Dezoito detidos em Albufeira em ações da GNR sobretudo locais de diversão noturna

A GNR deteve 18 pessoas e apreendeu mais de três mil doses de droga em Albufeira, nos últimos dias, no âmbito de várias ações de fiscalização que visaram sobretudo locais de diversão noturna, foi anunciado esta terça-feira.

As detenções aconteceram no âmbito de “ações de fiscalização, policiamento e combate à criminalidade, com especial incidência nos principais locais de diversão noturna do concelho de Albufeira”, que aconteceram entre 30 de julho e 04 de agosto, de acordo com a GNR, num comunicado hoje divulgado.

Estas ações têm como objetivo “a prevenção e repressão de comportamentos ilícitos, no âmbito do reforço operacional orientado para a promoção da segurança e tranquilidade pública”, .

Os detidos são 17 homens, com idades entre os 18 e os 56 anos, e uma mulher de 36 anos.

Dez detenções aconteceram por tráfico de droga, duas por injúria agravada, outras duas para cumprimento de mandados judiciais, uma por importunação sexual, outra por posse de arma proibida, uma outra por resistência e coação sobre funcionários, e ainda outra por condução sob o efeito de álcool.

Os detidos foram todos constituídos arguidos.

No âmbito das mesmas ações de fiscalização e policiamento, a GNR apreendeu 1.127 doses de cocaína, 1.076 doses de haxixe, 668 doses de liamba, 259 doses de anfetaminas, 160 doses de MDMA, 143 gramas de cetamina, um punhal, um bastão extensível, uma soqueira, três telemóveis, duas balanças de precisão e 7.025 euros e 220 libras em dinheiro.

A segurança em Albufeira tem estado em foco nas últimas semanas, com o registo de desacatos provocados por turistas, embora a autarquia rejeite haver um aumento da criminalidade no concelho, por considerar que os dados estatísticos de crimes por número de habitantes não refletem o aumento de população, que no verão chega a quadruplicar no concelho devido aos visitantes.

Na semana passada, a Câmara Municipal de Albufeira anunciou que iria haver no concelho um reforço de 40 militares da GNR, destinado a incrementar a segurança num dos principais destinos turísticos do país, após um pedido daquela autarquia ao Governo.

Psicologia do Desporto: Uma necessidade ou um luxo?

A psicologia do desporto já não é um “luxo” reservado a equipas milionárias ou a atletas que chegam ao topo. Hoje, é uma necessidade. A pressão por resultados, o desgaste emocional, as lesões, a gestão de expectativas (próprias e dos outros), o equilíbrio vida/trabalho… Tudo isto tem impacto direto no rendimento e na saúde mental de quem vive o desporto por dentro. E é aí que entra a psicologia do desporto — com profissionais preparados para lidar com estas exigências.

Mas atenção: não basta “gostar de desporto” ou “ser psicólogo”. Trabalhar com atletas e equipas exige uma preparação muito específica. Um psicólogo especializado em desporto conhece o contexto competitivo, sabe o que acontece num balneário, percebe a linguagem dos treinos, dos ciclos competitivos, das lesões, das emoções à flor da pele. E, acima de tudo, sabe intervir de forma ajustada, prática e eficaz.

Peguemos num exemplo recente: a tenista britânica Emma Raducanu, depois de vencer o US Open com apenas 18 anos, viu-se de repente no centro de todas as atenções. Lesões, expectativas descontroladas, mudanças constantes de equipa técnica. Recentemente, em entrevista à BBC, confessou que não estava minimamente preparada para tudo aquilo. Disse que “não sabia o que era estar bem de saúde mental”, porque estava sempre no “modo sobrevivência”. Onde estava a estrutura para a ajudar a gerir esse impacto? Um psicólogo do desporto podia ter sido peça-chave para lidar com essa transição repentina do anonimato ao estrelato.

Outro exemplo: a seleção inglesa de futebol, depois da derrota no Euro 2020. Gareth Southgate, o selecionador, falou várias vezes sobre a importância do apoio psicológico para lidar com o falhanço nos penáltis. Na preparação para o Mundial, a federação investiu na vertente mental e não apenas para os atletas, mas para toda a estrutura técnica. Não se trata apenas de “acalmar os nervos”. Trata-se de treinar a mente, tal como se treina o corpo.

