Ukra volta a fazer das suas: ex-futebolista “armado até aos dentes” na festa de aniversário da filha

A imaginação de Ukra não tem mesmo limites. De modo a assinalar o 18.º aniversário da filha, o ex-futebolista mascarou-se de militar, completamente “armado até aos dentes”, e deixou um aviso a todos os possíveis pretendentes da sua Francisca, que agora atingiu a maioridade. “Depois de 18anos de treino intensivo, o recruta está pronto para sair do quartel… mas com um aviso. O Comandante continua ao serviço, armado até aos dentes. Aproveita e desfruta a vida minha filha… mas nunca te esqueças: o pai estará sempre em modo vigiado”, escreveu o Ukra, no Instagram.

Portugal, CPLP e África: um compromisso com o futuro europeu

Uma adesão de São Tomé e Príncipe à Commonwealth deve ser vista como um desafio para todos os genuínos apoiantes e defensores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e da sua permanente valorização. A ser aceite, será o segundo país da CPLP a integrar uma organização internacional dinâmica e funcional em franca expansão. É nesse sentido que gostaria de partilhar uma breve reflexão sobre a oportunidade diplomática que se está a abrir para Portugal. É esse o novo desafio: construir novos diálogos dentro da União Europeia que criem condições para uma aliança forte, genuína e ambiciosa com África. Uma aliança que permita sair do pântano narrativo provocado pela retórica pós-colonialista. Uma aliança que se projecte para além de declarações de boa vontade estéreis que apenas visam simplesmente aplacar sentimentos de culpa próprios. Estou a falar de uma aliança forte, dedicada e ambiciosa para ajudar à industrialização de África.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue – nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para [email protected].

Mais de 10 mil hotéis europeus processam Booking.com por práticas “abusivas”

Mais de 10 mil hotéis europeus aderiram a uma ação coletiva contra a plataforma de reservas online Booking.com, acusando-a de impor cláusulas abusivas e distorcer o mercado hoteleiro ao longo de 20 anos. A notícia é avançada pelo “Guardian” esta quinta-feira.

Já segue a Informação da Renascença no WhatsApp? É só clicar aqui.

A iniciativa é liderada pela associação Hotrec, que representa hotéis, restaurantes e cafés na União Europeia. O prazo para adesão à ação foi recentemente alargado até 29 de agosto, devido à elevada procura por parte dos hoteleiros.

A Hotrec, apoiada por 30 associações nacionais, afirma que a Booking.com obrigava os hotéis a assinarem cláusulas de “melhor preço” que impediam ofertas mais baratas noutros canais, incluindo os sites das próprias unidades.

“Mais de 10 mil hotéis já aderiram à iniciativa pan-europeia para reclamar indemnizações por perdas financeiras causadas pelo uso ilegal das cláusulas de paridade pela Booking.com”, afirmou a associação em comunicado.

Segundo a Hotrec, a prática visava impedir que os clientes usassem a plataforma para comparar preços e reservassem diretamente com os hotéis, reduzindo assim a comissão devida à empresa holandesa.

“A adesão continua a crescer de forma constante, o que demonstra o forte desejo do sector em enfrentar práticas injustas no mercado digital”, acrescentou a associação.

A ação judicial será julgada em Amesterdão e incide sobre o período entre 2004 e 2024, ano em que a Booking.com eliminou a cláusula de paridade para cumprir a nova Lei dos Mercados Digitais da União Europeia.

A Hotrec sustenta-se numa decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia de 2024, “que considerou que as cláusulas de paridade da Booking.com violavam o direito da concorrência da UE”.

Santiago Calatrava assaltado em Valência. Ladrão rouba relógio de 100 mil euros e é detido no local

O arquiteto espanhol Santiago Calatrava, de 74 anos, foi alvo de um assalto na noite de quarta-feira, na cidade de Valência, relatou o Las Provincias. O incidente ocorreu por voltas das 20h30 numa zona central e movimentada da cidade, quando o engenheiro estava à espera de um táxi com um familiar. De repente, foi abordado por um homem estrangeiro que lhe arrancou do pulso um relógio de luxo, avaliado em cerca de 100 mil euros.

O suspeito, de 27 anos, tentou fugir durante o assalto, mas foi perseguido pelo familiar do arquiteto e por um polícia que estava de folga, que não hesitou em intervir após testemunhar o roubo. O homem acabou por ser detido no local, depois de a patrulha da Polícia Local de Valência também ter agido. Será presente a juiz por suspeita da prática de um crime de roubo com violência.

