Portugal na mira de máfia brasileira “Fantasmas do Cajuru”. Líder foi morto na Póvoa de Varzim

O assassinato a tiro de Rafael Lourenço, um dos líderes do gangue dos “Fantasmas do Cajuru”, alertou as autoridades para a presença do grupo criminoso brasileiro em Portugal. A execução de Rafael Lourenço, de 35 anos, na madrugada de domingo, na Póvoa de Varzim, revelou a presença em Portugal dos “Fantasmas do Cajuru”, um violento grupo criminoso brasileiro que até agora não tinha sido detetado pelas autoridades nacionais. Conhecido como “Rafinha”, Lourenço era apontado como um dos líderes da organização, criada há mais de 20 anos no bairro do Cajuru, em Curitiba, no estado do Paraná. O criminoso chegou a

Jornal Mensageiro de Bragança lança livro sobre “história nunca contada” do “25 de Abril no Nordeste Transmontano”

O jornal Mensageiro de Bragança vai apresentar o livro «25 de Abril no Nordeste Transmontano – A História nunca contada», uma “ferramenta de cidadania e memória coletiva”.

“Mais do que um registo comemorativo, esta publicação pretende afirmar-se como uma ferramenta de cidadania e de memória coletiva, oferecendo conteúdos que poderão ser úteis para escolas, investigadores e instituições, contribuindo para uma compreensão mais aprofundada da Revolução e do seu impacto no território transmontano”, indica o jornal.

A publicação reúne “contributos dos historiadores militares Abílio Lousada e David Martelo, que exploram os contextos históricos e geopolíticos da época, e do sociólogo Henrique Ferreira, que assina uma análise aprofundada da realidade socioeconómica e política da região à data da Revolução dos Cravos”.

A obra, que inclui “um capítulo dedicado à retrospetiva das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril no concelho de Bragança”, vai ser apresentada esta quarta-feira, às 18h00, no jardim do Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, em Bragança.

“A sessão de apresentação estará a cargo de Eleutério Alves, ex-deputado da Assembleia Constituinte eleito pelo distrito de Bragança após o 25 de Abril, cuja intervenção enriquecerá o enquadramento histórico e político do lançamento”, informa ainda o comunicado.

“O Mensageiro de Bragança reafirma o seu compromisso com a divulgação da história local e a promoção da memória democrática, valorizando o papel da imprensa regional como agente de cultura e cidadania”, finaliza.

Mulher que teve parto na rua e recém-nascida estão bem e deverão ter alta esta quarta-feira

A mulher que teve o parto na via pública e a recém-nascida estão bem e deverão ter alta esta quarta-feira, disse à Lusa a Unidade Local de Saúde da Lezíria.

Tudo aconteceu na segunda-feira de manhã perto da Junta de Freguesia do Carregado, no concelho de Alenquer, numa zona residencial e de comércio. Aparentemente, a grávida estava a tomar o pequeno-almoço numa pastelaria quando começou com dores e lhe rebentaram as águas, contou à Lusa uma moradora.

Ana, moradora na rua onde ocorreu o parto, contou que passava pouco das 10h00 quando começou a ouvir gritos de uma mulher a dizer “Não quero, não quero”.

Disse que foi à janela ver o que se passava e viu uma mulher de costas, com o que lhe pareceu ser sangue no vestido, junto de um casal, que eram os pais e que acabaram por fazer o parto.

O pai da mulher estava a ampará-la, enquanto a mãe estava ao telefone. A mulher, em trabalho de parto, deitou-se junto a um pequeno muro e cerca das 10h30 nascia uma menina, contou a mesma moradora.

A mãe e a recém-nascida foram transportadas para o Hospital de Santarém, que faz parte da Unidade Local de Saúde da Lezíria, onde se encontram e deverão ter alta esta quarta-feira, disse a instituição numa resposta escrita à Lusa.

O caso levou a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, a solicitar na terça-feira à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) a abertura de um processo de inquérito ao caso.

“O procedimento foi já determinado pelo Inspetor-Geral das Atividades em Saúde para investigar os factos relativos à assistência prestada pela Linha SNS 24 e pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), no momento da ocorrência, bem como à assistência prestada pela Unidade Local de Saúde do Estuário do Tejo à grávida”, referiu o Ministério da Saúde em comunicado.