E não, isto não é só para atletas de alta competição. Um jovem que está numa formação desportiva precisa de saber lidar com frustrações, com a comparação constante, com lesões, com a dúvida: “Será que vou conseguir ser profissional?” Um treinador precisa de ferramentas para comunicar melhor, gerir conflitos, liderar sem queimar os seus. Um clube precisa de criar ambientes psicologicamente seguros, onde o erro faz parte do processo e não é um crime.

Para isso, é necessária formação avançada e específica para psicólogos, preparando-os para atuar com conhecimento técnico, sensibilidade e impacto. Precisamos de mais psicólogos do desporto. Bem preparados. Bem posicionados. E, acima de tudo, psicólogos do desporto que façam a diferença num setor que ainda resiste a falar de emoções, mas que precisa — urgentemente — de aprender a geri-las.


O autor escreve segundo o Acordo Ortográfico de 1990

Netanyahu convoca gabinete de segurança para ocupar Faixa de Gaza

Acompanhe o nosso liveblog sobre o conflito Israelo-palestiniano.

O primeiro-ministro israelita convocou uma reunião do gabinete de segurança para analisar “uma ocupação total da Faixa de Gaza”, revelou um alto funcionário à imprensa israelita, informação confirmada à EFE por fontes do gabinete de Benjamin Netanyahu.

“O primeiro-ministro vai convocar um encontro sobre segurança amanhã [esta terça-feira] a propósito da continuação dos combates e da sua expansão para áreas onde se teme a presença de reféns. As forças de segurança opõem-se a manobras em locais onde os reféns estão a ser mantidos, por receio de os ferir”, segundo um comunicado a que a agência EFE teve acesso.

Durante um encontro com a imprensa israelita, o porta-voz de Benjamin Netanyahu declarou: “A sorte está lançada: ocuparemos completamente a Faixa de Gaza”, segundo o jornal Yedioth Ahronoth.

“Haverá operações incluindo nas zonas onde os reféns estão a ser mantidos. Se o Chefe do Estado-Maior não concordar, deverá demitir-se”, disse, referindo-se a Eyal Zamir, perante a oposição do setor de segurança a esta medida.

Fontes próximas do Governo disseram à EFE que a reunião do gabinete de segurança, que decide o rumo da ofensiva em Gaza e é composto por elementos de ministérios relevantes e outros altos funcionários de segurança, ainda não terminou.

Na tarde de segunda-feira, pouco antes do anúncio, a imprensa local anunciou que o Chefe do Estado-Maior, Eyal Zamir, tinha cancelado a visita prevista aos Estados Unidos.

Após a revelação das intenções do presidente, o Exército respondeu com um comunicado, anunciando o cancelamento da extensão do serviço às tropas terrestres regulares, que vigorava até 2025.

Foi decidido dar algum alento aos soldados“, dizia o comunicado, “tendo em conta os intensos combates em vários setores das Forças Armadas nos últimos dois anos.”

Segundo o The Times of Israel, a oposição das Forças Armadas decorre da preocupação de que as milícias palestinianas em Gaza executem reféns à medida que as tropas avançam, como aconteceu no final de agosto de 2024 com seis reféns, encontrados a 1 de setembro.

As Forças Armadas acreditam também que destruir a rede do Hamas pode levar anos.

Decretada prisão domiciliária a Bolsonaro

Os EUA criticaram a prisão domiciliaria decretada a Jair Bolsonaro. O Governo de Trump garante que vai responsabilizar os envolvidos; e terá um plano pronto há pelo menos duas semanas, com respostas predefinidas para cada ação da Justiça ou governo brasileiro. O Supremo Tribunal Federal do Brasil (STF) decretou, esta segunda-feira, prisão domiciliária para Jair Bolsonaro, por incumprimento de medidas cautelares impostas no processo de tentativa de golpe de Estado. No entanto, a defesa afirmou que o ex-presidente brasileiro não incumpriu com nenhuma medida cautelar e que vai recorrer do decreto de prisão domiciliária imposto pelo STF do Brasil. “A

Maioria dos estudantes da academia do Porto aceita semana de 4 dias

A maioria (80%) dos estudantes da academia do Porto aceita a semana de quatro dias no ensino superior porque promove uma maior “motivação, concentração, saúde mental e gestão da vida pessoal e académica”, concluiu um inquérito.

