Quando Viana se veste de Agonia

Perguntar a alguém de Viana “o que são as festas da Agonia?” é o mesmo que lhe perguntar “qual é o sentido da vida?”. E o único prejuízo disso é não ter de ler Shakespeare, Homero ou Flaubert para se saber a resposta.

Cada tempo teve as suas tentativas de obra de arte total. De unificar todas as formas de beleza numa só. Platão teve a República. A Idade Média, as catedrais. O iluminismo, a Enciclopédia. Wagner, a Ópera. Viana tem a Romaria da Senhora da Agonia.

Como Roma, há cidades fundadas sob um mito. Como Alexandria, há cidades fundadas sob um nome. Como Jerusalém, há cidades fundadas sob uma promessa. Viana, ao invés, é fundada sob uma festa. E se é verdade que Viana existia muito antes de haver Romaria, como havia Constantinopla antes de Constantino, e Atenas antes da Democracia, Viana é, hoje, o outro nome da Agonia.

Como muitas festas que povoam Portugal, a Romaria da Senhora da Agonia não é só uma Romaria. Quando estava doente, a minha avó não fazia questão de ir a um restaurante, nem de viajar até algum lugar. Mas não quis perder a Romaria. Quando vinha de ir às compras, ao talho ou à mercearia, não parava na biblioteca nem no café. Mas subia o escadório, para repousar dentro da igreja da Senhora da Agonia. Nunca ouviu Bob Dylan comigo. Nunca leu um livro de Agostinho ou de Tomás de Aquino. Nunca me levou a um museu. Mas andou comigo nos carrosséis. Levou-me a comer farturas. Comprou-me um chapéu verde tropa, para me proteger do Sol nas procissões. Cantou, várias vezes, o “Havemos de ir a Viana” ao meu lado.

Por isso, a Romaria é como a liberdade. Não é parolice. Nem o Alto-Minho Pop das manhãs televisivas. Porque aqui ninguém é figurante do Portugal dos Pequeninos. Como também não é resistência cultural ou ativismo. É outra coisa. Não é uma feira medieval com trajes regionais e procissões. Não é uma despedida de solteiro. Não é um passado distante. A Romaria é a Romaria. E a Romaria é de todos.

Durante as Festas d´Agonia, Viana está para além da verdade e da mentira. É como a Dublin de Joyce, a Rússia de Dostoiévski e Tolstói, o Inferno de Dante ou a Macondo de García Márquez. Não adianta perguntar se existe ou não; se tudo é real ou se tudo faz sentido. Porque como nos livros, tudo só vale a pena depois de um mergulho. De nada serve ficar na prancha.

Por estes dias, Viana torna-se uma epopeia, mas onde as personagens não têm uma história gloriosa para contar. Apenas procuram o seu autor. Todos somos órfãos de algo ou de alguém, que se busca na rua. E ainda assim, não vamos à Romaria para encontrar nada. Vamos para nos perdermos. Acima de tudo, para perder a certeza de que a vida é sempre igual.

Numa crónica curiosa, Miguel Esteves Cardoso diz que em Viana “não se esconde nada. Não há uma Viana secreta. Não há outra Viana do lado de lá. Em Viana do Castelo está tudo à vista”. E é verdade. Viana é como uma parábola. Daquela onde se conta a chegada de um grande exército a uma pequena cidade para reclamar as suas riquezas e o seu tesouro. Onde essa mesma cidade o coloca diante dos soldados, com gosto, sem truques, sem jogos, e ainda insiste: não lhe querem tocar, levem uma pecinha convosco, e não levem só uma, que só uma seria uma desfeita. E onde, depois disso, o exército se sente incapaz de saquear seja o que for. Porque em Viana, na Romaria, desarma-se um exército não pela força, mas pela claridade.

A candidatura de Cotrim coloca um dilema a Ventura

Cotrim percebeu duas coisas e agiu com rapidez. Uma, havia claramente um vazio que as candidaturas de Seguro, de Gouveia e Melo e de Marques Mendes não preenchem. As três candidaturas estão viradas para o centro, e são candidaturas do status quo. Mesmo Gouveia e Melo, que se apresentava como um “candidato anti-sistema”, perdeu o efeito de novidade ao rodear-se de uma coligação tipo ‘bloco central’, cheia de figuras do sistema. Cotrim quer falar para o eleitorado mais de direita, mais jovem e mais anti-sistema, muito dele é o mesmo, visto que as últimas três décadas criaram um sistema socialista, de esquerda e de e para velhos.

