O Japão começou uma batalha para salvar crianças do turismo sexual

A embaixada do Japão no Laos e o seu Ministério dos Negócios Estrangeiros emitiram um aviso invulgarmente direto, alertando os homens japoneses contra a “compra de sexo a crianças”. Foi uma mudança de rumo no reconhecimento público do envolvimento de homens japoneses no turismo sexual infantil. A mudança de rumo foi desencadeada por Ayako Iwatake, proprietária de um restaurante em Vientiane, que alegadamente viu publicações nas redes sociais de homens japoneses a gabarem-se da prostituição infantil. Em resposta, lançou uma petição apelando à ação do governo. O boletim em língua japonesa esclarece que este tipo de conduta é passível de

Câmara de Loures volta a demolir no Talude Militar

A Câmara de Loures voltou esta quinta-feira a demolir no bairro do Talude Militar, deitando abaixo uma construção precária reerguida por mãe e filha desalojadas nas operações de julho, informou o movimento Vida Justa.

A nova construção foi erguida por uma das famílias desalojadas nas demolições de 14 de julho, no mesmo local onde estava a anterior, disse à Lusa Kedy Santos, deputado municipal eleito pela CDU e elemento do Vida Justa, que tem prestado apoio aos moradores do Talude Militar.

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“Estamos a tentar negociar com a câmara, mas já estão a retirar as chapas. É uma das famílias já sinalizadas”, contou, ao telefone, a partir do terreno.

A providência cautelar em vigor que suspendeu as operações desencadeadas a 14 de julho, aprovada por um tribunal administrativo de Lisboa, só abrange anteriores construções, por isso o Vida Justa apoiou as duas moradoras em causa na apresentação de uma nova providência cautelar.

Segundo Kedy Santos, “o despacho do juiz foi favorável aos moradores” e a autarquia de Loures, liderada pelo socialista Ricardo Leão, “está informada disso”. Porém, “diz que não foi notificada”, segundo o deputado.

A Lusa já pediu esclarecimentos à Câmara Municipal de Loures (liderada pelo PS), no distrito de Lisboa, mas ainda não obteve resposta.

Câmara de Loures apresentou queixa contra "comercialização de barracas" no Talude

No Talude Militar continuam a dormir em tendas cerca de 40 famílias, de acordo com as organizações no terreno.

Entre elas estão a mãe, hipertensa, e a filha, de 12 anos, que reergueram a habitação demolida hoje. “O marido está fora, em Espanha, porque perdeu o trabalho que tinha aqui com a demolição [de julho]”, explicou Kedy Santos.

O deputado municipal confirmou que a autarquia tem arranjado “soluções para quem tem crianças”, mas ressalvou que estas apenas são úteis durante a noite, porque durante o dia as famílias não têm onde deixar os filhos.

“Vêm todos os dias das pensões para o bairro, onde podem cozinhar e deixar as crianças. A resposta social da câmara não está a surtir efeito”, aponta Kedy Santos.

A autarquia de Loures desencadeou no dia 14 de julho uma operação de demolição de 64 casas precárias e construídas pelos moradores no Talude Militar, onde viviam 161 pessoas, tendo sido demolidas 51 no primeiro dia e outras quatro no segundo.

A operação foi entretanto suspensa após o despacho de um tribunal de Lisboa, na sequência de uma providência cautelar interposta por 14 moradores.

Das 55 famílias que ocupavam as construções precárias demolidas, 14 estão a receber apoio da Câmara Municipal de Loures e outras 14 encontraram alternativa habitacional junto de familiares ou amigos.

Três recusaram o apoio e sete não manifestaram interesse nas soluções apresentadas.

De acordo com os mais recentes dados disponibilizados, três famílias, com cinco menores a cargo, continuam com apoio de pernoita e 10 famílias, com 21 menores a cargo, encontram-se a receber apoio alimentar.

Segundo a autarquia, cinco famílias conseguiram aceder ao mercado de arrendamento, tendo beneficiado do apoio municipal para o pagamento da caução e do primeiro mês de renda.

Xbox cancelou Contraband

Depois de um longo período de silêncio, que não agourava nada de bom, a Xbox cancelou Contraband.

O cancelamento foi avançado por Jason Schreier, jornalista da Bloomberg, através das suas redes sociais. Esta notícia já foi corroborada por Stephen Totillo, do Game File.

