Livre questiona Governo sobre futuro do Plano Nacional de Leitura e das bibliotecas escolares

O Livre questionou esta terça-feira o Governo sobre se, no âmbito da reforma do Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI), pretende extinguir o Plano Nacional de Leitura e a Rede de Bibliotecas Escolares.

A pergunta do grupo parlamentar do Livre dirigida ao ministro da Educação, Fernando Alexandre, surge a propósito da reforma apresentada pelo Governo que reduz a estrutura do Ministério da Educação, Ciência e Inovação e contempla, entre outras, a criação de duas novas “super agências” para a organização da educação não superior: o Instituto para a Qualidade da Educação e da Avaliação e a Agência para a Gestão do Sistema Educativo.

O Livre questiona o Governo, em particular, sobre o futuro da Rede de Bibliotecas Escolares e do Plano Nacional de Leitura, uma vez que ambas as estruturas serão integradas no novo Instituto para a Qualidade da Educação e da Avaliação.

A bancada parlamentar liderada por Isabel Mendes Lopes quer saber se o “Governo tenciona acabar com estes programas” ou “de que forma pretende garantir que os hábitos de leitura e de escrita não ficam prejudicados por uma ideia de eficiência que, na verdade, pode hipotecar o futuro das crianças e jovens”.

Para o partido, estas estruturas são “ferramentas e estruturas essenciais para fomentar hábitos culturais e de leitura às crianças e jovens do país” e o Governo deve garantir que a reorganização do MECI não “hipotecará o futuro das crianças e jovens que estudam na escola pública e dos seus profissionais”.

O Livre questiona também o executivo sobre se pode garantir que “nenhum dos profissionais do Ministério da Educação será dispensado das suas funções” e como “garante que esta super reorganização não vai prejudicar alunas, alunos, encarregados de educação, professores e profissionais da educação, os projetos e planos de atividades para o novo ano letivo”.

O Conselho de Ministros aprovou, no passado dia 07 de agosto, um conjunto de decretos-lei que formalizam a criação de três novas estruturas e a extinção de outras 10 no âmbito da reforma do Ministério da Educação, Ciência e Inovação.

Foi aprovada a criação da Agência para a Gestão do Sistema Educativo, que vai integrar o Instituto de Gestão Financeira da Educação e as direções-gerais dos Estabelecimentos Escolares e da Administração Escolar.

Segundo explicou, uma semana antes, o ministro da Educação, Fernando Alexandre, a nova agência que vai “congregar todas as dimensões de administração do sistema”, incluindo recursos humanos.

Foi também aprovada a criação do Instituto de Educação, Qualidade e Avaliação, centrado na qualidade das aprendizagens, da avaliação e do sistema educativo, e que integra a Direção-Geral da Educação, o Plano Nacional de Leitura, a Rede de Bibliotecas Escolares e o Instituto de Avaliação Educativa.

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Metade do país dormiu acima dos 20 °C na madrugada de 12 de agosto

Na noite de 11 para 12 de agosto, “48% do território continental registou temperaturas mínimas acima dos 20 ºC, mais elevadas no interior do que no litoral”, revelou ao Expresso Ricardo Deus, chefe da Divisão de Clima e Alterações Climáticas do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Na madrugada anterior eram 29%. Segundo o climatologista, pelo menos três localidades destacaram-se por atingirem recordes para os valores mais altos de temperatura mínima alguma vez registados nas respetivas estações de monitorização a 12 de agosto: Viseu com 27,2 ºC, Guarda com 26 ºC e Lamas de Mouro com 19 ºC.

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Novo Hospital de Sintra está a “destruir” o Amadora-Sintra

É recorrente ver sindicatos de médicos — e até a própria Ordem da classe — virem a terreiro denunciar a falta de meios, sobretudo humanos, no Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra). Menos comum é um sindicato referir que o novo Hospital de Sintra, inaugurado em meados do mês passado, está a agravar a falta de meios no Fernando Fonseca.

“Agravou-se (a situação no Amadora-Sintra) com a abertura do novo hospital de Sintra, que funciona com muito poucos recursos.” Prova disso, acrescenta Tânia Russo, dirigente do Sindicato dos Médicos da Zona Sul e da FNAM (Federação Nacional dos Médicos), é “a inexistência de médicos com experiência em reanimação, a realização por médicos e técnicos do Amadora-Sintra de todos os exames de imagem”, como TAC, ressonâncias magnéticas ou Raio-X.

Mas mais grave, sublinha Tânia Russo, é a questão das cirurgias, que estarão a ser fortemente afetadas. “Para abrir uma sala do bloco do Hospital de Sintra, é preciso fechar 3 salas no Amadora-Sintra, com o respetivo cancelamento de cirurgias, incluindo oncológicas”.

