Helicóptero Super Puma francês chega esta quarta-feira para reforçar dispositivo de combate aos incêndios

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Um helicóptero Super Puma enviado pelo Governo francês chega esta quarta-feira a Portugal para ajudar no combate aos incêndios, no âmbito do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, adiantou a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

“Trata-se de um aparelho pesado, com capacidade para descargas de 3.000 litros de água, que chega acompanhado por uma equipa de cinco elementos. Irá começar a operar ao inicio da manhã de quinta-feira, estando previsto permanecer em território nacional, pelo menos, até ao próximo domingo”, avançou a ANEPC em comunicado divulgado esta quarta-feira.

O Super Puma, que estará na base aérea de Monte Real, reforça o dispositivo de combate a incêndios florestais, que já integra, também no âmbito do Mecanismo Europeu de Proteção Civil da União Europeia, dois aviões Fire Boss suecos, a operar em Portugal desde terça-feira.

Os dois aviões Canadair cedidos por Marrocos no âmbito de um acordo de cooperação bilateral e que chegaram a Portugal dia 11 de agosto, regressam esta quarta-feira ao país de origem, depois de uma extensão da sua missão no combate aos fogos, pedida por Portugal.

A ajuda de Marrocos surgiu após os dois aviões Canadair afetos ao Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Rurais (DECIR) terem ficado inoperacionais.

Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais de grande dimensão desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro.

Os fogos provocaram três mortos, incluindo um bombeiro, e também vários feridos.

Segundo dados oficiais provisórios, até 20 de agosto arderam mais de 222 mil hectares no país, ultrapassando a área ardida em todo o ano de 2024.

Obras da Linha Rubi do Metro do Porto dispensadas de cumprir limites do ruído

As obras da Linha Rubi do Metro do Porto ficaram dispensadas de cumprir os limites previstos no Regulamento Geral do Ruído, segundo um despacho governamental publicado em Diário da República (DR), estando previstas medidas de minimização dos impactos.

“A execução das obras do Metro do Porto correspondentes à construção da Linha Rubi: Casa da Música-Santo Ovídio fiquem dispensadas do cumprimento dos limites previstos no n.º 5 do artigo 15.º do Regulamento Geral do Ruído [RGR]”, pode ler-se num despacho publicado na terça-feira pelo Governo.

Em causa está um despacho de 14 de maio, assinado pela secretária de Estado da Mobilidade, Cristina Pinto Dias, e do secretário de Estado do Ambiente do anterior Governo, Emídio Sousa, que foi publicado em DR apenas esta semana.

Em causa, no ponto do RGR a que o despacho faz referência, está uma licença especial de ruído, que, “quando emitida por um período superior a um mês, fica condicionada ao respeito nos receptores sensíveis do valor limite do indicador L (índice Aeq) do ruído ambiente exterior de 60 dB(A) [decibel em escala de peso A] no período do entardecer e de 55 dB(A) no período noturno”.

O mesmo regulamento prevê que a exigência do cumprimento dos valores pode ser “excecionalmente dispensada” por despacho “no caso de obras em infraestruturas de transporte cuja realização se revista de reconhecido interesse público“, algo que foi reconhecido no documento publicado.

O despacho do Governo refere que serão adotadas “as medidas de minimização de impacte ambiental devidas, quer aos equipamentos quer às atividades a desenvolver”, previstas no processo de avaliação do impacto ambiental que decorreu ao longo de 2023.

O Governo refere também que “serão adotadas e revistas as medidas de minimização propostas nos estudos ambientais e nos estudos específicos de ruído, sempre que ocorram alterações ao projeto, ao horário de trabalho ou aos métodos construtivos e sempre que as mesmas se verifiquem insuficientes para a proteção dos recetores sensíveis”.

A Lusa contactou a Metro do Porto para tentar saber que medidas de mitigação do ruído estão a ser adotadas e aguarda resposta.

A Linha Rubi, com 6,4 quilómetros e oito estações, inclui uma nova travessia sobre o Douro, a ponte D. Antónia Ferreiram “a Ferreirinha”, que será exclusivamente reservada ao metro e à circulação pedonal e de bicicletas.

Em Gaia, as estações previstas para a Linha Rubi são Santo Ovídio, Soares dos Reis, Devesas, Rotunda, Candal e Arrábida, e, no Porto, Campo Alegre e Casa da Música.