Contactado pela agência Lusa, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) afirmou que a Central 112 encaminhou a chamada de socorro, tendo a mesma sido atendida pelo CODU às 10h29, que ativou para o local uma ambulância dos Bombeiros Voluntários de Alenquer, às 10:33, e a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) de Torres Vedras, às 10:37, dado que a de Vila Franca de Xira estava empenhada noutra ocorrência.

Segundo o INEM, a mãe e a bebé foram transportadas para o Hospital de Santarém, com acompanhamento do médico da VMER.

O comandante dos bombeiros de Alenquer, Daniel Ribeiro, disse, por seu turno, à Lusa que, quando chegaram ao local o bebé já tinha nascido, assegurando que “nunca esteve em causa a assistência” e que a mãe e o recém-nascido foram avaliados e “estavam bem”.

Entretanto, uma averiguação preliminar dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) revelou que existiu “um erro humano na aplicação do algoritmo de triagem e no encaminhamento, levando a que a chamada não tivesse sido transferida para o INEM”, disse a entidade em comunicado.

Incêndios: dois autarcas entre o “pânico” e o “não sei o que posso fazer”

Já começam a faltar respostas em Trancoso e em Vila Real. Surgiram novos incêndios ao longo da última madrugada; aldeia evacuada. Os incêndios continuam a assustar milhares de portugueses. Ao longo da madrugada desta quarta-feira, deflagraram novos fogos: Sátão, Macedo de Cavaleiros e Arganil – onde uma aldeia já foi evacuada. O trânsito encontra-se cortado na EN 323, nos dois sentidos, entre as localidades de Távora e Granjinha, no distrito de Viseu. Um incêndio rural em Tabuaço, que tem sido considerado pela Proteção Civil como uma ocorrência significativa, começou no domingo à noite na freguesia de Távora e Pinheiro. O

Morreu Luís Deslandes, histórico gestor da Navigator

Luís Deslandes, um histórico gestor da Soporcel (agora Navigator), morreu aos 83 anos, anunciou a empresa. Luís Deslandes foi um dos principais rostos da Soporcel, empresa que no início do século foi integrada na Portucel (no âmbito da privatização desta empresa industrial de pasta), dando origem ao grupo que hoje se designa de Navigator.

Luís Deslandes manteve-se na empresa. E até foi presidente executivo interinamente quando José Honório por “motivos pessoais” decidiu sair da Portucel em 2014, tendo sido noticiado, então, que tinha tomado essa decisão por divergência com Pedro Queiroz Pereira (falecido em 2018), principal acionista da empresa.

Na Soporcel foi mentor da construção das fábricas de pasta e de papel, na Figueira da Foz, que, segundo indica o comunicado da Navigator, “foi considerada o projeto industrial mais bem-sucedido no pós-25 de abril, criando um site de referência mundial e marcando um salto tecnológico e industrial que revolucionou o setor em Portugal e elevou a competitividade da indústria nacional à escala global”. A Navigator atribui-lhe também um papel relevante na criação “das grandes marcas de papel que projetaram a Navigator no mundo, consolidando a reputação da empresa como referência global em excelência, inovação e sustentabilidade”.

Nesse mesmo comunicado, a Navigator, expressando condolências à família, fala de Deslandes como “figura incontornável da história da The Navigator Company e referência maior no setor da pasta e papel, em Portugal e além-fronteiras. Exemplo de visão, inovação e humanidade, a sua influência continua a inspirar e a orientar o nosso caminho”.

Era engenheiro químico, tendo-se formado pelo Instituto Superior Técnico e estudado engenharia também na Bélgica.

Praga pré-histórica saltou de espécie desconhecida para ovelhas — e depois humanos

Um novo estudo descobriu ADN de peste antiga em ossos de ovelhas com 4.000 anos, lançando luz sobre como o patógeno conseguiu infetar milhares de pessoas em todo o mundo. A bactéria Yersinia pestis era uma forma inicial de peste bubónica que circulou durante os períodos Neolítico Tardio e Idade do Bronze há cerca de 5.000 a 2.000 anos. Este patógeno é uma forma geneticamente única e pré-histórica da peste que infetou humanos em toda a Eurásia — antes de presumivelmente se extinguir. Um novo estudo, apresentado num artigo publicado nesta segunda-feira na revista Cell, descobriu agora ADN desta peste

“Deus nunca falha. Mesmo quando o traímos”

“O amor, quando é verdadeiro, não pode ignorar a verdade”, disse esta quarta-feira o Papa, na habitual audiência geral.