Em segundo lugar, percebeu que seria essencial antecipar-se a uma candidatura do Chega. Ventura, com os seus instintos políticos apurados, também percebeu que a candidatura de Gouveia e Melo não servia os interesses do Chega. Foi ainda rápido a aproveitar a oportunidade do veto presidencial à lei da imigração para anunciar logo uma candidatura presidencial do Chega.

Mas Ventura cometeu um erro. Logo após o veto da lei da imigração, deveria ter anunciado a sua candidatura. Nenhum candidato do Chega vale metade do que ele vale. Mas perdeu rapidez porque quis ser institucional. Parece que aceita a validade da tese de que o líder da oposição não se deve candidatar a Belém, ou pelo menos hesita. Esses auto-limites institucionais aplicam-se aos partidos do sistema, e não ao Chega.

Agora está a atrasado em relação a Cotrim. Se apresentar a sua candidatura, vem tarde. Se não apresentar, e decidir que seja outro o candidato do Chega, corre um risco óbvio: o seu candidato ficar atrás de Cotrim Figueiredo. Se Ventura for candidato, no actual panorama, vai provavelmente à segunda volta e consolida o seu eleitorado. Se não avançar, muito possivelmente irá assistir Cotrim Figueiredo disputar a segunda volta.

Férias meditativas

Começo a apreciar este Governo, embora não esteja a apreciar este Governo. Esta declaração esquizofrénica requer explicação, mas primeiro vou dar uma volta. Com licença:

Suponho que não há quem não seja (tirando eu e um ou outro ocasional maduro) a favor da justiça social e da diminuição das desigualdades.

Deixemos em paz a justiça social, à qual cada um dá o conteúdo que quiser, mas sempre se resumindo nisto: fulano teve ou tem vantagens materiais sobre mim, uma grande injustiça, de modo que devo ser compensado e os meus filhos também no caso de não lhes ter podido dar vantagens sobre os filhos dos outros.

Se a diminuição da desigualdade é um bem, a igualdade é o maior bem que se pode obter. Mas como não há maneira de garantir que, na imensa variabilidade das competências, circunstâncias e interesses, todos atinjam os mesmos resultados materiais, haverá que pilhar os mais bem sucedidos a benefício dos restantes.

Nos bons tempos do marxismo não havia mistério: de cada qual segundo a sua capacidade (isto é, o que produzes não é teu), a cada qual segundo as suas necessidades (isto é, as que podem ser satisfeitas). A coisa ruiu porque implicava pessoas que não existem, aquelas que se esforçam a benefício não de si mesmas e dos seus filhos, mas da comunidade. E como as que existem são as que sempre existiram, com o tempo os regimes ficaram igualitários, mas com uns cidadãos mais iguais do que os outros; e o processo da criação de riqueza travou. Ainda há quem defenda este modelo falido e, por mim, são pessoas que encaro com ternura: quando ainda tinham poder, e portanto representavam um perigo, eu era novo e agora não sou. O perigo passou mas infelizmente também os anos, e de toda a maneira vejo com uma certa simpatia pessoas com ideias disparatadas; e, se se reclamarem de superioridade moral, acho-as até cómicas.

Quer dizer que a defesa explícita da igualdade absoluta na riqueza desapareceu; mas ficou a retórica e esta tem consequências até mesmo para aquelas pessoas exornadas de intelectos brilhantes e cultura histórica assinalável: a uma ouvi ser um atentado à humanidade a existência de magnatas americanos que têm riquezas superiores às do PIB de muitos países.

Têm sim senhor, e dificilmente teriam se não fossem americanos. O que é surpreendente é que não se ligue uma coisa à outra e não se perceba que é precisamente o culto da diferença e não da igualdade que explica o sucesso do modelo americano, em conjunto é claro com outros factores. Esses trilionários andam agora de faca nos dentes a investir em inteligência artificial sem que ninguém esteja certo de que seja uma aposta de sucesso, e menos ainda de que haja espaço para todos. Enquanto isso, a Europa social-democrata produziu já regulamentações daquela IA e os defensores da legislação, que são legião, e os críticos, que são menos, vão ventilar as suas divergências para as redes sociais… que são americanas porque o génio europeu está ocupado a produzir teorias, revoluções, regulamentações, redistribuições e perdigotos.

