Leitão Amaro. Portugal tem dificuldade em “executar afastamentos coercivos” de imigrantes

O ministro da Presidência disse este sábado que Portugal, desde a extinção do SEF, tem tido “uma dificuldade muito grande a executar os afastamentos coercivos” de imigrantes e culpou PS e Chega por terem chumbado as propostas do Governo.

“Portugal tem tido, desde a extinção do SEF [Serviço de Estrangeiros e Fronteiras], uma dificuldade muito grande em executar os tais afastamentos coercivos. O Governo, no verão passado, propôs ao parlamento que fossem feitas duas mudanças essenciais para que, quando os afastamentos de imigrantes ilegais fossem feitos, eles fossem mesmo executados”, começou por recordar António Leitão Amaro, que falava aos jornalistas na sede do Governo em Lisboa.

Depois de ter confirmado que a Agência para a Integração Migrações e Asilo (AIMA) vai começar a notificar 4.574 cidadãos estrangeiros, na próxima semana, Leitão Amaro lembrou que o executivo tinha proposto à Assembleia da República que a competência “para executar os abandonos coercivos” fosse da PSP e não da AIMA e que “as modalidades de recurso fossem todas aceleradas”.

“O parlamento, com votos entre vários outros partidos, do PS e do Chega, decidiu chumbar essas duas mudanças”, lamentou.

De acordo com o ministro, é necessário que, na próxima legislatura, essas alterações sejam efetuadas para que “as regras sejam cumpridas até o fim e que estas ordens de afastamento de imigrantes ilegais possam ser cumpridas”.

“É preciso que aquilo que foi a proposta do Governo e que foi chumbada, na altura, pelo PS e do Chega, sejam agora aprovadas”, sublinhou, acrescentando que “a imigração foi regulada” e “a violação das regras tem consequências”.

Leitão Amaro reforçou que, para o futuro, é preciso “fortalecer as regras de execução, quer na autoridade, que deve ser a unidade de estrangeiros e fronteiras da PSP, que propusemos criar, quer com a aceleração das regras procedimentais”.

Casa Branca partilha imagem de Donald Trump vestido de Papa

A imagem surge pouco depois de Donald Trump ter admitido que “gostaria de ser Papa“: “essa seria a minha escolha número um”. Acrescentou ainda que, apesar de não ter preferência nenhuma para o cargo, achava o cardeal norte-americano Timothy Donal “muito bom”. “Devo dizer que há um cardeal de um lugar chamado Nova Iorque que é muito bom. Vamos ver o que acontece”, afirmou, sobre o arcebispo de Nova Iorque.

A imagem de Trump vestido de Papa foi muito criticada por várias pessoas nas redes sociais. “Completamente desrespeitoso. A comunidade católica está de luto e publicas isto?”; “Bruto e blasfémia”; “É suposto ter graça?”; “Vivemos tempos estranhos”.

Donald Trump, que reagiu à morte do Papa Francisco lembrando um “bom homem”, também foi criticado por surgir no funeral do Pontífice com um fato azul, em vez do tradicional preto.

Apesar de nunca se ter pronunciado diretamente sobre o Presidente dos EUA, o Papa argentino chegou a condenar a construção de muros para dividir países, quando o Republicano usava a construção de um muro na fronteira entre EUA e México com bandeira da primeira corrida à Casa Branca, em 2016.

“Uma pessoa que só pensa em construir muros, uma e outra vez, e não pontes, não é cristão. Votar ou não votar… não me intrometo nisso. Só digo que este homem não é cristão… se diz estas coisas”, disse Francisco em fevereiro de 2016.

O próximo Papa começa a ser escolhido na próxima quarta-feira, 7 de maio, num conclave imprevisível que conta com a presença de quatro cardeais portugueses.

Incêndio de 2024 no hospital de Ponta Delgada provocou “caos” e incerteza mas união evitou “tragédias”, dizem médicos

O incêndio no Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), nos Açores, em 2024, provocou o caos e a incerteza, mas a união de esforços evitou tragédias numa calamidade comparável à pandemia da covid-19, segundo relatos de médicos.

Em declarações à agência Lusa, a internista Paula Costa, que trabalha no hospital de Ponta Delgada desde 2018, recordou que em 04 de maio de 2024 começou a “perceber que alguma coisa não estava bem” devido à falha do sistema informático e a um “cheiro estranho”.

