Fumo negro no Vaticano na primeira votação

Saiu fumo negro da chaminé do Vaticano, depois da primeira (e única do dia) votaçã para escolher o sucessor do Papa Francisco. Durante os restantes dias do conclave, terão lugar quatro votações: duas de manhã e duas à tarde. Hoje, só saiu fumo negro da chaminé do Vaticano. Eram já 21h01 (20h01 em Lisboa) quando foi dado o sinal para indicar que os 133 cardeais eleitores, reunidos em conclave desde as 15h30 (16h30), não chegaram a consenso sobre o próximo Papa. Esta foi a única votação do dia e a primeira do conclave para escolher o sucessor de Francisco (2013-2025).

Kyle Walker revela o adversário mais difícil que enfrentou: «Odiava jogar contra ele…»

Atual defesa do AC Milan assume momentos complicados

Atual jogador do AC Milan, Kyle Walker revelou esta quarta-feira, no mais recente episódio do Kyle Walker Podcast, qual o adversário mais difícil que teve pela frente. E a escolha, para quem defrontou e ainda defronta alguns dos melhores do Mundo, acaba por surpreender.

“As pessoas vão dizer Mbappé, Mané, Neymar, Vinícius, esse tipo de jogadores, mas eu odiava jogar contra o City quando estava no Tottenham por causa do Nasri. Porque quando penso num jogador inteligente, com o qual eu realmente não gostava de jogar, que nos fazia pensar ‘sigo-o ou não? Deixo-o ir?’… E, do nada, aparecia o Gael Clichy para fazer o overlap, a correr nas costas dele… E acho que essa relação que eles construíram, jogando juntos no Arsenal durante alguns anos, levaram-na para o Manchester City. É um jogo de xadrez, não é? Quando é no homem a homem, pensava sempre que seria difícil quando tivesse pela frente o City e o Nasri. Sabia que ele e o Gael Clichy iriam tornar o jogo difícil”, assumiu, no podcast ao qual dá nome (e voz).

Startup quer extrair minerais de asteroides — são um verdadeiro tesouro

Milhares de milhões de euros circulam no Espaço, intactos, por extrair. O que falta Tecnologia. Mas há um projeto que já deu vários passos em frente. Em 2015, o famoso astrofísico Neil deGrasse Tyson disse acreditar que os primeiros bilionários iriam ganhar a sua riqueza através da exploração mineira espacial, recorda a Interesting Engineering. Desde então, vários projetos surgiram com esse objetivo, mas acabaram sempre por abandonar a ideia. De facto, é atrativo: os asteroides têm biliões de metais raros extremamente valiosos, e a sua extração pode ainda resolver os problemas ambientais e socioeconómicos que estão associados à exploração de

Emissões de metano ligadas à energia mantém-se a níveis recordes

As emissões de metano ligadas aos setor das energias fósseis mantiveram-se em 2024 próximas dos recordes históricos, segundo um relatório da Agência Internacional da Energia (AIE) publicado nesta quarta-feira.

No documento alerta-se para um aumento de descargas maciças de metano, com acentuado efeito, nas instalações petrolíferas e de gás.

Em 2024, a produção recorde da indústria dos combustíveis fósseis (gás, petróleo e carvão) foi responsável pela libertação de mais de 120 milhões de toneladas de metano na atmosfera, perto do recorde registado em 2019, segundo a nova edição do “Global Methane Tracker”.

O metano, o segundo gás com efeito de estufa a seguir ao dióxido de carbono (CO2), é a molécula do gás natural que se liberta dos gasodutos mas também do gado bovino ou dos resíduos.

Todos os anos são libertadas cerca de 580 milhões de toneladas de metano, 60% das quais atribuíveis à atividade humana – liderada pela agricultura, seguida da energia – e quase um terço às zonas húmidas naturais.

O metano, com um efeito de estufa muito mais poderoso do que o CO2, é responsável por cerca de 30% do aquecimento global desde a revolução industrial.

Mas como tem um tempo de vida mais curto, é “a melhor opção que temos para reduzir o aquecimento (global) a curto prazo”, disse à imprensa o economista-chefe da AIE, Tim Gould.

