Tem painéis solares em casa e não escapou ao apagão. Porquê?

Esta segunda-feira, milhões de portugueses ficaram sem eletricidade durante cerca de 11 horas devido à falha que afetou Portugal e Espanha. E, para quem tem painéis solares em casa, ficou a dúvida: se há um painel, como é que a casa ficou às escuras na mesma? Esta era uma questão feita em fóruns como o Reddit e em algumas redes sociais.

Ter um painel solar instalado em casa não é sinal de que automaticamente terá energia em caso de falha elétrica. É certo que um painel deste tipo tem como principal função produzir energia fotovoltaica, ou seja, aproveitar a luz do Sol, mas é preciso mais para que possa ter produção para alimentar outros equipamentos em casa.

Habitualmente, os painéis solares são instalados nos telhados de casas, prédios ou empresas para conseguir tirar partido dos raios solares e ajudar a reduzir a fatura energética.

Quando a luz do sol, que é composta por partículas chamadas fotões, incide nos painéis, há uma conversão em energia elétrica. Só que os painéis produzem uma energia em corrente contínua e, para que possa ser usada para alimentar os equipamentos que tem em casa, é preciso que seja transformada em corrente alternada. “Os painéis solares são geradores de energia, mas têm um equipamento que se chama inversor de rede, que não é mais do que um equipamento que converte a corrente contínua que é gerada nos painéis fotovoltaicos em corrente alternada para que possa ser injetada na rede interna da casa ou, quando vai para a rede, poder ser exportada para a rede”, explica ao Observador João Nuno Serra, presidente da Associação dos Comercializadores de Energia do Mercado Liberalizado (Acemel).

O inversor tem a particularidade de se sincronizar “com a frequência da rede (50 Hz) e com a tensão da rede”, continua o responsável da Acemel. “Quando não há rede e não há tensão, isto é, há um zero na tensão e um zero na frequência, o inversor não consegue sincronizar, logo o sistema é desligado.” É, então, o inversor que justifica o facto de muitos donos de painéis solares terem ficado sem eletricidade durante o apagão.

Fonte oficial da EDP explica ao Observador que “os painéis solares comercializados pela EDP e pela generalidade do mercado param de produzir eletricidade em caso de falha da rede elétrica”, como aconteceu esta segunda-feira. “Os sistemas foram concebidos desta forma por razões de segurança, uma vez que a regulamentação nacional exige que todos os inversores fotovoltaicos convencionais deixem de fornecer energia à rede numa situação de interrupção de fornecimento como a de ontem”, explica a empresa.

É ainda dito que, como a rede “esteve desligada e operacional, não era possível garantir o seu funcionamento em segurança”. A EDP indica ainda que “esta situação afetou também os clientes com baterias para armazenamento de energia, uma vez que são os inversores que comunicam com a rede”.

Para que os clientes conseguissem ter um sistema “que funcionasse em ‘ilha’, ou seja, independente da rede elétrica, era necessário equipamento adicional que implicaria alterações significativas no quadro elétrico de uma casa ou empresa”. A EDP descreve este sistemas como pouco vantajosos para famílias e empresas “devido ao seu custo elevado e às raras interrupções longas de energia na rede elétrica nacional”. Afinal, o que aconteceu esta segunda foi um fenómeno invulgar.

Fonte oficial da EDP indica que, nestes dois dias, recebeu um “número residual de contactos — cerca de 200 — ligados a dúvidas sobre projetos solares”. A empresa explica que atualmente tem “mais de 140 mil famílias com energia solar e milhares de empresas com sistemas de produção de eletricidade solar para autoconsumo”.

O apagão desta segunda-feira teve impacto em vários pontos do país

Também a esmagadora maioria dos sistemas instalados pela Iberdrola implica a ligação à rede, explica Pedro Freitas, responsável pela área de smart solar da empresa. “As instalações mais comuns que fazemos são normalmente ligadas à rede, não temos nenhuma do chamado off-grid”, ou seja, desligado da rede pública.

“Penso que muitos poucos sistemas ou situações conseguem sobreviver sem estarem conectados à rede pública”, acrescenta. A pouca expressão está não só ligada a custos, como também ao facto de estes sistemas “implicarem o cumprimento de certas regras por da DGEG [Direção-Geral de Energia e Geologia] e mesmo do código europeu de redes”. É isto que justifica que a “maioria dos sistemas instalados” inclui a tal funcionalidade de segurança do inversor.