A empreitada tem de estar concluída até ao final de 2026, mas fonte do Metro do Porto já admitiu à Lusa que a ponte só deverá estar concluída em 2027.

O projeto tem um custo de 487,9 milhões de euros, sendo financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e Orçamento do Estado (OE).

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Inicia-se esta quarta-feira mais uma edição do festival de Vilar de Mouros, o “pai” dos festivais de música em Portugal. Este ano, passarão pelo Alto Minho nomes como os James, The Stranglers, Sex Pistols com Frank Carter, Papa Roach, Refused ou Da Weasel, entre outros. A BLITZ preparou um guia completo com tudo o que precisa de saber antes de rumar ao festival: dos transportes ao estado do tempo

Incêndios. Fogo em Castelo Branco destruiu casa de primeira habitação em Casal da Serra

“A casa ardeu por completo ao início da madrugada”.

Segundo a autarquia, durante a noite e madrugada, o combate às chamas decorreu, sobretudo, no perímetro de Casal da Serra, Torre, Louriçal do Campo, no Bairro do Caldeira, em São Vicente da Beira e na área envolvente da Capela da Senhora da Orada.

“Apesar da evolução mais amena do incêndio, regista-se um combate às chamas com alguma preocupação na zona da Ribeira de Eiras e Vale da Figueira”.

Ao início da manhã, o presidente da Câmara de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, disse à agência Lusa que o incêndio continuava com duas frentes ativas, uma no Louriçal do Campo/Torre e a outra em direção à ribeira de Eiras, na freguesia de Almaceda.

Este incêndio entrou em Castelo Branco a partir do concelho do Fundão, tendo origem em Arganil, no distrito de Coimbra, onde deflagrou na quarta-feira, pelas 05h00.

Este incêndio já se estendeu também aos concelhos de Pampilhosa da Serra e Oliveira do Hospital (distrito de Coimbra), Seia (Guarda) e Covilhã (Castelo Branco).

A Câmara de Castelo Branco ativou o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil ao final da noite de domingo.

Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais de grande dimensão desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro.

Os fogos provocaram três mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, alguns com gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.

Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, ao abrigo do qual chegaram dois aviões Fire Boss para reforço do combate aos fogos.

Segundo dados oficiais provisórios, até 20 de agosto arderam mais de 222 mil hectares no país, ultrapassando a área ardida em todo o ano de 2024.

Incêndio no Sabugal entra em “fase de rescaldo”

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O incêndio que lavra no concelho do Sabugal desde sexta-feira está ao início da tarde desta quarta-feira em fase de rescaldo nas duas frentes que ainda continuavam ativas, em Santo Estêvão e no concelho de Penamacor.

“Os operacionais mantêm-se no terreno em trabalhos de vigilância e consolidação para evitar os reacendimentos, como aconteceu na tarde de terça-feira, mas já podermos dizer que o fogo está em fase de rescaldo”, disse o presidente da Câmara do Sabugal, Vítor Proença, à agência Lusa.

Segundo o autarca, a redução significativa das temperaturas e a subida da humidade relativa durante a noite foram uma ajuda no combate às chamas. No entanto, Vítor Proença permanece cauteloso porque, que nos últimos dias, a situação mudou ao final da manhã, com a subida das temperaturas e o aumento da força do vento.

“Já tivemos o incêndio nestas condições, mas junto à hora de almoço, com os reacendimentos, as coisas descontrolaram-se. Desta vez, acredito que, com o trabalho feito pelos bombeiros e pelas equipas que estão no terreno, conseguimos, para já, controlá-lo”, acrescentou.

A Câmara do Sabugal, no distrito da Guarda, vai iniciar esta quarta-feira o levantamento dos prejuízos e avaliar “situações mais prementes” junto dos criadores de gado, um setor muito importante da economia local.

“Temos cerca de 12 mil cabeças de gado no concelho e a prioridade é apoiar os produtores afetados, repondo alimentação para os animais e disponibilizando algumas reservas de água, para que não haja problemas”, adiantou o autarca.

Os serviços camarários vão esta tarde para o terreno.

“Ainda há locais sem água, muitas infraestruturas danificadas e é necessário remover os cabos de telecomunicações que arderam”, acrescentou Vítor Proença.

