Tesla Model YL: primeiro vídeo oficial mostra o SUV familiar com autonomia recorde

Tesla YL
Imagem: captura de ecrã vídeo Tesla

A Tesla voltou a agitar o mercado automóvel na China ao revelar um vídeo do aguardado Tesla Model YL. Através da sua conta oficial na rede social chinesa Weibo, a marca partilhou um rápido vislumbre do design interno e externo do SUV elétrico.

Apesar da apresentação visual, a Tesla ainda não confirmou a data exata de lançamento, apenas reforçando que a estreia está marcada para o “outono dourado”, ou seja, em setembro.

Design e mais espaço com 3 filas de assentos

Tesla YL
Imagem: captura de ecrã vídeo Tesla

O novo Tesla Model YL mantém a identidade visual característica da marca, mas chega com novidades importantes. O SUV adota um design de três filas com seis lugares, algo que o diferencia do atual Model Y.

A maior distância entre eixos é o grande destaque da versão “L”. Segundo os dados oficiais registados no Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da China, o Tesla Model YL mede 4.976 mm de comprimento, 1.920 mm de largura, 1.668 mm de altura e 3.040 mm de distância entre eixos.

Tesla YL
Imagem: captura de ecrã vídeo Tesla

Na prática, o novo SUV elétrico é 179 mm mais comprido, 44 mm mais alto e tem mais 150 mm de distância entre eixos do que o Model Y já conhecido. Alterações que reforçam o posicionamento do Model YL como uma versão mais espaçosa e orientada para famílias.

Autonomia recorde para a série Model Y

Outra das grandes novidades do Tesla Model YL está na bateria de 82 kWh. De acordo com a documentação oficial, o novo modelo atinge uma autonomia elétrica de 751 km, um número que o torna na versão com maior alcance de toda a história da série Model Y.

Lançamento em setembro e impacto no mercado

Tesla YL
Imagem: captura de ecrã vídeo Tesla

Apesar de ainda não ter uma data fechada, a expetativa é de que o Tesla Model YL seja lançado em setembro.

O que já é certo é que o Tesla Model YL chega para redefinir a gama Model Y e aposta em maior espaço interior, três filas de assentos e uma autonomia elétrica recorde que coloca o modelo como forte concorrente no segmento de SUVs elétricos de grande porte.

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A viagem derradeira — na morte de Augusto Alves da Silva

Conheci Augusto Alves da Silva no final dos anos 1990, quando Teresa Siza instalava e dirigia o Centro Português de Fotografia (CPF), no Porto. Aqueles foram anos transformadores para a fotografia em Portugal, com o CPF a apoiar decisivamente fotógrafos como Paulo Catrica, António Júlio Duarte e o próprio Augusto Alves da Silva, entre muitos outros. Num programa de fomento de que não havia memória em Portugal e que, infelizmente, foi interrompido e não se repetiu, Teresa Siza e o CPF encomendaram e criaram condições para a produção e a exposição, em condições profissionais, de trabalhos em fotografia e em vídeo, a muitos artistas da minha geração.

Depois de passar pelo Instituto Superior Técnico, em Lisboa, o Augusto obteve por duas vezes bolsas da Fundação Calouste Gulbenkian e mudou-se para Londres para estudar fotografia no London College of Printing (B.A. Hons. Photography) e na Slade School of Fine Art (M.F.A. Media). Pelo meio, em 1990, apresentou a sua primeira exposição individual intitulada Algés-Trafaria na Galeria Ether, em Lisboa, a convite de António Sena, com quem viria a manter contacto ao longo da vida. Em 2020, Augusto Alves da Silva doou aquela série de 18 fotografias a preto-e-branco à Fundação Calouste Gulbenkian.

As edições de Ist (1994), de Pasaje (1998) e de Shelter (1999) foram momentos muito relevantes na sua carreira. Recordo também as séries Que Bela Família (1992) e Uma Cidade Assim (1996), ambas na Colecção da Fundação de Serralves, bem como a instalação Road Works (1998), apresentada na Chisenhale Gallery, em Londres, e que, mais tarde, viria a ser adquirida pela Colecção de Arte Contemporânea do Estado.

