Em direto/ Incêndio de Vila Real em resolução. Fogos na Covilhã, Tabuaço e Trancoso combatidos por mais de mil bombeiros

Cerca de 120 concelhos do interior Norte e Centro e Algarve em risco máximo de incêndio

Cerca de 120 municípios do interior Norte e centro do país e da região do Algarve estão hoje em risco máximo de incêndio, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Estão sob risco máximo de incêndio todos os concelhos dos distritos de Bragança e Guarda e a maioria dos de Viseu e Castelo Branco.

Também em risco máximo estão dezenas de municípios dos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Leiria, Santarém, Portalegre e Faro.

Em risco muito elevado estão cerca de 50 concelhos nos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila Real, Aveiro, Coimbra, Viseu, Leiria, Lisboa, Castelo Branco, Portalegre, Beja e Faro.

O IPMA colocou em risco elevado quase toda a região do Alentejo e outros cerca de 30 municípios nos distritos de Faro, Lisboa, Setúbal, Coimbra, Leiria, Aveiro, Porto e Braga.

Sob risco moderado estão dezenas de municípios, quase todos no litoral do país, nos distritos de Lisboa, Aveiro e Porto.

Projeto de loucos: Chrysalis sonha com viagem de 400 anos ao Espaço com 2400 pessoas a bordo

Uma nave espacial hipotética com 58 quilómetros de comprimento, capacidade para 2400 pessoas, e que, dentro de 400 anos, poderia chegar ao sistema estelar mais próximo ganhou um conceituado prémio de naves hipotéticas para viagens interestelares. O júri considerou o projeto credível. Um grupo de cinco engenheiros desenhou uma nave espacial que poderia levar até 2400 pessoas numa viagem até Alpha Centauri, o sistema estelar mais próximo do nosso. A nave, chamada Chrysalis, poderia fazer 40 biliões de quilómetros em cerca de 400 anos, dizem os engenheiros no resumo de projeto. A Chrysalis, que mede 58 quilómetros, é desenhada para

Em direto/ Mark Rutte considera que Ucrânia tem de estar envolvida numa solução de paz para a guerra com a Rússia

Rutte defende envolvimento da Ucrânia, mas realça importância do encontro no Alasca: “É importante ver o quão sério Putin está”

O secretário-geral da NATO considera que o encontro de sexta-feira entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, será importante para aferir da seriedade do líder russo sobre um fim para a guerra na Ucrânia.

“Quando se trata de negociações de paz, do cessar-fogo e do que acontecerá depois disso nos territórios, das garantias de segurança para a Ucrânia, a Ucrânia terá de estar e estará envolvida. Mas na sexta-feira, é importante ver o quão sério Putin está”, afirmou Mark Rutte, em entrevista à CBS News.

Rutte realçou, todavia, que esta reunião entre os dois chefes de Estado não será sinónimo de um ponto final no conflito: “Não será a palavra final sobre isso. Não haverá um acordo final sobre isso. É claro que a Ucrânia terá que estar envolvida. O que acontecerá na sexta-feira é um teste de Putin pelo presidente Trump. E eu o elogio-o pelo facto de ter organizado esta reunião”.

O secretário-geral da NATO apontou ainda Putin como a “principal ameaça” à aliança ocidental e defendeu que o líder russo “não tem nada a dizer relativamente à postura da organização em países vizinhos, como a Letónia, a Lituânia, a Estónia, a Finlândia e a Polónia.

Estar no hospital “era uma escuridão”. Em casa, há mais ânimo e profissionais de saúde cuidam “com gosto”

No último mês, João Fonseca viu as forças fugirem-lhe. Apesar de ter 94 anos, não foi a idade que lhe levou a autonomia. A culpada foi uma infecção que se formou junto do aparelhinho que controla os seus batimentos cardíacos, o pacemaker. No entanto, a bactéria – que ainda está a combater – não foi a única que o “botou abaixo”. O internamento no Hospital de Braga afastou-o da sua “casinha”, obrigou-o a alhear-se do seu quintal, dos gatos, das conversas e do conforto do seu quarto. Apesar de ter visitas diárias da filha, Maria, e da neta, o sentimento de solidão não passava. “Vou dizer-lhe a verdade, menina. O hospital é bom. Come-se bem. Já tinha lá a minha malta e eram todos meus amigos. Mas não me dava lá”, admite João, ao PÚBLICO. “De manhã, levantava-me, sentava-me até à noite e, depois, voltava para a cama. Não podia andar a pé. E, como estava num quarto sozinho, não tinha ninguém com quem falar. Era uma escuridão.”

