Incêndio em Vila Real: População de Galegos da Serra confinada após reativação

Cinco reativações no incêndio de Vila Real registaram-se esta terça-feira à tarde, com o de Galegos da Serra a causar mais preocupações por se aproximar da aldeia onde foi feito o confinamento da população, disse o comandante operacional.

“Durante a tarde tivemos aqui uma série de reativações, o que é normal. A área do incêndio é bastante grande e houve uma, que agora fugiu um bocado ao controlo, mas já reforçamos com meios”, afirmou José Guilherme, segundo Comandante Regional do Norte, que falava aos jornalistas pelas 20h00.

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O responsável referiu que foi feito o confinamento da população. O confinamento é pedir às pessoas para ficarem em casa se houver condições de segurança ou se concentrarem numa zona da aldeia considerada segura.

O vento forte empurrou também o fumo para dentro da aldeia.

No local foi feito um reforço de meios, estando a frente virada a Arnal resolvida e ainda ativa a de Galegos, na encosta da serra do Alvão virada para a cidade de Vila Real.

Foi também naquela zona que atuaram os meios aéreos que estiveram alocados a este incêndio durante todo o dia.

Incêndios. Autarca de Vila Real fala em "danos irreparáveis"

Durante a tarde verificam-se ainda reativações em Fervença, Pardelhas, Ermelo e Currais, as quais já estão, segundo o comandante, em consolidação.

José Guilherme disse ainda que houve um reforço de 606 operacionais, também por causa do número de reativações que foram acontecendo ao longo da tarde.

Dificuldades são também a movimentação dos meios pelas vias de acesso na serra, o que é moroso, bem como o grande perímetro do incêndio.

“Durante a noite vamos aproveitar a rotação de vento que vamos ter. Agora o vento não está a jogar a nosso favor, mas ao início da noite vai jogar a nosso favor e vai estar a empurrar para a zona queimada, também temos a entrada de humidade relativa”, referiu ainda José Guilherme, que referiu que as “próximas horas vão ser de muito trabalho”.

Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), 16 operacionais de um módulo de combate a incêndios florestais proveniente da Letónia está empenhado nas ações de combate ao incêndio de Vila Real.

Este módulo está em Portugal desde 1 de agosto, no âmbito do Mecanismo de Proteção Civil da União (UCPM).

Estes operacionais têm capacidade de intervenção apeada e estão integrados na Força Especial de Proteção Civil (FEPC).

O incêndio começou pelas 23h45 de sábado em Sirarelhos, Vila Real, tendo percorrido a serra do Alvão até entrar no concelho de Mondim de Basto.

Pelas 18h00 reabriu a Estrada Nacional (EN) 304, entre o Alto do Velão e Ermelo, que estava cortada desde segunda-feira de manhã.

Incêndios. Movimento de cidadãos cria campanha para ajudar bombeiros de Alcochete a comprar nova viatura

Acompanhe o nosso liveblog sobre a situação dos incêndios.

Um movimento de cidadãos criou nas redes sociais uma campanha para ajudar os Bombeiros Voluntários de Alcochete na compra de uma nova viatura, depois de o veículo da corporação ter ardido no combate às chamas em Vila Real.

Na segunda-feira, uma viatura de combate a incêndios florestais dos Bombeiros Voluntários de Alcochete ardeu, sem causar feridos, no incêndio que começou sábado em Sirarelhos, Vila Real.

A equipa de cinco elementos proveniente de Alcochete, no distrito de Setúbal, estava a combater o fogo, não tendo conseguido retirar o veículo florestal de combate a incêndios, que foi apanhado pelas chamas.

Horas depois da ocorrência, vários cidadãos apelaram nas redes sociais para que fosse criado um movimento de ajuda aos bombeiros, angariando verbas para a compra de uma nova viatura.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Alcochete, José Folgado, explicou que, na sequência do movimento criado, decidiu partilhar número da conta da corporação para evitar fraudes associadas.

Intitulada “Movimento viatura nova”, a campanha indica o número da conta dos Bombeiros Voluntários de Alcochete (PT50.0036.0289.99100004455.80), apelando à ajuda “nem que seja com um euro”.

Esta situação surgiu precisamente quando os bombeiros estavam a pensar lançar uma campanha para a compra de uma segunda viatura, uma vez que a que agora ardeu era a única que a corporação tinha de combate a incêndios florestais.