No setor dos combustíveis fósseis, as fugas de metano ocorrem durante as operações de desgasificação ou de queima nas instalações petrolíferas e de gás, mas também nos gasodutos ou durante o transporte marítimo de gás liquefeito.

Segundo a AIE, 70% destas emissões poderiam ser evitadas e o gás capturado poderia ser vendido, por exemplo, para produzir eletricidade.

No entanto, as medidas tomadas ficam “aquém das nossas ambições”, declarou Fatih Birol, diretor executivo da agência.

A China é o maior emissor mundial de metano relacionado com a energia, principalmente do setor do carvão, seguida pelos Estados Unidos e pela Rússia.

Os números da AIE baseiam-se em dados medidos, por oposição às emissões declaradas, que são por vezes obsoletas ou estimadas com base em informações do setor energético. Por isso a estimativa da AIE é cerca de 80% mais elevada do que o total declarado pelos países às Nações Unidas.

Mas “a transparência está a melhorar”, graças aos mais de 25 satélites que seguem a partir do espaço as “plumas” de metano que se escapam das instalações petrolíferas, mas também das lixeiras, das explorações pecuárias intensivas ou dos arrozais.

Um deles, o Sentinel 5P europeu, que deteta apenas as maiores fugas, observou que os “eventos de super-emissão de metano” nas instalações de petróleo e gás atingiram um nível recorde em 2024. Foram detetadas fugas maciças em todo o mundo, mas sobretudo nos Estados Unidos, no Turquemenistão e na Rússia.

Pela primeira vez, a AIE inclui na sua avaliação as emissões de metano provenientes de poços de petróleo e gás abandonados e de minas de carvão: em conjunto, constituirão o “quarto maior emissor mundial de metano proveniente de combustíveis fósseis”, contribuindo com cerca de oito milhões de toneladas em 2024.

A redução das emissões de metano das fontes de energia abrandaria consideravelmente o aquecimento global, evitando um aumento de 0,1°C das temperaturas globais de agora até 2050. Trata-se de “um impacto considerável, comparável à eliminação de todo o CO2 da indústria pesada mundial de uma só vez”, afirma o relatório.

As empresas e os países comprometeram-se a reduzir as emissões de metano, mas atualmente apenas cerca de 5% da produção de petróleo e gás cumpre “uma norma de emissões de metano próximas do zero”.

O grupo de reflexão Ember (sobre energia, presente em todos os continentes) estimou que a indústria dos combustíveis fósseis deve reduzir as suas emissões de metano em 75% até 2030, para que o mundo possa atingir a neutralidade carbónica até 2050.

Parar, cozinhar, cervejar: a cada um a sua pitada

Como relaxar

Parar, escutar e olhar o Douro no Torel Quinta da Vacaria, um hotel apostado na missão de fazer com que os hóspedes se sintam em casa. Mergulhar na Praia das Rocas, com vista para a serra da Lousã, a 80 quilómetros do mar mas com muitas ondas – não é por acaso que é conhecida como a “maior piscina de ondas de Portugal”. Passear entre a Arrábida e Sesimbra num barco ou em caiaques transparentes, experienciando novas perspectivas e formas de olhar o mar. Coleccionar praias com bandeira azul (este ano são mais de 400). Entregar-se à simplicidade do Sino da Paz e às 1620 badaladas que vão ecoar em Benfeita (Arganil), cumprindo uma tradição com 80 anos que assinala o fim da II Guerra Mundial. Todas boas ideias para aproveitar o tempo livre, desligar e dar largas ao ócio, sem culpas.

Por onde andar

A acertar o passo à agenda da semana temos as danças com robôs, insectos e vegetais protagonizadas pelas marionetas do FIMFA, o Mundo Paralelo de Moreno Veloso, Open House em vários espaços de Lisboa e a exposição Uma Viagem pelo Asfalto. O Rock no Porto nos Anos 80, entre outras cenas.