Porém, nota que alguns inversores podem ter uma função “zero-grid”, uma funcionalidade “em que o inversor se ajusta às necessidades da procura na casa do cliente e não injetar nada na rede”.

Convém esclarecer que o painel solar é responsável apenas pela produção de energia. Para um cenário em que queira armazenar parte da energia produzida é necessária uma bateria.

Há kits de autoconsumo que já incluem a bateria, em que há um inversor diferente, que é híbrido. Pedro Freitas, da Iberdrola, explica que já é “comum” haver sistemas instalados com estes equipamentos, mas que têm um objetivo específico de “havendo excedente na produção durante o dia poder armazenar para que possa ser consumida quando não há produção solar”, como dias de chuva ou de pouca incidência solar.

Porém, há a questão do custo. “O preço das baterias tem vindo a diminuir, mas é uma solução que ainda tem um peso significativo no orçamento”, admite.

João Nuno Serra, da Acemel, também refere que possam ter existido donos de painéis com baterias surpreendidos com a falta de energia. “Então mas tenho uma bateria e não consigo ir buscar energia? Porque também depende do inversor que têm”, explica. Mesmo nos casos em que tenham inversores híbridos, os tais que “permitem carregar a bateria, tem que ter um dispositivo para fazer o ‘start’ e a bateria começar a injetar na rede doméstica.”

Painéis de energia solar instalados pela E-Redes, há cerca de um ano, junto ao bairro dos pescadores, no âmbito do projeto “Berlenga Sustentável”, ao largo de Peniche, 27 de outubro 2021. Implementado pela E-Redes, o projeto “Berlenga Sustentável” permite o fornecimento de energia elétrica sustentável de longo prazo, substituindo a produção a diesel. (ACOMPANHA TEXTO DA LUSA DO DIA 01 DE NOVEMBRO DE 2021). PAULO CUNHA /LUSA

Os painéis solares são uma solução com procura crescente

“Nem todos têm, isso custa dinheiro”, explica, afirmando que é um universo “muito diminuto” de utilizadores. Este sistema dá o tal ‘start’ de forma automática, “simplesmente o inversor tem de estar equipado com esse mecanismo para repor a energia que está na bateria na rede doméstica”. Que também poderá ter limitações — pode não arrancar se “a carga da bateria estiver a menos de 20%”, exemplifica.

Noutros casos, refere que algumas pessoas possam ter encontrado refúgio não nos painéis solares mas sim em carros elétricos. “Quem tem um veículo elétrico e consegue ligá-lo a casa, nestas situações, pode ter energia a partir do veículo”, explica — desde que haja bateria no carro, claro.

“Viajei toda a vida, até no 11 de Setembro enunca vi nada assim”: depois do apagão, ainda há passageiros em desespero no aeroporto de Lisboa

Depois do apagão que obrigou ao encerramento temporário do aeroporto Humberto Delgado e causou várias perturbações na aviação, centenas de passageiros impedidos de seguir viagem devido à perda de ligações com escala em Lisboa amontoaram-se em busca de respostas. Quem conseguiu embarcar, teve de contornar uma extensa fila junto ao balcão da TAP, que se estendia ao longo da zona de partidas. Fonte oficial da companhia aérea reconhece contratempos e diz ao Expresso que, apesar das dificuldades, vários voos foram operados durante a noite. “O apagão afetou todas as companhias aéreas, mas a TAP foi especialmente prejudicada por ser a única com um hub em Lisboa e ser responsável por este tipo de voos de ligação. Os que foram cancelados estão a ser redistribuídos pelos lugares vagos dos já estavam marcados”

Trump assina ordem para evitar acumulação de tarifas a fabricantes de automóveis

O Presidente norte-americano, Donald Trump, assinou esta terça-feira uma ordem executiva com o objetivo de impedir que os fabricantes de automóveis que produzem nos Estados Unidos tenham de pagar tarifas múltiplas sobre veículos e peças importadas.

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“Queremos apenas ajudá-los durante este período de transição. A curto prazo”, frisou o chefe de Estado norte-americano.

Trump falava antes de partir para Detroit, no Michigan, o coração da indústria automóvel norte-americana, para celebrar os seus primeiros 100 dias no cargo.

