Estatística de desemprego faz cair Wall Street. Trump despediu diretora da estatística

A bolsa nova-iorquina encerrou esta sexta-feira em forte baixa, com os investidores particularmente preocupados com os números do emprego, em contexto de agravamento das taxas alfandegárias aplicadas pelos EUA às suas importações. Donald Trump decidiu “matar o mensageiro”. Há quem diga, a brincar, que quando o dólar sobe, o Bangla Desh. Menos a brincar, sabe-se que quando o desemprego sobe, Wall Street desce. O relatório de emprego do Departamento do Trabalho dos EUA, divulgado esta sexta-feira, revela que o crescimento do emprego no país foi mais fraco do que o esperado em Julho, e a taxa de desemprego subiu para

Há nova luz sobre os “planetas de lava”

Através de simulações numéricas sem precedentes, novo estudo prevê dois estados evolutivos extremos. Um novo estudo publicado na revista Nature Astronomy introduz uma estrutura teórica simples para descrever a evolução do sistema acoplado interior-atmosfera de exoplanetas rochosos quentes conhecidos como “planetas de lava”. “Os planetas de lava estão em configurações orbitais tão extremas que o nosso conhecimento sobre planetas rochosos no Sistema Solar não se aplica diretamente, deixando os cientistas incertos sobre o que esperar ao observar planetas de lava”, diz o primeiro autor Charles-Édouard Boukaré, professor assistente no Departamento de Física e Astronomia da Faculdade de Ciências da Universidade

Helsínquia passou um ano inteiro sem uma única morte no trânsito. Foi uma opção

As capitais nórdicas continuam a mostrar-nos como podemos eliminar as mortes no trânsito. Helsínquia, tal como Oslo e Estocolmo, praticamente eliminaram os acidentes fatais na estrada. A capital da Finlândia estabeleceu um novo marco mundial ao registar um ano inteiro com zero mortes relacionadas com o trânsito: a última morte na estrada em Helsínquia aconteceu em julho de 2024. Este resultado extraordinário não foi um mero acaso, nem se tratou de um ano atípico — mas sim o culminar de décadas de implementação sistemática de uma filosofia de segurança especificamente concebida para erradicar a sinistralidade rodoviária na cidade, conta o

BoCA 2025 apresenta “Camino Irreal”, uma travessia entre Lisboa e Madrid

Entre 10 de Setembro e 26 de Outubro, uma ópera inédita de Dino D’Santiago, uma instalação-teatral de Kiluanji Kia Henda sobre migração e memória, uma performance duracional de Milo Rau e Servane Dècle que revisita o caso Pelicot ou a criação coreográfica de Elena Córdoba e Francisco Camacho em torno da memória partilhada, são algumas das estreias absolutas que integram a 5.ª edição da Bienal de Artes Contemporâneas

A BoCA – Bienal de Artes Contemporâneas regressa em 2025 com uma proposta inédita: uma programação partilhada entre Lisboa e Madrid.

De 10 de Setembro a 26 de Outubro, a bienal estabelece um novo eixo ibérico de criação e apresentação artística, reunindo projectos transdisciplinares que cruzam as artes performativas e visuais, a música e o cinema.

Com curadoria de John Romão, esta quinta edição apresenta-se sob o título “Camino Irreal”. Entre o eco e o peso histórico da colonização e os atalhos distorcidos da era da pós-verdade, “Camino Irreal” é um convite ao desvio, ao deslocamento simbólico e à possibilidade de reconfigurar o lugar do artista e do espectador. Um caminho que não se encontra nos mapas turísticos nem nos roteiros oficiais, mas que pulsa nos corpos que criam, resistem e se deslocam, geográfica e artisticamente.