O que comer

“Uma pitada de decadência, outra de ritmo acelerado, sem esquecer as raspas de simpatia e descontracção”. Mais mãozinha, menos mãozinha, são estes os ingredientes necessários para partilhar (e ter sucesso com) um vídeo de culinária nas redes sociais.

Do ritmo à simplicidade, sem esquecer as imagens que dão vontade de comer, a cozinha-entretenimento chegou, viu e venceu, e até nos pôs a aprender a cozinhar com amadores, não desfazendo. No fundo do tacho ficam outras memórias, como os programas televisivos com Maria de Lourdes Modesto, Chefe Silva, Filipa Vacondeus ou Julia Child.

Venha também ao prato a inteligência artificial: é a esta que cabe o barrete de chef no restaurante temporário Sem Igual, que promete criar receitas a partir de fotografias de ingredientes à escolha de cada comensal, servindo pratos únicos e personalizados.

Para repastos mais modestos, ou com menos aparato, venham umas navalheiras e um festival de queijo.

O que beber

É chegado o tempo de mostrar o que vale uma nação cervejeira e por isso aqui deixamos um roteiro de festas para alimentar a arte de cervejar.

À prova estão também um quarteto de vinhos da Casa da Tapada e um Sauvignon Blanc que “nos tira do sério pelas melhores razões” chamado Quinta do Cidrô Marquis.

O que ver

Um programa de humor sobre não poder fazer humor num mundo em que é proibido rir. É esta a premissa de Ruído, a série de Bruno Nogueira que se estreia na RTP1 e que junta no mesmo palco Nogueira, Gonçalo Waddington, Gabriela Barros, Albano Jerónimo, Rita Cabaço, Miguel Guilherme e Romeu Costa. Outra estreia no pequeno ecrã é The Walking Dead: Dead City, a segunda temporada do spin-off do fenómeno dos zombies dos anos 2010.

Nos cinemas temos Bird, drama com assinatura de Andrea Arnold sobre a possibilidade de reconstruir uma vida e um futuro, e Sonhar com Leões, uma comédia negra realizada por Paolo Marinou-Blanco e centrada em Gilda, uma mulher diagnosticada com cancro, marcada por várias tentativas falhadas de suicídio e resolvida a preparar a sua eutanásia.

O que ler

O festival literário 5L está de volta a Lisboa e na manga traz a inteligência artificial, as ameaças à democracia e nomes como Amin Maalouf, Paul Lynch ou Juan Villoro.

À baila das letras vêm também a Simpatia de Rodrigo Blanco Calderón, as histórias de Gabor Maté No Reino dos Fantasmas Famintos, um relato Destroçado de Hanif Kureishi e A Primeira Mão Que Segurou a Minha por Maggie O’Farrell.

Mais uma estante executiva com dicas de Clara Moura Guedes e um livro para a petizada sobre a importância do que não se vê e, por agora, estamos conversados.

Relaxe também por aqui

Nome do Papa Francisco esquecido na missa pré-conclave poderá revelar campanha em torno do cardeal Pietro Parolin

O pontificado de Francisco está longe de ser unanimemente apreciado entre os cardeais. Alguns sinais dos últimos dias noticiados por vaticanistas conhecedores dos bastidores do Vaticano revelam possível campanha para agregar votos em torno de Parolin.

Ainda antes do fecho das portas da Capela Sistina, alguns sinais dados nas últimas horas antes do arranque do Conclave parecem apontar no sentido de alguma tensão entre os cardeais que vão escolher o sucessor do Papa Francisco como chefe da Igreja Católica, concretamente dando conta de uma possível campanha de bastidores destinada a fazer eleger como novo Papa o atual secretário de Estado do Vaticano, o cardeal italiano Pietro Parolin, com uma agenda de algum recuo tanto no estilo como no conteúdo em relação ao pontificado do Papa Francisco.