Novo Outlander PHEV regressa para disputar a liderança

Durante anos, o PHEV preferido dos portugueses (e europeus) foi o Outlander da Mitsubishi, um SUV de grandes dimensões, espaçoso e potente, mas capaz de ser simultaneamente económico e acessível, beneficiando das vantagens comerciais concedidas a modelos com mecânicas híbridas plug-in, com uma capacidade de percorrer mais de 50 km em modo exclusivamente eléctrico. A primeira geração do Outlander, lançada em 2013 e renovada em 2016, foi um sucesso, mas a Mitsubishi está apostada em retomar a liderança do mercado europeu com a mais recente geração de 2025.

Na realidade, o Outlander que chega à Europa em 2025 começou a dar os primeiros passos no Japão em 2021. Recorre a uma nova plataforma da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, mas com grandes diferenças a nível da mecânica. A carroçaria cresceu ligeiramente em comprimento e distância entre eixos, o primeiro a passar de 4,695 para 4,719 metros e a segunda de 2,670 para 2,704 metros. Mas a evolução a nível da mecânica é ainda mais evidente e importante para os utilizadores.

Ao contrário da primeira geração do Outlander PHEV, a versão de 2025 tem como motor principal uma unidade a combustão alimentada com gasolina, com 2360 cc, em vez de somente 2,0 litros, cuja potência subiu de 121 cv para 136 cv. Simultaneamente, o Outlander PHEV trocou os dois motores eléctricos (montados um em cada eixo) com potências de 82 cv, por unidades mais potentes, uma com 116 cv instalada à frente e outra com 136 cv montada atrás.

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O novo Outlander PHEV mantém a tecnologia híbrida plug-in, que permite recorrer somente aos motores eléctricos ou, em alternativa, ao motor de combustão a reforçar a potência fornecida pelas unidades eléctricas, o que explica que o Outlander novo prometa 306 cv, em vez dos 203 cv da geração anterior. E a potência adicional mantém a velocidade máxima nos 170 km/h, mas passa a assegurar a aceleração de 0-100 km/h em 7,9 segundos, em vez dos anteriores 11 segundos.

Além de mais potente, o Mitsubishi Outlander passa a usufruir de uma bateria mais generosa, com quase o dobro da capacidade, pois se até aqui assegurava 12 kWh, passa a 22,7 kWh, alinhando assim pelas directrizes alemãs, que só permitem aos modelos PHEV com mais de 80 km em modo EV usufruir de incentivos. E se o Outlander antigo anunciava uma autonomia em modo EV de 54 km, o novo avança até aos 85 km, o que alarga o seu potencial para satisfazer clientes que querem um PHEV para usar durante a semana, para ao fim de semana (e nas férias) recorrer ao motor a gasolina para aumentar a autonomia.

Novo Outlander marca o início da renovação

A apresentação da mais recente geração do SUV Outlander no mercado nacional contou com a presença de Frank Krol, o presidente e CEO da Mitsubishi Motors Europe. Krol aproveitou a ocasião para salientar a importância da nova geração do SUV, realçando igualmente a relevância de 2025 para o construtor japonês na Europa. Além deste novo Outlander, que se assumirá como o novo topo de gama do construtor na Europa, a Mitsubishi vai lançar o Grandis no início de Julho.

Emoções no gelo. Fomos testar o novo Outlander num lago (na Finlândia)

O novo Outlander adopta o estilo Dynamic Shield deste construtor japonês da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, que já vimos noutros modelos da marca. O tejadilho flutuante, em preto, torna o SUV mais elegante, sendo que a versão destinada à Europa (e a Portugal) assume-se como mais refinada e com maior qualidade nos materiais e detalhes. O Outlander PHEV oferece um sistema 4×4 muito sofisticado, recorrendo ao S-AWC da marca (Super All Wheel Control), partilhado em modelos que deram origem a versões de competição nos ralis e nos raids TT.

O novo Outlander PHEV abre mão do habitáculo de sete lugares e passa a oferecer apenas cinco, segundo Krol, por ser esta a versão com maior procura e de forma esmagadora. Ainda assim, existe uma versão com três filas de bancos e sete lugares no Japão que a marca poderá introduzir no mercado europeu caso seja necessário.