Apesar do susto, Calatrava não sofreu ferimentos durante o assalto, tendo o incidente terminado com a recuperação do relógio.

A Polícia Nacional está agora a investigar o caso e não descarta a hipótese de que o assalto tenha sido planeado com antecedência: durante a detenção, o suspeito recebeu várias chamadas de um número com o indicativo da Suíça, país onde o arquiteto reside há vários anos.

Calatrava está de férias em Valência e tem sido visto em diversos pontos da cidade, nomeadamente no centro histórico. O engenheiro formou-se em Arquitetura e é reconhecido internacionalmente pela construção da Cidade das Artes e da Ciências de Valência — considerado um dos grandes símbolos da modernidade arquitetónica de Espanha.

Calatrava é também responsável pela Estação do Oriente, em Lisboa, pelo arranha-céus Turning Torso, na Suécia, e a estação de transportes do World Trade Center, em Nova Iorque. Em 1999 foi distinguido com o Prémio Príncipe das Astúrias das Artes (um dos mais altos galardões culturais atribuídos em Espanha).

[Um jovem polícia é surpreendido ao terceiro dia de trabalho: a embaixada da Turquia está sob ataque terrorista. E a primeira vítima é ele. “1983: Portugal à Queima-Roupa” é a história do ano em que dois grupos terroristas internacionais atacaram em Portugal. Um comando paramilitar tomou de assalto uma embaixada em Lisboa e esta execução sumária no Algarve abalou o Médio Oriente. É narrada pela atriz Victoria Guerra, com banda sonora original dos Linda Martini. Ouça o terceiro episódio no site do Observador, na Apple Podcasts, no Spotify e no Youtube Music. E ouça o primeiro episódio aqui e o segundo aqui]

Ministra da Habitação no Reino Unido demite-se após polémica com aumento de renda

Rushanara Ali, ministra da Habitação no Reino Unido, demitiu-se esta quinta-feira na sequência de uma polémica relacionada com o aumento da renda numa propriedade, conta a “SkyNews” esta quinta-feira.

A decisão surge após denúncias de que a renda de uma casa sua em Londres foi aumentada em cerca de 700 libras (aproximadamente 820 euros) pouco tempo depois da saída dos anteriores inquilinos.

Já segue a Informação da Renascença no WhatsApp? É só clicar aqui.

Num comunicado enviado ao primeiro-ministro, Ali afirmou que continuar no cargo seria “uma distração do trabalho ambicioso deste governo”. A ministra garantiu ainda: “A todo o momento cumpri todos os requisitos legais relevantes.”

O caso foi noticiado pelo “iPaper”, que revelou que quatro inquilinos de uma casa em Londres receberam um aviso em novembro indicando que o contrato não seria renovado, com um prazo de quatro meses para abandonarem o imóvel.

Poucas semanas depois, a mesma casa foi novamente colocada no mercado com uma renda de cerca de 4.000 libras (4.690 euros), face aos 3.300 libras (3.870 euros) pagos anteriormente.

“É uma piada absoluta”, comentou Laura Jackson, uma das ex-inquilinas. “Tentar cobrar esse valor aos arrendatários é extorsão.”

Segundo o mesmo jornal, a casa foi colocada à venda durante o período de arrendamento, tendo sido recolocada no mercado para arrendamento apenas porque não foi vendida.

A legislação no Reino Unido atualmente em discussão no Parlamento britânico prevê, entre outras medidas, a proibição de recolocação de imóveis para arrendamento durante seis meses, se a denúncia do contrato tiver sido feita para venda da propriedade.

Miss Estados Unidos da América acusa congressista de ameaça de pornografia de vingança

A miss Estados Unidos da América, Lindsey Langston, acusou o congressista republicano da Flórida Cory Mills de ameaçá-la com pornografia de vingança, ou seja, a partilha não autorizada de imagens e vídeos de cariz íntimo e explícito.

A informação foi avançada pelo Politico, que reportou que a vencedora do concurso de beleza norte-americano de 2024 — e que concorrerá este ano em representação do seu país para o título de Miss Universo — apresentou uma queixa no Departamento do Xerife do Condado de Columbia.

Lindsey Langston, que é também membro do comité estadual republicano na Flórida, declarou às autoridades que Cory Mills ameaçou prejudicar os seus futuros parceiros românticos. A miss EUA 2024 manteve um relacionamento com o congressista entre novembro de 2021 e fevereiro de 2025, altura em que terminou a relação.