Um dos sinais mais claros foi o facto de o nome do Papa Francisco ter ficado de fora da homilia proferida esta manhã pelo cardeal italiano Giovanni Batista Re, decano do Colégio Cardinalício, durante a missa Pro Eligendo Romano Pontifice, a celebração solene que inaugurou os trabalhos do conclave. Como escreve o correspondente do El País em Roma, tanto em 2005 como em 2013 o anterior Papa foi mencionado na homilia da missa inaugural do conclave, com um simples agradecimento ou uma referência mais carinhosa. Desta vez, o nome de Francisco esteve totalmente ausente – o que, como escreve ainda o jornalista do El País em Roma, causou grande estranheza no setor mais adepto da continuidade com a linha de Francisco. “Não se pode ter esquecido, foi deliberado”, afirmou um prelado citado pelo El País, sob anonimato.

Em segundo lugar, no decorrer da missa, o cardeal Batista Re cumprimentou de forma bastante efusiva o cardeal Parolin, que se encontrava na zona do altar principal devido ao seu lugar na precedência dos cardeais. Nesse cumprimento, Battista Re – que pelos seus 91 anos não poderá votar no conclave, mas é visto como uma das vozes mais influentes junto dos seus colegas – terá dito “boa sorte” a Parolin, o que tem sido lido como um sinal de que está em curso uma campanha para eleger Parolin na qual Battista Re é uma das vozes mais influentes.

Tudo isto estará a ser lido entre os mais progressistas como um sinal de alarme para a possibilidade de estar a formar-se uma frente capaz de desbloquear o conclave – e que possa juntar em torno de um único candidato (Parolin) os mais conservadores e a bolha romana, composta pelos cardeais italianos e por muitas das altas figuras da Cúria Romana. Simultaneamente, o facto de Giovanni Battista Re ter pintado o perfil desejável do futuro Papa com traços que correspondem em larga medida à experiência diplomática de Parolin leva a crer que essa campanha estará mesmo em ação.

Isso foi especialmente evidente quando Battista Re referiu a necessidade de, no mundo de hoje, que atravessa um “momento difícil e complexo”, a Igreja assumir-se como bastião de “valores fundamentais, humanos e espirituais”. Várias referências à “unidade” da Igreja foram também lidos como apontando para um perfil mais conservador do que Francisco, que muitos na ala mais tradicionalista acusam de ter provocado desunião ao defender ideias que rompem com a ortodoxia.

Tudo isto pode ainda ser lido à luz de uma outra notícia, conhecida há dias através da revista America, dos jesuítas. Segundo aquela publicação, o cardeal italiano Beniamino Stella, de 83 anos (também não pode votar, mas é visto como uma voz de peso entre os cardeais), usou o seu tempo de intervenção nas congregações gerais para deixar duras críticas ao Papa Francisco, acusando-o de ter “contornado a longa tradição da Igreja” de associar o poder e a autoridade às ordens sacras – por exemplo, através da abertura do Sínodo dos Bispos ao voto dos leigos ou através da reforma da Cúria Romana que permite que leigos (homens e mulheres) liderem dicastérios em Roma.

“Ouvimos várias queixas contra o pontificado de Francisco nestes dias, mas o discurso do cardeal Stella foi, de longe, o pior”, afirmou um cardeal, sob anonimato, à revista America. Uma outra fonte disse aquela publicação que, no entender de Stella, é necessário que ao pontificado do Papa Francisco suceda um Papa mais “diplomático e moderado, como o secretário de Estado, para pôr as coisas novamente na ordem”.

Ora, Beniamino Stella é também amplamente considerado um dos principais apoiantes de uma candidatura de Pietro Parolin, sendo visto como um importante artífice da campanha em torno do secretário de Estado.

Se é verdade que todos estes sinais são passíveis de ser lidos de múltiplas formas, a verdade é que evidenciam, pelo menos, que mesmo entre os cardeais escolhidos pelo Papa Francisco há fortes dúvidas sobre o grau de continuidade a dar ao pontificado de Francisco num futuro pontificado.

Os cardeais entraram na tarde desta quarta-feira na Capela Sistina para o primeiro dia do conclave que deverá eleger o sucessor do Papa Francisco, que morreu aos 88 anos no final de abril após um pontificado de doze anos.