Um inquérito da Federação Académica do Porto (FAP), realizado entre 28 de maio e 30 de junho, com 1.824 respostas válidas, revela que “80% dos estudantes da academia do Porto identificam benefícios, nomeadamente o aumento da motivação, concentração, saúde mental, melhor gestão entre a vida pessoal, familiar e académica” com a introdução da semana de quatro dias no ensino superior.

“Sete em cada dez estudantes inquiridos referem sentir-se mais motivados, com mais energia e maior capacidade de conciliar os estudos com a vida familiar, quando ponderam a hipótese de uma semana de quatro dias no ensino superior”, lê-se no documento ao qual a Lusa teve acesso esta terça-feira.

Sobre a capacidade de concentração e qualidade do sono, aspetos que se encontram interligados, seis em cada dez estudantes inquiridos consideraram que esta medida dos quatro dias por semana no ensino superior “seria bastante positiva”.

Na área da saúde mental, o impacto seria igualmente notado.

Mais de metade dos estudantes acredita que a semana de quatro dias pode contribuir para a “redução de stress, ansiedade e sintomas de depressão”.

O inquérito incidiu sobre aspetos relacionados com a saúde, equilíbrio familiar e disposição para atividades diárias.

O presidente da FAP alerta, contudo, que a semana de quatro dias não pode significar a concentração de 21 horas de aulas nesses dias.

“Propomos um novo paradigma, que conjugue a redução da carga horária com a inovação pedagógica, através da implementação de métodos de ensino e de avaliação mais adequados.”

Em maio, numa entrevista à Lusa, o presidente da FAP avisava que a FAP ia pedir ao próximo governo de Portugal que avançasse com a implementação piloto da semana de quatro dias no ensino superior no Porto, defendendo que a semana mais curta seria uma “inevitabilidade”.

A FAP defende a semana de quatro dias já para o próximo ano letivo e enviou esta terça-feira uma carta aberta aos diretores e presidentes das unidades orgânicas das Instituições de Ensino Superior do Porto a apelar à implementação da semana académica de quatro dias já no próximo ano letivo.

O pedido surge na sequência de um inquérito realizado pela FAP, em colaboração com o Instituto de Sociologia da Universidade do Porto, cujos resultados revelam que 80% dos estudantes da academia do Porto identificam benefícios.

Além dum maior equilíbrio entre a vida pessoal e académica, a redução da carga horária contribuiria para diminuir o tempo gasto em deslocações e atenuar a crise no alojamento estudantil.

O inquérito teve alunos com uma idade média de 20,9 anos e 68% encontram-se a frequentar cursos de licenciatura, onde a carga horária tende a ser mais elevada.

Sessenta por cento (60%) dos inquiridos estão inscritos na Universidade do Porto, 30% no Instituto Politécnico do Porto, 4% na Escola Superior de Enfermagem e os restantes 6% frequentam instituições do Ensino Superior Privado ou Cooperativo.

“Portugal está entre os países europeus com maior carga horária em sala de aula. Em média, os estudantes portugueses têm mais 21 horas de atividades letivas do que a Alemanha, Reino Unido ou Itália, e o dobro da Suécia”, argumenta o presidente da FAP.

Segundo Francisco Fernandes, um estudante a tempo inteiro, num curso de licenciatura, dedica “46 horas por semana às atividades académicas, entre aulas, estudo e avaliações”.

X-railgun: nova arma hipersónica chinesa dispara projéteis a Mach 7

O novo canhão eletromagnético chinês, um railgun em forma de X, permite uma aceleração extrema sem que os campos magnéticos interfiram entre si. O resultado é uma arma com grande potencial destrutivo, com alcance e poder de fogo aumentados. A China deu um passo decisivo na corrida armamentista ao apresentar um canhão eletromagnético terrestre capaz de disparar projéteis a velocidades de até Mach 7. Segundo o South China Morning Post, o novo railgun, desenvolvido pelo Exército Popular de Libertação da China (PLA), representa uma aposta estratégica na artilharia hipersónica de longo alcance. O sistema, a que foi dado o nome

Israel avança para ocupação total da Faixa de Gaza

Oposição das Forças Armadas teme que Hamas execute reféns em resposta ao anúncio de Netanyahu, que garantiu: “ocuparemos completamente a Faixa de Gaza”. O primeiro-ministro israelita convocou uma reunião do gabinete de segurança para analisar “uma ocupação total da Faixa de Gaza“, revelou um alto funcionário à imprensa israelita, informação confirmada à EFE por fontes do gabinete de Benjamin Netanyahu. “O primeiro-ministro vai convocar um encontro sobre segurança amanhã [esta terça-feira] a propósito da continuação dos combates e da sua expansão para áreas onde se teme a presença de reféns. As forças de segurança opõem-se a manobras em locais onde

Incêndios. Alterações climáticas favorecem ignições mas não as provocam

Acompanhe o nosso liveblog sobre a situação dos incêndios em Portugal.

