De Marrocos em barcos de madeira até Portugal: estas são as histórias dos desembarques de migrantes na costa algarvia

Há migrantes marroquinos a chegar clandestinamente ao Algarve pelo mesmo mar de onde migrantes portugueses saíram outrora clandestinamente rumo a Marrocos. A História dá tantas voltas mas ninguém sabe exatamente que voltas dão no mar os marroquinos que estão agora a chegar a Portugal. Há suspeitas de trocas de barcos maiores para barcos menores durante a travessia e existe uma certeza: embarcações tão pequenas passam muito despercebidas aos radares portugueses. A propósito de um desembarque de 38 migrantes na costa algarvia, o Expresso volta a publicar esta reportagem de novembro de 2021

A Mitra, o armazém onde o Estado Novo escondeu 20 mil mal-amados portugueses

Ficava na Marvila, junto ao Poço do Bispo, e era o destino de milhares de pedintes, prostitutas, dementes e deficientes motores no tempo do Estado Novo. O que hoje não passa de um termo usado como insulto, com a mesma intenção de quem chama pobre, “penetra”, marginal ou “guna”, “Mitra” era antigamente o espaço dos mal-amados dos armazéns de uma antiga fábrica de cortiça. A origem do espaço remonta a 1566, quando a Quinta da Mitra foi aforada perpetuamente ao Morgado do Esporão. No início do século XVII, parte da propriedade regressou à Mitra, passando a ser usada como quinta

Ex-agente de Tiago Teotónio Pereira e Carolina Patrocínio já terá devolvido metade dos 250 mil euros desviados

Manuel Santana Lopes, o ex-chefe de operações da agência Notable, já terá devolvido metade do valor alegadamente desviado às figuras públicas Tiago Teotónio Pereira e Carolina Patrocínio, avançou o Correio da Manhã, citando fontes anónimas. Em causa estarão mais de 250 mil euros de comissões que eram devidas aos dois agenciados.

O caso ficou conhecido em março deste ano quando o apresentador e comentador social Adriano Silva Martins avançou no programa V+ Fama que Manuel Santana Lopes teria alegadamente lesado a apresentadora Carolina Patrocínio e o ator Tiago Teotónio Pereira dando conta que o caso terá sido descoberto durante uma auditoria interna e, de acordo com o programa de televisão, Santana Lopes terá sido confrontado com as informações, confessando o desvio de dinheiro e tendo, de seguida, sido demitido do cargo.

“A última pessoa que nós diríamos que faria isto”. Como Manuel Santana Lopes foi de melhor amigo dos famosos ao desvio de 300 mil euros

Pouco depois da notícia ser avançada, já o ex-chefe de operações da Notable havia apagado todas as suas páginas nas redes sociais. Também o site da agência apagou o perfil do antigo colaborador, que estava na Notable desde 2017. A agência é responsável pelas carreiras de famosos como Cristina Ferreira, Rita Pereira ou Pedro Teixeira, além de marcas como a Nos.

“Sermos enganados por quem nos é próximo e tem a nossa confiança é ser roubado duas vezes. E dói duas vezes mais”, declarou, no seguimento, Carolina Patrocínio, uma das lesadas. Nessa ocasião, a Notable confirmou, em comunicado, que tinha havido desvio de dinheiro de comissões a dois agenciados e que iria agir judicialmente para ser ressarcida.

“Sermos enganados por quem nos é próximo é ser roubado duas vezes”. Carolina Patrocínio reage a desvio de dinheiro

Manuel Santana Lopes é filho de Paulo Santana Lopes, irmão do antigo primeiro-ministro. Paulo Santana Lopes esteve envolvido numa investigação judicial em 2016 referente à operação Rota do Atlântico de alegada corrupção em comércio internacional. Não houve, até ao momento, desfecho nesta investigação, segundo a CNN.

Sporting queixa-se de Lage por ofensas ao árbitro da Supertaça

O Sporting apresentou uma participação disciplinar contra Bruno Lage, treinador do Benfica, junto do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol.

A informação foi avançada pelo Record.

Em causa as alegadas ofensas proferidas pelo técnico encarnado ao árbitro Fábio Veríssimo na partida da Supertaça, a 31 de julho.

A mesma fonte acrescenta que os leões querem uniformidade de tratamento por parte do CD, que noutras ocasiões já suspendeu jogadores, como Harder, por palavras.

Dentro das quatro linhas, o Benfica venceu por 1-0 e conquistou a Supertaça.

Governo vai insistir na mudança ao regime de reagrupamento familiar ajustando-o face ao chumbo do Constitucional

O Governo “está a olhar para a decisão do Tribunal Constitucional”, assumindo que vai ajustar as normas que foram consideradas inconstitucionais, mas irá insistir em propor alterações ao reagrupamento familiar, assumiu António Leitão Amaro, que se encontra no Algarve, em declarações a vários órgãos de comunicação social, transmitidas pela RTP.