“Nesse dia fica bem patente que o ser humano consegue ultrapassar e adaptar-se a tudo. Depois da covid-19, pensávamos que já estava tudo visto e eu creio que isto para nós teve mais impacto do que a covid”, afirmou.

Mais do que o medo, o sentimento que a assolou durante o incêndio foi a “incerteza face ao que vinha a seguir”, com a inoperacionalidade do maior hospital dos Açores.

“Lembro-me de no meio do caos ter conseguido alguma calma e encontrei um colega no espaço da consulta externa. A confusão era tal e eu olhei para ele e pensamos os dois a mesma coisa, que foi: isto agora está, mas e o depois?”, relatou.

Apesar das dificuldades, Paula Costa destacou a união de todos os profissionais para retirar com sucesso cerca de 300 doentes.

“As coisas acabaram por funcionar bem porque a equipa se uniu toda. Todos ajudaram. Todos fomos convocados”, realçou.

Após o incêndio, os serviços do HDES foram instalados em várias instituições da ilha, tendo Paula Costa trabalhado no hospital privado da CUF, no Centro de Saúde de Ponta Delgada e no posto médico criado no pavilhão desportivo Carlos Silveira.

Já Ana Beatriz Amaral passou pela Casa de Saúde Nossa Senhora da Conceição e pelos centros de saúde de Vila Franca do Campo e Ribeira Grande.

“Tivemos de trabalhar imenso, mais do dobro do habitual. Os nossos doentes ficaram espalhados pela ilha. Um esforço incrível”, considerou.

No dia do fogo, a especialista em Medicina Interna também sentiu um “cheiro diferente” que pensou ser do incenso da missa celebrada na capela do HDES, uma tradição no sábado das festas do Santo Cristo.

Quando notou que não existia luz na urgência percebeu que o “assunto era sério”: “Estava totalmente às escuras. Isso nunca tinha acontecido. Nunca. Percebi que era grave.”

Para Ana Beatriz Amaral, foi a “união de esforços” entre profissionais de saúde e bombeiros que evitou danos maiores e permitiu superar os “momentos assustadores”.

“Não havia central e tivemos de contactar colegas que estavam em casa. Ainda bem que há grupos do Whatsapp, porque a ajuda foi muito rápida a chegar”, contou.

Umas das ajudas que chegaram foi a de Sara Ledo, internista intensivista, “convocada” assim que aterrou na ilha de São Miguel vinda de férias no estrangeiro – “foi a demora de chegar a casa e ir logo para o hospital”.

Com a instalação da unidade de cuidados intensivos do HDES no hospital da CUF, Sara Ledo ficou a trabalhar naquela instituição privada, que partilhou as vagas com o hospital público de Ponta Delgada.

Nos meses seguintes ao incêndio continuou a haver doentes transferidos para o continente, para a Madeira e para a Terceira, já que o HDES dispunha, em média, de quatro camas para cuidados intensivos na CUF.

“Com duas, três ou quatro camas, não podíamos ter internamentos de 15 dias. Os doentes eram estabilizados e depois transferidos”, explicou.

Sobre o dia do fogo, a médica, que transferiu um dos dois doentes na altura ventilados, lembrou o “fumo preto, preto” presente nos corredores e o esforço para transportar as macas pelas escadas.

“Foi uma evacuação muito bem feita. Em tão pouco tempo conseguirem alocar os cuidados como fizeram é de muito valor. Nos doentes internados, não houve nenhuma tragédia. Isso é o mais importante”, sublinhou.

A propósito do primeiro aniversário do incêndio, a Lusa contactou a Ordem dos Médicos, que rejeitou responder.

O fogo, que teve origem nas baterias de correção do fator de potência do posto de transformação, obrigou a deslocar cerca de 300 doentes para outras unidades de saúde na região, para a Madeira e para o continente, e provocou um prejuízo estimado em mais de 24 milhões de euros.

Só em 05 de fevereiro é que o hospital de Ponta Delgada voltou a ter capacidade para assegurar os cuidados que prestava antes do incidente, com a operacionalização plena de uma infraestrutura modular construída na zona do heliporto para compensar o encerramento de parte do edifício central, que será requalificado.