O município vai também contactar as operadoras de telecomunicações para iniciarem “o mais rapidamente possível” a substituição dos cabos destruídos pelo incêndio.

O fogo deflagrou no dia 15 de agosto, em Aldeia de Santo António, tendo o alerta sido dado às 14h41, de acordo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC). Na terça-feira (dia 19) as chamas passaram para o concelho vizinho de Penamacor.

Às 13h00 desta quarta-feira permaneciam no local 454 operacionais, 121 veículos e quatro meios aéreos, segundo a mesma fonte.

Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais de grande dimensão desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro.

Os fogos provocaram três mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, alguns com gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.

Um homem ficou ferido com gravidade neste incêndio no Sabugal, na terça-feira, e foi transferido para o Hospital de São João, no Porto. O operacional da Afocelca (empresa de proteção florestal detida pelos grupos do setor da celulose Altri e Navigator), de 45 anos, tem, segundo fonte hospitalar, 75% da área corporal queimada e apresenta um quadro grave.

Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, ao abrigo do qual chegaram dois aviões Fire Boss para reforço do combate aos fogos.

Segundo dados oficiais provisórios, até 20 de agosto arderam mais de 222 mil hectares no país, ultrapassando a área ardida em todo o ano de 2024.

Enfermeiros pedem contratações para Lisboa, onde faltam mais de sete mil profissionais

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses diz que é preciso contratar quase mais 50% de profissionais para os serviços de saúde da região de Lisboa, onde faltam mais de sete mil enfermeiros que só serão atraídos com melhores salários e condições laborais.

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) deu esta quarta-feira uma “Volta a Lisboa” em automóvel pelos quatro hospitais onde há mais falta de profissionais: A caravana começou no Hospital Fernando Fonseca, na Amadora, seguiu para o Hospital S. Francisco Xavier, depois para o Hospital Santa Maria e terminou no Hospital S. José, onde a presidente do sindicato fez um balanço da situação.

“Só na região de Lisboa e Vale do Tejo necessitaríamos de mais 7.106 enfermeiros”, disse Isabel Barbosa, baseando-se num estudo do Governo de 2022 que diz já estar desatualizado. Hoje “faltam ainda mais” numa região onde “trabalham entre 15 a 16 mil enfermeiros no Serviço Nacional de Saúde”.

Segundo o SEF, na altura estavam em falta 2.721 enfermeiros em cuidados de saúde primário e 4.403 na área hospitalar e os resultados desta carência são visíveis com camas encerradas em vários hospitais.

Isabel Barbosa lembrou a situação do Hospital de Cascais com 15 camas encerradas na cirurgia ou o Hospital de Vila Franca de Xira, onde “faltam mais de 300 enfermeiros, segundo as dotações da Ordem dos Enfermeiros”.

“Estes são apenas alguns exemplos, mas camas encerradas é um pouco por todas as instituições“, sublinhou a presidente do sindicato à porta do Hospital de São José, que tem 16 camas encerradas no serviço de neurocirurgia “há já bastantes meses” e outras 12 camas na Medicina 1A e 1B.

“Para atrair e fixar mais enfermeiros tem que haver a valorização da carreira, apostar no investimento do Serviço Nacional de Saúde em infraestruturas e equipamento e é preciso alterar a nossa carreira”, resumiu a presidente do sindicato.

Com equipas reduzidas, os serviços são assegurados à custa do recurso a horas extraordinárias, “elevados ritmos de trabalho, centenas de feriados em dívida e enfermeiros em exaustão e em burnout”, disse Isabel Barbosa, corroborando a mensagem de um dos cartazes que os sindicalistas levaram hoje aos quatro hospitais dizendo “Enfermeiros em Exaustão! Exigem + Contratação + Valorização + SNS”.

Os enfermeiros pedem que sejam feitas mais contratações, que haja uma mais rápida progressão na carreira e um sistema de avaliação de desempenho “mais justo”, disse a presidente do SEP, lembrando que já houve uma melhoria mas não foi suficiente. “Antes eram precisos 10 anos para progredir na carreira e atualmente são precisos oito”, referiu.

O aumento dos salários é outra das reivindicações, já que no início de carreira estes profissionais recebem cerca de 1.500 euros brutos e Isabel Barbosa diz não conhecer “ninguém que já tenha chegado ao topo da carreira”.