“Ainda há pouco tempo fizemos uma grande despesa na remodelação desta viatura que estava ao nosso serviço há 25 anos”, disse o responsável, adiantando ser prematura antecipar como vai ser gerido o processo de substituição do veículo.

De qualquer forma, defendeu, a responsabilidade deveria ser do Estado.

Entretanto, aproveitando as festas do Barrete Verde e das Salinas, que começam na sexta-feira em Alcochete, os bombeiros vão também lançar uma campanha de rifas, que serão vendidas pelos escoteiros locais.

“Aproveitamos esta boa vontade para antecipar a campanha de compra de outro carro […], também junto do comércio local e de empresários. Quanto ao outro veículo, julgo que a responsabilidade da sua substituição deve ser do Estado português”, disse.

José Folgado adiantou ainda que tem recebido mensagens de solidariedade de outros corpos de bombeiros, destacando os Bombeiros Voluntários de Samora Correia, concelho vizinho, que se prontificaram a emprestar uma viatura com características semelhantes à que ardeu, pelo tempo que fosse necessário.

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Alcochete tem atualmente 65 voluntários e 40 funcionários entre administrativos e bombeiros.

Questionado pela Lusa o presidente da Câmara Municipal de Alcochete, Fernando Pinto, também defendeu que o Estado deve ter uma palavra a dizer relativamente à substituição da viatura, “uma vez que a ocorrência deu-se quando os bombeiros prestavam um serviço ao país”.

Fernando Pinto recordou ainda que a autarquia sempre ajudou os bombeiros, tendo oferecido uma ambulância e um carro de combate a incêndios urbanos.

“Todo o investimento que tenho feito nos bombeiros, faço-o porque merecem. Ao investir neles, estou a investir na segurança da nossa população, é o que tenho feito e espero continuar a fazer”, salientou, assegurado que, se o Estado nada fizer relativamente à viatura ardida, o município “cá estará para dar mais uma vez resposta”.

Apelo à responsabilidade dos países no início da reunião sobre combate ao plástico

A sexta reunião de negociações para tentar alcançar um tratado contra os plásticos iniciou-se esta terça-feira em Genebra, na Suíça, com um apelo à responsabilidade dos cerca de 180 países participantes para acabar com esta poluição.

“A poluição plástica danifica os ecossistemas, polui os nossos oceanos e rios, ameaça a biodiversidade, afeta a saúde humana e sobrecarrega injustamente os mais vulneráveis. A emergência é real, as evidências são claras e a responsabilidade é nossa”, declarou Luis Vayas Valdivieso, que preside aos debates, na abertura oficial das discussões.

Os países terão 10 dias — sendo que a reunião, designada de segunda parte da quinta sessão do Comité de Negociação Intergovernamental das Nações Unidas (INC5-2), termina dia 14 — para chegar a acordo e conter uma “crise global”.

“Têm pela frente dez dias de negociações intensas. Sabem que serão noites longas, mas devem manter uma grande determinação e espírito de solidariedade para alcançar soluções e acordos mútuos“, adiantou a diretora executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Inger Andersen.

A responsável da agência ambiental das Nações Unidas, que ordenou a criação de um comité de negociação sobre a poluição por plástico, alertou que esta poluição “já está presente na corrente sanguínea” das pessoas e que, ao ritmo atual, vai aumentar em todo o mundo.

As negociações do acordo vinculativo iniciaram-se em 2022 e, durante estes três anos, já se realizaram cinco rondas, a últimas das quais no final de 2024, em Busan, na Coreia do Sul, que fracassou devido ao bloqueio de um grupo de países produtores de petróleo.

De acordo com a ONU, 17 milhões de barris de petróleo são usados para a produção de plástico todos os anos.

Segundo fontes ouvidas pela agência Lusa nas vésperas do início da reunião, as negociações, nas quais também participará uma delegação portuguesa, iniciam-se com um impasse entre o acordo ficar limitado à gestão de resíduos plásticos ou vir a adotar metas concretas e obrigatórias de redução da sua produção até 2040.

“Temos uma expectativa muito grande, depositamos esperanças neste tratado global e esta reunião é uma oportunidade de todo o mundo combater a poluição dos plásticos”, disse à Lusa a coordenadora do Pacto Português para os Plásticos, Patrícia Carvalho.

