Itália vai construir a maior ponte suspensa do mundo

Itália vai ligar a Sicília ao continente por “terra” – através da maior ponte suspensa do mundo. O projeto de construção da ponte sobre o estreito de Messina foi aprovado definitivamente esta quarta-feira. O projeto do governo, no valor de 13,5 mil milhões de euros, recebeu a “luz verde” definitiva do comité interministerial para o planeamento económico e o desenvolvimento sustentável, tal como antecipara na segunda-feira o ministro dos Transportes e Infraestruturas e grande impulsionador desta obra polémica obra, Matteo Salvini. “Agora é necessário o visto do Tribunal de Contas, mas conto começar com os estaleiros, as obras e as

Adesão dos médicos à greve no Algarve ronda os 60%

A adesão dos médicos à greve desta quinta-feira dos profissionais de saúde no Algarve ronda os 60%, com várias Unidades de Saúde Familiar (USF) encerradas em Faro e em Loulé, disse André Gomes, do Sindicato dos Médicos da Zona Sul.

Segundo o dirigente sindical, regista-se uma “boa adesão” também da parte dos médicos à paralisação convocada para esta quinta-feira, o que, juntando aos enfermeiros e aos trabalhadores do regime geral, resulta numa participação geral de 70% a 80%.

“A saúde no Algarve está hoje paralisada. A nível do hospital de Faro, o serviço de urgência e o bloco operatório estão a funcionar em serviços mínimos. O serviço de urgência até poderia dizer abaixo dos serviços mínimos, que infelizmente é o padrão normal daquilo que se passa no Algarve” referiu.

Em Faro, pelo menos duas Unidades de Saúde Familiar aderiram a 100% à greve e outras, não estando encerradas, também têm alguns profissionais em falta, acrescentou.

Segundo André Gomes, o funcionamento das urgências, no dia em que se cumpre a greve, é semelhante aos dias normais, pois o facto de haver trabalhadores a menos contribui para aumentar a demora na resposta e o prolongamento dos tempos de espera.

“Porque há menos trabalhadores do que deveriam existir e isto em tempos normais, não é por causa da greve. Se forem lá amanhã ou para a semana vão encontrar a mesma situação, é o mesmo panorama”, frisou.

André Gomes apontou ainda como exemplo o facto de no Algarve Central, ou seja, em Faro, Albufeira e Loulé, haver apenas uma médica a garantir a assistência em cuidados paliativos durante o ano inteiro.

“Portanto, não é pela greve, o Algarve está ligado às máquinas todo o ano e esta greve é esse alerta para que possamos salvar o Algarve, portanto, é o apelo que fazemos ao Governo”, concluiu.

A greve nos serviços de saúde do Algarve está hoje a afetar os serviços de urgência, consultas externas e o funcionamento do bloco operatório do hospital de Faro, disseram fontes dos sindicatos que convocaram a paralisação.

No caso dos enfermeiros, a adesão à greve ronda os 80% e, no bloco operatório, a adesão é de 100%, com o cancelamento de todas as cirurgias programadas e só estando a ser realizadas cirurgias oncológicas, segundo os sindicatos.

A greve, marcada para entre as 00:00 e as 24:00 de hoje, abrange todos os profissionais da saúde que trabalham no Serviço Nacional de Saúde (SNS) na região (correspondente ao distrito de Faro), que exigem, entre outras reivindicações, a contratação de mais pessoal para travar o desgaste a que dizem estar a ser sujeitos.

PJ detém homem em Miranda do Corvo que tentou matar vizinho com bloco de cimento

Um homem de 60 anos foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) em Miranda do Corvo, distrito de Coimbra, pela presumível prática de um crime de homicídio qualificado, na forma tentada, e vai ser presente a tribunal na tarde desta quinta-feira.

Fonte da Diretoria do Centro da PJ disse à agência Lusa que a detenção ocorreu na terça-feira, depois do detido ter atingido um vizinho que residia no andar inferior do imóvel com um bloco de cimento com cerca de 16 quilogramas.

A mesma fonte precisou que esta situação ocorreu num contexto de conflitualidade verbal e de ameaças à integridade física, “que nunca tinham passado disso”.