São muitos os destaques de programação, incluindo a estreia absoluta de “Adilson”, ópera encenada por Dino D’Santiago com libreto de Rui Catalão, sobre a luta de milhares de pessoas pela cidadania e o direito a serem reconhecidas no país onde vivem. João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata apresentam “13 Alfinetes”, um novo filme que articula devoção e desejo em diálogo com a memória visual de Lisboa e Madrid. Tânia Carvalho e Rocío Guzmán encontram-se num concerto que parte do cancioneiro tradicional português e do flamenco para reflectir sobre heranças partilhadas.
Entre as estreias absolutas, surgem também “Coral dos Corpos sem Norte”, de Kiluanji Kia Henda, uma criação de palco e uma instalação de grande escala sobre os fluxos migratórios e a persistência da memória; uma nova instalação performativa de Adriana Progranó, que ocupa o espaço público; “De Espiral em Espiral”, de Naufus Ramírez-Figueroa, performance que cruza história colonial e práticas de adivinhação familiar; e “O Julgamento de Pelicot”, de Milo Rau e Servane Dècle, uma vigília performativa construída a partir do caso real de violência sexual que chocou França e o mundo, onde a justiça é interrogada no espaço da arte.
A programação conta ainda com “Uma Ficão na Dobra do Mapa”, de Elena Córdoba e Francisco Camacho, projecto coreográfico que revisita o primeiro encontro criativo entre ambos; e com “Os Rapazes da Praia de Adoro”, do dramaturgo e encenador espanhol Alberto Cortés com o pintor portugués João Gabriel, uma criação que parte do imaginário queer e da intimidade masculina para pensar a relação entre Portugal e Espanha a partir de um território fictício.

A BoCA 2025 distribui-se por equipamentos culturais de referência em ambas as cidades. Em Lisboa, marca presença no Centro Cultural de Belém, Fundação Calouste Gulbenkian, MAAT, Teatro Nacional D. Maria II, Culturgest, Teatro do Bairro Alto, Estufa Fria, Museu Nacional de Arte Contemporânea, Carpintarias de São Lázaro ou na Cinemateca Portuguesa. Em Madrid, colabora com instituições como o Museo del Prado, Museo Reina Sofía, TBA21 Thyssen-Bornemisza Art Contemporary, Teatro de La Abadía, Museo Nacional del Traje, Goethe Institut Madrid ou a Filmoteca Española.

Em 2025, a bienal BoCA, seguindo o “Camino Irreal”, afirma-se como uma proposta crítica e simbólica de desvio face aos caminhos instituídos. Mais do que uma metáfora, é uma linha curatorial que convida artistas e públicos a percorrer territórios alternativos, abrindo espaço para novas leituras do presente e para possibilidades de futuro fora dos mapas convencionais.

Entre 10 de Setembro e 26 de Outubro, em Lisboa e Madrid, a BoCA traça uma geografia ibérica da criação, com mais de vinte estreias mundiais e nacionais e uma programação transdisciplinar que atravessa fronteiras, práticas e identidades.

Mais programação a anunciar em breve.

//Flagra

Viciado em pornografia IA: “ela tinha seios do tamanho do corpo, eu tinha de ver mais”

Pornografia com IA pode ser mais viciante do que a pornografia tradicional — e isso acarreta problemas graves. “Gooner” e ex-viciado em pornografia, Kyle, de 26 anos, caiu novamente na dependência, no verão passado, mas desta vez foi pornografia gerada por Inteligência Artificial (IA). “Era algo que nunca tinha visto antes — e tive que ir ver mais”, confessa o jovem ao Wired, levado na ilusão de fantasias surreais, cada vez mais extremas e características hiper-exageradas e hipersexualizadas das “mulheres” artificiais que via no ecrã. Foi no Instagram que lhe apareceu o primeiro gosto da pornografia IA, num reel em

Os truques que os okupas usam em Espanha — e como evitar ver a sua casa invadida

Escolhem a dedo casas vazias para arrombar e ocupar. Conhecem as leis e como contorná-las para se manterem nelas por longos períodos. E têm até um “manual do okupa” com os melhores truques e táticas para ter sucesso na sua invasão. O problema das ocupações ilegais de residências, que começou em Espanha e França, preocupa cada vez mais europeus, e há até máfias que fazem negócios com as muitas propriedades vazias que existem habitualmente nas zonas turísticas. A ocupação de habitações vazias, muitas vezes usadas pelos seus legítimos proprietários como residências de férias, foi-se tornando cada vez mais sofisticada. Inicialmente,

As praias não são amigas das consolas

Durante anos a fio, as férias são todas vistas como uma boa forma de queimar tempo e aproveitar para pôr vários gostos pessoais em dia.

A maioria gosta de ir para para as praias e similares para aproveitar o sol, dar uns mergulhos e ler. Tarefas bastante comuns de verão e tempos de férias, especialmente de quem quer aproveitar ao máximo e gastar o mínimo possível

Eu não sou o típico português veranista, eu não gosto de praia, não gosto de ir para sítios cheios de gente e não gosto de escaldões. Mas sendo mais directo, eu não gosto mesmo é de areia, por isso praia normal está sempre na minha lista negra.

