Joel Sousa: “Toda a gente pensava que a Famel estava morta mas trouxemos a marca de volta. Com um bom plano tudo pode ser feito em Portugal”

O background em engenharia e a vontade de “meter as mãos na massa“ fazem parte da ambição de Joel Sousa para dirigir esta nova fase da Famel.

José Fonseca Fernandes

Joel explica-nos o que significa trazer um símbolo nacional de volta, o que aprendeu nessa jornada e, claro, partilha o seu prato favorito.

Tiago Pereira Santos

Tony Gonçalves nasceu no norte de Portugal em 1973 e, com quatro anos, emigrou com os pais para os EUA. A nível profissional, passou por empresas como a Sharp Electronics, Samsung e WarnerMedia, onde chegou a chief revenue officer, gerindo receitas e investimentos na área das vendas de publicidade, streaming e entretenimento.

Com a missão de colocar empresas e líderes portugueses no plano internacional, Tony fundou o Grupo Evrose para orientar e aconselhar empresas portuguesas no crescimento e transformação dos seus negócios.

No início de 2024 reuniu o Tribeca, com sede em Nova Iorque, e a SIC, com a sua plataforma de streaming OPTO, para juntos lançarem a primeira edição do Festival Tribeca fora dos EUA. Tony Gonçalves tornou-se assim o produtor executivo do Tribeca Festival Lisboa, que aconteceu entre 18 e 19 de outubro de 2024.

‘The Heart & Hustle of Portugal’ é o seu primeiro podcast e tem o objetivo de juntar uma comunidade apaixonada por Portugal à volta de uma série de conversas com grandes protagonistas nacionais e internacionais ligados ao país e ao mundo cultural e empresarial.

Mais de 1.400 doentes oncológicos tinham ultrapassado tempo de espera em março

Mais de 1.480 doentes oncológicos a aguardar cirurgia já tinham ultrapassado no final de março o Tempo Máximo de Resposta Garantido (TMRG), segundo os dados fornecidos ao grupo de trabalho que acompanha o plano de emergência da saúde. .

Um relatório de acompanhamento do plano, datado de 31 de março e a que a Lusa teve acesso, indica que nessa data estavam inscritos 8.868 utentes para cirurgia oncológica, 1.488 dos quais já tinham ultrapassado o TMRG. Destes, 180 não tinham sequer cirurgia agendada.

Os números representa uma redução face ao final de março do ano passado, quando estavam inscritos 9.477 utentes, dos quais 2.536 fora do tempo máximo de resposta (1.067 com cirurgia agendada).

O programa para reduzir as listas de espera nas cirurgias oncológicas Oncostop integra um dos eixos do Plano de Emergência e Transformação da Saúde (PETS), apresentado no final de maio do ano passado e que previa chegar ao final de agosto de 2024 sem doentes oncológicos à espera de cirurgia acima do TMRG.

Segundo o relatório do grupo de trabalho que acompanha o cumprimento do plano, no início do programa estavam 2.645 doentes oncológicos em lista de espera cirúrgica acima do tempo máximo de resposta.

Os peritos confirmam que o programa “alcançou com sucesso os resultados” e que em 31 de agosto de 2024 não havia doentes “por operar ou agendar acima do tempo”, sendo que, em mais de 99% dos doentes operados no ano passado, a situação foi regularizada no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“Numa análise comparativa dos primeiros trimestres de 2023, 2024 e 2025, é possível constatar um padrão sustentado de variação positiva”, refere o documento.

Nos primeiros três meses deste ano foram operados 20.376 doentes oncológicos, mais do que no mesmo período do ano passado (18.914), um valor que já tinha sido superior ao do primeiro trimestre de 2023 (18.245).

No relatório de acompanhamento a que a Lusa teve acesso, os peritos avisam que a dinâmica epidemiológica e a evolução natural dos números “exigem a manutenção deste compromisso” e “um foco constante na regularização da lista de espera para cirurgia oncológica”.

O grupo de trabalho aponta igualmente uma evolução positiva nas listas de espera para cirurgia não oncológica.

No final de março estavam inscritos 258.526 doentes, menos do que em março do ano passado (263.966).

Os dados disponibilizados ao grupo de trabalho não referem quantos doentes no total já tinham ultrapassado no final de março o tempo máximo de resposta, dizendo apenas que, destes, 17.149 doentes ainda não tinham a cirurgia agendada.