“A meio da tarde de terça-feira, o arguido planeou matar o vizinho e colocou-se num varandim, com cerca de quatro metros de altura, à espera que o vizinho saísse de casa para atirar com o bloco de cimento”, explicou.

O agredido, de 55 anos, foi atingido na cabeça e ficou inconsciente, tendo a sua mulher, quando chegou a casa, acionado a emergência médica.

Segundo a Diretoria do Centro da PJ, o ofendido está internado em unidade hospitalar e encontra-se livre de perigo.

O detido vai ser presente esta tarde a interrogatório judicial para conhecer as medidas de coação.

Rui Borges: “Sporting perdeu uma referência, temos que nos reinventar a cada ano”

Rui Borges não está interessado em falar na troca de sistema no Sporting. O treinador acredita que a equipa mantém ideias da época passada e que os sistemas “são subjetivos” e apenas “um ponto de partida”.

Em antevisão à primeira jornada do campeonato, Rui Borges deixou elogios ao Casa Pia, que será o primeiro adversário: “Fizeram a melhor época de sempre e estão suepr motivados, não fazem muitos golos, mas não sofrem muito.”

O Casa-Pia Sporting joga-se esta sexta-feira, às 20h30, em Rio Maior, com relato e acompanhamento ao minuto na Renascença.

Casa Pia: “É um Casa Pia que manteve uma base muito grande da sua equipa da época passada, tem os seus princípios bem definidos. Perdeu apenas cinco vezes na época passada em casa, tirou pontos ao Benfica e Braga, por exemplo. É uma equipa que fez a melhor época de sempre, está super motivada. É uma equipa bastante equilibrada em todos os momentos, não faz muitos golos, mas não sofre muito. É bastante competitiva e organizada, à imagem do seu treinador. Acredito que joguem em casa super motivados contra os campeões nacionais. Temos de ter noção que será um jogo bastante difícil. Queremos muito os três pontos, mas vamos defrontar uma equipa que nos vai criar muitos problemas.”

Jota Silva: “Não é jogador do clube, não vou falar sobre ele. Tem clube. Não vou falar. Uma coisa é certa, temos ciente o que queremos e precisamos, estamos sintonizados com a estrutura.”

Luis Suárez será titular? “Trabalhou para jogar, como o Harder. São duas boas soluções diferentes, características diferentes. Dentro do que pensamos ser melhor, logo se verá quem entra.”

Como está a fome do grupo? Há risco de relaxamento? “Penso que não. Se perguntar a todos os treinadores do campeonato, querem sempre jogadores com fome, seja no Sporting ou noutro clube. Fala-se muito nessa fome, eu também não fujo a isso. Termos sido bicampeões e dobradinha é mérito deles mas passou, é passado. Apesar de não sairmos vitoriosos na Supertaça, deram demonstração clara do que querem para a época. Foram capazes, estão com vontade de ver, ambição enorme, capacidade enorme de correr atrás de vitórias. Estou super tranquilo e acredito muito na capacidade do grupo e na resposta que têm dado.”

A importância de começar com vitória: “Começar bem é importantíssimo, para passar essa confiança ao grupo, para começarmos com uma fase positiva, de muita motivação e confiança. Mesmo para quem chega é muito importante começar bem Eles têm noção disso. Vai ser cada vez mais difícil ganhar, temos de arranjar forma e motivação de ter a fome de existir a toda a hora, de não estarmos contentes com o que ganhámos, é passado, está no museu. O que importa é o presente. Temos de fazer muito para ganhar, temos de fazer o dobro do que fizemos na época passada.”

Esgaio, St Juste, Travassos estão de saída? “Fazem parte do plantel, têm treinado com o plantel…”

Centrais a mais? E que papel vê para Eduardo Quaresma? “As soluções existem, temos de dar resposta. A época vai ser longa, com muitas competições felizmente. Temos de ter cada vez mais soluções e melhores. Temos acrescentado nessa perspetiva. Eu vi o Matheus Reis a ser lateral antes do Sporting, comigo também jogou. Há jogadores que dão várias opções. Quaresma é central, em alguns momentos no ano passado foi central com bola, lateral sem bola. É um miúdo que dá coisas diferentes dos outros. Feliz com o plantel e soluções que temos.”