O modelo oferece sete modos de condução, prevendo os diferentes tipos de piso, da neve a terra, passando pela lama e vários tipos de condições mais escorregadias. Mais importante do que isto, este SUV da Mitsubishi permite ser utilizado em modo eléctrico e modo híbrido, além do parallel hybrid, em que o motor de combustão reforça a potência dos dois motores eléctricos. Os preços do novo modelo arrancam nos 54.341€, ou seja, 44.179€ mais IVA.

Guterres exige que Israel responda por ataques a médicos e à ONU

Acompanhe aqui o nosso liveblog sobre o conflito israelo-palestiniano

O secretário-geral da ONU pediu esta terça-feira aos Estados-membros para garantir “que a impunidade não prevalece” na guerra em Gaza, incluindo nos ataques direcionados de Israel contra médicos e trabalhadores da ONU.

Num duro discurso perante o Conselho de Segurança da ONU, António Guterres exigiu responsabilização a todos os níveis e sublinhou que o desrespeito pelo direito internacional “tem de acabar”.

“Apelo aos Estados-membros para que usem a vossa influência para garantir que o direito internacional é respeitado e a impunidade não prevalece”, afirmou.

Hamas conta 17 mortos em Gaza após novo ataque aéreo israelita

“Isto inclui o incidente de 19 de março, pelo qual Israel reconheceu agora a responsabilidade, ao disparar contra uma casa de hóspedes da ONU, matando um colega e ferindo seis, assim como o assassínio de paramédicos e outros socorristas em Rafah a 23 de março, assim como muitos outros casos”, sublinhou Guterres.

O líder da ONU admitiu “estar alarmado” com declarações de membros do Governo israelita sobre a utilização da ajuda humanitária como uma ferramenta de pressão militar.

A ajuda não é negociável. Israel deve proteger os civis e concordar com os planos de ajuda e facilitá-los. (…) A entrada de assistência deve ser restaurada imediatamente e a segurança do pessoal da ONU e dos parceiros humanitários deve ser garantida”, acrescentou.

Israel atingiu mais de 50 alvos no Líbano apesar de cessar-fogo

Guterres criticou ainda que o mundo assista, ao longo dos últimos dois meses, ao bloqueio israelita de alimentos, combustível, medicamentos e mantimentos comerciais, privando mais de dois milhões de pessoas de produtos que salvam vidas.

A situação humanitária em toda a Faixa de Gaza chegou a “um ponto inimaginável”, declarou Guterres, apelando para a libertação imediata dos reféns ainda retidos pelo grupo islamita palestiniano Hamas.

Num olhar para os impactos desta guerra em todo o Médio Oriente, o ex-primeiro-ministro português considerou que a região está num ponto crucial da história, estando uma paz verdadeiramente sustentável dependente de uma questão central: a solução de dois Estados.

Amnistia Internacional refere que o mundo vive crise de direitos humanos causada por “efeito Trump”

Porém, a promessa de uma solução de dois Estados corre o risco de “diminuir até ao ponto de desaparecer“, alertou o secretário-geral, destacando que um compromisso político para esse fim “está mais distante do que nunca”.

Como resultado, os direitos dos israelitas e dos palestinianos à vida, à paz e à segurança foram prejudicados, “e as legítimas aspirações nacionais dos palestinianos foram negadas, enquanto suportam a presença contínua de Israel, que o Tribunal Internacional de Justiça considera ilegal”, disse.

Guterres criticou as condições de vida “totalmente desumanas” impostas por Israel aos palestinianos em Gaza, assim com na Cisjordânia, onde os palestinianos estão a ser “contidos e coagidos” por colonos e militares israelitas.

Novos ataques dos EUA causaram oito mortos no Iémen

“O mundo não se pode dar ao luxo de ver desaparecer a solução de dois Estados. Os líderes políticos enfrentam escolhas claras: permanecer em silêncio, consentir ou agir”, afirmou. “Não se vislumbra um fim para a matança e para a miséria” em Gaza, acrescentou.

António Guterres pressionou os Estados-membros da ONU a agir, sem se limitarem a expressar apenas apoio, mas sim a atuar efetivamente para evitar que a ocupação e a violência se perpetuem.

“O meu apelo aos Estados-membros é claro e urgente: Tomem medidas irreversíveis para implementar uma solução de dois Estados. Não deixem que os extremistas de qualquer lado minem o que resta do processo de paz“, pediu.