Após o fim do relacionamento, Cory Mills teria contactado “inúmeras vezes” Lindsey Langston e alegadamente ameaçado divulgar imagens dela em atos sexuais. De acordo com o documento submetido às autoridades, o congressista acreditava que a miss EUA teria “outros parceiros” após o término da sua relação amorosa e Lindsey Langston terá apresentado mensagens do representante republicano como prova das ameaças.

Contudo, Cory Mills já veio negar as alegações da antiga parceira. O congressista era ainda casado quando conheceu Lindsey Langston, mas estaria separado da sua esposa. No entanto, Cory Mills continua casado.

[Um jovem polícia é surpreendido ao terceiro dia de trabalho: a embaixada da Turquia está sob ataque terrorista. E a primeira vítima é ele. “1983: Portugal à Queima-Roupa” é a história do ano em que dois grupos terroristas internacionais atacaram em Portugal. Um comando paramilitar tomou de assalto uma embaixada em Lisboa e esta execução sumária no Algarve abalou o Médio Oriente. É narrada pela atriz Victoria Guerra, com banda sonora original dos Linda Martini. Ouça o terceiro episódio no site do Observador, na Apple Podcasts, no Spotify e no Youtube Music. E ouça o primeiro episódio aqui e o segundo aqui]

O fenómeno da pornografia de vingança, mais conhecido pela denominação inglesa ‘revenge porn’, tem crescido exponencialmente nos últimos anos, configurando em Portugal o crime de devassa através de meio de comunicação social, da Internet ou de outros meios de difusão pública generalizada.

“Quem, sem consentimento, disseminar ou contribuir para a disseminação, através de meio de comunicação social, da Internet ou de outros meios de difusão pública generalizada, de imagens, fotografias ou gravações que devassem a vida privada das pessoas, designadamente a intimidade da vida familiar ou sexual, é punido com pena de prisão até 5 anos”, lê-se no artigo 193.º do Código Penal.

Um Papa embaraçado

Leão XIV parece estar apostado em ser o Papa Tranquilo. Ainda a semana passada, no Jubileu dos Jovens, em Roma, enquanto passava entre uma multidão de um milhão de pessoas, notava-se um certo embaraço na sua expressão. E não o digo de forma negativa. Antes pelo contrário. No tempo dos líderes performativos, alguém que quase nos pede desculpa por ser Papa é positivo.

Leão XIV não tem jeito para ser Papa e isso é bom. Não é, claramente, um show-man. Não força o protagonismo. Não inventa polémicas. Percebe-se que não está confortável. Nota-se que não quer estar envolvido em tudo. Que prefere deixar a Igreja viver, e agir mais como árbitro do que como promotor.

Dizem que cada Papa corrige o anterior. Errado. Os Papas corrigem o mundo que os elege. Foi assim com Wojtyła, na Europa dividida. Com Bento XVI, na Itália berlusconiana. Com Francisco, quando o estadismo mundial desabava. E agora, com Prevost, num tempo barulhento.

Há quem diga que a força voltou a ser o valor central da política. Que os líderes não respeitam quem mostra timidez e previsibilidade. Mas pela natureza do poder do Papado, Leão XIV é possivelmente o único que não precisa de se sentir condicionado por essa lógica.

Curiosamente, é comum, nessa grelha de análise, colocar os anos 20 e 30 do século passado como paradigmas paralelos aos tempos atuais. Usam-se, com frequência, textos de Roth ou Zweig, como bússolas. Mas, quer pela escolha do nome, quer por uma decisão recente, Leão XIV parece estar a indicar que o grande tempo de charneira para a compreensão do presente não é o começo do séc. XX, mas o final do XIX. Não o tempo pós Grande Guerra. Mas a era que a antecedeu.

A semana passada, por exemplo, anunciou que irá proclamar como Doutor da Igreja John Henry Newman. Um inglês, convertido do Anglicanismo ao Catolicismo, que viveu, precisamente, nesse momento e que, curiosamente, foi nomeado cardeal por Leão XIII, o antecessor onomástico de Prevost.

Ora, Newman, admirado por Joyce e detestado pela elite vitoriana, percebeu cedo o que aí vinha. Diagnosticou três erros que continuam a decidir o mundo.

O primeiro era o racionalismo. Newman posicionou-se contra a ideia de que tudo era explicável através de uma lógica científica. Concluiu que a razão precisava de recuperar o seu alcance existencial total. E afirmou que limitar a razão ao que se mede é amputá-la, e que essa amputação abre caminho ao fanatismo. Porque o radicalismo não nasce por excesso de oxigénio. Emerge quando ele falta.