Oficial. Leixões confirma saída de José Mota

A caminho do AVS, o Leixões, da II Liga, oficializa a saída do treinador José Mota.

“A Leixões SC – Futebol, SAD informa que chegou a acordo com o treinador José Mota para a rescisão do contrato que unia as duas partes. Esta administração acedeu ao pedido do técnico para que este pudesse abraçar um novo projeto, no primeiro escalão da Liga Portugal, ao serviço da AFS”.

O clube confirma que os adjuntos “Paulo Sousa, Jorginho e Tiago Pinheiro acompanham o técnico na saída”.

O Leixões acrescenta que Cristiano Couto vai assumir o comando do plantel principal nas última duas jornadas do campeonato.

O técnico, de 35 anos, foi adjunto nas equipas técnicas de Carlos Fangueiro e José Mota.

Empresário de Bruno Fernandes acusado de corrupção desportiva para favorecer o Benfica

Miguel Pinho é suspeito de ter oferecido 30 mil euros a um jogador do Marítimo, na época 2015/2016, para “não rematar à baliza”

O Ministério Público acusou o empresário Miguel Pinho – que representa, entre outros, o jogado Bruno Fernandes – por um crime de corrupção desportiva ativa. De acordo com a acusação, na época 2015/2016, Miguel Pinho terá abordado o jogador do Marítimo José Edgar Costa, oferecendo-lhe 30 mil euros para que este “efetuasse uma prestação desportiva contrária aos interesses” do Marítimo num jogo contra o Benfica.

Segundo a certidão extraída do processo dos emails, Miguel Pinho e Luís Pinho terão dito ao jogador que “bastaria jogar mal e não rematar à baliza”. O Ministério Público acrescenta que, ao mesmo tempo, os dois prometeram ao jogador, “caso aceitasse a oferta”, um “novo contrato de trabalho, melhor remunerado num outro clube”.

Relacionadas

Esta quarta-feira, em comunicado, o Departamento Central de Investigação e Acção Penal adiantou ter requerido, com a acusação, a “a aplicação da pena acessória de proibição do exercício da profissão ou atividade de agente desportivo.

“Foi requerida a perda de bens e vantagens no valor de €30.000,00 (trinta mil euros), correspondente ao valor da vantagem/recompensa prometida pelo arguido”, refere o comunicado do DCIAP

Por Carlos Rodrigues Lima

Do Ministério da Magia ao IRS (Jovem) de Gyökeres. As revelações de Mariana Mortágua a Guilherme Geirinhas

Ainda não provou o famoso chocolate do Dubai, descobriu o gosto por filipinos de chocolate branco depois de a mulher levar para casa uma embalagem, compra meias na feira e não gosta de regatear. As revelações são feitas por Mariana Mortágua no segundo episódio da nova temporada da minissérie Bom Partido. Durante a conversa com o humorista Guilherme Geirinhas, de quase uma hora e em tom descontraído, o gosto pela saga Harry Potter serviu para falar sobre os direitos dos trabalhadores.

A coordenadora do Bloco de Esquerda foi questionada sobre as medidas que defenderia para os elfos domésticos — personagens dos livros de J.K Rowling que servem os feiticeiros, geralmente de antigas famílias, e só podem ser livres mediante a entrega de uma peça de roupa dos seus mestres — se fosse candidata ao Ministério da Magia. “Para já, devia haver outras pessoas a fazer o trabalho doméstico, não só os elfos. Os elfos devem poder ser o que eles quiserem. O lugar do elfo é onde ele quiser, ou ela, também há elfas”, respondeu, antes de defender um “trabalho com direitos” e em que “ninguém é obrigado a nada”. “Isso é que é importante.”

Do universo Harry Potter a conversa evoluiu para o mundo do futebol, desporto que a candidata às legislativas de 18 de maio chegou a praticar informalmente com amigos e na escola (na altura de escolher equipas não ficava nem em primeiro, nem em último, mas algures pelo meio). Mariana Mortágua foi questionada em tom de brincadeira por Guilherme Geirinhas, fervoroso adepto sportinguista, sobre se “odeia” Viktor Gyökeres, avançado que é o principal ativo atual dos leões, uma vez que o Bloco de Esquerda é contra o IRS Jovem, medida de que o futebolista de 26 anos pode usufruir, por considerar que beneficia apenas aqueles que têm rendimentos mais elevados.