Mangas e Vagianidis? “O Mangas já estava em jogos oficiais, já tinha feito dois jogos de 90 minutos, penso eu. O Vagianidis também já tinha minutos no Panathinaikos. Estão preparados na parte física. Claro, têm de entrar no que é o coletivo Sporting, estão disponíveis para jogo.”

Luis Suárez e a sua estreia: “Ele não tinha jogo, chegou ao jogo com o Benfica sem jogo nenhum. Entrou muito bem, tem dado uma resposta muito boa. Vem de um ano muito desgastante

Quenda perdeu protagonismo? “Tem dado uma resposta fantástica, é um miúdo que está muito bem nesta fase, ao contrário do final da época passada, creio que caiu um pouco. Acho que tudo o que andou à volta dele pode ter mexido um pouco com ele. É um miúdo que só fez agora 18 anos, este ano está muito bem, está à espera de uma oportunidade. Arriscamos com o Quenda no lugar do Maxi, acredito que fará uma grande época.”

Tem laterias a mais? “O mercado vai-nos dizer isto, todos fazem parte do plantel, todos são solução neste momento. Teremos de dar resposta a muitas coisas, há jogadores que fazem muitas posições, dão-me soluções e dores de cabeça.”

Lesões: “Nuno Santos e Daniel Bragança estão a evoluiur normalmente, é uma luta difícil de ambos, são os dois lutadores, mostram uma alegria enorme no dia a dia.”

Mudança de sistema: “A crítica é sempre subjetiva, falar dos sistemas também é subjetivo. Fala-se muito desse tema, mas se olharem para o jogo, há coisas que mudaram, outras que não. O sistema é um início, depois é uma questão de dar mobilidade ao jogo e à equipa. A intenção é sermos melhores. Perdemos uma referência importante nos dois anos do Sporting, temos que arranjar forma de nos reinventarmos a cada ano. Que consigamos ser melhores e diferentes, não abdicando do que éramos. Quem disser isso, não vê os jogos. Quando cheguei, mudei mesmo o sistema e vencemos. Ganhamos ao Benfica logo na estreia, por exemplo. Os jogadores são inteligentes.”

O acesso ao superior e a “sorte no código postal”

Caro leitor, cara leitora

É período de férias para muitos alunos no país, mas, para uns quantos milhares, a escola, os exames e o acesso ao ensino superior são ainda uma preocupação e as últimas semanas foram passadas a pensar no futuro e no que estarão a estudar a partir de Setembro.

Esta semana foram conhecidos os resultados da 2.ª fase dos exames nacionais e terminou a 1.ª fase de candidaturas ao ensino superior. Pela primeira vez em sete anos, o número de estudantes que querem entrar numa universidade ou politécnico não passou os 50 mil

São menos nove mil do que no ano passado — uma quebra de 15%, mais abrupta do que a que vinha sendo registada. Depois de um pico de candidaturas em 2020/21 e 2021/22, com mais de 60 mil estudantes (62.561 e 64.004, respectivamente), e que coincidiu com uma flexibilização nas regras de conclusão do secundário e do acesso ao superior, os números têm vindo a cair de ano para ano. 

No sector, há quem olhe para esta diminuição com “serenidade”; outros olham com “preocupação”. E avançam várias explicações.

O presidente da Comissão Nacional de Acesso ao Ensino Superior (CNAES), António Fontainhas Fernandes, nota que este número “está em linha” com a tendência de quebra demográfica, o que poderá ter mais impacto nas instituições que se situam no interior do país. E lembra que este é o ano “em que termina o efeito covid”.

Este ano, houve novas regras aplicadas a todos os alunos do secundário: três exames nacionais obrigatórios, incluindo Português para todos os alunos dos quatro cursos científico-humanísticos, e mais duas disciplinas da componente de formação específica (ou uma da componente específica e Filosofia).

Além disso, as instituições de ensino superior passaram a ter de exigir, no mínimo, duas provas de ingresso, até um máximo de três — havia cursos para os quais apenas era pedida uma prova —, o que exige que os alunos consigam bons resultados em pelo menos dois exames para conseguirem entrar no curso que desejam.

Sempre que há mudanças no acesso, diz Fontainhas Fernandes, “há uma ligeira diminuição do número de candidatos durante os dois primeiros anos”. Depois, o sistema ajusta-se.