Inserido no bloco da União Europeia, o Pacto Português para os Plásticos “preconiza um tratado ambicioso, que abranja o ciclo de vida dos plásticos, desde a produção até ao seu tratamento, a redução naquilo que é possível através da responsabilização dos produtores, e a eliminação de colocação de substâncias perigosas nos plásticos”, defendeu.

Num relatório publicado na segunda-feira na revista científica The Lancet, cientistas alertam para o facto de a poluição por plástico ser um risco “grave, crescente e subestimado” para a saúde, que custa ao mundo pelo menos 1.500 mil milhões de dólares (quase 1.300 mil milhões de euros) anualmente.

Segundo Philip Landrigan, médico e investigador do Boston College, nos Estados Unidos, as pessoas vulneráveis, sobretudo as crianças, são as mais afetadas pela poluição por plásticos.

A maioria dos plásticos permanece intacta durante décadas após a sua utilização, mas os que se desgastam acabam por se transformar em microplásticos, consumidos por peixes e outros animais marinhos, entrando rapidamente na cadeia alimentar global.

Segundo a ONU, trata-se de “uma catástrofe ambiental global” e já se “vive uma crise de saúde, com microplásticos e nanoplásticos cada vez mais presentes no corpo humano”.

Rafael Reis admite que ficará desiludido se não vencer o prólogo da Volta a Portugal

Rafael Reis assumiu que será uma desilusão se não conquistar o prólogo da 86.ª Volta a Portugal em bicicleta, após ter vencido esse curto exercício contra o cronómetro nas últimas quatro edições.

“Estamos conscientes de que vai ser uma Volta bastante dura, com bastante calor. Quanto a mim, para amanhã [quarta-feira], trabalhei acho que o suficiente para tentar conseguir o que toda a gente espera”, declarou.

E aquilo que todos esperam do palmelense de 33 anos é que seja o mais forte nos 3,4 quilómetros do curto e explosivo exercício individual nas ruas da Maia, tal como o foi em 2016, 2018, 2021, 2022, 2023 e 2024.

“Os outros estão cá, também trabalham. É uma oportunidade para muita gente, porque acaba por ser um prólogo bastante curto. Eu acredito que há muita gente que se pode intrometer também, poderá haver surpresas, mas eu estou confiante no meu trabalho, estou confiante que amanhã possa vencer”, reconheceu o vice-campeão nacional de contrarrelógio.

Melhor contrarrelogista do pelotão luso, o corredor da Anicolor-Tien21 não esconde que, se não vencer na quarta-feira, “vai ser uma desilusão, como é óbvio”.

Embora conceda que ser o incontestável favorito a vestir a primeira amarela acrescenta pressão, Rafael Reis define como “especial” essa expectativa que todos depositam em si.

“Acaba por ser também a minha vontade. Eu quero cumprir também com os meus objetivos pessoais e é um objetivo também da equipa, que sempre me propuseram desde que estou aqui. Desde 2021, é um objetivo para a equipa vencer o prólogo, o que já nos tira alguma pressão depois para começar a Volta”, destacou o colega do campeão em título, o russo Artem Nych.

A 86.ª edição da prova rainha do calendário nacional vai para a estrada na quarta-feira e termina em 17 de agosto, em Lisboa.

Morreu Ion Iliescu, antigo Presidente da Roménia que ajudou a derrubar Ceausescu

Ion Iliescu, o primeiro Presidente democraticamente eleito da Roménia, morreu esta terça-feira, aos 95 anos.

Liderou a transição para a democracia após a queda do regime comunista de Nicolae Ceausescu.

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Ion Iliescu estava internado num hospital há dois meses, devido a um cancro no pulmão.

Ion Iliescu liderou a transição para a democracia e lançou o processo de adesão da Roménia à NATO, em 2004, e à União Europeia, em 2007.

Mas também foi acusado de crimes contra a humanidade, pela violenta repressão dos protestos em junho de 1990, em Bucareste, quando convocou mineiros para repelir manifestações de estudantes.

Quatro pessoas morreram e centenas ficaram feridas.

Depois de várias tentativas falhadas de investigação, Iliescu foi levado no início deste ano a tribunal, mas negou sempre qualquer irregularidade e nunca foi condenado.