Com Geirinhas a sugerir que o que Gyökeres recebe em termos salariais é pouco para o rendimento que tem dentro de campo, a líder bloquista disse: “[O que ele ganha] não é pouco em nenhum lugar do mundo”. Acerca de outras profissões, nomeadamente aquela que deveria ser a mais bem paga do mundo, destacou os mineiros, quem trabalha por turnos e quem anda na apanha de percebes. “Acho que é uma profissão muito perigosa, os percebes estão em sítios difíceis nas rochas.”

A conversa resvalou ainda para garantias de que nunca tentou convencer um taxista a votar no BE, ainda que tenha assumido que “já falou de política com muitos”. Por outro lado, ao ser confrontada com um dilema, Mortágua admitiu que preferia lutar com um banqueiro anão do que com um pato gigante. “Sobretudo se esse pato for um ganso, porque eu tenho medo de gansos, como qualquer pessoa racional devia ter, porque são do demónio.”

O episódio de Bom Partido, o segundo desta nova temporada depois da estreia com Luís Montenegro, ficou também marcado por uma prova de cerveja em plena Assembleia da República para avaliar as capacidades da candidata para distinguir, de olhos fechados, entre diferentes marcas e qualidades, e que serviria de mote para responder à pergunta que dá nome ao programa. “Sou um bom partido porque sei distinguir Sagres de Super Bock sem olhar, mas acho que toda a gente deve beber a cerveja que quer e que gosta […] mas obviamente que Sagres é melhor”, afirmou.

Do nome da Spinumviva à tinta verde (que continua) no fato. As confissões de Montenegro a Guilherme Geirinhas

Já na rubrica “Geringonça”, ao ser confrontada com vários cenários a atribuir a outros líderes políticos, fugiu à regra numa das respostas. Optou por Francisco Louçã, histórico do Bloco de Esquerda que mais de uma década depois volta a integrar a lista do partido às legislativas e que tem falado para os mais novos no TikTok, ao invés de escolher um líder dos restantes partidos com assento parlamentar. Eis as escolhas feitas por Mariana Mortágua:

Em qual deles [dos líderes] votavas para administrar o teu condomínio?
Quem é que será melhor com as burocracias? O Paulo Raimundo. Eu confiava.

Qual deles escolhias para escrever a letra do novo hino nacional?
O Rui Tavares.

Tens de montar um stand de livros políticos em segunda mão numa feira de antiguidades. Qual deles levas como sócio?
Como sócio não, mas o Ventura vende qualquer coisa.

Qual deles escolhias como ajuda telefónica no Quem Quer ser Milionário?
Posso escolher o Louçã? Escolho o Louçã, não quero saber.

A qual deles pedias para tirar uma cerveja de pressão?
Ouvi dizer que a IL não faz comícios porque isso não tem graça, faz sunset parties não só com gin como também imperiais. Pode ser que o Rui Rocha saiba tirar.

Qual deles pede uma [cerveja] Tango?
A Inês Sousa Real pede uma Tango.

Afinal, pensionistas continuam zangados com o PSD – e Montenegro leva com os “fantasmas” de Passos

Segunda-feira, Luís Montenegro afirmou que o PSD estava reconciliado com os reformados. Terça, trouxe Pedro Passos Coelho para a campanha. Esta quarta-feira, levou com os “fantasmas” do antigo primeiro-ministro. Luís Montenegro abriu a campanha para as legislativas antecipadas de 18 de maio afirmando que o PSD está reconciliado com os pensionistas. Isto, mais de 10 anos depois dos cortes levados a cabo por Passos Coelho. “Prometi que nos íamos reconciliar com os pensionistas e reformados. Estamos não só reconciliados, como estamos num processo de valorização ainda maior daqueles que estão hoje a gozar o seu merecido tempo de reforma”, declarou.

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