O SEF entregou este verão um caderno reivindicativo e vai reunir a 3 de setembro com responsáveis do Ministério da Saúde, adiantou Isabel Barbosa.

Procurador moçambicano pede responsabilização de envolvidos em acidentes que mataram 35 pessoas

O procurador-geral da República de Moçambique defendeu esta quarta-feira a responsabilização criminal das pessoas que possam estar na origem de três acidentes que causaram, esta segunda-feira, a morte de 35 pessoas, no sul do país.

“Temos que estudar as causas (…) e os resultados que nós formos a obter destes inquéritos, com as causas apuradas, temos que começar a tomar seriedade da responsabilização das pessoas que eventualmente possam estar na origem desses acidentes”, disse o procurador-geral da República, Américo Letela, durante uma visita de trabalho que efetua à província de Gaza, sul de Moçambique.

Em causa estão três acidentes de viação ocorridos esta segunda-feira, resultando na morte de 35 pessoas e ainda mais 13 feridas, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional dos Transportes Rodoviários (Inatro).

Um dos acidentes, que resultou na morte de 23 pessoas e fez quatro feridos, aconteceu de madrugada no distrito da Manhiça, na Estrada Nacional 1 (EN1), na sequência de um despiste e posterior queda de um autocarro de passageiros.

Face a estes acidentes, o procurador moçambicano defendeu em Gaza “ações concretas” que incluem avançar com a responsabilização dos que estiveram na origem dos casos.

“Discursos apelativos já não podem, porque existe uma norma. A questão que nós colocamos é: uma viatura que passou por vários postos fora da hora que está prevista na lei devia ser limitada a sua circulação (…) mas os colegas estiveram lá no posto e essas viaturas passaram e acabaram por se envolver em acidentes”, lamentou Letela.

O ministro do Interior moçambicano suspendeu os agentes de fiscalização de trânsito que estavam a trabalhar na madrugada em que ocorreu o acidente que matou as 23 pessoas, na província de Maputo, sul de Moçambique.

A 15 de abril, o Governo moçambicano aprovou um Plano de Ação de Segurança Rodoviária, que prevê uma série de ações para reduzir o número de acidentes de viação, incluindo o reforço das fiscalizações, alterações à legislação e intervenções em pontos considerados críticos, bem como a sensibilização das comunidades.

O Inatro arranca a 22 de agosto com a “operação travão” para prevenir o excesso de velocidade e condução sob efeito de álcool, com a direção desta instituição a prometer outras campanhas de verificação da legalidade dos condutores.

Na segunda-feira, o Presidente moçambicano, Daniel Chapo, pediu prudência na condução, após anunciar a morte das 11 pessoas vítimas do acidente ocorrido em Gaza.

Pelo menos 409 pessoas morreram em Moçambique no primeiro semestre deste ano vítimas de acidentes de viação, que provocaram ainda 823 feridos, segundo dados enviados à Lusa pela polícia moçambicana, e as autoridades apontam o excesso de velocidade e a condução sob efeito de álcool como as principais causas.

Doenças transmitidas por mosquitos serão “novo normal” na Europa

As alterações climáticas estão a potenciar o aumento na Europa das infeções transmitidas por mosquitos, que encaminham o continente para um novo normal e evidenciam a necessidade de uma resposta robusta e coordenada em defesa da saúde pública. O Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) alertou, esta quarta-feira, para o aumento das doenças transmitidas por mosquitos, numa altura em que se bateram recordes de infeções pelo Vírus do Nilo Ocidental (VNO) e pelo Chikungunya em território europeu. “A Europa está a enfrentar épocas de transmissão mais longas e intensas para doenças transmitidas por mosquitos, incluindo o VNO

Governo dos EUA quer tornar-se no maior accionista da Intel e admite entrar noutras tecnológicas

O Governo dos Estados Unidos da América (EUA) está a negociar a aquisição de uma participação de 10% da Intel. A concretizar-se, a entrada no capital da fabricante de processadores norte-americana não será a única aposta neste sector por parte da Administração de Donald Trump, que admite estar interessada em garantir posições no capital de outras empresas de chips, em troca dos subsídios atribuídos a este sector no âmbito do Chips Act, uma iniciativa da anterior Governo de Joe Biden (democrata).