Na catequese que tem vindo a dedicar aos últimos passos de Jesus, Leão XIV sublinhou que a fé não nos poupa da possibilidade do pecado, mas oferece sempre um caminho para sair dele: o da misericórdia.

“Jesus não se escandaliza diante de nossa fragilidade. Ele sabe bem que nenhuma amizade está imune ao risco de traição. Mas continua a confiar”, sublinhou Leão XIV.

O Papa afirmou que, apesar de podermos ser nós a quebrar a confiança em Deus, ainda que possamos falhar, Deus nunca falha. “Mesmo que possamos trair, Ele nunca deixa de nos amar. E se nos deixarmos alcançar por esse amor – humilde, ferido, mas sempre fiel – então podemos verdadeiramente renascer. E começar a viver não mais como traidores, mas como filhos sempre amados.”

Aos fiéis polacos, e a propósito da festa de São Maximiliano Kolbe que amanhã se assinala, o Papa encorajou todos a seguirem o exemplo da sua atitude heróica de sacrifício pelo outro. “Por sua intercessão, suplicai a Deus que conceda a paz a todos os povos que vivem a tragédia da guerra”, disse.

Maximiliano Kolbe, missionário franciscano, morreu em Auschwitz, oferecendo-se, como voluntário, para substituir um pai de família condenado à morte.

Devido ao calor intenso, a catequese de hoje foi proferida da Aula Paulo VI, mas Leão XIV deslocou-se também à Basílica de São Pedro para saudar os milhares de peregrinos que não couberam no auditório.

Esta tarde, o Santo Padre regressa à residência de Castel Gandolfo, onde permanecerá para mais alguns dias de descanso.

Patriarca de Lisboa solidário com vítimas das tempestades em Cabo Verde

O patriarca de Lisboa, D. Rui Valério, escreveu uma carta ao bispo de Mindelo, D. Ildo Fortes, face à tempestade que atingiu a ilha de São Vicente, em Cabo Verde.

O patriarca assume acompanhar “com profunda dor a perda de várias vidas humanas e a destruição provocada pela tempestade” e expressa “a mais sincera e fraterna solidariedade”.

D. Rui Valério realça os laços que unem as duas dioceses. “Procuramos os melhores meios para ajudarmos quer espiritualmente, quer materialmente.”

“As nossas orações sobem ao céu por aqueles que partiram, pelos seus familiares e por todos quantos perderam tanto. Invocamos também o divino Espírito Santo sobre todos aqueles que estão neste momento a fazer grandes esforços para procurar os desaparecidos e para dar condições de vida dignas a todos os que perderam casas e meios de subsistência”, lê-se, na carta redigida pelo patriarca.

O speaker da Volta chegou a pagar 25 tostões para estar na meta e contou a prova na rádio

Quem acompanha a Volta a Portugal já se habituou a ouvir a sua voz nas partidas, nas chegadas, a apresentar corredores, a partilhar curiosidades e a animar o público. Teixeira Correia, antigo árbitro de futebol, jornalista e speaker oficial da prova há 15 anos, carrega consigo quatro décadas de histórias ligadas à maior corrida do ciclismo nacional.

Mas a ligação não começou atrás do microfone. Nasceu no Alentejo, em Mértola, “uma terra que via passar a Volta em dias de 45 graus, nas etapas de Évora para Tavira e vice-versa”, recorda.

Mais tarde, começou a acompanhar a prova com um rádio de pilhas na mão, ouvindo cada ataque e cada chegada. “Pagava-se 25 tostões por um bilhete para a zona da meta, ficávamos por detrás das barreiras, só para ver os ciclistas chegar.”

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Antes de se tornar na voz da Volta, Teixeira Correia foi árbitro de futebol da primeira categoria. E foi o ciclismo que o ajudou a preparar-se fisicamente para os testes da arbitragem. “Tínhamos de fazer duas vezes 200 metros, duas de 50 e o teste dos 12 minutos. Eu treinava atrás do Cândido Barbosa e de outros corredores. A preparação ficava feita”.