Para já, a Europa pode gabar-se da superioridade dos seus SNS, dos seus modelos sociais que se traduzem em férias pagas com muitos mais dias do que as americanas, protecção contra despedimentos e um imenso etc. que a faz olhar com desdém para o modo de vida americano. Excepto que a América, e a China, crescem muito mais do que a Europa, ano após ano, o que fará com que algures num futuro não muito distante o pobre americano seja tão rico como o médio europeu. Quem quer tudo e o seu contrário acaba por ficar mais do lado do contrário.

E então, que tem isto a ver connosco? Tem que nós temos um governo social-democrata, o que seria um mal com remédio, mas um eleitorado que também é, o que é difícil tenha emenda. O ministro da Reforma vai reformar, mas sem despedir ninguém, credo; a da Saúde quer acabar com aldrabices no apoio à amamentação para além dos dois anos dos infantes, cai o Carmo e a Trindade (a misturada disto com o necessário apoio à natalidade é um equívoco – quem tem de fazer isso é quem beneficia, isto é, a comunidade, não as empresas, e os apoios necessários devem ir muito além dos que existem); o da Educação quer reformar uma estrutura vetusta, suspeita e provavelmente endogâmica, e não só se vê nisso um imenso e atrevido passo, como gente de representação apresenta a coisa, sem se rir, como um ataque à ciência. Também quer, o pobre homem, que os organismos que têm por missão dar números sobre Educação deem números fiáveis, um evidente exagero.

Eu destes escândalos recentes do Governo gosto, da dimensãozinha modesta deles não. Voltando ao princípio, que não sou desses que começam por uma ponta e a páginas tantas já não sabem onde estão com a cabeça: estes tímidos começos vão na direcção certa mas de passos grandes não estou à espera.

Sucede porém que o Tribunal Constitucional acaba de dizer (creio, fui ler o Acórdão, mas às tantas os olhos lacrimejavam de cansaço e a cabeça estava a começar a zunir por causa de tantos nós cegos que se acumulavam nas meninges, razões pelas quais desisti) que quem cá está manda vir quem diga que é filho e, parece, a mulher com quem estava casado (não apurei se isso também se aplica às outras, no caso de ser casado com várias), além dos pais, tudo provado com documentos dos países de origem, além de uma extensa lista de outras correcções, todas militando no mesmo sentido: o que está está muito bem, na realidade não são precisas alterações nenhumas. Todavia, o TC não entende necessário, ao contrário do que pretendia o Presidente Marcelo, que para alterar as leis que regulam estas matérias fosse necessário ouvir cerca de 17.000 entidades, assim se garantindo a democraticidade e a entrada de mais algumas centenas de milhar antes de acabar a audição. Isto e muito mais, com tanta minúcia e tanta complicação inacreditavelmente prolixa que ninguém vai ler até ao fim, qualquer imigrante que tenha advogado poderá contestar tudo e o seu contrário e a Agência encarregada de regular o assunto fará o que lhe der na cabeça, certa de que encontrará sempre argumentos a favor nos dias ímpares do mês, e contra nos restantes.

Sobre este assunto há muitíssimo mais para dizer, mas o artigo não é sobre imigração, mas sim sobre o pendor reformista do Governo. E aqui cabe tirar o chapéu porque comprar uma briga com o Presidente Marcelo, a personificação do consenso dissolvente, do porreirismo e das reformas de faz-de-conta, não é coisa pouca. Existe um problema de imigração, o Governo quer resolvê-lo e Marcelo quer, como sempre quis, a mesmice do atoleiro e uma fotografia com um coraçãozinho em todas as salas de todas as casas do país.

Antes desta parte gaga do Acórdão tinha escrito, para acabar:

É o que temos: a Europa perde lugar no mundo e nós com socialistas perdemos lugar na Europa e, com social-democratas, talvez o mantenhamos. Esta diferença que nos faz originais quer dizer um de centro-direita e outro de centro-esquerda. O centro, como bem sabemos, é o lugar geométrico de coisa nenhuma.

E agora acrescento que Marcelo baralha as contas porque me esqueci dele, que é um resquício dos tempos de Costa: muita parra e nenhuma uva.

Nota editorial: Os pontos de vista expressos pelos autores dos artigos publicados nesta coluna poderão não ser subscritos na íntegra pela totalidade dos membros da Oficina da Liberdade e não refletem necessariamente uma posição da Oficina da Liberdade sobre os temas tratados. Apesar de terem uma maneira comum de ver o Estado, que querem pequeno, e o mundo, que querem livre, os membros da Oficina da Liberdade e os seus autores convidados nem sempre concordam, porém, na melhor forma de lá chegar.