O especialista em alterações climáticas Filipe Duarte Santos considera que as mudanças do clima favorecem os grandes incêndios mas nega uma relação direta porque, diz, só há incêndios porque há ignições.

“As condições meteorológicas são cada vez mais favoráveis a incêndios de grande dimensão, mas para haver incêndios é necessário que haja ignições. De maneira que a forma de evitar estar nesta situação difícil, e que progressivamente se torna pior, é fazer um esforço muito maior para que haja um mínimo de ignições”, disse o responsável à Lusa.

A propósito dos grandes incêndios dos últimos dias, questionado sobre se, com as alterações climáticas, Portugal está condenado a ter cada vez mais incêndios, Filipe Duarte Santos disse que tal só acontecerá se nada for feito, sendo que o que há a fazer é impedir as ignições.

É certo que, disse, as alterações climáticas favorecem condições meteorológicas muito propícias a incêndios rurais, com as temperaturas muito elevadas, um solo muito seco, e este ano sobretudo muita biomassa, por o último inverno ter sido muito húmido.

“Se vamos ter situações cada vez piores depende muito se formos capazes ou não de diminuir o número de ignições, que tem baixado, mas relativamente pouco. Continua a haver muitas ignições por dia, a todas as horas”, durante a tarde, noite ou madrugada.

Assim, resumiu o professor universitário e presidente do Conselho Nacional de Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, com incêndios cada vez mais perigosos, descontrolados, ventos fortes e humidades baixas, e temperaturas elevadas, “o que seria necessário era praticamente não haver ignições”, cuja maioria é de origem humana.

Filipe Duarte Santos disse que há também que resolver outra “situação singular” de Portugal, que é na União Europeia o país com a maior percentagem de área ardida em relação à área total continental.

Citando o Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS na sigla original) Filipe Duarte Santos salientou que em média, de 2006 a 2024, o volume de área ardida representa 1,05% da área de Portugal continental. A seguir surge a Grécia, com 0,38%, e depois o Chipre, com 0,32%.

“Uma das coisas que é necessário compreender é porque é que isto é assim”.

O especialista, geofísico de formação, sugere uma explicação: “penso que isso tem a ver com o facto de a propriedade florestal, os prédios rústicos, ter uma enorme fragmentação”.

No anterior governo, explicou, foi constituído um grupo de trabalho para a propriedade rústica que concluiu que no país existem 10,5 milhões de propriedades rústicas, sobretudo no centro e norte do país, no centro com uma média de 0,6 hectares de dimensão.

“Isso tira valor económico às propriedades rústicas”, disse, referindo ainda que 30% das propriedades são de heranças indivisas, com proprietários espalhados por países como Brasil ou França ou Inglaterra, com muitos herdeiros, dispersos muitas vezes.

“Enquanto não dermos valor económico à propriedade rústica em Portugal, o que muito provavelmente exigirá o emparcelamento, é isto (os incêndios) que vai continuar a acontecer, porque essas parcelas com floresta, ou com mato, estão praticamente abandonadas, e uma coisa que está abandonada não tem valor”, alertou.

Especialmente desde a última semana os incêndios têm consumido vastas áreas, principalmente no centro e norte do país.

O pânico da crise das abelhas é manifestamente exagerado

Nunca houve tantas abelhas-do-mel no mundo como hoje. Então, de onde vem o alarme? Afinal, as abelhas não estão em perigo. Estão, na verdade, a prosperar globalmente, apesar dos constantes alarmes emitidos para salvar o polinizador mais importante para a humanidade, avança a BBC Science Focus. Entimologista, Adam Hart nota na revista que a suposta iminente extinção das abelhas e o colapso da produção alimentar não corresponde propriamente à realidade. Apesar dos desafios, os números contrariam os relatos de declínio: segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), o número global de colónias de abelhas-do-mel aumentou

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