Para os estudantes, é preciso “investigar e perceber a fundo” quais são as consequências desta alteração do regime de acesso. Mas elencam uma série de outras preocupações que acreditam ter impacto na entrada e permanência no ensino superior: a falta de alojamento a preços acessíveis, a incapacidade do país de “reter talento”, as bolsas de estudo que não chegam a todos os que delas precisam. 

E não têm dúvidas de que todo este contexto pode pôr em causa a democratização do ensino superior que se tem vindo a alcançar nas últimas décadas e afastar bons alunos de boas universidades e “elitizar” certos cursos com médias de acesso mais elevadas.

“Com preços médios de 400 euros por quarto fazemos com que muitos estudantes nunca o cheguem a ser”, alerta Francisco Porto Fernandes, presidente da Federação Académica do Porto (FAP).

Entre 2018 e 2024, houve uma redução de 10% de deslocados na cidade, diz. E se há uma parte que se pode justificar com a demografia, outra há que só poderá justificar-se “com questões sociais”: “A redução de alunos deslocados revela o grave problema que temos e que mostra que para estudar no ensino superior é preciso ter dinheiro e sorte no código postal.”

Os resultados da 1.ª fase do concurso nacional de acesso serão conhecidos a 24 de Agosto. Depois disso, há uma 2.ª fase, que decorrerá entre 25 de Agosto e 3 de Setembro. Aqui poderão concorrer os estudantes que não tenham ficado satisfeitos com a colocação da 1.ª fase, mas também os que realizaram exames na 2.ª fase, cujos resultados foram, globalmente, inferiores aos da 1.ª. Em seis disciplinas as médias foram inferiores aos 10 valores

Esta será a última newsletter antes das férias. Regressamos em Setembro. Mas, até lá, continuaremos a acompanhar todos estes temas aqui.

Outros temas da semana:

Boas leituras! 

Jorge Bento Silva: “Por causa da operação ao cancro da próstata estive quatro meses de fralda, mas não deixamos de ser homens por fazer xixi nas calças“

Tenho cancro. E depois? em Podcast

Podcast

Jorge Bento Silva conviveu sempre com o pior da espécie humana. Dedicou toda a carreira à luta contra o terrorismo e acredita que o sofrimento dos outros, que foi acumulando nos últimos 35 anos, foi uma das principais causas do cancro da próstata, que lhe foi diagnosticado há 14 anos. No podcast ‘Tenho Cancro. E Depois?’, Jorge Bento Silva relata a sua experiência, ao lado do psiquiatra Pedro Macedo

Dedicou toda a carreira à luta contra o terrorismo, esteve décadas na Comissão Europeia a trabalhar de perto nas relações externas com países como Iémen, Iraque, Turquia e Rússia. Fez parte das equipas de segurança que lidaram com os atentados de Madrid, do Charlie Hebdo, do Bataclan e de Nice. Combateu o tráfico de órgãos e de crianças. Diz que para entender o que se passa na cabeça de um terrorista, em qualquer parte do mundo, é preciso ter empatia, abrir as tripas ao sofrimento dos outros.

Jorge Bento Silva e o psiquiatra Pedro Macedo no podcast ‘Tenho Cancro. E Depois?’

Nuno Fox

‘Tenho Cancro. E Depois?’ tem sonoplastia de Gustavo Carvalho e Hugo Oliveira, capa de Tiago Pereira Santos e apoio à produção de Joana Henriques e João Filipe Lopes.

A música deste podcast foi cedida pelos Dead Combo em memória de Pedro Gonçalves.

Jorge Bento Silva e o psiquiatra Pedro Macedo com Sara Tainha, no podcast ‘Tenho Cancro. E Depois?’

Nuno Fox

‘Tenho Cancro. E Depois?’ é um projeto editorial da SIC Notícias e do Expresso, com o apoio da Novartis, criado com o objetivo de alertar e esclarecer, mas também reforçar a esperança e a confiança de todos os que vivem com a doença.

Kremlin confirma encontro entre Trump e Putin nos “próximos dias”

O Presidente russo, Vladimir Putin, e o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, têm encontro marcado para “os próximos dias”. O local e data exacta estão ainda por confirmar, mas o assessor do Kremlin, Yuri Ushakov, garantiu que os dois líderes vão mesmo reunir-se pessoalmente para falar sobre a Ucrânia.