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Há mais procura por solos rústicos, mas não para habitação

Mais de oito meses depois de o Governo ter alterado aquela que tem sido apelidada de lei dos solos, com o objectivo de disponibilizar mais terrenos para a construção de habitação, o mercado está longe de começar a comportar-se como era esperado pelo executivo. A procura por este tipo de terrenos rústicos está a crescer e, com ela, os preços também vão registando aumentos em várias regiões, ainda que não haja uma tendência bem definida a nível nacional. Mas, ao contrário daquele que era o objectivo do Governo com as alterações feitas àquela lei, não é a construção de habitação que está a motivar esta evolução. A procura é feita, sobretudo, por investidores que planeiam desenvolver projectos agrícolas ou expandir aqueles que já detêm.

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Linha da Beira Alta. No bar da estação de Nelas a espera pelo comboio custa 900€ por mês

Apesar dos autocarros de transporte alternativo seguirem apinhados de gente, é como se nem vissem o seu bar.

“Há bastantes autocarros, passam 22 autocarros por dia, 11 para cada lado. Os familiares trazem cá os estudantes, naquele passeio ali à frente estão 30, 40, 50 pessoas, mas atravessa a rua um ou dois para uma garrafa de água ou um café. Estando aqui na plataforma é diferente. As pessoas passam, olham para a vitrine, levam uma sandes, levam um bolo, levam uma bebida, levam uma revista, é diferente”, observa.

Cheira a novo na Estação de Nelas, mas falta o mais importante, o som do comboio a apitar.

“A plataforma, toda a gente diz que está muito linda, os degraus dos comboios vão ficar ao nível da plataforma, ou seja, o passageiro entra logo diretamente na carreira dos comboios, já escusa de subir aqueles três degraus. O Intercidades fazia 3 horas e 15 minutos no passado. E agora eles vão tentar reduzir isso para 2 horas e 50. Eu até costumo brincar com os clientes: ‘está mais bonito que a Gare do Oriente em Lisboa’ e eles riem-se…”, conta Luís Bernardino.

Incêndios. Quase 2.000 operacionais combatem chamas em Portugal continental

Um total de 1.965 operacionais e 644 meios estavam no terreno pelas 4h15 de hoje a combater os incêndios que lavram em Portugal continental, mais de metade dos quais no combate às chamas na região das Beiras e Serra da Estrela.

A página oficial da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) dá conta que o incêndio em Trancoso e Freches, o maior neste momento ativo, está a mobilizar 591 operacionais e 206 meios terrestres, e as chamas em Covilhã, Sobral de São Miguel, mobilizam 406 operacionais e 127 meios.

Num balanço sumário à Lusa, fonte do Comando Subregional das Beiras e Serra da Estrela afirmou que “a situação está a evoluir favoravelmente”, que “algumas situações já estão em situação de rescaldo, mas as três frentes continuam ativas”.

“Não há populações em risco, mas não podemos dar mais pormenores”, acrescentou a mesma fonte.

No Douro, o incêndio de Sirarelhos, Vila Real, mobiliza a esta hora 382 operacionais e 130 meios, e o de Moimenta concentra 198 operacionais e 57 meios. No incêndio que lavra em Tabuaço desde a noite de sábado combatem as chamas 107 operacionais apoiados por 72 meios.

Portugal está em situação de alerta devido ao agravamento das previsões meteorológicas, que apontam para uma subida das temperaturas esta segunda-feira e um risco significativo de incêndio rural. Só a partir de dia 13 se prevê a descida das temperaturas.

Durante este período é proibido o acesso, circulação e permanência no interior dos espaços florestais, de acordo com os planos municipais de defesa da floresta contra incêndios, bem como a realização de queimas e queimadas, ficando igualmente suspensas as autorizações emitidas para esse período.

A situação de alerta implica também proibição de realização de trabalhos nos espaços florestais e rurais com o recurso a maquinaria e o uso de fogo-de-artifício e outros artefactos pirotécnicos. Neste caso, também as autorizações já emitidas ficam suspensas.

Austrália anuncia que vai reconhecer Estado da Palestina em setembro

O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, anunciou esta segunda-feira que reconhecerá o Estado da Palestina durante a Assembleia das Nações Unidas que ocorrerá em setembro próximo, uma iniciativa semelhante à de países como França e Reino Unido.

“A solução de dois Estados é a melhor esperança da humanidade para quebrar o ciclo de violência no Médio Oriente e pôr fim ao conflito, ao sofrimento e à fome em Gaza”, disse Albanese durante uma conferência de imprensa, transmitida pela estação pública de televisão ABC.

A decisão foi tomada durante uma reunião do Conselho de Ministros do país esta manhã em Camberra e surge após as críticas a Israel sobre os planos anunciados pelo gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, de ocupar a cidade de Gaza.

“A situação em Gaza ultrapassou os piores receios do mundo. Perderam-se demasiadas vidas inocentes. O Governo israelita continua a desafiar o direito internacional e a negar ajuda suficiente, alimentos e água a pessoas desesperadas (…). Trata-se de muito mais do que traçar uma linha num mapa, trata-se de lançar uma bóia salva-vidas à legalidade de Gaza”, sublinhou Albanese.