Nos primeiros três meses do ano foram operados 186.273 doentes não oncológicos, quase mais cerca de 11.010 do que no período homólogo (175.263).

Para aliviar as listas de espera, o grupo de trabalho sugere que se avalie o impacto e a utilidade de atos não cirúrgicos.

Aritmética parlamentar. Que forças podem bloquear a AD?

Tanto se fala de retórica, mas quem tem a experiência sabe que, neste momento, a matemática parlamentar pode falar mais alto. Podem subir ao palanque os tribunos que assim o queiram, pode haver um discurso marcante, no entanto, para aprovar é preciso conseguir somar.

Luís Montenegro, que passou a campanha a pedir uma “maioria maior”, conseguiu-a, aumentou a sua votação, conseguiu cantar vitória, mas o primeiro-ministro sabe que vai ter de voltar a pegar na calculadora.

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A AD elegeu – até ao momento, falta saber quantos consegue eleger dos quatro lugares dos círculos da emigração – 89 deputados no passado domingo. O líder da coligação pinta o cenário como uma vitória, ao conquistar mais 200 mil votos e 9 deputados. É uma maioria maior, mas não é uma maioria absoluta, vai precisar que alguém ceda. Quem? A Renascença fez as contas sobre as possíveis somas e subtrações na Assembleia da República, as que podem ser a solução, e as que podem bloquear a AD.

AD + IL = insuficiente

Era o cenário ideal e ensaiado durante toda a campanha eleitoral. Juntar os deputados da AD e os da Iniciativa Liberal e, com isso, garantir o número mágico: 116. Não aconteceu, a junção da AD com os liberais fica-se pelos 98 deputados, o que significa que – sem abstenções de outras bancadas – não serve para evitar moções de censura ou para aprovar o Orçamento do Estado.

Mesmo que os dois partidos se juntem nas votações – o que não é certo que aconteça, a IL votou contra o último Orçamento do Estado, apresentado pela AD – será preciso que o PS ou o Chega se abstenham. O que nos leva para a próxima soma.

Chega + PS = maioria negativa

Os dois maiores partidos da oposição conseguem o número mágico: 116 deputados. Ou seja, voltam a conseguir aprovar leis e medidas no Parlamento, sem que a AD nada possa fazer.

A pedra no sapato não é nova. Já na última legislatura os social-democratas sofreram várias vezes o que consideraram ser uma “coligação negativa” formada por PS e Chega, que juntos conseguiam passar leis no Parlamento à revelia do Governo.

Exemplo disso foi a aprovação da extinção das portagens nas antigas SCUT, a contragosto da AD. O Governo de Montenegro queria uma redução gradual, mas o Parlamento falou mais alto. A receita diminui, as consequências disso teve de ser o executivo a lidar com elas. O filme pode repetir-se nos próximos anos, apesar de Chega e PS garantirem sempre que nunca houve entendimento prévio, que tinham sido entendimentos espontâneos.

AD + PS = maioria garantida

Depois de uma campanha agressiva, em que o PS acusou por várias vezes Luís Montenegro de não ser a pessoa adequada para concorrer para primeiro-ministro, um entendimento parecia longe de estar no horizonte.

Mas a realidade é dinâmica e as mudanças são rápidas. Desde o passado domingo, Pedro Nuno Santos anunciou a demissão da liderança do Partido Socialista, isso não é nenhum pormenor. Com os socialistas a lamber as feridas e a recuperar da hecatombe eleitoral, a nova liderança do PS (seja ela qual for) pode ser mais colaborante com a AD. Os dois juntos têm 147 deputados, chega e sobra para uma maioria parlamentar.

Não querendo ter o ónus de provocar instabilidade política, é possível que o PS ceda e acabe por negociar com a AD em momentos cruciais como o Orçamento do Estado ou para viabilizar o programa de Governo.

AD + Chega = não é sim?

Foi uma das grandes primeiras mudanças trazidas por Luís Montenegro quando chegou à liderança do PSD, a frase ficou célebre e perdura até hoje: “Não é não”, quando questionado sobre possíveis entendimentos com o Chega.

Só que, na altura, o Chega não tinha 50 nem 58 deputados, e, por isso, não condicionava a política como agora acontece.