Citado pela agência russa Tass, Ushakov, disse que o Kremlin está a “discutir os parâmetros dessa reunião e o local onde ela será realizada” com as contrapartes norte-americanas e que esses dados só serão “anunciados mais tarde”.

O anúncio da conversa entre os líderes russo e norte-americano chega um dia depois de o enviado especial de Trump, Steve Witkoff, ter estado no Kremlin para discutir um suposto cessar-fogo na Ucrânia, naquilo que foi adjectivado como um encontro “construtivo”.

Chega também nas vésperas do fim do prazo dado por Trump a Putin para alcançar um acordo com a Ucrânia, ou sujeitar-se a novas sanções dos EUA.

Esta quinta-feira, o New York Times (NYT) já havia noticiado que Donald Trump está disponível para se encontrar com Vladimir Putin na próxima semana. Mencionando uma fonte da Casa Branca, o jornal norte-americano revelou que Trump pretende realizar uma reunião trilateral com Putin e com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Trump também havia reconhecido entretanto, em conferência de imprensa, que existiam “boas probabilidades” de um encontro com Putin “muito em breve” e que essa poderia ser a oportunidade para pôr fim à guerra.

“Ainda não decidimos onde [a reunião acontecerá], mas tivemos conversas muito boas com o presidente Putin hoje”, disse o Presidente norte-americano, referindo-se à reunião de Steven Witkoff no Kremlin.

Ucrânia “não tem medo de reuniões”

Recorrendo como habitualmente à plataforma X para dar conta de avanços sobre a situação ucraniana, Volodymyr Zelensky confirmou esta manhã que tem estado a ser discutidos “vários formatos possíveis para reuniões ao nível dos líderes com vista a alcançar a paz – duas bilaterais e uma trilateral”.

Zelensky frisou que a “Ucrânia não tem medo de reuniões e espera a mesma abordagem corajosa da parte russa”, pois “é hora de pôr fim à guerra”.

Agradecendo a “todos os que estão a ajudar”, o líder ucraniano revelou ainda que manteve uma conversa com o chanceler alemão, Friedrich Merz, sobre o fim da guerra.

O líder ucraniano notou que “os parâmetros para o fim desta guerra moldarão o panorama de segurança da Europa nas próximas décadas” e que, uma vez que a Ucrânia é parte integrante da Europa e já está “em negociações para a adesão à UE”, a Europa “deve participar nos processos relevantes” para alcançar a paz.

Não se sabe para já que espaço quer Donald Trump reservar aos europeus nesta discussão com Putin sobre a paz, mas Zelensky diz que a Ucrânia “coordenou as posições com a Alemanha” e que irá voltar a falar com Merz.

“Hoje, os conselheiros de segurança realizarão uma reunião online para alinhar as nossas visões conjuntas – Ucrânia e toda a Europa, Estados Unidos”, escreveu Zelensky no X.

Esta quinta-feira Putin recebe em Moscovo o líder dos Emiratos Árabes Unidos (EAU), o Sheikh Mohammed bin Zayed Al Nahyan, e a Reuters menciona fontes que sugerem que os EAU (que Trump visitou oficialmente em Maio) podem acolher a reunião entre os chefes de Estado da Rússia e dos EUA.

Detido homem que ateou fogo a palco em festa popular na Guarda

Um homem de 44 anos foi detido por incendiar um palco nas festas em honra da Nossa Senhora Senhora do Rosário e Mártir São Sebastião, na povoação do Alvendre, na Guarda.

O suspeito estaria sob o efeito de álcool e de medicação, e terá causado vários constrangimentos na noite de domingo, 3 de agosto. Para além do incêndio, explosões, condutas perigosas e comportamento inapropriado com uma bailarina. O homem, que foi detido esta quarta-feira pelo Departamento de Investigação Criminal da Polícia Judiciária da Guarda, acabou por ser convidado a abandonar o recinto, tendo provocado danos que se estimam em 200 mil euros.

Face ao incêndio, que foi travado por populares que se encontravam no local, três pessoas foram assistidas nas urgências do Hospital da Guarda por intoxicação em resultado da inalação de fumos, como refere a Polícia Judiciária em comunicado. O suspeito sofreu queimaduras em várias partes do corpo, tendo sido assistido no centro Hospitalar Universitário de Coimbra.

