ação Social e da Inclusão, Clara Marques Mendes, do Planeamento e Desenvolvimento Regional, Hélder Reis, da Administração Local e Ordenamento do Território, Silvério Regalado, e das Florestas, Rui Ladeira.

“Creio que foi importante, sobretudo, para esta garantia que nos foi deixada aqui por parte do senhor ministro da Economia, de que os processos iam ser céleres, sobretudo nos pedidos de apoio que fossem submetidos em regime simplificado”, destacou.

O autarca socialista disse que essa garantia “é muito importante”, uma vez que sabem que “muitas pessoas ficaram, de facto, sem nada”, tanto em explorações agrícolas, como quem tem o sustento nos animais ou em árvores de fruto.

“Somos um concelho com grandes potencialidades, somos o quinto maior em termos de produção de castanheiro e mais de 50% ficou afetada. No olival, vinhas, matas, floresta. Há empresas florestais que não sabem o que fazer”, indicou.

Agora, é esperar que “se concretize rapidamente, como foi dito” e “é transmitir às populações alguma calma, as dificuldades vão ser muitas, mas acima de tudo agora é dar-lhes ânimo e dizer-lhes que podem contar com as Câmaras Municipais e com o Governo”.

Também o presidente da Câmara da Guarda, Sérgio Costa, disse à agência Lusa que a reunião desta quinta-feira “foi importante para resolver no imediato as situações que têm de ser resolvidas”.

Depois dos incêndios, desejou Sérgio Costa, “porque hoje não era dia” para isso, “que seja aberto o fórum da discussão, muito rapidamente”, para que “todo este problema possa ser devidamente analisado”.

“Se nós políticos não fizermos isso, estamos a ser todos maus políticos. Não podemos enfiar a cabeça na areia. Já chega de enfiar a cabeça na areia e depois quando passam os fogos já está tudo bem. Não, isso não vai poder mais acontecer e não contem comigo para isso, porque ninguém calará a minha voz. Falarei até que a voz me doa a defender este tema, tão só e simplesmente pela defesa da vida dos portugueses”, realçou.

Sérgio Costa defendeu ainda que depois das conversas “tem de haver medidas” a serem aplicadas e têm de ser “consensuais, da esquerda à direita e, algumas delas, drásticas, sem tabus e sem olhar ao interesse de quem quer que seja”.

“Temos de olhar ao interesse geral do país que é tão só e simplesmente a sobrevivência do povo português”, reforçou Sérgio Costa.

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Panathinaikos de Rui Vitória vence Samsunspor com reviravolta no play-off da Liga Europa

O Panathinaikos, treinado pelo português Rui Vitória, venceu, esta quinta-feira, na receção ao Samsunspor (2-1), da primeira mão do play-off de acesso à fase de liga da Liga Europa de futebol, enquanto o Ludogorets, de Rui Mota, perdeu.

Em Atenas, o islandês Logi Tomasson adiantou os turcos do Samsunspor, aos 51 minutos, mas os gregos do Panathinaikos deram a volta ao marcador, com golos de Giorgos Kyriakopoulos, aos 66, e do norte-americano Erik Palmer-Brown, aos 74.

Afastada na segunda fase de qualificação para a Liga dos Campeões, a equipa de Rui Vitória vai deslocar-se em vantagem a Samsun, em 28 de agosto, após ter sido relegada para as rondas de acesso à Liga Europa, nas quais já ultrapassou os ucranianos do Shakhtar Donetsk, através do desempate por penáltis, na terceira pré-eliminatória.

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Desfecho diferente na abertura do play-off tiveram os búlgaros do Ludogorets, face à derrota em Skopje com os macedónios do Shkëndija (2-1), num embate em que o albanês Liridon Latifi, aos 35 minutos, e Besart Ibraimi, aos 60, inverteram o tento inaugural do cabo-verdiano Deroy Duarte, aos 17.

O defesa central português Dinis Almeida alinhou a tempo inteiro pelo conjunto de Rui Mota, que foi relegado a partir da terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões e vai decidir a continuidade na Liga Europa na próxima semana, em Razgrad.

Em posição mais favorável ficou o Sporting de Braga, finalista derrotado em 2010/11, ao golear fora o Lincoln Red Imps (4-0), no Algarve, onde os gibraltinos alinharam na condição de anfitriões por imposição da UEFA, ao contrário do que aconteceu em rondas anteriores.

Os espanhóis Víctor Gómez, aos 34 minutos, e Pau Víctor, aos 90+1, e o uruguaio Rodrigo Zalazar, aos 39 e 80, construíram a sexta vitória seguida dos minhotos em sete encontros sob orientação do treinador espanhol Carlos Vicens, que foi forçado a substituir o capitão Ricardo Horta aos 50, devido a lesão.

O central e capitão luso-gibraltino Bernardo Lopes foi totalista pelo Lincoln Red Imps, numa eliminatória em que o Sporting de Braga, um dos cinco clubes só com vitórias na I Liga portuguesa, procura atingir a 10.ª participação, e segunda consecutiva, na fase principal.

Nas restantes partidas da primeira mão do play-off da Liga Europa, que reúne 24 clubes, o médio luso-suíço Edimilson Fernandes assistiu para o único golo com que os helvéticos do Young Boys derrotaram fora os eslovacos do Slovan Bratislava (1-0).

Os 12 vencedores qualificam-se para a fase de liga da 55.ª edição da segunda prova europeia de clubes, na qual já tem presença assegurada o FC Porto, vencedor em 2002/03, no formato de Taça UEFA, e em 2010/11, ao passo que os derrotados serão transferidos para o patamar homólogo da Liga Conferência.

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