O segundo desafio era o liberalismo. John Henry Newman opunha-se à ideia de que a verdade se resume a uma opinião pessoal. Para ele, essa versão humanista da religião e da verdade, embora disfarçada de tolerância, era um modo de compensar os caprichos da cultura de conforto da Inglaterra vitoriana, e conduzir a uma realidade rígida pela conveniência. E isso é importante para a atualidade. Governar, por exemplo, não é jantar num buffet. E o bem comum não pode estar cativo de conceitos como a vantagem e o proveito.

O terceiro desafio derivava da influência do mundo romântico. É verdade que Newman valorizou a imaginação e os afetos, mas manteve-se desconfiado de uma tónica exagerada no sentimento religioso. Suspeitava que a intensidade subjetiva fizesse esquecer a história e a tradição. E isso alerta-nos para uma certa efervescência revolucionária que se estende em todos os polos políticos, e relembra-nos, também, que nem a Igreja, nem um país podem ser reduzidos a uma terapia de grupo.

Leão XIV parece partilhar do diagnóstico. Num mundo apressado, cheio de certezas frágeis e moralismos descartáveis, ele opta pela dificuldade. Não é um Papa de palco. É um Papa de tempo longo. É dos poucos que não tem pressa de vencer.

Não, a parentalidade não acabou. Mas talvez a seriedade política esteja em vias de extinção.

Há quem diga que o Governo está a atacar as famílias. Que quer dificultar a parentalidade. Que transforma a amamentação num luxo e aniquila o luto gestacional. E há até quem, à esquerda e à direita, use essas mentiras com um à-vontade perigoso. Basta ver o coro recente: o PS, que em 2023, aprovou uma reforma laboral desastrosa e desarticulada, o Chega que defendia horários mais rígidos e disciplina no trabalho, e agora a Iniciativa Liberal, que entre dois apelos à desregulação total, aparece a acusar o Governo de “cortes nos direitos” e de “dificultar a vida de quem cuida da família”.

É caso para dizer: tenham decência!

Porque os factos são outros. O anteprojeto Trabalho XXI reforça a parentalidade como nenhuma outra fez antes. Pela primeira vez, a licença parental partilhada passa a ser paga a 100% durante 180 dias, um avanço histórico e um claro investimento do Estado. A presença do pai após o nascimento também é reforçada: de 7 para 14 dias obrigatórios. Não são palavras, são medidas concretas com impacto direto nas famílias.

Ainda assim, houve quem preferisse ignorar tudo isto para agitar fantasmas, como se esta reforma fosse um ataque às mulheres e às famílias. É falso. E é preciso dizê-lo com todas as letras.

Comecemos pelo chamado luto gestacional. Muito se disse, pouco se explicou. A norma que o Governo propõe eliminar previa três dias de faltas, suportados diretamente pelo empregador, aplicados de forma desigual e, muitas vezes, com dúvidas quanto ao seu alcance. Em contrapartida, o que o sistema já prevê, e continuará a prever, é uma licença por interrupção de gravidez, com indicação médica, paga a 100% pela Segurança Social, durante 14 a 30 dias. O Governo, ao propor a eliminação do regime do luto gestacional, não está a reduzir direitos, está a clarificá-los e a garantir que o apoio provém de um mecanismo público, com regras universais e financiamento adequado.

Depois, a amamentação, que se tornou o novo espantalho da oposição. O direito continua intocável, o que se propõe é um limite claro: dois anos, em linha com a recomendação da Organização Mundial de Saúde. Hoje, esse direito não tem qualquer baliza temporal, o que gera incerteza, conflitos, interpretações abusivas e até desconfianças no local de trabalho, tal como já o confirmaram diversas entidades, do setor empresarial ao setor social.

Ao mesmo tempo, o período de apresentação do atestado médico passa para 6 meses, justamente para proteger a mãe e impedir pressões encapotadas. Isto não é cortar. É garantir que o direito é respeitado e respeitável.

Finalmente, o horário flexível para quem tem responsabilidades familiares continua garantido! A conciliação da vida profissional e familiar é um objetivo sério, mas também precisa de regras claras, nomeadamente no que respeita às exigências decorrentes do período de funcionamento da empresa ou da natureza das funções do trabalhador. Ignorá-lo é infantilizar o debate ou então manipulá-lo para fins partidários.