Anunciado pela primeira vez na E3 2021, “Contraband” está a cargo do Avalanche Studios, estúdio responsável por Just Cause, numa parceria com a Xbox Game Studios. O gameplay do jogo nunca chegou a ser revelado, mas prometia ser um jogo cooperativo de assaltos, onde os jogadores teriam de trabalhar em equipa para planear e executar operações de contrabando arriscadas.

Apesar do entusiasmo inicial, a Xbox não partilhou mais novidades desde o seu anúncio, levando a alguma especulação sobre o estado do seu desenvolvimento. A remoção temporária do trailer de anúncio do jogo dos canais oficiais no início de 2025 alimentou algumas preocupações, que agora se materializaram.

Numa mensagem publicada no seu site, o Avalanche confirmou que o “desenvolvimento ativo [de Contraband] foi interrompido enquanto avaliamos o futuro do projeto”. Para além disso, a equipa do estúdio também agradeceu oi apoio dos fãs: “estamos gratos pelo entusiasmo que vimos da comunidade desde que anunciamos e daremos uma atualização sobre o que está por vir assim que pudermos”.

A julgar por esta mensagem, parece que ainda existe uma réstia de esperança para Contraband, caso outra editora queira assumir o financiamento do projeto.

Segundo Totillo, este desfecho pode estar relacionado com os cortes na divisão de publicação do Xbox, que trabalha com estúdios externos em projetos colaborativos. Desta divisão nasceram jogos como As Dusk Falls ou Tell me Why. A equipa terá sofrido cortes significativos na mais recente ronda de despedimentos da Microsoft, o que levou à saída de vários funcionários, incluindo o seu líder de longa data, Peter Wyse.

Para já, não é claro se mais jogos foram afetados, mas Totillo e Schreier avançaram que O.D., o misterioso projeto de Hideo Kojima, está seguro.

Desde que adquiriu a Activision Blizzard num negócio avaliado em 69 mil milhões de dólares, a Microsoft tem vindo a despedir milhares de funcionários. Despediu 1.900 funcionários em janeiro de 2024 e, alguns meses depois, fechou os estúdios Arkane Austin, de Redfall, e o Tango Gameworks, de Hi-Fi Rush. Em setembro de 2024, a Microsoft cortou mais 650 funcionários da divisão Xbox. E em maio deste ano, a Microsoft despediu 6000 pessoas, ou seja, 3% de toda a sua mão de obra.

Em Julho, a Microsoft operou outra devastadora ronda de despedimentos, que deixou uma profunda marca na empresa, e que teve como consequência:

Ainda assim, não obstante os milhares de despedimentos, Satya Nadella, CEO da Microsoft, assegura que a empresa está a prosperar.


Pedro Pestana é viciado em gaming, café e voleibol, sensivelmente nesta ordem. Podem encontrar alguns dos seus devaneios no Threads ou Bluesky.

Especulação imobiliária em vila na Ajuda Novo dono diz cumprir “todos os direitos”

O espaço não é muito desafogado. Mas dentro da casa de José Manuel Pereira sente-se a comodidade só conferida por décadas de apego doméstico. “Esta casa de banho tive de a comprar quando para aqui vim. Isto não existia, foi feita de raiz”, diz o homem de 73 anos, que se mudou em 1986 para aquela fracção dentro da Vila Boa Alma, na Ajuda. O velho núcleo habitacional operário, cujas origens remontarão ao final do século XVIII, já teve mais gente e denota sinais evidentes de degradação exterior. Mas os inquilinos tudo têm feito para contrariar a mudança anunciada.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue – nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para [email protected].

Num ano, ULS Santa Maria não aplicou qualquer processo a utentes por comentários ofensivos nas redes sociais. Despacho continua em vigor

No último ano, a Unidade Local de Saúde (ULS) de Santa Maria não instaurou qualquer processo judicial a utentes por críticas à instituição ou aos profissionais de saúde nas redes sociais, apesar de o polémico despacho que prevê a medida ainda estar em vigor. 

Em agosto de 2024, o Observador avançou a notícia de que o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, iria passar a processar utentes ou cidadãos que criticassem nas redes sociais, de forma ofensiva, a instituição e/ou os seus profissionais de saúde.

Em causa, de acordo com um despacho interno, estariam comentários que atingissem “a honorabilidade, a reputação e o bom nome” dos profissionais e da instituição. Nesses casos, o gabinete jurídico poderia atuar, reportando as situações aos tribunais e ao Ministério Público, para depois avançar com os processos.