Praia da Nazaré reaberta a banhos

A praia na Nazaré, que se encontrava interdita a banhos desde terça-feira, foi reaberta cerca das 23h00 desta quinta-feira, com base nos resultados das análises realizadas pelo Instituto Ricardo Jorge, anunciou a Câmara.

Na sequência dos resultados da análise à qualidade da água da praia da Nazaré, realizados pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), a partir de colheitas efetuadas no dia 13 de agosto pelos técnicos dos serviços de saúde pública da Unidade Local de Saúde de Leiria, foi determinado o levantamento da interdição “da prática balnear, com efeitos imediatos”, avançou a Câmara da Nazaré, na sequência da informação recebida da Delegação Regional de Saúde do Centro da Direção Geral de Saúde (DGS).

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Num comunicado enviado à agência Lusa, o município acrescentou que “face a esta decisão, será providenciada a retirada dos avisos de interdição anteriormente afixados”.

Na terça-feira, a zona norte da praia da Nazaré, no distrito de Leiria, foi interditada a banhos, devido a uma obstrução na conduta de saneamento, junto à Praça Manuel Arriaga, que provocou uma escorrência de efluentes durante cerca de hora e meia.

Autarca admite "tentativa de sabotagem" na praia da Nazaré

Na informação enviada ao presidente da Câmara da Nazaré, Manuel Sequeira, os serviços de saúde pública sublinharam que “será reforçada a monitorização da rede pelas equipas competentes do município, de forma a prevenir ou detetar precocemente eventuais situações que possam conduzir a nova contaminação”, pode ler-se no comunicado.

No mesmo texto, a Unidade Local de Saúde (ULS) de Leiria esclareceu que continuará a assegurar a vigilância regular da qualidade da água balnear.

Esta foi a segunda interdição da praia a banhos desde o início do mês, depois de em 01 de agosto os banhos terem sido proibidos devido a uma descarga nos esgotos pluviais.

Na sequência do incidente, 116 pessoas foram assistidas na Unidade Local de Saúde (ULS) da Região de Leiria com sintomas relacionados com a contaminação da água.

Na quarta-feira, a ULS da Região de Leiria comunicou esta segunda interdição de banhos “não se registou um aumento de afluência aos Serviços de Urgência com sintomas gastrointestinais, resultado da atuação preventiva que desaconselhou de imediato o contacto com a água”.

A Câmara da Nazaré indicou, também na quarta-feira, não afastar a hipótese “de sabotagem” na conduta de saneamento e reconheceu a necessidade urgente de um investimento na substituição do sistema com cerca de 60 anos.

Lamento o transtorno causado ao leitor

Caro leitor, tenho uma dúvida. O que faria se, sistematicamente, numa utilização diária, tivesse de ser sujeito a um transtorno habitual? Imagino que o leitor iria tentar fazer algo para eliminar esse incómodo. Se fosse o trânsito, iria tentar arranjar alternativas, ou até alterar horários, se possível.

Imagine agora leitor que utiliza a CP (Comboios de Portugal) e que esse transtorno é o atraso gerado. Imagine agora, para aumentar a situação enfadonha, que esse atraso era diário. Todos os dias aquele comboio chegava atrasado. Imagine que essa situação lamentável acontece, à hora que escrevo este texto, há mais de 7 meses.

O que pode o utilizador fazer perante esta situação logo no primeiro mês de atrasos sistemáticos? Primeiro passo é questionar o revisor. O leitor, que é também utilizador assim faz.

Que resposta obtém do operador? Interferências na circulação (obras), gestão da rede e serviços ferroviários, material circulante não é eficiente para aquele serviço (são composições duplas da série 2240) que pelo que percebi não tem a mesma eficiência.

Muito bem, o leitor e utilizador aguardará mais um tempo para ver se a situação é agilizada. O revisor não sabe quando a situação voltará ao normal, mas o leitor é paciente.

Passados três meses dos primeiros atrasos recorrentes induz uma reclamação na CP. Bom cidadão. A resposta do operador do material circulante além de semelhante ao do revisor, termina com o “lamentamos os transtornos causados”. Fica tratado com o “lamento”.

Que fará o leitor e utilizador deste serviço perante estes meses de atraso? Apanha o comboio 1h mais cedo para não ser sujeito a isso? Atrasa-se a sair de casa para não apanhar o atraso acumulado? Muda de meio de transporte público? Qual? Vai 50 minutos mais tarde?