Israel emite aviso de evacuação no norte da Faixa de Gaza

A Conferência de Alto Nível, prevista para em junho, copresidida pela França e pela Arábia Saudita para abordar esta questão, é uma oportunidade importante para revitalizar o apoio internacional, considerou o português.

Guterres incentivou a comunidade internacional a ir “além das afirmações” e a “pensar criativamente” sobre medidas concretas de apoio a uma solução viável de dois Estados “antes que seja tarde demais”.

“Mostrem coragem política e exerçam a vontade política para resolver esta questão central para a paz dos palestinianos, dos israelitas, da região e da humanidade”, concluiu.

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque do grupo radical palestiniano Hamas em Israel, em 7 de outubro de 2023. O ataque causou cerca de 1.200 mortos e 250 reféns.

A resposta israelita provocou mais de 51.000 mortos em Gaza, bem como a destruição de uma parte significativa das infraestruturas do território palestiniano governado pelo Hamas desde 2007.

“Viajei toda a vida, até no 11 de Setembro, nunca vi nada assim”: depois do apagão, ainda há passageiros em desespero no aeroporto de Lisboa

Depois do apagão que obrigou ao encerramento temporário do aeroporto Humberto Delgado e causou várias perturbações na aviação, centenas de passageiros impedidos de seguir viagem devido à perda de ligações com escala em Lisboa amontoaram-se em busca de respostas. Quem conseguiu embarcar, teve de contornar uma extensa fila junto ao balcão da TAP, que se estendia ao longo da zona de partidas. Fonte oficial da TAP reconhece dificuldades e diz ao Expresso que, apesar das dificuldades, vários voos foram operados durante a noite. “O apagão afetou todas as companhias aéreas, mas a TAP foi especialmente prejudicada por ser a única com um hub em Lisboa e ser responsável por este tipo de voos de ligação”

Putin defende ordem mundial “mais justa e multipolar” em discurso na antiga Estalinegrado

Acompanhe aqui o nosso liveblog sobre a Guerra na Ucrânia. 

O Presidente russo, Vladimir Putin, defendeu nesta terça-feira em Volgogrado, antiga Estalinegrado, uma nova ordem mundial “mais justa e multipolar” e uma arquitetura de segurança que proteja os países sem prejudicar os interesses nacionais de outros estados.

“É importante criarmos juntos uma ordem mundial mais justa e multipolar, baseada no respeito pelos interesses de cada país”, afirmou o líder do Kremlin na sessão plenária do fórum Maior Património-Futuro Comum.

No seu discurso, Putin afirmou que a comunidade internacional deve trabalhar para desenvolver “uma arquitetura de segurança igualitária e indivisível”, no sentido de proteger “de forma fiável todos os estados sem prejudicar os interesses de ninguém”.

Acompanhado no evento pelo líder bielorrusso e seu aliado, Alexander Lukashenko, o Presidente russo sustentou que a região euroasiática deverá tornar-se num exemplo de desenvolvimento sustentável, tanto a nível económico como social.

Ao mesmo tempo, criticou, sem nomear nenhum país nem o conflito na Ucrânia, país que mandou invadir há mais de três anos, as tentativas de alguns estados de impor a sua vontade aos outros com base no que chamou a sua exclusividade.

Por outro lado, pediu para se evitar o “renascimento do nazismo” e manifestações russófobas e antissemitas e apelou para a criação de uma comissão para preservar a memória da vitória soviética sobre a Alemanha nazi.

Putin e Lukashenko chegaram a Volgogrado na véspera do 80.º aniversário da vitória do Exército Vermelho sobre a Alemanha nazi na Segunda Guerra Mundial, que a Rússia comemora no dia 09 de maio.

Elena Kostyuchenko: “Herdámos da geração soviética a saudade de um propósito maior. E Putin diz ‘Deixem-me oferecer-vos um’”

Após uma homenagem no memorial Mamaev Kurgan, uma colina dominada por uma gigantesca estátua da “Pátria”, os dois líderes fizeram um passeio pela cidade e compareceram no fórum.

Nesta terça-feira à tarde, Putin e Lukashenko, um parceiro próximo do Kremlin na guerra da Ucrânia, tinham prevista uma reunião para discutir assuntos da agenda bilateral.