Lei dos Estrangeiros. Os cinco chumbos do TC, a divisão dos juízes e a visão dos constitucionalistas para o futuro do diploma

“Respeitando, e discordando, o Governo vai fazer ajustamentos nas normas que aquela maioria dos juízes considerou desconforme à Constituição. Irá ajustá-las com um objetivo”, salientou, reafirmando ser “necessário reforçar a regulação da imigração, incluindo todos estes canais”. E recorda que o Presidente da República e o Tribunal não viram obstáculos nas alterações nos canais CPLP, nos vistos de procura de trabalho, no regime transitório.

Em declarações aos jornalistas, Leitão Amaro recordou várias vezes que a decisão do Constitucional de chumbar várias normas do diploma proposto pelo Governo não foi unânime. “Muitos juízes discordaram da decisão” e o Governo também, naquilo que diz ser uma “discordância com respeito institucional”.

Agora, depois da decisão do Constitucional, “com tranquilidade, olhamos para a decisão, alteramos as normas, encontrando soluções que permitam regulação e introdução de limites, exigências, regras” até no reagrupamento familiar que, segundo Leitão Amaro, está respaldado em várias diretivas europeias e pelo tribunal europeu e dos direitos humanos.

Ajustará assim as cinco normas chumbadas. “Não abdicamos do objetivo de regular a imigração no canal do reagrupamento”. É, pois, “preciso encontrar um ponto que cumpra [a decisão do Tribunal Constitucional]”, assumindo que “podem contar com este governo e que vão ter soluções e o governo, com a maioria que o suporta, vai propor soluções”.

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Primeiro Beer & Wine Spa do mundo vai abrir em Lisboa e combinar cerveja e vinho em tratamentos de bem-estar

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Lisboa prepara-se para receber o primeiro Beer & Wine Spa do mundo, que alia terapias de cerveja e vinho num conceito inédito de bem-estar e balneoterapia.

Lisboa vai acolher o primeiro espaço do mundo dedicado ao conceito Beer & Wine Spa, uma fusão inédita de terapias à base de cerveja e vinho. O Beer & Wine Spa Lisbon irá surgir na Rua do Alecrim, no Chiado, e marca a estreia desta abordagem de bem-estar e balneoterapia em território nacional, com o apoio do departamento de retalho da consultora imobiliária Savills. O local escolhido ocupa 340 m2 e foi concebido para proporcionar uma experiência sensorial destinada a revitalizar corpo e mente.

A ideia nasceu a partir do modelo original de Beer Spa, popular na República Checa, mas foi adaptada para integrar o vinho como elemento central, numa alusão direta à tradição vinícola portuguesa. No novo espaço, os visitantes poderão optar entre tratamentos baseados em cerveja ou em vinho, num formato pensado para ser personalizado e marcante.

O projeto foi idealizado por Lee Anderson e Pedro Ruiz, dois empreendedores estrangeiros que chegaram a Portugal durante a pandemia. O que começou como uma estadia temporária tornou-se numa ligação duradoura ao país. Depois de lançarem o primeiro negócio em Lisboa em 2022 e de um breve regresso a Espanha, voltaram para se dedicar a novas ideias no setor do lazer e hospitalidade, das quais o Beer & Wine Spa é o exemplo mais ambicioso.

Inspirado nos spas tradicionais do Norte e Leste da Europa, onde os banhos de cerveja fazem parte de práticas antigas, o Beer & Wine Spa promete proporcionar benefícios como melhoria da circulação, redução da tensão muscular e nutrição da pele.

Akturkoglu voltou a não treinar este sábado

O extremo Akturkoglu continua ausente dos treinos do Benfica.

O internacional turco ainda recupera de uma entorse no tornozelo direito.

De recordar ainda que Akturkoglu tem sido apontado à porta da saída após proposta do Fenerbahce, de José Mourinho.

Também “fora de jogo” continuam Tomás Araújo, a recuperar de uma pubalgia, Bah e Manu, que recuperam de lesões graves.

Já de volta aos treinos na equipa principal estiveram Wynder, Rafael Luís e João Rego, que tinham “descido” à equipa BB.

O Benfica vai voltar a defrontar o Nice, na próxima terça-feira, para a segunda mão da terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões.

Iñigo Martinez diz adeus ao Barcelona e olá ao Al Nassr

O Barcelona oficializou, este sábado, a saída de Iñigo Martínez. O defesa central estará a caminho do Al Nassr, de Jorge Jesus.

Os catalães agradecem o “profissionalismo, dedicação, esforço e compromisso” do jogador em dujas 46 jogos sob a batuta de Hansi Flick, sendo uma das peças chaves para o sucesso da linha defensiva subida pretendida pelo técnico germânico.

Martínez abandona Barcelona com uma La Liga, uma Taça do Rei e uma Supertaça no currículo. O defesa central rescindiu o contrato que tinha renovado com os culés na época passada para rumar, ao que tudo indica, ao Al Nassr de Jorge Jesus, Cristiano Ronaldo e João Félix.