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Mesmo na altura em que a arbitragem ocupava o primeiro plano, o ciclismo nunca deixou de ser paixão. Quando deixou os relvados, dedicou-se por inteiro à estrada, primeiro como jornalista para rádios locais e depois como repórter em grandes estações. “O meu padrinho, Fernando Emílio, levou-me à Comercial, nos bons tempos da rádio, com o Ribeiro Cristóvão, João Pedro Mendonça e Alexandre Santos.”

Passou pela Comercial, fez duas Voltas a Espanha, “das coisas mais bonitas que já fiz”, e, em 2010, recebeu o convite para ser o speaker oficial da Volta a Portugal, função que mantém até hoje.

Ser speaker é muito mais do que pegar no microfone e improvisar. “Há uma preparação semanal”, explica. É preciso atualizar os dados dos corredores, rever informação histórica e estar pronto para reagir aos imprevistos. “Às vezes falha alguma coisa, como é natural, mas é um trabalho aliciante. Tenho a impressão que sou o único jornalista com dados atualizados desde a primeira Volta a Portugal até hoje”.

Em muitas chegadas, faz duas coisas ao mesmo tempo: fala para o público e, em simultâneo, para a rádio. “É só uma questão de mentalização, porque não se pode dizer o nome da rádio e é preciso adaptar a linguagem, mas corre bem”.

Perguntámos a Teixeira Correia, de 66 anos, o que é mais difícil, arbitrar ou falar para milhares? Teixeira Correia sorri. Reconhece que a arbitragem tinha momentos bons, especialmente pela relação com alguns jogadores.

“Havia jogadores que tratávamos por ‘tu’. Conheci muita gente espetacular e outros que não prestam. Mas deixei completamente a arbitragem, nem estou ligado como dirigente ou observador. Sempre disse que não pode haver vídeo-árbitros que sejam árbitros no ativo. Devia haver concurso público. Agora, termos árbitros que foram fracos em campo como VAR? Não faz sentido.”

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Se há coisa que o mantém motivado é a ligação com quem está do outro lado das barreiras. “O público é o melhor que temos. Há muita gente que não vê nada da etapa e somos nós que lhes transmitimos a Volta. Isso é o mais aliciante”.

Muitas caras já lhe são familiares e alguns até são de longe. “Ainda hoje encontrei um emigrante em França que me agradeceu pela forma como o tratei na última vez que esteve cá”.

“E que Deus vos rebente com saúde” é uma forma descontraída de desejar que todos voltem no próximo ano.

Quem já o ouviu sabe que, de vez em quando, a voz de Teixeira Correia também se transforma em representante do cante alentejano. Uma das suas modas favoritas, dedicada aos mineiros, fala do espírito duro e resiliente que também se encontra no ciclismo. “Suor, sangue e lágrimas. Os ciclistas caem, ficam rasgados, mas a primeira coisa que fazem é agarrar na bicicleta. À noite tratam das feridas e no dia seguinte estão prontos. É como os mineiros, por vezes cai uma barreira, e eles lá em baixo.”

De jovem que espreitava os heróis da estrada, a árbitro que treinava ao ritmo do pelotão, passando por jornalista, repórter e, agora, speaker oficial, Teixeira Correia é parte integrante da Volta a Portugal.

Não mede o seu trabalho em quilómetros nem em segundos, mas na emoção de cada chegada e na proximidade com o público. E, pelo entusiasmo com que conta as histórias, a “sua” Volta ainda vai ter muitas etapas pela frente. “E que Deus vos rebente com saúde!”.

*jornalista em serviço especial para a Rádio Renascença

Encontro histórico: os 2 minutos de Trump e a mentira de Putin

Presidente da Rússia a negociar? “Só quer tirar uma foto com Trump” – que vai ser muito rápido a perceber a ideia de Putin. O encontro entre Donald Trump e Vladimir Putin será realizado na sexta-feira em Anchorage, no estado do Alasca, um território norte-americano que fez parte da Rússia até 1867. Será a primeira reunião presencial entre os presidentes de EUA e Rússia desde que começou a guerra na Ucrânia. Essa reunião histórica tem originado algumas esperanças mas a Casa Branca disse que o encontro será como um “exercício de escuta” para Donald Trump. A declaração da porta-voz da

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