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A Cidade de Gaza está oficialmente em situação de fome, considerou um organismo apoiado pela ONU nesta sexta-feira, pela primeira vez dando o passo importante de considerar que o enclave enfrenta tal situação.

O relatório é do Integrated Food Security Phase Classification (IPC), um organismo apoiado pelas Nações Unidas que monitoriza a segurança alimentar em zonas de crise. Este organismo elevou o nível de alerta para a Fase 5, o grau mais alto da sua escala de insegurança alimentar aguda.

Em particular, a situação de fome foi confirmada na cidade de Gaza — que inclui a cidade e áreas circundantes. Mas projeta-se que as “condições catastróficas” se alarguem até Deir al-Balah e Khan Younis até ao final de setembro.

No relatório de 59 páginas, agora publicado, a entidade sublinha que a fome em Gaza é “totalmente provocada pelo homem” e pode ser “travada e revertida”. O documento alerta, ainda, que “o tempo para debate e hesitação já passou, a fome está presente e espalha-se rapidamente”.

Não deve restar dúvida a ninguém de que é necessária uma resposta imediata e em larga escala. Qualquer atraso adicional — mesmo de alguns dias — resultará numa escalada totalmente inaceitável da mortalidade associada à fome”, refere o relatório.

Em rigor, este organismo apoiado pela ONU, o IPC, não declara formalmente o estado de fome, mas fornece a análise técnica que serve de base para governos, organizações humanitárias e agências internacionais tomarem essa posição. Criado por agências da ONU, grupos de ajuda humanitária e governos, o IPC é hoje a principal referência utilizada pela comunidade internacional para avaliar crises alimentares.

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Quando, em meados de 2023, a Tesla apresentou o renovado Model 3, a maioria dos clientes mostrou-se agradada com as melhorias introduzidas, sobretudo ao nível da eficiência, com ganhos na autonomia, além da melhor qualidade de construção, que reduziu o ruído no interior. Mas a substituição da alavanca dos piscas por botões no volante foi uma das alterações que desagradou à maioria.

Foi em 1939 que a Buick surpreendeu a indústria automóvel mundial ao comercializar o primeiro veículo equipado com uma alavanca destinada a activar o indicador de mudança de direcção, tal como a conhecemos hoje. O dispositivo, patenteado por Joseph Bell anos antes, serve os automobilistas na perfeição há quase 90 anos, ao ser fácil de utilizar, de funcionamento imediato e, como tradicionalmente está colocado sempre no mesmo local, independentemente do veículo, facilita a vida a quem está ao volante, pois o condutor não tem de se esforçar para se recordar como o deve accionar, bastando apelar à memória muscular para avisar os outros condutores e os peões para onde pretende virar.

A alavanca dos piscas já regressou nos Tesla Model 3 produzidos na China, sendo igualmente proposta uma solução para retro fit. Resta saber quando chegam a Portugal

Para a renovação do Model 3, a Tesla decidiu inovar, substituindo a popular alavanca por dois botões colocados no volante. Como este gira de um lado para o outro, o condutor nunca sabe exactamente onde estão os botões, com a agravante que quando o volante gira 180º se torna (ainda) mais confuso saber onde carregar para virar à direita, por exemplo. Este deverá ser o motivo pelo qual o comando dos piscas no volante do novo Model 3 se tornou tão impopular muito rapidamente, suscitando reacções negativas e críticas um pouco por todo o lado.

O sistema de controlo dos piscas por botões que foi (felizmente) abandonado na China

O mercado chinês é extremamente importante para a Tesla, sendo aí que está a maior fábrica do construtor norte-americano, capaz de produzir quase um milhão de veículos, praticamente o dobro de Fremont, na Califórnia (que por sua vez é similar à capacidade de produção da fábrica no Texas), e o triplo de unidade fabril europeia, na Alemanha. Os clientes chineses, que também alinharam com os restantes nas críticas ao novo sistema dos piscas, já foram informados que todos os novos Model 3 que saiam da fábrica de Xangai montarão os piscas convencionais, ou seja, com alavanca.

Para os restantes clientes, que já adquiriram o novo Model 3 e não apreciam os piscas accionados por botões no volante, a marca está a propor na China um acessório que troca os botões por alavanca contra um pagamento de 2499 yuans, aproximadamente 300€. Não faltará quem lamente que a Tesla não tenha ido um pouco mais longe e aproveitado a modificação dos piscas para fazer outra marcha-atrás, desta vez em relação ao comando da transmissão, que passou do volante para o ecrã, onde é substancialmente menos funcional.

Em relação aos Model 3 vendidos fora da China, a começar por Portugal, apesar de não terem sido avançadas previsões ou até confirmação da troca de botões pela “velha” alavanca dos piscas, é de esperar que a solução venha a ser adoptada nas restantes fábricas da marca na Alemanha e nos EUA, de onde saem as unidades comercializadas no nosso país. Isto não só porque as críticas dos utilizadores foram gerais, como o custo (necessariamente elevado) da solução, bem como o desenvolvimento da retro solução para os Model 3 já em circulação, tornam muito difícil acreditar que a alavanca dos piscas seja exclusiva para China. Resta apenas saber quando chegará ao nosso país.