O leitor ainda fez um apanhado até para facilitar o operador do material circulante, do mês de julho de 2025 dos atrasos naquele comboio nº15707. Em 23 dias úteis de trabalho, conseguiu 2 dias sem atraso acima de 5 minutos. Nesses 21 dias de atrasos apanhou atrasos de 23 minutos por três vezes. Portanto, o leitor e utilizador deste serviço já sabe que em média ficará à espera na estação 11 minutos a mais do que o normal.

E porque não mudar a hora do comboio se está sempre atrasado, quase todos os dias, desde o início do ano? Revejo novamente a resposta: “A pontualidade é uma preocupação constante da CP”.

O leitor, esperto, olha para o painel de informação onde diz o horário do comboio e o destino e a “Nova Hora: xx:xx”. Não vê na verdade. O utilizador não vai observar porque não existe a parte da “Nova Hora”. Que transtorno: o utilizador chega à estação, sabe que encontra atraso, não sabe quanto tempo. Eventualmente a voz a lamentar o atraso falará, se falar. Isto se tiver do lado certo da linha. Do outro lado, não se ouve.

O utilizador incomodado, reclama ao gestor da infraestrutura, neste caso a IP (Infraestruturas de Portugal) sobre este outro transtorno.

O gestor informa que “a sua reposição será feita logo que estejam reunidas as condições necessárias”, encontrando-se a “reparação dos equipamentos em fase de adjudicação”, “estimando-se” resolver a situação até ao final do terceiro trimestre do presente ano. O que aconteceria se o utilizador e leitor não reclamasse?

Porque não informa a CP (dona do material circulante) ou a IP (dona do painel de informação e do altifalante) do motivo do atraso? Porque não posso eu saber o motivo do atraso? É o utilizador assim tão asno que não irá perceber? Se é obras que digam, se é acidente que digam, se não há maquinista que digam. Porra pá!

Ninguém supervisiona o estado da infraestrutura? Não há fiscalização? Não há nenhum funcionário capaz de fazer essa verificação? Até pelas câmaras (trabalham?) nas estações conseguem ver isso.

É preciso ser um cliente a reclamar? Lembre-se, se vir um buraco na estrada, ou a vegetação a tapar o caminho o mais provável é ninguém ter reclamado. Maldito povo! Malditos serviços. Que faz a junta de freguesia se não fiscaliza o local onde estão os cidadãos? Um marasmo…

É lamentável falarmos de alta velocidade, quanto tempos problemas surreais na baixa velocidade. Não temos plataformas decentes. Temos avarias constantes de elevadores. Deficiente comunicação com o utilizador. Não temos material circulante decente. Não temos casas de banho numa viagem de 1h. A maior parte das estações e apeadeiros tem edifícios abandonados. Deixamos de operar em linhas passadas. Fazemos obras inúteis na ferrovia.

Lamento o transtorno causado ao leitor. Que pode o leitor fazer mais?

Morreu Teresa Caeiro, ex-deputada do CDS e antiga vice-presidente da AR

Figura de relevo no seio do CDS-PP, Teresa Caeiro foi vice-presidente da Comissão Política Nacional do partido entre 2008 e 2012. Foi deputada pelo Círculo Eleitoral de Leiria entre 2005 e 2011 e exerceu funções de vice-presidente da Assembleia da República entre 2011 e 2019.

Recentemente, tinha-se desfiliado do partido, justificando a decisão por estar em desacordo com a actual direcção.

Cerca de 19 mil professores colocados nas escolas no próximo ano letivo

Para o próximo ano letivo foram colocados nas escolas públicas 18.889 professores, dos quais 17.455 por mobilidade interna e 1.444 por contratação inicial, anunciou esta quinta-feira o Ministério da Educação em comunicado.

As listas definitivas de colocação de docentes dos ensino pré-escolar, básico e secundário para o ano letivo 2025-2026, através dos concursos anuais de mobilidade interna e contratação inicial, foram publicadas pela Direção-Geral da Administração Escolar (DGAE).

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A concurso estavam 22.051 horários completos e incompletos.

Segundo a tutela, foram atribuídos, através do concurso de mobilidade interna, horários completos a 14.304 professores e horários incompletos aos restantes 3.151.

Destes 17.455 professores de carreira com horário atribuído, 752 são docentes vinculados em Quadro de Agrupamento/Escola indicados pelos estabelecimentos de ensino “como não tendo componente letiva”, 14.070 são Quadro de Zona Pedagógica e 2.633 são professores “que pretendem exercer transitoriamente funções” numa outra escola de Portugal continental.

Dos 1.444 professores colocados por contratação inicial, com contrato a termo, 1.392 obtiveram horários completos, dos quais 326 vão renovar o contrato que tinham no ano letivo passado.