Santa Maria ameaça com processos utentes que façam críticas ofensivas ao hospital nas redes sociais

Um ano depois, a ULS Santa Maria confirma ao Observador que, “até à data, não chegou, nos termos do despacho, nenhuma proposta enviada pelo Gabinete Jurídico ao Conselho de Administração”. Ou seja, nenhum utente foi processado, facto com o qual a instituição “se congratula”.

Na mesma resposta, o Santa Maria reitera que “não existe qualquer triagem por nenhum profissional ou serviço ou censura de comentários nas redes sociais da ULS Santa Maria” e garante que é sempre respeitada a liberdade de expressão. A ULS adianta que o despacho continua em vigor, mas “espera convictamente nunca ter de avançar com qualquer processo nesta área”.

Em agosto de 2024, a medida levou a críticas dos partidos, com destaque para a Iniciativa Liberal, que chamou o presidente da Unidade Local de Saúde de Santa Maria de urgência ao Parlamento.

Iniciativa Liberal quer ouvir o presidente do Hospital de Santa Maria com caráter de urgência devido a ameaça de processos a utentes

Na audição, já em outubro de 2024, Carlos Martins reforçou a ideia de que a medida não configurava um ato de censura, mas sublinhou que “casos graves obrigarão a instituição a reagir”. O responsável garantiu também que não estava arrependido de ter emitido o despacho — ao contrário do que foi dito pelo ex-ministro e ex-presidente do Santa Maria Adalberto Campos Fernandes, na Rádio Observador.

Presidente do Santa Maria garante que não foram instaurados processos a utentes mas avisa que casos graves “obrigarão instituição a reagir”

Supertaça feminina vai decorrer no Estoril

A Supertaça feminina de futebol, entre Benfica e Torreense, está marcada para 7 de setembro, às 17h15.

O jogo vai decorrer no Estádio António Coimbra da Mota, no Estoril.

O Benfica é campeão nacional e o Torreense conquistou a Taça de Portugal, precisamente contra as encarnadas.

Apanhados pelo ecrã gigante: empresário trai mulher com funcionária em concerto dos Coldplay

É o assunto do momento nas redes sociais. Andy Byron, o CEO da empresa de software Astronomer, foi apanhado a trair a mulher com a diretora de recursos humanos da empresa num concerto dos Coldplay, em Boston. Os dois, casados e com filhos, apareceram abraçados no ecrã gigante e quando perceberam o que estava a acontecer, separaram-se com um ar muito comprometido. Chris Martin, o vocalista da banda, reparou na estranha atitude e atirou: “Ou estão a ter um caso ou são muito tímidos!” Andy Byron, entretanto, pediu desculpas à mulher num comunicado, frisando que um “momento privado tornou-se público”, sem o seu consentimento. Fala-se em divórcio. (Vídeo Twitter)

Marcelo tem dúvidas e questionou Governo sobre decreto de privatização da TAP

O Presidente da República colocou questões ao Governo sobre o decreto-lei de privatização da TAP. A informação foi avançada pela RTP que acrescenta que Marcelo Rebelo de Sousa tem dúvidas sobre a interpretação de algumas cláusulas do diploma que prevê a venda de 49,9% da companhia.

Entre as dúvidas manifestada pelo Presidente, e que foram entretanto confirmadas pelo Observador, estão eventuais operações sobre o património imobiliário da TAP — as instalações ocupadas no atual aeroporto de Lisboa que o Governo quer excluir da privatização, alterações na estrutura de capital no contexto do concurso e ainda questões relativas à insolvência da ex-TAP SGPS (rebatizada Siavilo) que foi declarada no início desta semana pelo tribunal no decorrer do pedido da própria TAP.

Do lado desta “TAP” má, esvaziada de ativos, ficou a dívida de 178 milhões de euros reclamada pela companhia brasileira Azul e que o próprio Governo reconhece ser uma das contingências que podem afetar o valor das ofertas pela transportadora.

Tribunal declara insolvência da antiga TAP SGPS

Sobre a privatização da TAP, Marcelo Rebelo de Sousa já tinha manifestado a intenção de promulgar o decreto-lei aprovado pelo atual Governo, desde que ultrapassasse as questões que o levaram a vetar o diploma aprovado pelo Executivo de António Costa em 2023.

Segundo o Presidente, o diploma assegura a “prevalência de Portugal e do Estado português, porque é minoritária a parte estrangeira”, ao contrário da privatização de 2023 que previa a venda de até 100% do capital da TAP. Marcelo valorizou ainda o facto de ter sido “previamente informado por Luís Montenegro de todo o plano delineado para a companhia aérea”.