O Augusto viveu sempre atento às realidades culturais e sociais e às tensões do seu tempo. Demonstrava uma percepção crítica das contradições que o rodeavam, evidenciada em obras que reflectiam tanto acontecimentos históricos como situações do quotidiano. A série 3.16, de 2003 (Colecção António Cachola), realizada na Base das Lajes, nos Açores, expõe com ironia extrema as arbitrariedades do exercício do poder pelas grandes potências; em Our Freedom, de 2004, surge a consciência de que o ataque às Torres Gémeas marcara o fim de uma hegemonia global. Já em Die schönste Fahne der Welt, de 2006, reagiu com humor ao espectáculo mediático de “A Mais Bela Bandeira do Mundo”, reunindo milhares de participantes no Estádio Nacional, no Jamor.

Em 2007, o Augusto apresentou, na Galeria Fonseca Macedo, nos Açores, com uma ironia tremenda, a exposição Animais, em que retratava muitos daqueles que se encontravam internados no Jardim Zoológico de Lisboa, para deleite dos humanos que os visitavam. O Augusto tinha pelos animais um carinho imenso, intenso, permanente. Nos últimos anos, viveu acompanhado pelos seus cães, o Jet e a Oli, que foram surgindo aqui e ali como protagonistas discretos das suas fotografias.

Em 2009, apresentou no Museu de Serralves a exposição Sem Saída — Ensaio Sobre o Optimismo, comissariada por João Fernandes, que ele tanto considerava, e que lhe permitiu realizar uma retrospectiva significativa da sua obra. Por sua vez, em 2016, António Cachola foi responsável pela apresentação da exposição Crystal Clear no Museu de Arte Contemporânea de Elvas. Felizmente, a carreira do Augusto foi pontuada por encontros determinantes com pessoas que ele estimou e cujas opiniões respeitava. Refiro-me a António Sena, Teresa Siza, João Fernandes, António Cachola.

O Augusto manteve ao longo da vida uma paixão por carros que adaptava em função das suas necessidades para, dessa forma, poder fotografar e filmar a partir da própria viatura, muitas vezes em movimento. Foi assim, por exemplo, em Paisagens Inúteis, de 2006 (Colecção António Cachola), na série Cielo e na projecção vídeo Luz, apresentados na Appleton Square, em 2016 e, claro, em Iberia, de 2009, que passou a integrar a colecção da Fundação de Serralves. As viagens que o Augusto realizava com regularidade por Portugal, pelos Picos da Europa, pela Islândia, pela Noruega ou por Marrocos amplificavam o seu amor pela vida e pela natureza, apaziguavam os seus demónios e colocavam-no em contacto com muitas e diferentes pessoas com quem conversava, ria e bebia com um prazer imenso.

Na barca de Caronte, o Augusto fará agora a viagem derradeira. Acompanhado talvez pelo som das rádios da Meseta Ibérica, que tantas alegrias lhe deram em outras tantas viagens. Em direcção à luz.

Trump quer proibir voto por correspondência e urnas electrónicas

O Presidente norte-americano declarou esta segunda-feira que vai “liderar um movimento para acabar com o voto por correspondência” e a utilização de urnas electrónicas. Numa publicação na rede social Truth Social com várias falsidades (“somos agora o único país do mundo que usa o voto por correspondência”, alegou incorrectamente), Donald Trump justificou a iniciativa com o combate à “fraude eleitoral”, acusando o Partido Democrata, na oposição, de “fazer batota em níveis nunca antes vistos” – uma velha alegação sua, nunca comprovada pelos tribunais e pelas autoridades eleitorais.

O recurso ao voto antecipado por correspondência, a que Trump atribui a sua derrota eleitoral de 2020, frente a Joe Biden, é no entanto comum em estados republicanos e democratas (é mesmo maioritário no Oeste), sobretudo entre o eleitorado mais idoso, militares no activo, pessoas com dificuldades de locomoção e habitantes de regiões remotas. Em comunicado, a União Americana para as Liberdades Civis (ACLU, na sigla inglesa), considera o anúncio de Trump como “parte da sua estratégia para fomentar a desconfiança nas eleições e evitar que os eleitores o julguem”.

Na mesma publicação na Truth Social, Trump disse que dará forma à iniciativa ao “assinar uma ordem executiva para ajudar a trazer honestidade às eleições intercalares de 2026”, em que os republicanos, actualmente com curtas minorias na Câmara dos Representantes e no Senado, arriscam perder o controlo do Congresso e a possibilidade de aprovar legislação sem negociar com os democratas.