Estrela em ascensão do Partido Comunista da Roménia, Ion Iliescu passou a líder da revolução de 1989 que derrubou o regime Nicolae Ceausescu, ditador comunista executado em pleno dia de Natal, juntamente com a mulher.

Iliescu fundou o Partido Social Democrata, de esquerda, e ganhou três eleições presidenciais. O seu último mandato terminou em 2004.

No auge da sua popularidade, a população entoava o slogan “O sol nasce, Iliescu aparece”.

“Ion Iliescu deve ser compreendido no contexto do seu tempo. Ele despertou sentimentos anti-totalitários nos anos 90, com razão, mas também foi objeto de adoração por uma grande parte da população”, considera Sergiu Miscoiu, professor de Ciência Política na Universidade Babes-Bolyai.

“Enquanto chamou os mineiros a Bucareste e selou a transição lenta e incerta, empurrou a Roménia para um caminho euroatlântico, tal como era entendido na altura”, sublinha Sergiu Miscoiu.

O atual Presidente romeno, Nicusor Dan, afirma que “a História julgará Ion Iliescu, a principal figura da transição dos anos 90”.

O antigo Presidente romeno terá um funeral de Estado, informou o Governo de Bucareste.

Para a próxima quinta-feira, 7 de agosto, foi decretado um dia de luto nacional na Roménia.

Há 4 tipos de pessoas em exames e entrevistas de emprego

Se tivesse de fazer um exame ou uma entrevista de emprego, como reagiria Aproveitaria a oportunidade para demonstrar o seu conhecimento? Ou ficaria preocupado por poder ficar aquém das expetativas e passar vergonha Há pessoas que veem as provas como um desafio que podem enfrentar. Outras veem-nas como uma ameaça que não serão capazes de enfrentar. Mas um novo estudo, o maior do género, publicado em julho no Journal of Educational Psychology, revelou que pode haver mais tipos de pessoas. Ao capturar diversos dados psicológicos, como ondas cerebrais e respostas ao stress, descobriu-se que existem quatro tipos de pessoas quando

Câmara de Vendas Novas encerra coletor de esgotos de empresa por incumprimento ambiental

A Câmara de Vendas Novas determinou esta terça-feira, por unanimidade, o encerramento do coletor de águas residuais domésticas de uma empresa local dedicada à transformação de resíduos de óleos alimentares, invocando incumprimento de parâmetros ambientais.

Em comunicado, o município, no distrito de Évora, explicou que foram recolhidas amostras de águas residuais na caixa de saída desse coletor da Mipeoils — Oils 4 The Future, Lda (a antiga Extroils 4 The Future, Lda), situada no Parque Industrial de Vendas Novas (PIVN).

A autarquia tem vindo a efetuar uma “monitorização contínua” no PIVN e, “após deteção de valores gravemente acima dos parâmetros legais” na Mipeoils, “foi determinado o encerramento, no dia 1 de agosto, do coletor de águas residuais domésticas da empresa”, cujo coletor de águas industriais também já “está encerrado desde 2020”, lê-se no comunicado.

Segundo a autarquia, a decisão foi tomada pelo presidente, Valentino Salgado Cunha, na sequência da comunicação dos resultados laboratoriais da recolha efetuada no dia 24 de julho, e foi ratificada esta terça-feira, por unanimidade, em reunião de câmara.

“A análise revelou valores de Carência Química de Oxigénio (CQO) superiores ao limite máximo permitido no regulamento municipal, configurando uma situação de incumprimento ambiental de elevada gravidade”, argumentou o município.

“Acresce ainda o aspeto anómalo e o forte odor detetado nas amostras recolhidas, incompatíveis com águas residuais exclusivamente domésticas”, que deveriam ser apenas oriundas de casa de banho e da descarga de eletrodomésticos, destacou.

A câmara lembrou ainda que “esta atuação decorre do cumprimento estrito do parecer jurídico n.º 9/2024, que prevê o encerramento imediato do coletor em caso de incumprimento dos parâmetros de controlo, tendo a empresa em causa sido devidamente notificada desta condição aquando da reabertura mesmo, em fevereiro deste ano”.