O “não é não” ao Chega pode vir a aplicar-se apenas à integração do partido de André Ventura no Governo, e não se aplicar a eventuais entendimentos no Parlamento. Sendo improvável um acordo escrito e formalizado entre a AD e Chega, a soma dos dois partidos no Parlamento dá 147 deputados.

Se os partidos se coligassem, quem vencia as eleições? Esquerda era quem mais ganhava

PS + Esquerda = minoria

Ao contrário do que era norma em Portugal nos últimos anos, desde 2024 que deixou de existir uma maioria de esquerda no Parlamento. Desde o passado domingo que isso ainda se tornou mais expressivo.

O PS, a somar ao Livre, PCP, Bloco de Esquerda, PAN e Juntos Pelo Povo (JPP) não vai além dos 70 deputados, longe da maioria necessária de 116 votos para aprovar o que quer que seja na Assembleia da República. Uma grande aposta pode ser esperar pela abstenção da AD ou do PS, que pode viabilizar algumas propostas.

Chega + Esquerda = o dueto improvável

Parece um contrassenso que o partido no extremo-direito do hemiciclo português possa colaborar com o extremo-esquerdo. Mas acontece. Numa contabilização feita pelo Correio da Manhã, em dezembro de 2024, sobre as propostas para o Orçamento do Estado, mostra isso mesmo.

Em algumas matérias, não em bandeiras, o Chega e a esquerda parlamentar concordam e podem somar os deputados para tentar aprovar algumas medidas.

Chega e esquerdas somam, ao todo, 70 deputados – excluindo o PS desta equação. É insuficiente para fazer passar no Parlamento alguma medida sem a abstenção da AD ou do PS, mas o cenário não é de excluir nos próximos anos.

Joel Sousa from Famel: “Life is connecting the dots. And looking back, I was always connecting the dots”

Joel Sousa’s engineering background and willingness to get his hands on everything is the passion that drives the new iteration of Famel.

José Fonseca Fernandes

Joel talks about what it takes to bring a national symbol back to life, what he’s learned from the journey, and, of course, shares his favorite Portuguese dish.

Tiago Pereira Santos

With a mission to put Portuguese businesses and leaders on the global stage, Tony founded The Evrose Group to invest in, mentor, and advise Portuguese companies on growth and transformation, elevating businesses and leaders on the global stage.

In this series of insightful conversations, he brings that focus to life as he sits down with a variety of fascinating individuals who carry Portugal in their hearts and bring its spirit to life through their work, vision, and passion. From trailblazing entrepreneurs to cultural ambassadors, each guest shares their unique journey of how Portuguese identity manifests globally.

This podcast explores the rich tapestry of Portuguese culture, its impact on the world stage, and the drive that continues to produce talent and attract entrepreneurs from around the globe. Through these engaging discussions, join Tony and his guests as they reflect and connect on the values, work ethic, and cosmopolitan nature or, at times, the quiet introspection that define the Portuguese experience.

Inundações recorde na Austrália deixam quatro mortos e um desaparecido

Cheias recorde na costa leste da Austrália fizeram quatro mortos e um desaparecido e deixaram 50 mil pessoas isoladas, disseram esta sexta-feira as autoridades, numa altura em que as chuvas estão a abrandar.

Cerca de 50 mil pessoas ficaram isoladas por causa das cheias na costa do estado de Nova Gales do Sul, uma região fértil localizada a cerca de 400 quilómetros norte de Sydney, após dias de chuvas fortes.

O sistema climático de baixas pressões que provocou o dilúvio avançou hoje para sul, em direção à cidade de Sydney e arredores.

Quatro corpos foram recuperados das cheias em Nova Gales do Sul desde quarta-feira. Três das vítimas foram atingidas pelas águas das cheias, enquanto o corpo de um homem foi encontrado na varanda de uma casa inundada.

A vítima mais recente foi um homem de 70 anos cujo corpo foi encontrado esta sexta-feira num automóvel que tinha sido levado pelas águas para fora de uma estrada, perto de Coffs Harbour, segundo um comunicado da polícia.

Um homem de 49 anos continua desaparecido depois de ter caminhado perto de uma estrada inundada em Nymboida, na noite de quarta-feira.

O chefe dos serviços de emergência do estado de Nova Gales do Sul, Dallas Burnes, disse que mais de dois mil agentes foram mobilizados para as áreas inundadas, de onde mais de 600 pessoas foram resgatadas desde o início da semana.