O Ministério da Educação adianta que nas escolas situadas em zonas consideradas com maior carência de professores foram atribuídos, através de ambos os concursos, horários a 2.788 docentes na região de Lisboa, a 2.454 na região do Porto, a 1.436 na Península de Setúbal e a 981 no Algarve.

“Entre os grupos de recrutamento, foi no 1.º ciclo do ensino básico (4.846), na educação especial 1 (1.502) e em Português do 3.º ciclo do ensino básico e ensino secundário (1.234) que foram atribuídos mais horários”, salienta o comunicado.

Os professores colocados através do concurso de mobilidade interna têm até terça-feira para aceitar a colocação na plataforma eletrónica SIGRHE da DGAE e deverão apresentar-se na escola em 1 de setembro.

Evelise Veiga terceira no salto em comprimento de Guadalajara

A portuguesa Evelise Veiga foi terceira classificada na competição de salto em comprimento do meeting de atletismo de Guadalajara, em Espanha.

Veiga logrou o bronze com 6,62 metros logo ao primeiro ensaio, ficando a oito centímetros do primeiro lugar, que coube à espanhola Irati Balerdi. A catalã Cármen Ruiz foi segunda, com 6,65.

No triplo salto, o olímpico Tiago Luís Pereira foi quinto, com 15,99 metros, também a abrir o concurso, em que se impôs o saudita Sami Bakheet, com 16,56.

Em Jerusalém, no Grand Slam, Etson Barros acabou no segundo lugar nos 2.000 metros obstáculos, com recorde pessoal, de 5.39,71 minutos, atrás apenas do etíope Samuel Duguna.

João Almeida “100% recuperado” para a Vuelta

O ciclista João Almeida, da UAE Emirates, garante que está totalmente recuperado da fratura de uma costela sofrida na Volta a França e que continua a preparar a Volta a Espanha em bicicleta.

Num vídeo partilhado nas redes sociais, o português deixou boas notícias.

“Já estou 100% recuperado. Estou a preparar-me para a Volta a Espanha, onde espera estar perto do meu melhor [nível], para fazer a minha freguesia orgulhosa de mim”, disse.

João Almeida agradecia aos organizadores do Grande Prémio de ciclismo jovem, na sua terra A-dos-Francos.

De recordar que Almeida sofreu uma queda durante a 7.ª etapa do Tour e abandonou a prova durante a 9.ª tirada devido a uma fratura numa costela.

Na Vuelta, o português vai comandar a equipa da UAE Emirates, numa co-liderança com o espanhol Juan Ayuso.

Incêndios. ULS Viseu Dão-Lafões alarga horários de unidades de saúde até domingo

Acompanhe o nosso liveblog sobre a situação dos incêndios

A Unidade Local de Saúde (ULS) Viseu Dão-Lafões decidiu, em articulação com os municípios, alargar o horário das unidades de saúde de Sátão e Aguiar da Beira, indicou num comunicado enviado à agência Lusa.

“Face à situação provocada pelos incêndios que atingem a região Dão-Lafões, e no sentido de garantir a melhor resposta à comunidade, a ULSVSL, em estreita articulação com os municípios e respetivas equipas de saúde locais”, justificou.

A administração hospitalar decidiu ainda, que “excecionalmente, nestes dois concelhos, o acesso aos centros de saúde não depende de contacto prévio com a linha SNS24”.

Assim, os centros de saúde dos concelhos de Sátão, no distrito de Viseu, e Aguiar da Beira, no distrito da Guarda, e da Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões, vão funcionar em horários alargados a partir desta sexta-feira e até domingo.

Segundo o documento enviado à Lusa, a Unidade de Saúde Familiar (USF) Vila da Igreja (Sátão) vai funcionar entre as 08h00 e as 14h00.

A Unidade de Cuidados de Saúde Primários (UCSP) de Aguiar da Beira está “aberta hoje até às 00h00 e, no feriado do dia 15, entre as 09h00 e as 20h00, enquanto no fim de semana, as portas estão abertas entre as 09h00 e as 17h00.

“Estes horários poderão vir a ser alargados caso a evolução da situação assim o justifique”, sublinhou a administração presidida por António Sequeira.

O documento também destacou que será dada prioridade às “situações clínicas agudas provocadas pelo fumo e/ou fogo”.

A ULSVDL disse ainda garantir que “manter-se-á em prontidão e vigilância permanente de forma a garantir os meios necessários de resposta à população”.

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