“Só me dá vontade de rir”: Temido reage a comentário de Cavaco

Cavaco Silva disse que Luís Montenegro tem uma dimensão ética igual ou superior aos outros líderes partidários. Pedro Nuno fala sobre o “maior problema” de Montenegro. O secretário-geral do PS disse nesta sexta-feira, em Aveiro, que o primeiro-ministro demissionário Luís Montenegro esgotou o seu projeto para o país, depois de ter esgotado a credibilidade. “Depois de distribuído o excedente herdado dos governos do PS não resta nada deste governo. Nós não sabemos qual é o projeto para o país. Não há estratégia, não há uma visão para Portugal”, disse, Pedro Nuno Santos. O líder dos socialistas falava em Aveiro, distrito

Operação Peregrinação Segura 2025 arranca no percurso até Fátima

A Guarda Nacional Republicana (GNR) intensificou as ações de patrulhamento no âmbito da operação Peregrinação Segura 2025, com o objetivo de prevenir acidentes no percurso até ao Santuário de Fátima.

No âmbito das celebrações das aparições de Fátima, que se assinalam a 12 e 13 de maio, a GNR aumentou o patrulhamento, até ao dia 14 de maio, nas principais vias de acesso à cidade de Fátima e ao seu Santuário, no concelho de Ourém, “com o objetivo de apoiar e garantir a segurança dos peregrinos durante as suas deslocações”, refere uma nota de imprensa.

“Será igualmente reforçado o policiamento no interior do Santuário e nas zonas envolventes”, acrescenta o comunicado da GNR.

A GNR prevê um elevado número de peregrinos a efetuarem o percurso a pé, em grupos numerosos e em vias com tráfego intenso, bermas estreitas ou mesmo inexistentes, facto que aumenta o risco de atropelamentos.

Segundo aquela força militar, a operação Peregrinação Segura 2025 tem a sua primeira fase de 03 a 11 de maio, com o empenhamento do policiamento nas vias mais críticas, nomeadamente as “vias utilizadas pelos peregrinos pedestres e envolventes dos locais do evento e respetivos eixos viários de acesso, bem como para a sensibilização dos peregrinos”.

A segunda fase da operação decorre de 12 a 14 de maio e está focada em garantir a segurança durante as celebrações religiosas, que decorrem no Santuário de Fátima e zonas envolventes.

Tendo em conta a aglomeração significativa de pessoas, a GNR aconselha os peregrinos a andar em fila indiana, sinalizar o início e o fim dos grupos e a circular preferencialmente pela berma, no sentido contrário ao trânsito, e nunca pela estrada, utilizando coletes refletores.

Durante o percurso também não devem ser usados auscultadores, auriculares, nem telemóvel ou andar sozinho durante a noite.

Já na cidade de Fátima e no Santuário, a GNR recomenda chegar atempadamente, de forma a evitar filas prolongadas, não deixar bens à vista no interior das viaturas e transportar sempre consigo os documentos pessoais.

Os peregrinos deverão transportar a carteira, com pouco dinheiro, e o telemóvel num bolso da frente ou numa bolsa com fecho que esteja sempre em contato com o corpo.

A GNR aconselha também a não levar bens de valor, nem objetos que sejam ostensivos e ter sempre o telemóvel com bateria e o contacto dos demais elementos do grupo.

Logo após o fim das cerimónias, os peregrinos devem sair de forma calma e gradual, evitando as filas prolongadas, e nunca perder de vista os idosos e crianças que os acompanham.

O en(cão)ntro entre o maior e o menor cão do mundo

Guiness World Records

03 mai, 2025 – 11:36 • Lara Castro

O maior e o menor cão do mundo, Reggie e Pearl, encontraram-se pela primeira vez. Reggie, o maior, tem sete anos e mede 1,007 metros, Pearl é uma Chihuahua e mede 9,14 centímetros. Os patudos têm quase um metro de diferença de altura e vivem nos Estados Unidos.

Casa Branca publica imagem de Donald Trump vestido de Papa

Presidente dos EUA disse, na quarta-feira, que gostaria de ser o próximo Sumo Pontífice.

O perfil oficial da Casa Branca na rede social X repostou uma imagem do presidente dos EUA, Donald Trump, vestido de Papa. A imagem foi originalmente publicada pelo próprio Donald Trump na rede social Truth Social.