O primeiro-ministro australiano revelou que, nas últimas semanas, conversou sobre o assunto com o Presidente francês, Emmanuel Macron, e com o seu homólogo britânico, Keir Starmer, entre outros líderes que também anunciaram que reconhecerão a Palestina.

Antes das declarações de Albanese, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, criticou no domingo os passos de várias nações no sentido do reconhecimento da Palestina, classificando-os de “vergonhosos”.

“Deixámos claro que reconheceríamos a Palestina quando isso contribuísse melhor para o impulso à paz. Setembro é o momento. Quando o mundo diz que isto já durou demasiado tempo. Quando o mundo diz que o sofrimento, a morte e a destruição devem acabar”, afirmou a ministra das Relações Exteriores australiana, Penny Wong.

Camberra tem demonstrado em várias ocasiões a sua preocupação com a divisão criada na sociedade australiana em consequência da guerra em Gaza, e criou mesmo dois cargos especiais para combater o crescente antissemitismo e a islamofobia na nação australiana.

IL quer que lei de estrangeiros entre em vigor “o mais depressa possível”

A presidente da Iniciativa Liberal (IL) disse este domingo que o Governo podia ter evitado o impasse na lei de estrangeiros porque preferiu “não ouvir ninguém” e considerou “importante” que a lei entre em vigor “o mais depressa possível”.

“Há alguma urgência nesta questão, sendo que obviamente não podemos também deixar de criticar que, por conta de uma suposta urgência, o Governo também acabou por ir longe demais, não quis ouvir ninguém, Não quis sequer esperar pelos pareceres que estão legalmente previstos. Essa actuação acabou por ser contraproducente”, disse Mariana Leitão.

Em Valongo, no distrito do Porto, onde participou na apresentação dos candidatos do concelho às eleições autárquicas, Mariana Leitão disse que a “urgência” do Governo “culminou no acórdão do Tribunal Constitucional (TC) e no veto do Presidente da República, algo que poderia ter sido evitado se o Governo tivesse ouvido os vários alertas”.

“Alertas que inclusivamente, nós na IL fizemos para que se corrigissem algumas questões que, provavelmente, agora teriam evitado que chegássemos a esta situação”, disse.

A lei agora chumbada pelos juízes do TC foi aprovada em 16 de Julho na Assembleia da República, com os votos favoráveis de PSD, Chega e CDS-PP, a abstenção da IL e votos contra de PS, Livre, PCP, BE, PAN e JPP.

O TC chumbou cinco normas do decreto do Parlamento que aprova o regime jurídico de entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros do território nacional. O diploma será agora devolvido à Assembleia da República para que sejam alteradas as normas que violam a lei fundamental.

Numa carta enviada a Carlos Abreu Amorim, ministro dos Assuntos Parlamentares, a que a Lusa teve acesso e divulgada no sábado, a IL mostrou-se disponível a “negociar uma solução urgente e rigorosa” para ultrapassar qualquer impasse na lei de estrangeiros

Mariana Leitão propôs-se a dialogar com o executivo para conseguir “uma solução urgente e rigorosa”, lia-se na carta. Questionada a propósito desta disponibilidade, Mariana Leitão disse que “a questão central é ter uma lei equilibrada, proporcional, justa” e adiantou que para a IL há dois tópicos que terão de ser discutidos.

“Por um lado a questão das salvaguardas processuais, a questão dos processos dos recursos, que me parece que há espaço para aprimorarmos bastante a lei do Governo, e depois a questão do prazo, que nos parece que com o tempo de decisão, há um certo exagero na prorrogação de 18 meses para se tomar uma decisão”, descreveu.

Reiterando que a lei deve avançar com “relativa rapidez”, a presidente da IL vincou que esta deve salvaguardar várias questões, ter regras e garantir previsibilidade nos direitos e deveres.

“É importante garantir que este processo termina de forma a que a lei entre em vigor o mais depressa possível. É importante termos um quadro legal que regule as questões da imigração. Nós sempre defendemos que a imigração tem de ser feita com regras, tem também de ter um cenário de previsibilidade para quem quer imigrar saber exactamente com o que é que pode contar e tem de salvaguardar, também, a questão humanista”, referiu.

Para Mariana Leitão, é preciso, também, evitar que quem chega a Portugal fique “completamente abandonado e entregue à sua sorte, a viver em situações de completa desumanidade à mercê de exploração laboral”.

“Temos de ter um quadro legal proporcional, justo e que preveja as várias situações para que se consiga agir, nomeadamente quando há casos de imigração ilegal (…) e salvaguardar que, por exemplo, o crime de tráfico de seres humanos, que aumentou exponencialmente nos últimos anos, deixe de ter o impacto tão grande como tem tido e sirva para acabarmos com redes de auxílio à imigração ilegal e tudo mais”, concluiu.

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