A Constituição norte-americana não reserva ao Presidente qualquer papel na organização e condução dos actos eleitorais, cabendo a responsabilidade a cada estado e território dos EUA, pelo que a Administração Trump não pode proibir o recurso ao voto por correio ou às urnas electrónicas. No entanto, argumenta Trump, a referida ordem executiva terá força de lei porque “os estados são meramente um ‘agente’ do Governo federal na contagem e tabulação dos votos” e estes “têm de fazer o que o Governo Federal, representado pelo Presidente dos EUA, lhes ordena”. Abre-se assim uma provável nova frente de conflito, a ser dirimido nos tribunais, entre a Administração federal republicana e os estados governados pelos democratas.

Esta é também uma nova tentativa de interferência, por parte da Casa Branca, na organização das intercalares de Novembro de 2026. Em Julho, Trump pediu à assembleia legislativa do Texas, de maioria republicana, para aprovar um novo mapa eleitoral que, através do redesenho de vários círculos uninominais, uma velha e controversa prática conhecida como gerrymandering, poderá custar cinco mandatos ao Partido Democrata na Câmara dos Representantes em Washington (onde os republicanos têm apenas três mandatos de vantagem).

Os deputados democratas no Texas, que fugiram do estado durante duas semanas para travar a votação por ausência de quórum, regressam agora ante a promessa de um contra-ataque concertado: a Califórnia do democrata Gavin Newsom já anunciou que irá igualmente propor um novo mapa eleitoral para penalizar os republicanos, podendo também o estado de Nova Iorque entrar na ofensiva. Do lado republicano, porém, a Florida, o Ohio, o Missouri e o Indiana, poderão também redesenhar os seus mapas eleitorais em benefício do partido de Trump.

O Texas deverá concretizar o plano ainda esta segunda-feira (hora local), enquanto a assembleia legislativa californiana terá até ao final desta semana para aprovar a convocação de um referendo, a realizar em Novembro, sobre um novo mapa eleitoral. Em ambos os casos, as iniciativas encontram pouco precedente: os círculos eleitorais são normalmente revistos a cada dez anos, após a realização dos censos nacionais, para reflectir a evolução demográfica. Os dois processos, a que se juntarão previsivelmente outros, acontecem a cinco anos do próximo levantamento e a um de umas eleições encaradas como um referendo à segunda Administração Trump.

Morreu Joaquim Piló, fundador do BE

Joaquim Piló, sindicalista e fundador do Bloco de Esquerda (BE), morreu esta segunda-feira, aos 76 anos, vítima de doença prolongada, informou o núcleo bloquista da Nazaré.

“É com imensa tristeza que o Bloco da Nazaré anuncia o falecimento de Joaquim Piló, figura emblemática da nossa comunidade, pescador, sindicalista incansável e fundador do Bloco de Esquerda”, informou o núcleo da Nazaré em comunicado.

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Joaquim Piló morreu no Hospital de Setúbal, onde se encontrava internado, vítima de doença prologada, confirmou fonte oficial do BE à agência Lusa.

“Deixa-nos um legado de coragem, dignidade e solidariedade“, afirma o BE no comunicado em que exorta “a memória de um homem que não se calou, que não desistiu e que esteve sempre ao lado dos pescadores, das famílias, dos mais humildes e marginalizados”.

Natural da Nazaré, no distrito de Leiria, onde era conhecido pela alcunha de “Nada é”, Joaquim Piló nasceu em 1949.

Começou a trabalhar na construção civil aos 12 anos e, aos 16, embarcou na pesca do bacalhau, onde se destacou como contramestre nos anos 1970.

Durante mais de duas décadas liderou o Sindicato Livre dos Pescadores e Profissões Afins, onde, segundo o BE, “foi uma voz firme em inúmeros conflitos: denunciou as injustiças do abate da frota nacional, criticou a inação dos governos face às lutas dos pescadores, e esteve sempre ao lado das comunidades afetadas por crises e tragédias marítimas”. Assumiu, também, “a busca incansável pela verdade sobre o naufrágio do navio Bolama”, um dos maiores desastres na costa portuguesa.

No plano político, Joaquim Piló foi uma das figuras fundadoras do Bloco de Esquerda e uma presença ativa na política local.

