Incêndio em Vila Real: População de Galegos da Serra confinada após reativação

Cinco reativações no incêndio de Vila Real registaram-se esta terça-feira à tarde, com o de Galegos da Serra a causar mais preocupações por se aproximar da aldeia onde foi feito o confinamento da população, disse o comandante operacional.
“Durante a tarde tivemos aqui uma série de reativações, o que é normal. A área do incêndio é bastante grande e houve uma, que agora fugiu um bocado ao controlo, mas já reforçamos com meios”, afirmou José Guilherme, segundo Comandante Regional do Norte, que falava aos jornalistas pelas 20h00.
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O responsável referiu que foi feito o confinamento da população. O confinamento é pedir às pessoas para ficarem em casa se houver condições de segurança ou se concentrarem numa zona da aldeia considerada segura.
O vento forte empurrou também o fumo para dentro da aldeia.
No local foi feito um reforço de meios, estando a frente virada a Arnal resolvida e ainda ativa a de Galegos, na encosta da serra do Alvão virada para a cidade de Vila Real.
Foi também naquela zona que atuaram os meios aéreos que estiveram alocados a este incêndio durante todo o dia.
Durante a tarde verificam-se ainda reativações em Fervença, Pardelhas, Ermelo e Currais, as quais já estão, segundo o comandante, em consolidação.
José Guilherme disse ainda que houve um reforço de 606 operacionais, também por causa do número de reativações que foram acontecendo ao longo da tarde.
Dificuldades são também a movimentação dos meios pelas vias de acesso na serra, o que é moroso, bem como o grande perímetro do incêndio.
“Durante a noite vamos aproveitar a rotação de vento que vamos ter. Agora o vento não está a jogar a nosso favor, mas ao início da noite vai jogar a nosso favor e vai estar a empurrar para a zona queimada, também temos a entrada de humidade relativa”, referiu ainda José Guilherme, que referiu que as “próximas horas vão ser de muito trabalho”.
Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), 16 operacionais de um módulo de combate a incêndios florestais proveniente da Letónia está empenhado nas ações de combate ao incêndio de Vila Real.
Este módulo está em Portugal desde 1 de agosto, no âmbito do Mecanismo de Proteção Civil da União (UCPM).
Estes operacionais têm capacidade de intervenção apeada e estão integrados na Força Especial de Proteção Civil (FEPC).
O incêndio começou pelas 23h45 de sábado em Sirarelhos, Vila Real, tendo percorrido a serra do Alvão até entrar no concelho de Mondim de Basto.
Pelas 18h00 reabriu a Estrada Nacional (EN) 304, entre o Alto do Velão e Ermelo, que estava cortada desde segunda-feira de manhã.