O Governo federal declarou o estado de catástrofe natural, libertando mais recursos para as áreas afetadas.

O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, e o líder de Nova Gales do Sul, Christopher Minns, visitaram hoje algumas comunidades que foram afetadas pelas maiores cheias de que há registo.

O presidente da Câmara do Condado de Bellingen, Steve Allan, disse que os deslizamentos de terra e as estradas e pontes danificadas estavam a complicar as tentativas de chegar a comunidades isoladas na região rural, a sudoeste de Coffs Harbour.

“Os nossos rios estão a recuar lentamente e penso que provavelmente estamos a passar da fase de resposta para a fase de recuperação esta manhã”, disse Allan à emissora pública australiana ABC.

As equipas de resgate estão a preparar grandes operações de limpeza e a avaliar os danos causados pelas chuvas torrenciais, equivalentes a seis meses de precipitação, que atingiram a região em apenas três dias.

Do deserto árido à costa tropical, todas as zonas da Austrália foram atingidas por condições meteorológicas extremas nos últimos meses.

A temperatura média da superfície do mar em todo o país foi a mais elevada alguma vez registada em 2024, de acordo com a Universidade Nacional Australiana.

Águas mais quentes provocam mais humidade na atmosfera, o que leva a chuvas mais intensas.

O aquecimento global, provocado principalmente pela queima de petróleo, carvão e gás, é um fator que aumenta a força e a frequência dos desastres climáticos.

Surpresa: a estrela seria silenciosa – mas afinal dá para ouvir “música”

Tal como os instrumentos musicais, as estrelas ressoam com frequências naturais que os astrónomos podem “ouvir” com as ferramentas certas. Os astrónomos sintonizaram a música de uma estrela próxima e revelam uma descoberta surpreendente, resume o observatório W. M. Keck, essencial nesta revelação. Um equipa de astrónomos conseguiu ouvir a “música” e explorar o interior de um tipo de estrela considerada até agora demasiado silenciosa para ser investigada, revela um estudo divulgado no The Astrophysical Journal. A partir do observatório W. M. Keck, no Havai (Estados Unidos), os cientistas utilizaram um dispositivo com tecnologia de ponta, o Keck Planet Finder

Samuel Soares falha Mundial de Clubes

Guarda-redes do Benfica vai estar no Europeu de sub-21 e dá lugar na hierarquia a André Gomes nos EUA

Samuel Soares está fora do Mundial de Clubes. A partir de junho, o guarda-redes vai representar Portugal no Campeonato da Europa de sub-21, cenário que era inesperado até para o selecionador Rui Jorge. No entanto, a vontade do jogador foi decisiva, considerando que é o titular da equipa das quinas.

“Houve a cedência do Benfica. A vontade dele era vir e ficámos satisfeitos por contar com alguém que está connosco desde o início”, disse o selecionador, que anunciou ontem os convocados [ver página 22] para a prova, que decorre entre 11 e 28 de junho.

Perante este cenário, André Gomes será a principal alternativa a Trubin nos Estados Unidos, onde o Benfica se estreará na nova competição a 16 de junho, frente ao Boca Juniors. O guardião, de 20 anos, tem sido o terceiro elemento da hierarquia e só jogou 10 minutos, frente ao Tirsense, mas é visto internamente como um elemento capaz de assumir a baliza no futuro.

Empréstimo equacionado

Na próxima época, André Gomes até pode tornar-se o número 2, em definitivo. É que o Benfica planeia emprestar um dos guarda-redes e a possibilidade mais forte passa por uma cedência de Samuel Soares, de 22 anos.

Por gora, o foco está na Taça de Portugal Generali Tranquilidade, prova na qual o camisola 24 fez todos os jogos. Falta saber se fará também a final.

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Por Rafael Soares e Valter Marques

Expresso da Manhã

Entre as últimas semanas de abril e as primeiras de maio, os Capitão Fausto embarcaram numa digressão europeia que levou a banda portuguesa a Espanha, França, Países Baixos e Reino Unido. Entre viagens, ‘soundchecks’, passeios pelas ruas, degustação de ostras, ‘digging’ de raridades discográficas, a típica chuvinha londrina e concertos esgotados, enviaram-nos ‘postais’ – em forma de vídeos e imagens – desta experiência além-fronteiras

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