O anteprojeto Trabalho XXI é uma reforma técnica, ponderada, socialmente responsável e equilibrada. Que não recua nos direitos, mas corrige distorções e reforça a credibilidade do Estado social. Que foi lançada para gerar debate público, ser discutido na Concertação Social e, posteriormente, no Parlamento. Que pode e deve ser ajustado e, até, melhorado. O ruído, esse, vem de quem nunca fez nada por estas causas, nem sequer apresenta propostas de melhoria, mas agora descobriu uma oportunidade para atacar o Governo.

Portugal não precisa de histeria legislativa nem de reformas feitas por manchete. Precisa de coragem, de rigor e de medidas que melhorem a vida das pessoas. E nisso este anteprojeto não falha!

Todo este ruído, desinformado, acontece quando há governos que transformam! Quando há governos que vieram para não deixar tudo na mesma.

Montenegro e a nova lei laboral: “As transformações e as mudanças incorporam discussão e nós estamos aqui para discutir”

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, assumiu, esta sexta-feira, que a lei laboral está ainda em fase de discussão entre os parceiros sociais, para passar à fase da discussão político-partidária e só no final o novo quadro ficará definido.

“As transformações e as mudanças incorporam discussão e nós estamos aqui para discutir. Estamos aqui para debater com humildade democrática, mas com a firmeza de quem tem objetivos a cumprir”, afirmou Luís Montenegro.

À margem da inauguração da 633.ª edição da Feira de São Mateus em Viseu, o primeiro-ministro falava aos jornalistas sobre a lei laboral, acrescentando ter apresentado o anteprojeto em concertação social.

“Vamos estabelecer um diálogo com os parceiros sociais, quer os empregadores, quer os trabalhadores, vamos tentar que desse diálogo possa nascer uma proposta o mais consensual possível e é nessa fase que nós estamos, e depois seguir-se-á outra fase de discussão político-partidária. Ainda não chegámos a ela, quando chegarmos vamos efetuá-la e depois chegará uma fase da decisão”, sustentou.

Luís Montenegro acrescentou o desejo de que “os portugueses tenham a certeza” de o governo querer “a comunidade e a sociedade” com o executivo governamental a “percorrer o caminho de transformação e desenvolvimento do país”.

“Mas não vamos eternizar as discussões. Tudo isto tem um calendário, mas é para cumprir, é para fazer. Nós não estamos aqui para empatar ou empalhar discussões, estamos aqui para fazer com abertura, com espírito de diálogo, com espírito construtivo e é isso que vamos fazer”, prometeu.

[Um jovem polícia é surpreendido ao terceiro dia de trabalho: a embaixada da Turquia está sob ataque terrorista. E a primeira vítima é ele. “1983: Portugal à Queima-Roupa” é a história do ano em que dois grupos terroristas internacionais atacaram em Portugal. Um comando paramilitar tomou de assalto uma embaixada em Lisboa e esta execução sumária no Algarve abalou o Médio Oriente. É narrada pela atriz Victoria Guerra, com banda sonora original dos Linda Martini. Ouça o terceiro episódio no site do Observador, na Apple Podcasts, no Spotify e no Youtube Music. E ouça o primeiro episódio aqui e o segundo aqui]

O primeiro-ministro aproveitou para destacar os temas sobre os quais foi questionado pelos jornalistas, como as leis do trabalho e da imigração, assim como a privatização da TAP, para dizer que, “de uma assentada”, se está a falar de competitividade económica, de qualificação dos recursos humanos, reestruturação dos serviços públicos, do setor estratégico de mobilidade e de apoio à economia, enumerou.

Montenegro citou ainda “a diminuição dos impostos sobre o rendimento do trabalho, a regulação da imigração…”, para dizer que “este é um governo que está a governar, que está a fazer aquilo que lhe compete, a cumprir o seu programa, a transformar o seu país”.

O objetivo, disse o primeiro-ministro, é “um mundo laboral que seja competitivo, que dê segurança aos trabalhadores, que dê estabilidade aos trabalhadores e dê também fatores de maior competitividade às empresas”.

No seu entender, o regime proposto vai “trazer mais crescimento económico, mais criação de riqueza” e também “melhores salários e também maior capacidade do Estado de ter receitas para depois poder ter políticas sociais que não deixam ninguém para trás; ter políticas de solidariedade”.

“Tudo isto está interligado e nós estamos aqui disponíveis para poder levar as discussões até ao ponto em que elas culminam em decisões”, disse.

1 24 25 26 27 28 608