A antiga Extraoils tem “um longo historial de irregularidades ambientais”, o que levou anteriormente “ao encerramento do coletor de águas residuais industriais e à realização de uma fiscalização nacional coordenada por várias entidades ambientais, no passado mês de março”, evocou o município.

Contactado esta terça-feira pela agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal disse que o coletor de águas domésticas da empresa, tal como o de águas residuais já antes encerrado, vai dar à rede pública de águas residuais”.

“E, posteriormente, essas águas seguem caminho até à Estação de Tratamento de Águas Residuais, sendo que, em determinadas quantidades, esses resíduos, ainda mais não tratados, podem prejudicar o equipamento, que foi o que aconteceu em 2019”, frisou.

O autarca disse já ter solicitado uma reunião urgente ao Ministério do Ambiente e defendeu que, “se a laboração da empresa provoca danos à população, então não deve laborar”.

O município indicou ainda estar coordenado com as autoridades, comprometido “na defesa do interesse público, da saúde ambiental e da qualidade de vida da população”, reiterando que “continuará a atuar de forma firme, legal e responsável sempre que estejam em causa violações das normas em vigor”.

Jorge Costa. Cerimónias fúnebres começam na quarta-feira no Estádio do Dragão

As cerimónias fúnebres de Jorge Costa, que morreu esta terça-feira aos 53 anos, na sequência de uma paragem cardiorrespiratória, vão começar na quarta-feira, no Estádio do Dragão, no Porto, anunciou esta terça-feira o FC Porto, clube representado pelo ex-futebolista.

“Respeitando a vontade expressa pela família, o FC Porto informa que as cerimónias públicas de despedida de Jorge Costa decorrerão a partir das 15h00 de quarta-feira, no Estádio do Dragão. A esta hora serão abertas as portas para que os sócios, adeptos e público em geral possam prestar homenagem ao lendário capitão do FC Porto”, lê-se numa nota divulgada na página oficial dos dragões na Internet.

As homenagens no recinto do FC Porto vão prolongar-se até às 22h00, sendo que, de acordo com fonte próxima do malogrado dirigente, a missa de corpo presente decorrerá na quinta-feira, na Igreja de São João Baptista da Foz do Douro, antes da romagem ao Cemitério de Agramonte.

[Um jovem polícia é surpreendido ao terceiro dia de trabalho: a embaixada da Turquia está sob ataque terrorista. E a primeira vítima é ele. “1983: Portugal à Queima-Roupa” é a história do ano em que dois grupos terroristas internacionais atacaram em Portugal. Um comando paramilitar tomou de assalto uma embaixada em Lisboa e esta execução sumária no Algarve abalou o Médio Oriente. É narrada pela atriz Victoria Guerra, com banda sonora original dos Linda Martini. Ouça o terceiro episódio no site do Observador, na Apple Podcasts, no Spotify e no Youtube Music. E ouça o primeiro episódio aqui e o segundo aqui]

“A guerra é sempre uma derrota para a humanidade”: Papa apela à paz no 80.º aniversário dos bombardeamentos de Hiroshima

O Papa Leão XIV enviou uma mensagem ao bispo de Hiroshima, Alexis Mitsuru Shirahama, por ocasião das cerimónias do 80.º aniversário dos bombardeamentos nucleares que devastaram Hiroshima e Nagasaki em Agosto de 1945.

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Na nota, o Santo Padre saudou todos os que participaram na homenagem, expressando “respeito e afeto pelos hibakusha”, os sobreviventes da tragédia, cujas histórias de sofrimento continuam a ser “um apelo urgente para construirmos um mundo mais seguro e fomentarmos um clima de paz”.

“A guerra é sempre uma derrota para a humanidade”, recordou o Papa, citando uma expressão repetida frequentemente pelo seu predecessor, o Papa Francisco.

Leão XIV destacou que Hiroshima e Nagasaki permanecem símbolos vivos do horror causado pelas armas nucleares, cujas consequências ainda hoje são visíveis e sentidas espiritualmente nas suas ruas, escolas e casas.

O Papa citou também o médico e sobrevivente de Nagasaki, Takashi Nagai, que escreveu: “A pessoa do amor é a pessoa de ‘coragem’ que não empunha armas”. E acrescentou que a verdadeira paz exige coragem para abandonar as armas, sobretudo aquelas com capacidade de provocar catástrofes indescritíveis.