Marcelo Rebelo de Sousa descarta veto presidencial à privatização da TAP se for na linha do anunciado. “Não há razão para não deixar passar”

Apesar de o decreto-lei de privatização ter sido aprovado há quase um mês, só no início desta semana o diploma chegou à Presidência da República remetido pela Presidência do Conselho de Ministros, o que suscitou agora as perguntas enviadas ao Governo.

Questionado pelos jornalistas na semana passada, o ministro das Infraestruturas afirmou não ter informação de que o Presidente tivesse dúvidas sobre o diploma. Em declarações aos jornalistas, à margem da apresentação da estratégia para os portos realizada na quarta-feira da semana passada, Miguel Pinto Luz admitiu que o caderno de encargos pudesse ser publicado brevemente, eventualmente durante esta semana. A publicação desta fase da operação depende da promulgação do decreto pelo Presidente.

O Observador questionou os ministérios das Finanças e das Infraestruturas para confirmar estas dúvidas do Presidente, bem como a Presidência da República, não tendo sido possível obter mais esclarecimentos.

“O calor é um assassino silencioso”. Afinal, porque é que as ondas de calor estão a piorar?

Alterações climáticas

07 ago, 2025 – 17:31 • Beatriz Pereira

As ondas de calor, que bateram recordes em todo o mundo este ano, com alertas emitidos em várias regiões, provocam todos os anos milhares de mortes, que podiam ser “evitadas”, explicam os especialistas. As alterações climáticas são o principal fator responsável por uma série de eventos climáticos extremos que se tem sentido em todo o mundo. Só o último mês de julho quebrou uma sequência de recordes, tornando-se o terceiro mais quente de que há registo

Governo cria mecanismo permanente de apoio a prejuízos dos incêndios

O Governo vai criar um regime permanente para dar resposta aos prejuízos causados pelos incêndios.

A medida deverá entrar em vigor ainda este verão, anunciou a ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, em declarações no final do Conselho de Ministros.

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A governante fez ainda um balanço dos danos dos últimos incêndios, já apurados: “Esses danos já identificados incidem sobretudo sobre bens naturais e agrícolas e, num número residual, sobre casas e fábricas. O Conselho de Ministros decidiu que, diferentemente do que aconteceu em tempos anteriores, em que se tomaram decisões fogo a fogo, se deveria preparar um novo regime estrutural e permanente para apoio aos prejuízos causados pelos grandes incêndios. Deseja-se que este regime entre em vigor ainda este verão”.

Governo quer penas mais pesadas e prevenção

Entre as medidas aprovadas no Conselho de Ministros desta quinta-feira está ainda o reforço da política criminal sobre incêndios e a possibilidade de agravamento das penas.

“Alterar a política criminal dando maior prioridade a uma maior agravamento do quadro sancionatório dos crimes relacionados com a geração de incêndios”, declarou a ministra da Administração Interna.

Para Maria Lúcia Amaral, parece haver “largo consenso quanto ao facto de termos vindo a aprender que o chamado crime de incêndio florestal causa grave dano comunitário e, por isso, deve ter nesta lei de política criminal uma consideração especial, nomeadamente na prioridade que deve ser dada na sua investigação”.

Incêndios. Estado de alerta prolongado até dia 13 de agosto

O Governo decidiu também retomar o Plano de Intervenção para a Floresta 2025-2050, apresentado em março pelo anterior executivo. O objetivo é prevenir incêndios, “valorizar a economia da floresta, clarificar a propriedade e melhorar o modelo de governação do setor”.

“É um plano que foi já discutido preliminarmente em Conselho de Ministros, mas ainda não aprovado, e que será aprovado até ao final do ano, com um investimento médio anual de 246 milhões de euros até 2050”, explicou.

A ministra reafirmou que Portugal ainda não precisa de recorrer à ajuda de Bruxelas no combate aos incêndios das últimas semanas, apesar da disponibilidade manifestada.

“Como ainda não chegamos, felizmente, e contamos não chegar à verificação que já não somos capazes de debelar um problema pelos nossos próprios meios, levamos muito a sério esta condição de última instância no recurso à ajuda externa, à ajuda europeia”, salientou.

Lembrando que a “dimensão de última instância” do pedido de ajuda europeia sempre existiu, Maria Lúcia Amaral defendeu que tal é ainda mais importante numa altura em que “o sul da Europa está em geral a braços com o mesmo problema” de incêndios florestais.

O Governo decidiu, entretanto, prolongar até 13 de agosto o alerta de incêndio que terminava esta quinta-feira.

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