A anterior viagem de Putin a Volgogrado ocorreu há dois anos, por ocasião do 80.º aniversário do fim da Batalha de Estalinegrado, uma das mais sangrentas da história da humanidade, entre o Exército Vermelho e as forças invasoras nazis.

Desde que chegou ao Kremlin, em 2000, Putin assistiu várias vezes ao aniversário da batalha que começou em 17 de julho de 1942 e terminou em 2 de fevereiro de 1943 com a rendição do marechal de campo Friedrich von Paulus, comandante do Sexto Exército alemão, após 200 dias de combates implacáveis.

Euromilhões. Confira a chave do jackpot desta terça-feira

A chave vencedora do concurso do Euromilhões desta terça-feira, 29 de abril de 2025, é composta pelos números 2 – 9 – 24 – 30 – 41 e pelas estrelas 1 e 11.

Em jogo no primeiro prémio está um jackpot de 85 milhões de euros.

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Os prémios atribuídos de valor superior a 5 mil euros estão sujeitos a imposto do selo, à taxa legal de 20%, nos termos da legislação em vigor.

A chave constante neste artigo não dispensa a consulta do site do Departamento de Jogos da Santa Casa.

Gastão Elias feliz com a vitória: «Houve nervosismo, mas consegui lidar bastante bem com as condições»

Gastão Elias mostrou-se hoje muito “feliz com a vitória contra uma promessa do ténis mundial”, o norte-americano Learner Tien, e a passagem à segunda ronda do Estoril Open, pela segunda vez no Clube de Ténis do Estoril.

O tenista da Lourinhã, antigo 57.º do mundo e atual 339.º colocado, surpreendeu o jovem e favorito Tien, que ocupa o 69.º lugar no ‘ranking’ ATP aos 19 anos, ao levar a melhor em três ‘sets’, com os parciais de 5-7, 7-5 e 6-4, ao fim de duas horas e 26 minutos.

“Fico feliz pela vitória e triste por ter sido tantos anos depois da última. Mas estou contente pela forma como foi e contra um jogador com um grande futuro pela frente, é uma promessa do ténis mundial. Acho que estive bastante bem, sólido, apesar de um ou outro erro que cometi no primeiro ‘set’. No geral, acho que estive bem e intenso. Houve um pouco de nervosismo ao entrar para este encontro, mas consegui lidar bastante bem com as condições e, no geral, foi um encontro positivo”, afirmou o primeiro português a juntar-se a Nuno Borges na segunda ronda do Estoril Open.

Gastão Elias, de 34 anos, voltou a somar um triunfo na terra batida do Estoril ao fim de oito anos, após a vitória em 2017 sobre o tunisino Malek Jaziri, e não escondeu ter sentido algum nervosismo antes de entrar no ‘court’ central para defrontar o norte-americano, vice-campeão das Nex Gen ATP Finals de 2024.

“Quero ter uma boa performance, estou a jogar em casa, quero aproveitar esta oportunidade que me foi dada e, por isso, sinto algum nervosismo, mas ajuda a ter a idade que tenho. Já passei por isto muitas vezes e, se calhar, foi o que me ajudou de certa forma. É mais um aspeto positivo no encontro de hoje”, destacou Elias, que chegou aos quartos de final do torneio luso em 2013 e 2014, as duas últimas edições disputadas no Complexo de Ténis do Jamor.

Apesar da grande diferença de idade em relação a Learner Tien, Gastão Elias garantiu nunca se ter sentido fisicamente em desvantagem em relação ao adversário ou em qualquer outro encontro na carreira.

“Estou cá para as curvas, como se costuma dizer. Sinto-me bem, fisicamente acho que estive de igual para igual com um miúdo 15 anos mais novo que eu. Perco muito poucos jogos por causa do físico, portanto considero que ainda estou numa boa forma para competir a este nível”, sublinhou.

Na segunda ronda, o ‘mágico’, alcunha pela qual é conhecido desde sempre, vai defrontar o vencedor do duelo entre o compatriota Henrique Rocha (198.º ATP) e o sétimo cabeça de série, o chileno Nicolas Jarry (57.º ATP).

“São os dois duríssimos. A última vez que joguei com o Henrique perdi, levei uma coça na verdade, e com o Jarry também perdi. Portanto, com qualquer um dos dois vou tentar a desforra”, avançou Elias, que foi agraciado com um ‘wild card’ para o quadro principal do ‘challenger’ português.

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