“As armas nucleares ofendem a nossa humanidade comum e traem a dignidade da criação”, frisou, apelando a um compromisso global baseado na justiça, na fraternidade e no bem comum.

Referindo-se à atual conjuntura internacional, marcada por crescentes tensões e conflitos, o Papa afirmou que Hiroshima e Nagasaki devem ser vistas como “símbolos da memória”, que convidam a rejeitar a falsa segurança baseada na destruição mútua garantida.

Representantes de 184 países têm 10 dias para aprovar tratado sobre plásticos

Representantes de 184 países iniciaram esta terça-feira em Genebra negociações sob os auspícios da ONU para, em 10 dias, tentar redigir o primeiro tratado para resolver a crise global da poluição por plástico.

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O diplomata equatoriano Luis Vayas Valdivieso, que preside às discussões do comité de negociação (INC5-2), pediu aos Estados, ao abrir os debates, que assumam a sua responsabilidade perante esta “crise global”.

“A poluição plástica danifica os ecossistemas, polui os nossos oceanos e rios, ameaça a biodiversidade, afeta a saúde humana e sobrecarrega injustamente os mais vulneráveis. A emergência é real, as evidências são claras e a responsabilidade é nossa”, declarou.

Em discussão há três anos, um texto “legalmente vinculativo” para os Estados “não chegará automaticamente”, alertou esta terça, quando recebeu representantes de mais de 600 organizações não-governamentais (ONG).

Num contexto de aumento das tensões geopolíticas e comerciais, esta sessão adicional de dez dias de negociações intergovernamentais foi acrescentada após o fracasso de negociações semelhantes em Busan, na Coreia do Sul, no final de 2024. Um grupo de países produtores de petróleo bloqueou qualquer progresso.

“Tem havido muita diplomacia desde Busan”, disse à agência AFP Inger Andersen, diretora executiva do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA), que está a organizar as discussões. “A maioria dos países com quem conversei disse que vinha a Genebra para chegar a um acordo”, acrescentou.

Um otimismo moderado pela ministra francesa da Transição Energética, Agnès Pannier Runacher, que considerou que as discussões seriam “difíceis”. Na vanguarda das reivindicações do grupo de países “ambiciosos”, que inclui muitos países europeus, está o desejo de ver incluída no tratado “uma meta global de redução” da produção e consumo de polímeros plásticos primários.

No entanto, os países produtores de petróleo e a indústria petroquímica rejeitam, pressionando por um tratado que se concentre exclusivamente na reciclagem e no tratamento de resíduos.

Plásticos representam perigo “grave e crescente” desde o nascimento até à velhice, revela estudo

Este ponto, um dos mais espinhosos em Busan, é também controverso na Europa. A diretora da Agência Suíça do Ambiente, Katrin Schneeberger, que falou à imprensa como país anfitrião das negociações, disse que “não há necessidade de apelar a reduções de produção ao contrário do que dizem alguns artigos da imprensa”.

Sem confirmar ou desmentir, Inger Andersen, a seu lado, preferiu sublinhar que o tratado abrangeria “toda a vida útil dos plásticos. Do princípio ao fim, e não apenas metade” da sua vida, quando se tornam resíduos. Na segunda-feira, cientistas e ONG aumentaram a pressão sobre os delegados. A poluição plástica é um risco para a saúde “grave, crescente e subestimado” que custa ao mundo pelo menos 1,5 biliões de dólares por ano, alertaram especialistas na revista médica The Lancet.

Para destacar a questão, uma instalação artística temporária e em constante evolução, chamada “O Fardo do Pensador”, foi instalada em frente ao local das negociações em Genebra: uma reprodução da famosa estátua do escultor Auguste Rodin presa num mar de resíduos plásticos.

O representante da indústria química dos Estados Unidos, Matthew Kastner, presente em Genebra, defendeu o plástico e os serviços que presta às sociedades modernas, considerando que é “vital para a saúde pública”, especialmente graças a todos os equipamentos médicos esterilizados, máscaras cirúrgicas, tubos, tubagens e embalagens, que melhoram a higiene e a segurança alimentar em particular.

Mais de 500 ONG francófonas de 40 países responderam hoje com uma carta a pedir um tratado que seja “vinculativo, equitativo e focado na redução da produção de plástico, de forma a limitar a poluição na fonte”.

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