E por isso, a dirigente sindical deixa uma convicção: “Isto não é criar um serviço, não é criar um hospital, é destruir aquilo que já existe”.

Em cada cinco desempregados, um desistiu de procurar emprego

Dados dos dois primeiros trimestres do ano em Portugal: mais de metade continuou sem emprego, 27% conseguiu um trabalho. O Instituto Nacional de Estatística (INE) publicou dados actualizados sobre o emprego em Portugal, nomeadamente estatísticas de fluxos entre estados do mercado de trabalho, comparando o primeiro com o segundo trimestre deste ano. Nas estatísticas partilhadas nesta quarta-feira, o INE destaca que mais de metade (54,2%) das pessoas que estavam desempregadas no primeiro trimestre continuou sem emprego até Junho. São quase 200 mil pessoas nessa situação. A segunda maior “fatia” é de 27,3% (quase 100 mil pessoas): estavam desempregadas até Março

Pessoa identificada pela GNR por alegado contrafogo na serra do Alvão

A GNR de Vila Real disse hoje que um homem de 57 anos foi este domingo identificado e constituído arguido por alegadamente estar a fazer um contrafogo no alto da Samardã, onde lavra um incêndio.

Segundo a fonte, o popular foi conduzido ao posto da GNR de Vila Real para identificação, tendo sido constituído arguido e sujeito a Termo de Identidade e Residência.

De acordo com a GNR, o homem foi identificado por, alegadamente, por iniciativa própria estar a fazer um contrafogo numa zona onde estavam a decorrer operações de combate ao incêndio que lavra na serra do Alvão desde o dia 2 de agosto.

Esta manhã, o Comandante Sub-regional do Médio Tejo, David Lobato, adiantou aos órgãos de comunicação social que um popular foi detido por, ao que se pressupõe, estar a tentar fazer um contrafogo, mas advertiu que esta situação será, agora, investigada pela GNR.

A GNR esclareceu, entretanto, que procedeu à identificação e constituição de arguido do popular.

Incêndios. Arganil ativa plano de emergência, uma frente dominada em Trancoso

Nas declarações aos jornalistas, David Lobato, agora comandante das operações de socorro (COS) em Vila Real, realçou que os “incêndios não se combatem dessa forma”.

“Eu percebo que as pessoas têm aqui algum desespero, mas isso só vai alimentar mais o incêndio, vai-nos provocar ainda mais problemas”, afirmou.

Acrescentando ainda que, ao “acharem que com o contrafogo conseguem resolver, a maior parte das vezes não vão conseguir resolver e vão causar mais problemas e colocar os operacionais em risco”.

“Pedia que não utilizassem o fogo, é proibido, legalmente não pode ser feito, a não ser por pessoas especializadas. Portanto, pedia encarecidamente que não o fizessem, porque vão-nos colocar [em causa] o trabalho todo que fizemos durante a noite e vão colocar também os operacionais em risco nas zonas que nós não controlamos”, apelou.

O incêndio que lavra na serra do Alvão deflagrou a 02 de agosto, em Sirarelhos, no concelho de Vila Real, já esteve em conclusão, reativou por duas vezes e já percorreu quase três dezenas de aldeias até chegar à zona da Samardã. .

Irão considera sanções unilaterais dos EUA e aliados “crimes contra a humanidade”

Acompanhe o nosso liveblog sobre o conflito no Médio Oriente.

O Irão declarou esta quarta-feira que as sanções unilaterais dos Estados Unidos e aliados devem ser reconhecidas como “crimes contra a humanidade” e apelou aos esforços conjuntos dos países sancionados para forjar “uma resposta unificada”.

“É tempo de as sanções desumanas impostas pelos Estados Unidos e pelos seus cúmplices serem reconhecidas como crimes contra a humanidade”, escreveu na rede social X o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araqchit, citando um novo estudo publicado na revista médica britânica The Lancet, que, segundo o responsável, demonstra a letalidade das medidas coercivas.

Araqchid instou os países sujeitos a sanções a coordenarem esforços para elaborarem “uma resposta unificada e coletiva” a que chamou “mecanismo de pressão política que mina os direitos humanos”.

O chefe da diplomacia iraniana afirmou que, desde a década de 1970, cerca de 500 mil pessoas, na maioria crianças e idosos, perderam a vida anualmente devido às sanções.

A The Lancet chama a atenção no seu editorial de agosto para uma investigação segundo a qual o efeito letal das sanções impostas pelos Estados Unidos e pela União Europeia, sustentando que estão associadas a 564.258 mortes anualmente entre 1971 e 2021, um número superior ao número anual de vítimas relacionadas com combates (106.000 mortes).