Iniciativa Liberal quer que Governo tome posição sobre detenções em Angola

A Iniciativa Liberal (IL) quer que o Governo acompanhe a situação dos direitos humanos em Angola e que manifeste preocupação quanto a recentes detenções no país.

De acordo com um projeto de resolução apresentado na última sexta-feira na Assembleia da República, a IL, liderada por Mariana Leitão, que esteve 13 anos numa sociedade da Sonangol, propõe que o parlamento recomende ao Governo que manifeste preocupação quanto às recentes detenções “e à forma como têm sido conduzidas as operações policiais e judiciais contra dirigentes associativos e políticos da oposição em Angola”.

Segundo o documento, quer também que o Governo apele ao respeito pelo Estado de Direito, pela liberdade de expressão, reunião e manifestação pacífica, “exortando ao abandono de práticas de intimidação contra opositores políticos e líderes associativos”.

A IL pretende ainda que o governo defenda, nomeadamente na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a necessidade de reforçar mecanismos de monitorização e promoção das liberdades fundamentais nos Estados-membros, “aplicando o mesmo rigor e exigência a todos, independentemente da proximidade política com os respetivos governos”. O Governo português, defende a IL, deve incentivar ao diálogo para a redução da tensão política e prevenção de novos episódios de repressão.

O projeto de resolução surge na sequência de episódios violentos em Angola, nas últimas semanas, com várias detenções. No documento a IL cita casos de detenções, e diz que não são casos isolados, referindo “centenas de detenções e dezenas de mortes” que foram registadas durante manifestações e paralisações de trabalhadores nas últimas semanas.

O padrão é preocupante: protestos e greves de origem pacífica transformam-se em pretexto para operações policiais desproporcionais, que fragilizam ainda mais o espaço cívico e associativo em Angola”, afirma-se no documento, no qual se salienta que Portugal não pode ignorar “sinais de deterioração do Estado de Direito” num dos Estados-membros da CPLP.

Várias províncias de Angola, com epicentro em Luanda, registaram, entre 28 e 30 de julho, protestos e tumultos, na sequência de uma paralisação dos serviços de táxis, que resultaram em 30 mortos, mais de duas centenas de feridos e mais de 1.500 detenções, segundo as autoridades angolanas.

Mariana Leitão, que foi eleita líder da IL em julho, esteve 13 anos na Puaça, uma empresa portuguesa da Sonangol — vista como o principal veículo dos esquemas de distribuição indevida de riqueza e um instrumento para a manutenção no poder de José Eduardo dos Santos, ex-Presidente do país –, três dos quais como administradora. Conforme noticiado pelo Observador, entrou na empresa em 2005, quando o antigo vice-Presidente da República angolano, Manuel Vicente, estava à frente da Sonangol. Anos mais tarde, seria afastada do conselho de administração da Puaça quando houve uma mudança na cúpula da empresa, com Isabel dos Santos a ser nomeada pelo pai, José Eduardo dos Santos, para liderar o grupo angolano. E acabou por sair em 2019, depois de o então recém-eleito Presidente angolano, João Lourenço, ter procurado reestruturar a Sonangol.

As ligações de Mariana Leitão ao poder angolano através de uma empresa da Sonangol

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Migrantes que chegaram ao Algarve vão ser extraditados

Os 38 migrantes que chegaram de barco, esta sexta-feira, à praia da Boca do Rio, em Vila do Bispo, no Algarve, vão ser extraditados, por ordem de juiz, indicou o ministro da Presidência aos jornalistas.

Em Olhão, no âmbito do Festival Marisco, António Leitão Amaro indicou aos jornalistas que não houve pedido de asilo e “não vale a pena especular sobre o assunto e o destino”.

O ministro da Presidência explica que haverá dois mecanismos de extradição: o retorno voluntário, mais rápido e em parceria com entidades internacionais, ou o retorno forçado, que será mais demoroso e terá mais custos.

O governante garante que “as autoridades agiram bem e rapidamente” e as pessoas foram identificadas e reencaminhadas, em primeiro lugar, para locais “onde pudessem ser tratadas”. Alguns migrantes foram mesmo conduzidos para um hospital.

Havia sete menores e seis mulheres entre os 38 migrantes. Dez pessoas apresentavam sinais de desidratação e hipotermia, e passaram a noite em hospitais.

Entre o grupo, 28 migrantes passaram a noite no posto local da GNR, apurou a Renascença, e dez estiveram sob observação em hospitais.

António Leitão Amaro refere que, durante todo o processo, “todos os direitos fundamentais das pessoas vão ser respeitados” e, até agora, houve “um cuidado humano”.

“Quem chega ilegal a Portugal, sabe que as costas portuguesas funcionam”, sublinha, ainda, apontando que, em menos de 24 horas, houve uma ação eficaz das autoridades e uma decisão judicial.

O grupo terá passado vários dias no mar, e presume-se que tenha partido de Marrocos, “uma vez que são todos nacionais de Marrocos”, segundo o responsável da GNR, que apontou “o destino presumível” como “um ponto na Europa”, e não necessariamente Portugal.

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