A publicação acontece depois de Trump ter dito, na quarta-feira, que gostaria de ser Papa, ao ser questionado sobre a sua preferência para o próximo Sumo Pontífice. Na mesma ocasião disse que o cardeal norte-americano Timothy Donal era “muito bom”. 

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Por Correio da Manhã

Serralves passa a gratuito para residentes em Portugal no primeiro domingo do mês

A Fundação de Serralves anunciou que, a partir deste domingo, os residentes em Portugal terão entrada gratuita durante todo o dia nos primeiros domingos de cada mês, alargando o regime anterior, que só acontecia de manhã.

Num comunicado, a Fundação disse que “a partir do domingo de 04 de maio, os residentes em Portugal terão entrada gratuita durante todo o dia nos primeiros domingos de cada mês, alargando a gratuitidade anterior, que só acontecia durante a manhã”.

Estes domingos gratuitos em Serralves “dão acesso às exposições patentes no Museu, mas também permitem entrada sem custos na Ala Álvaro Siza, na Casa de Serralves, na Casa do Cinema Manoel de Oliveira e no Parque”, indicou.

Para poder entrar de forma gratuita “basta ser residente em Portugal e apresentar, obrigatoriamente, o Cartão de Cidadão nacional ou o Cartão de Residente“, explicou.

No comunicado, Serralves disse ainda que “oferece aos seus visitantes a entrada gratuita durante os grandes eventos anuais organizados pela Fundação”, como o Serralves em Festa, que este ano está marcado para os dias 30 de maio a 1 de junho, o BioBlitz e a Festa do Outono.

Além disso, lembrou, “muitas das inaugurações das exposições em Serralves são também marcadas pelo acesso gratuito, no dia da abertura, a partir das 22 horas”.

Este anúncio vem na sequência de alguma polémica em torno de Serralves devido a alegadas restrições na entrada no período em que é gratuita.

A questão mereceu críticas do PCP e do Bloco de Esquerda.

Trump publica imagem vestido de Papa (e as críticas e os memes não páram)

É “a loucura total” e “perdeu mesmo o juízo”. São algumas das reacções depois de o Presidente dos EUA, Donald Trump, ter publicado uma imagem de si próprio vestido de Papa. Poucos dias depois da morte do Papa Francisco, Trump assumiu que gostava de “ser Papa”. Agora, o Presidente dos EUA publicou na sua rede social, Truth, uma imagem gerada por Inteligência Artificial, onde se mostra vestido como Papa. O Papa Francisco morreu há 11 dias e há quem considere esta atitude completamente “desrespeitosa” e “muito ofensiva” para com os Católicos. “Completamente desrespeitoso. A comunidade católica está de luto e

Economista que participou no programa da AD em 2024 junta-se à campanha da IL após sugerir que coligação “reformista” precisa dos liberais

Óscar Afonso, diretor da Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP), candidato pela Aliança Democrática nas legislativas de 2024 (que renunciou ao mandato e não assumiu lugar de deputado) e um dos nomes que contribuiu para a elaboração do programa eleitoral dessa altura, está entre os protagonistas do evento com que a Iniciativa Liberal arranca a campanha eleitoral, este sábado, dia 3 de maio, no Porto.

O atual presidente do Conselho Consultivo da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), nomeado pelo ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, é o “convidado especial” da IL no evento que servirá para falar sobre “propostas e debater as ideias com [o partido] que quer mudar o país”.

A revelação do “convidado especial” reflete uma aproximação do economista à IL e surge na mesma semana em que Óscar Afonso assinou um artigo de opinião no jornal Eco em que defende que uma “aliança AD-IL reformista pode tornar realista crescimento económico da AD”. No texto, o fundador do Observatório de Economia e Gestão de Fraude (OBEGEF) considera que “apenas uma coligação governativa que adote uma ambição reformista mais sólida do que a atualmente prevista no programa da AD permitirá tornar realista o seu cenário de crescimento à luz das previsões”.

A mensagem de que a IL tem o impulso reformista que falta ao PSD é há muito alimentada pelo partido, até como argumento para fugir ao voto útil, com a crença de que a entrada dos liberais num governo ou mesmo num entendimento parlamentar funcionaria como “viagra” para os sociais-democratas, como chegou a sugerir João Cotrim Figueiredo, ex-presidente da IL.