A conclusão, chama ainda a atenção a prestigiada publicação médica britânica, está em consonância com um artigo anterior publicado na The Lancet Global Health, que mostra os efeitos letais das sanções à ajuda — ou seja, sanções económicas que visam especificamente a ajuda ao desenvolvimento em países de rendimento baixo ou médio —, que resultaram num aumento de 3,1% na mortalidade infantil e de 6,4% na mortalidade materna anualmente entre 1990 e 2019.

“Os regimes ocidentais há muito que afirmam que as sanções são uma alternativa sem sangue à guerra. A realidade é que podem ser tão letais como a guerra”, denunciou.

O Irão está sujeito a sanções norte-americanas desde a tomada da embaixada dos EUA na sequência da Revolução Islâmica de 1979. Em resposta, Washington congelou os ativos iranianos e proibiu o comércio bilateral.

As restrições agravaram-se ao longo das décadas, especialmente em relação ao programa nuclear iraniano, com embargos ao petróleo e ao setor financeiro do Irão, não só por parte dos EUA, mas também com sanções aprovadas pela ONU.

Em 2015, a assinatura do acordo nuclear entre o Irão e as potências mundiais levou ao levantamento parcial das sanções.

No entanto, em 2018, os Estados Unidos retiraram-se do acordo nuclear e voltaram a impor severas sanções económicas ao abrigo da estratégia de “pressão máxima”, afetando gravemente a economia iraniana e o acesso a bens essenciais.

Entretanto, os países europeus fizeram um ultimato para ativar o mecanismo que restabelece automaticamente as sanções internacionais contra Teerão até ao final de agosto, caso o país persa não chegue a um acordo com o Ocidente sobre programa atómico.

Atribuída a primeira licença para operação de um porto espacial na ilha de Santa Maria

Ainda é um primeiro passo, mas está iniciado o caminho para o consórcio português Atlantic Spaceport (ASC) poder vir a realizar as primeiras atividades de acesso ao espaço a partir da ilha de Santa Maria, nos Açores. Uma vez atribuída a licença para a criação de um centro de lançamento, segue-se agora o pedido de licenciamento para as operações espaciais que o consórcio queira vir a desenvolver em concreto, como voos suborbitais, e que poderão ocorrer já no decurso do próximo ano, explica a Agência Espacial Portuguesa.

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Governo quer deixar de criminalizar ocultação de contratos no serviço doméstico – mas não explica porquê

O Governo quer acabar com a criminalização da omissão da contratação de trabalhadores à Segurança Social, o que inclui o setor do serviço doméstico, mas não explica as vantagens da medida, nem o impacto na evasão fiscal e contributiva. O anteprojeto reforma da legislação laboral que o Governo de Luís Montenegro apresentou aos parceiros sociais em julho, conhecido como “Trabalho XXI”, propõe acabar com a obrigação de comunicação da admissão de trabalhadores. Neste momento, se os empregadores não declararem uma contratação nos seis meses seguintes ao fim do prazo previsto na lei para procederem a essa comunicação – em regra,

Lamentável, desinformação, faltam provas: críticas à proposta do Governo sobre amamentação

Limite de dois anos na dispensa de trabalho para amamentação também “viola diretrizes internacionais”, avisam as associações. Várias associações acorreram em defesa da amamentação, repudiando a proposta do Governo de impor um limite de dois anos na dispensa de trabalho para o efeito. “É lamentável esta intenção do Governo (…). A crítica à amamentação após os dois anos de idade, além de desinformada, ignora os fundamentos legais, científicos e sociais que a sustentam”, referem em comunicado a Associação Portuguesa de Consultores de Lactação Certificados, a Associação Portuguesa pelos Direitos da Mulher na Gravidez e no Parto, o Movimento Amamentar em

Portugal na mira de máfia brasileira “Fantasmas do Cajuru”. Líder foi morto na Póvoa de Varzim

O assassinato a tiro de Rafael Lourenço, um dos líderes do gangue dos “Fantasmas do Cajuru”, alertou as autoridades para a presença do grupo criminoso brasileiro em Portugal. A execução de Rafael Lourenço, de 35 anos, na madrugada de domingo, na Póvoa de Varzim, revelou a presença em Portugal dos “Fantasmas do Cajuru”, um violento grupo criminoso brasileiro que até agora não tinha sido detetado pelas autoridades nacionais. Conhecido como “Rafinha”, Lourenço era apontado como um dos líderes da organização, criada há mais de 20 anos no bairro do Cajuru, em Curitiba, no estado do Paraná. O criminoso chegou a

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