Como se isto não bastasse, um dos meus grandes problemas de praia passa já de uma guerra antiga com as minhas consolas portáteis e o motivo pelo qual acho que as praias são as maiores inimigas da tecnologia e em especial das consolas. Já pensaram o que é sentir os grãos de areia debaixo de um analógico da vossa Nintendo Switch?

O primeiro problema de primeiro mundo é o facto de estar sempre a assar, o que faz com que tudo o que se agarre esteja a ferver como um ferro de gado. Todos sabem que um dispositivo a arder não é bom nem para ele, nem para as nossas mãos. Mesmo debaixo de um chapéu, grande parte da tecnologia parece pronta para fritar um ovo.

Como se o sol não tivesse já o efeito da temperatura, temos também o problema da luz directa nos ecrãs que fazem um belo espelho que reflecte as nossas caras ramelosas e cheias de sal e o cabelo todo desgrenhado e cheio de areia. Por isso tentem jogar durante algum tempo e vão ver que na maioria dele vão estar a ver o vosso reflexo em vez das personagens.

Agora falta falar do pior inimigo deste ambiente alienígena. A areia! Esta entidade maligna tem uma amizade de proximidade com o diabo e consegue não ter uma única coisa boa.

Chegam à praia e a areia está quente. Mal andam um bocado por ela, já está a trepar pelo vosso corpo e quando dão por vocês, já estão cheios dela nos calções, nos bolsos, no cabelo, nas costas, no vosso gato em casa e não se preocupem, ela irá agarrada a vocês, mesmo depois de um banho e dias depois ainda encontram grãos escondidos em casa. É por isso que já tenho até uma tenda de praia e estou a pensar começar a usar uma Anbernic com tampa.

Agora se a areia se mete em todo o sítio, imaginem os vossos pobres análogicos a raspar em grãos de areia. Areia nas entradas das colunas. Areia em cima do ecrã. Areia dentro das entradas dos phones e do carregador. Nope! Não quero cá nada dessa praga nos meus aparelhos. É por isso que sou fã de praias fluviais e ir de férias para o campo. Aqui é terra, pedras e mato por todo o lado. Há menos gente, mais árvores e muito mais animais engraçados. Além disso, eu e as minhas consolas portáteis estão livres da areia do diabo.

Daniel Silvestre
Latest posts by Daniel Silvestre (see all)

Afinal, o Santo Sudário não foi colocado sobre o corpo de Jesus — nem sobre ninguém

Novo estudo sugere que o Sudário de Turim cobriu, sim, uma escultura — o que condiz com a conclusão da datação de carbono de 1989. Diz o Cristianismo que o Santo Sudário (ou Sudário de Turim) foi o tecido que envolveu o corpo de Jesus após a sua crucificação, mas um novo estudo, publicado esta segunda-feira na revista Archaeometry, desmente a crença de longa data. A investigação brasileira, conduzida por Cicero Moraes, garante que a imagem do Sudário não pode ter sido criada pelo contacto com um corpo humano tridimensional. É sim mais provável que a imagem tenha sido criada

O que é o “efeito batom”, a teoria económica que pode explicar a febre pelas Labubus

A teoria do batom defende que, em tempos de incerteza económica e recessão, os consumidores preferem comprar pequenos luxos do que fazer grandes compras caras. As Labubus estão por toda parte — miniaturas, acessórios e até livros de colorir da personagem da Pop Mart podem ser encontrados por aí. O que provavelmente não sabia é que o colecionável chegou até mesmo na economia. É o efeito batom, cunhado em 1998 pela economista Juliet Schor, que descreve momentos de recessão a partir da compra de pequenos luxos. Segundo a hipótese, quando a economia não vai bem, consumidores deixam de fazer compras

A Ilha dos Faisões troca hoje de nacionalidade. Só volta a ser espanhola daqui a 6 meses

Afinal, a Ilha dos Faisões é de quem? Depende. Hoje é francesa, mas ontem era espanhola. Daqui a cinco meses continuará a ser espanhola, mas daqui a sete será francesa. Chegou o dia. Há precisamente meio ano, assinalámos que a Ilha dos Faisões voltava a ser espanhola. Pero… se acabó. A Ilha dos Faisões volta, a partir de hoje e durante seis meses, a ser a Île des Faisans. Mas os espanhóis que não se aborreçam muito… Não vale a pena, visto que, daqui a seis meses, vuelve la Isla de los Faisanes. Parece muito confuso, mas, na realidade, é

1 187 188 189 190 191 597