O homem colocou-se debaixo do palco, no decorrer de uma atuação, e ateou fogo às espumas de proteção e embalamento dos instrumentos e aparelhagens musicais ali guardados.

O detido irá ser presente a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação tidas por adequadas, refere a Polícia Judiciária.

Dois detidos em Albufeira por tráfico de droga com mais de 10 mil euros e 120 doses

Dois homens foram detidos na terça-feira, por tráfico de droga, em Albufeira, no distrito de Faro, numa operação em que foram apreendidas 121 doses de cocaína e heroína, além de 10.660 euros, anunciou esta quinta-feira a Guarda Nacional Republicana (GNR).

De acordo com um comunicado da GNR, as detenções resultaram de uma investigação à venda de droga diretamente ao consumidor que decorria há oito meses nos concelhos de Albufeira, Loulé e Silves.

Um suspeito, com 34 anos, foi detido em flagrante delito durante uma venda de droga, enquanto o outro homem, com 33 anos, foi detido posteriormente na sequência de uma busca domiciliária.

No âmbito dessa busca, os militares apreenderam 93 doses de cocaína e 28 de heroína, duas viaturas, seis telemóveis e 10.660 euros em numerário.

Os dois detidos serão presentes no Tribunal Judicial de Albufeira, para aplicação das medidas de coação.

Legislação para liberdade dos media na UE entra plenamente em vigor na 6.ª feira

A legislação europeia para a Liberdade dos Meios de Comunicação Social entra plenamente em vigor esta sexta-feira, com novas regras para melhor proteger os jornalistas, as suas fontes e a liberdade de imprensa na era digital.

Em fevereiro de 2024, o Parlamento Europeu e o Conselho da União Europeia (UE) adotaram a proposta do executivo comunitário, estabelecendo novas regras para proteger a liberdade dos meios de comunicação social, bem como a independência dos jornalistas nos 27 Estados-membros.

O regulamento entrou progressivamente em vigor nos países da UE desde maio de 2024, enquanto as suas principais disposições começam a ser aplicadas a partir desta sexta-feira, 8 de agosto.

A legislação da UE aumenta a transparência da propriedade dos meios de comunicação social e da atribuição de publicidade estatal, reforça a independência dos meios de comunicação social públicos e garante uma proteção sólida aos jornalistas e às suas fontes.

As autoridades estão proibidas de pressionar jornalistas e editores a revelar as suas fontes, nomeadamente através da sua detenção, de sanções, de buscas nos escritórios ou da instalação de software de vigilância intrusivo nos seus dispositivos eletrónicos.

Para impedir que os meios de comunicação social públicos sejam utilizados para fins políticos, os seus dirigentes e membros do Conselho de Administração devem ser selecionados através de procedimentos transparentes e não discriminatórios, para mandatos suficientemente longos, não sendo possível demiti-los antes do termo do seu contrato, a menos que deixem de satisfazer os critérios profissionais.

Os meios de comunicação social públicos terão de ser financiados através de procedimentos claros e objetivos e o financiamento deve ser sustentável e previsível.

Para que o público possa saber quem controla os media e que interesses podem influenciar a informação, todos os órgãos noticiosos e de atualidade, independentemente da sua dimensão, terão de publicar informações sobre os seus proprietários numa base de dados nacional, incluindo se forem propriedade direta ou indireta do Estado.

Para garantir a visibilidade e o pluralismo, as plataformas digitais devem abster-se de eliminar ou restringir arbitrariamente os conteúdos dos meios de comunicação social independentes, tendo sido criado um mecanismo para evitar que as plataformas online de muito grande dimensão, como o Facebook, o X ou o Instagram, restrinjam ou eliminem arbitrariamente conteúdos independentes dos meios de comunicação social.

As plataformas terão, em primeiro lugar, de distinguir os media independentes de fontes não independentes.

Os meios de comunicação social serão notificados da intenção da plataforma de eliminar ou restringir o seu conteúdo e terão 24 horas para responder.

Só após a resposta, ou a ausência dela, é que a plataforma pode eliminar ou restringir o conteúdo, se este continuar a não cumprir as suas condições.

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