Em 2005, encabeçou pela primeira vez a candidatura do Bloco à Câmara da Nazaré, à qual voltou a candidatar-se em 2013.

O velório será realizado na terça-feira, dia 19, a partir das 17h00, na capela da Igreja de Amora. O corpo será cremado na quarta-feira, dia 20, a partir das 10h30, na Quinta do Conde, informou o BE.

Autárquicas: Candidata do Chega retira candidatura à Câmara de Setúbal

A candidata apoiada pelo Chega à Câmara de Setúbal, Lina Lopes, anunciou esta segunda-feira que retirou a sua candidatura às próximas eleições autárquicas, devido a uma alegada “campanha difamatória e tentativas de chantagem”.

Através das redes sociais, Lina Lopes afirma que decidiu retirar a sua candidatura ao município de Setúbal face a uma alegada “campanha difamatória e às tentativas de chantagem” de que diz ser alvo “nos últimos dias” e que, na publicação, não identifica.

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“Esta decisão não decorre de qualquer reconhecimento das falsas acusações que me são dirigidas – as quais rejeito categoricamente – mas sim da necessidade de me poder defender com total liberdade e serenidade, sem permitir que ataques pessoais continuem a ser instrumentalizados para atingir o partido que me apoia e os seus militantes”, justifica.

Lina Lopes, antiga deputada à Assembleia da República eleita pelo PSD, acrescenta que vai concentrar-se na defesa do seu “bom nome e honra pessoal, confiando que a Justiça apurará rapidamente os factos e punirá quem, de forma criminosa, tenta destruir pessoas e descredibilizar instituições democráticas”.

Em janeiro, a antiga deputada do PSD Lina Lopes desfiliou-se do partido para ser candidata à Câmara Municipal de Setúbal como independente apoiada pelo Chega.

Já foram anunciados como candidatos à Câmara de Setúbal Daniela Rodrigues (BE), Maria de Dores Meira (independente e apoiada pelos PSD), Flávio Lança (IL), Fernando José (PS), Lina Lopes (Chega), André Dias (Livre), além do atual presidente do município, André Martins (CDU, coligação PCP/PEV).

A CDU, que obteve 34,4% dos votos nas eleições autárquicas de 2021, governa a Câmara de Setúbal com uma maioria relativa, dado que tem apenas cinco dos 11 eleitos do executivo camarário. O PS tem quatro eleitos e o PSD dois.

As eleições autárquicas estão marcadas para 12 de outubro.

Ascensão de Rodrigo Pereira na Bolívia: marginalizado nas sondagens discutirá segunda volta inédita com ex-Presidente “Tuto” Quiroga

Se antes as sondagens apontavam para uma disputa numa inédita segunda volta entre a direita e a centro-direita, o resultado das urnas indica deste domingo (17) uma disputa entre a direita e o centro, sem que o embate tenha representantes dos extremos, como foram as últimas eleições na América Latina.

Estamos perante um novo cenário político na Bolívia. Não apenas acabou a hegemonia do MAS, mas também vemos que os elementos clássicos de uma polarização têm agora menor peso. Isso faz com que esta segunda volta, inédita na história do país, seja também inédita por não ter um choque entre duas visões ideológicas antagónicas como aconteceu ao longo dos últimos 20 anos. O que parece estar em jogo foi o que trouxe Paz Pereira até aqui: o desejo de boa parte dos eleitores por uma renovação na política”, aponta o analista político, Gustavo Pedraza. “A matriz deste resultado surpreendente é a vontade do povo boliviano de uma renovação”, reforça.

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CODU não atendeu chamada, mas IGAS não estabelece nexo de causalidade com morte de utente

A Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) terminou mais um dos 12 inquéritos que foram abertos a mortes de utentes ocorridas durante a greve no INEM no final do ano passado. Embora o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) não tenha atendido as chamadas nem ligado de volta, o inquérito concluiu que “não é possível o estabelecimento de nexo de causalidade” entre o atraso no socorro e a morte de um idoso de 92 anos que residia em Matosinhos.

Segundo a nota, divulgada esta segunda-feira, a IGAS concluiu que “o CODU não atendeu as chamadas de pedido de auxílio e não efectuou callback [chamada de retorno], o que atrasou o auxílio à vítima”.