As primeiras notícias quanto à intenção de comprar uma participação na Intel surgiram há vários dias e são agora confirmadas pelo próprio Governo norte-americano. Em conferência de imprensa nesta terça-feira, Karoline Leavitt, responsável da Casa Branca pelas relações com a imprensa, afirmou que o Departamento do Comércio está a “trabalhar nisso” e adiantou que Howard Lutnick, secretário do Comércio, “está a trabalhar nisso e a afinar os detalhes” da operação.

A concretizar-se este negócio, o Estado norte-americano tornar-se-ia no maior accionista da Intel, ultrapassando a Blackrock e a Vanguard, que detêm ambas menos de 9% da empresa. O objectivo, esclareceu ainda Karoline Leavitt, passa por garantir que a cadeia de fornecimento de processadores se mantém dentro das fronteiras dos EUA, bem como “ganhar algo para os contribuintes norte-americanos”.

A operação traria poucos ou nenhuns ganhos financeiros para a Intel, já que a intenção do Governo norte-americano será, de acordo com a Bloomberg, converter em capital a totalidade ou parte dos subsídios públicos que foram atribuídos à Intel no âmbito do US Chips and Science Act, iniciativa legislativa de 2022 (altura em que o Presidente norte-americano era Joe Biden), criada para incentivar a produção de chips em território norte-americano.

Ainda de acordo com a agência noticiosa, o valor dessas garantias será de cerca de 10,9 mil milhões de dólares (cerca de 9,3 mil milhões de euros, à cotação actual); já uma participação de 10% na Intel terá um valor aproximado de 10,5 mil milhões de dólares (pouco mais de 9 mil milhões de euros).

No âmbito deste plano para fomentar o sector industrial do país, haverá outras aquisições na calha, como o próprio Governo norte-americano também já admite. Em entrevista recente à CNBC, Howard Lutnick acusou Joe Biden de “dar dinheiro de graça” às empresas que beneficiaram do Chips Act e esclareceu que, se tiverem sido atribuídos subsídios, o Governo pretende ficar com uma participação dessas empresas.

Segundo avança a Reuters nesta quarta-feira, citando duas fontes não identificadas, Howard Lutnick estará a liderar estas negociações, que contarão também com a participação do secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent.

A notícia surge na mesma semana em que foi conhecida a intenção do nipónico Softbank em investir até dois mil milhões de dólares na Intel, podendo vir a ficar com 2% da fabricante de chips.

Para além da Intel, empresas como a Micron, a Taiwan Semiconductor Manufacturing (TSMC) e a Samsung também beneficiaram do Chips Act. Por esta altura, ainda nenhuma fez quaisquer comentários sobre o tema, mas as notícias já estão a ter impacto negativo sobre as acções, que vão dando indícios de que irão negociar em baixa na sessão em bolsa desta quarta-feira. A preocupar os investidores estará não só o facto de estes potenciais negócios representarem uma dispersão das participações por via da conversão dos subsídios estatais em capital, mas, também, os receios quanto a uma possível interferência do Governo norte-americano na gestão destas empresas.

Para já, a Intel não fez quaisquer comentários sobre o tema, mas as notícias estão a ter um impacto negativo sobre as suas acções no período antes da abertura de Nova Iorque.

França envia Super Puma para apoio no combate aos incêndios

Dentro de poucas horas, chega a Portugal um novo reforço de combate aos fogos que deverá começar a operar já na quinta-feira de manhã. Desta vez, anuncia a Proteção Civil, é um helicóptero Super Puma, enviado por França, e chega ao abrigo do Mecanismo Europeu de Proteção Civil.

O helicóptero deverá chegar esta tarde à Base Aérea de Monte Real, segundo comunicado enviado às redações.

“Trata-se de um aparelho pesado, com capacidade para descargas de 3.000 litros de água, que chega acompanhado por uma equipa de cinco elementos“, esclarece a Proteção Civil. “Irá começar a operar ao início da manhã de quinta-feira, estando previsto permanecer em território nacional, pelo menos, até ao próximo domingo.”

O Super Puma francês junta-se aos dois aviões Fire Boss suecos que estão a operar em Portugal desde terça-feira. Também eles chegaram ao abrigo do Mecanismo Europeu.

Já os aviões Canadair cedidos por Marrocos, aviões pesados especializados em incêndios florestais, terminaram esta quarta-feira a sua missão em Portugal. Tinham chegado no passado dia 11 de agosto.

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