Num momento em que algumas sondagens apontam para a possibilidade de uma maioria AD/IL na Assembleia da República, Óscar Afonso, que há um ano renunciou ao mandato depois de ter sido eleito deputado no quarto lugar da lista da AD no Porto, justificou que “um maior pendor reformista poderá emergir de uma coligação maioritária pós-eleitoral com a Iniciativa Liberal”, argumentando que o programa da IL é “mais ambicioso nalgumas matérias, com realce para a crucial reforma do Estado”.

Já num artigo de opinião publicado no jornal Eco, a 17 de abril, um dos responsáveis pelo programa da Aliança Democrática em 2024 escreveu que “a proposta eleitoral da AD acerta no rumo, mas não parece ter ainda ‘afinado bem o motor‘ que pode ‘levar o barco a bom porto’”, também partindo do princípio que se trata de um programa com “ambição sem base reformista”.

Além de um olhar mais detalhado em vários temas do programa da IL, o economista destacou a proposta de reforma do Estado apresentada pelos liberais, desde logo pela medida de entrada de um funcionário público por cada duas saídas que considera que “exigirá melhorias significativas na gestão pública e ganhos de eficiência na despesa”. Mais do que isso, enalteceu também a “proposta de revisão dos benefícios fiscais, com a eliminação dos que se revelem injustificados e a promoção de um sistema fiscal mais transparente e atrativo, potenciando a atração de investimento e a capacidade de elevar o potencial de crescimento da economia portuguesa”.

“Esta abordagem poderá representar um contributo relevante da IL para reforçar o programa da AD, que se afigura pouco ambicioso nesta matéria”, rematou, crente de que “as propostas da IL em áreas-chave, como a reforma do Estado e a revisão dos benefícios fiscais, podem complementar o atual programa da AD, fortalecendo a eficiência do Estado e a atratividade do sistema fiscal para o investimento e a poupança”.

No artigo de opinião mais recente, o diretor da Faculdade de Economia da Universidade do Porto não deixou de sublinhar que, para viabilizar esta convergência, “a IL terá de abdicar” daquilo que considera “medidas de difícil sustentabilidade financeira, como a redução do IRS para dois escalões” — sendo que os liberais já fizeram questão de anunciar, pela voz de Rui Rocha, uma “moderação” do programa, em que, por exemplo, deixaram cair a referência à taxa única, mantendo apenas o objetivo das duas taxas (15 e 28%).

Em entrevista ao Observador, o presidente liberal recordou que o partido sempre disse que “a taxa única não era para implementar no primeiro dia” e que “era um caminho para o qual se seguiria” e do qual o partido não abdica do “ponto de vista aspiracional para o país”. Ainda que no programa a IL escreva que a meta deve ser atingida “até 2030” e que o sistema atual apresenta uma “progressividade excessiva”, a IL não deverá abdicar de um ganho de causa no IRS, mas também dificilmente travaria qualquer negociação com a AD por uma por imposição de duas taxas, já que é sempre apontado um caminho evolutivo e não uma mudança brusca.

Questionado várias vezes nos últimos tempos, Rui Rocha foi admitindo a presença de membros da IL num governo da AD, elegeu mesmo Carlos Guimarães Pinto como um “extraordinário nome para a pasta da Modernização Administrativa e apontou áreas que assentariam bem aos liberais. Por outro lado, também reconheceu que “há menos probabilidade” de haver um acordo se os deputados dos dois partidos não forem suficientes para formar uma maioria parlamentar.

O evento “Acelerar Portugal”, que é também o mote da campanha da IL, vai contar com intervenções dos ex-presidentes Carlos Guimarães Pinto (cabeça de lista pelo Porto) e João Cotrim Figueiredo, Mariana Leitão (número um na lista por Lisboa), Joana Cordeiro (candidata por Setúbal), Mário Amorim Lopes (cabeça de lista por Aveiro) e Rui Ribeiro, vice-presidente da IL e responsável pelo programa eleitoral.

Rocha sobre Governo AD-IL: “Carlos Guimarães Pinto seria um extraordinário ministro da Modernização Administrativa”

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