Porém, “não é possível o estabelecimento de nexo de causalidade entre esse atraso e o desfecho fatal”, já que a peritagem médica referiu “que numa paragem cardíaca em doentes com idade superior a noventa anos a taxa de sobrevida é reduzida, e o desfecho seria provavelmente semelhante mesmo em condições optimizadas”, lê-se na nota da IGAS.

A morte deste utente ocorreu a 4 de Novembro, dia em que coincidiram a greve às horas extraordinárias dos técnicos de emergência pré-hospitalar (TEPH) e a da administração pública, que agravaram os atrasos no atendimento por parte do INEM.

O relatório foi remetido ao INEM, à Unidade Local de Saúde de Matosinhos, ao Ministério Público, à Procuradoria da República da Comarca do Porto (Matosinhos) e ao gabinete da Ministra da Saúde, para conhecimento.

No início de Junho, o inspector-geral da Saúde decidiu desagregar os 12 casos de mortes em investigação ocorridas durante a greve no INEM. Até à data, já são conhecidas as conclusões de 11 inquéritos.

Morreu o fotógrafo Augusto Alves da Silva, aos 62 anos

Na mesma nota, destacam o “desenvolvimento de projetos de carácter documental e de pensamento crítico, que marcaram o panorama artístico e acompanharam a história e o contexto sóciopolítico em que foram criados”, assim como o caráter icónico da sua fotografia, que refletia as suas preocupações de pendor social e político.

Prova disso, recorda o Público, foi o trabalho que fez em colaboração com o curador e hoje diretor adjunto do Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia (MAAT) Sérgio Mah em 2003 a propósito da Cimeira das Lajes, quando Portugal auxiliou os países envolvidos na invasão do Iraque no pós-11 de Setembro ao ceder a famosa base aérea açoriana. Tal facto foi considerado pelo fotógrafo a esse mesmo jornal como “o momento mais triste da história portuguesa depois do fascismo”.

Nascido em 1963 em Lisboa, Augusto Alves da Silva chegou a estudar Engenharia Civil no Instituto Superior Técnico, mas deixou esse curso para se dedicar à fotografia. A sua formação na área fez-se em Londres, com uma licenciatura na London College of Printing e um mestrado em Slade School of Fine Arts — em ambas as instâncias, fê-lo enquanto bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian.

Desde a sua ascensão nos anos 90, destacou-se como um dos mais importantes artistas, que não trabalhando exclusivamente com a fotografia, foi nesse meio que executou alguns dos trabalhos mais marcantes no contexto artístico português dos últimos vinte anos.

Escrevendo para o Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado, em Lisboa, a curadora Emília Tavares caracteriza o trabalho de Augusto Alves da Silva como tendo “uma estética que o aproxima da escola documental de Dusseldorf”, assim como “uma disciplina formal que explora o realismo analítico e crítico, as suas obras refletem sobre grandes temas civilizacionais e existenciais, mas também sociais e políticos, através do classicismo dos géneros da paisagem e do retrato”.

Ao longo do seu percurso, expôs em mostras coletivas e individuais em espaços nacionais como o Museu do Chiado, o Centro Português de Fotografia, a Culturgest, o Centro Cultural de Belém, a Fundação Carmona e Costa e o Museu de Serralves, que lhe dedicou uma exposição retrospetiva em 2009. Além disso, consagrou-se internacionalmente ao ver o seu trabalho no Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, em Madrid, na Chisenhale Gallery, em Londres ou no Fotomuseum Winterthur, na Suíça, entre outros. Em 2004 fez parte da representação portuguesa na 9ª Bienal de Arquitetura de Veneza ao integrar o coletivo Metaflux.

Além de ter sido nomeado para o Prémio União Latina em 1997, foi um dos finalistas do Prémio de Fotografia do Citibank Private Bank em 1999 e, em 2006, do Prémio BES Photo — essa fotografia, Rainbow, encontra-se hoje no acervo do Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian.

Esse, de resto, é um de muitos onde a obra de Augusto Alves da Silva se encontra espalhada, como no da Ar.Co, do Banco Espírito Santo, do Centro Português de Fotografia, da Coleção Berardo, da Coleção António Cacheira (exposta no Museu de Arte Contemporânea de Elvas), da FLAD – Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, da Fundação PLMJ e do Museu de Serralves, entre outros, havendo também peças suas na acima referida Coleção de Arte Contemporânea do Estado.

Além dos acervos nacionais, também tem obras no país vizinho, como no Centro de Fotografia de Universidade de Salamanca, na Coleção Arco, na Coleção Helga de Alvear, no MEIAC – Museo Extremeño e Iberoamericano de Arte Contemporáneo e na Fundació Foto Colectania.

Nos últimos anos, Augusto Alves da Silva viveu e trabalhou em Tremês, em Santarém.

IGAS aponta falhas a CODU do INEM mas não estabelece relação com morte em Matosinhos

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) identificou falhas no atendimento de chamadas pelos CODU, mas não estabelece uma relação de causalidade entre estas e a morte de um idoso em Matosinhos durante a greve do INEM.

“Concluiu-se que o CODU não atendeu as chamadas de pedido de auxílio e não efetuou “callback” [devolução de chamada perdida], o que atrasou o auxílio à vítima”, lê-se num comunicado da IGAS sobre as conclusões do inquérito à morte de um idoso de 95 anos em Matosinhos, a 04 de novembro de 2024, quando decorria uma greve dos técnicos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

“Não obstante, não é possível o estabelecimento de nexo de causalidade entre esse atraso e o desfecho fatal, tendo a peritagem médica referido que numa paragem cardíaca, em doentes com idade superior a noventa anos, a taxa de sobrevida é reduzida e o desfecho seria provavelmente semelhante mesmo em condições otimizadas”, concluiu a IGAS.

O relatório do inquérito ao eventual atraso no atendimento pelos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) foi aprovado a 11 de agosto e remetido ao Conselho Diretivo do INEM, à Unidade Local de Saúde de Matosinhos, ao Ministério Público da comarca do Porto, e ao gabinete da ministra da Saúde, para conhecimento.

A 4 de novembro de 2024 coincidiram duas greves que agravaram os atrasos no atendimento por parte do INEM: a greve às horas extraordinárias dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (TEPH) e a paralisação da Função Pública.

Um relatório anterior da IGAS revelou que, neste dia, mais de metade das chamadas para o INEM foi abandonada, com apenas 2.510 das 7.326 chamadas atendidas.

Além do relatório relativo aos impactos das greves na capacidade de resposta dos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), a IGAS autonomizou os relatórios relativos a 12 mortes. .

Este é o 11.º caso já concluído e em dois deles os óbitos foram associados ao atraso no socorro.

‘Vislumbre’ de Cody Rhodes como Guile no novo filme Street Fighter

Hoje temos um primeiro vislumbre, ou quase, sobre Cody Rhodes como Guile, no próximo filme de Street Fighter.

A imagem não revela muito — na verdade é apenas a sombra do ator numa forma imediatamente reconhecível — mas pelo menos está confirmado que Rhodes vai exibir o icónico corte de cabelo flat-top de Guile e muitos músculos. Se querem saber, parece que será uma versão bastante mais próxima do original do que foi o Guile de Jean Claude Van Damme, por exemplo.

Podem vê-lo de seguida:

Cody Rhodes é um famoso wrestler profissional. Está no seu segundo reinado como WWE Champion, é o atual King of the Ring e, naturalmente, não é estranho ao mundo dos videojogos, tendo aparecido em vários títulos da WWE. Também se juntou a Call of Duty: Modern Warfare 3 como operativo jogável ao lado de Rhea Ripley e Rey Mysterio, e recentemente surgiu como bartender em The Naked Gun.

Street Fighter é baseado no popular jogo de luta da Capcom, com estreia marcada para 20 de março do próximo ano. Até agora, os papéis confirmados incluem o rapper Curtis Jackson, conhecido como 50 Cent, como o pugilista Balrog, a estrela de Aquaman Jason Momoa como Blanka, Noah Centineo como Ken, outro WWE superstar Roman Reigns como Akuma, Andrew Koji como Ryu, Callina Liang como Chun-Li e o especialista em vilões David Dastmalchian como M. Bison.

Parece que estamos a viver uma era de ouro nas adaptações de videojogos, muito graças a projetos de sucesso como The Super Mario Bros. Movie, Sonic the Hedgehog, e as séries de TV baseadas em The Last of Us e Fallout. E há muitos mais a caminho.


Antigo residente de Azeroth, mudou-se para o mundo real para escrever sobre as coisas que o apaixonam. Desconfia-se sonhar ser super-vilão. Podes segui-lo em @Darthyo.

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