Concessão do sistema de resíduos do Baixo Cávado prorrograda até final de 2026

O Conselho de Ministros aprovou a prorrogação, até 31 de dezembro de 2026, do prazo de concessão do sistema multimunicipal de triagem, recolha seletiva, valorização e tratamento de resíduos sólidos urbanos do Baixo Cávado, foi esta sexta-feira anunciado.

Em comunicado, o Conselho de Ministros refere que o objetivo é assegurar a continuidade daquele serviço e garantir “uma transição adequada” para o futuro sistema intermunicipal.

O sistema multimunicipal de triagem, recolha seletiva, valorização e tratamento de resíduos sólidos urbanos do Baixo Cávado foi criado em 1996, tendo a exploração e gestão sido concessionada, por 25 anos, à sociedade Braval.

Serve os municípios de Braga, Póvoa de Lanhoso, Vieira do Minho, Amares, Terras de Bouro e Vila Verde, que agora pretendem assumir a gestão, constituindo um sistema intermunicipal.

Será um modelo de gestão delegada em empresa do setor empresarial local, participada pelos seis municípios.

Como ainda não foi possível concluir a criação do referido sistema intermunicipal e da entidade intermunicipal, a concessão foi prorrogada até finais de 2026, de forma a manter a ininterruptibilidade das operações de gestão de resíduos urbanos.

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Antigo Cinema King em Lisboa de novo à venda por 1,7 milhões de euros

O espaço do antigo Cinema King, em Lisboa, está novamente à venda por 1,7 milhões de euros, sem ter ainda a autorização do Ministério da Cultura para desafetação de atividade cinematográfica.

Fonte da Inspeção-Geral das Atividades Culturais (IGAC) disse à Lusa, na semana passada, que o Ministério da Cultura recebeu, em maio, um pedido de desafetação de atividade cinematográfica do antigo Cinema King, mas ainda não tinha emitido parecer por falta de informações do proprietário.

“Analisado o requerimento em causa e tendo sido verificado que o mesmo carecia de vários elementos e esclarecimentos adicionais, foi solicitada informação ao requerente, aguardando-se, até à presente data, resposta à notificação efetuada pela IGAC”, explicou a mesma fonte.

Num anúncio “online” publicado por uma agência imobiliária, o antigo Cinema King, que fechou portas em 2013, é apresentado como “um espaço comercial de grande dimensão no coração de Alvalade”, com “um enorme potencial para múltiplas utilizações — clínicas, centros de escritórios, ginásios, espaços educativos, culturais ou tecnológicos, entre outros”.

Com um preço de venda de 1,7 milhões de euros, o espaço tem uma área bruta de 2.211 metros quadrados distribuídos por três pisos, e nas imagens disponibilizadas no anúncio é possível ver o interior vazio de uma das salas de cinema, sem as cadeiras.

O anúncio não explicita que o espaço pode voltar a exibir cinema, mas de acordo com a lei atual (decreto-lei 23/2014), a demolição de recintos de cinema, ou a sua afetação para outra atividade que não a cinematográfica, depende de autorização da tutela governativa da Cultura.

A autorização é emitida pelo Ministério da Cultura, com base em pareceres da IGAC.

O Cinema King era explorado desde os anos 1990 pelo produtor e exibidor Paulo Branco, que decidiu encerrar portas em 2013 por considerar que o valor da renda era “incomportável”.

O espaço do antigo cinema esteve anteriormente à venda, mas não chegou a ser concretizada. Em 2014, pouco depois do encerramento, houve uma tentativa de venda em leilão, mas foi anulada pelo administrador de insolvência e por uma comissão de credores.

As instalações eram propriedade da Sociedade Imobiliária Olívia, que entrou em processo de insolvência, e, na altura, alguns bancos estavam entre os credores das dívidas.

O Cinema King chegou a ter três salas para exibir, sobretudo, cinema independente, e nele funcionava ainda uma livraria e serviço de cafetaria.

Neste cinema, antes de se designar King, existiu originalmente o Cinema Vox — uma só sala, em plateia, com mais de 500 lugares, inaugurada em abril de 1969, que encerrou em janeiro de 1985.

Ainda nos anos 1980, durante um curto período, acolheu concertos ao vivo, sobretudo de bandas portuguesas, sob o nome Espaço Voxmania.

Rui Borges. “Um dos melhores jogos, se não o melhor”

O treinador do Sporting, Rui Borges, estava feliz com o triunfo (2-0) diante do Casa Pia e com a exibição dos seus jogadores.

A partida

“Foi uma grande exibição, sobretudo na primeira parte, em que fomos muito fortes em todos os momentos do jogo. A equipa percebeu muito bem o que tinha de fazer. Na primeira parte, o resultado peca por escasso. Tivemos uma dinâmica absurda. Desde que estou no Sporting, foi um dos melhores jogos, se não o melhor. Na segunda parte, o Casa Pia tentou reagir, ser um pouco mais pressionante. O jogo quebrou a partir das lesões, mas mantivemos a concentração e o rigor nos comportamentos. A equipa manteve-se coesa, chegámos ao 2-0 e poderíamos ter feito mais golos”.

Sistema de jogo

“A dinâmica está lá. Eles percebem claramente o que queremos. Estão a ligar-se cada vez mais. Quem olhar para o futebol de forma correta vai perceber muito bem a nossa dinâmica de jogo. É tentar ser melhor do que temos sido, acrescentar coisas. Estamos a ganhar, vimos de dois anos com muitas vitórias, mas vai ser cada vez mais difícil ganhar. Temos de nos reinventar um pouco, não abdicando do passado, porque foi bem feito. Queremos ser cada vez melhores”.

Estreia de Luis Suárez

“Fez um belíssimo jogo. Trabalhou, jogou para equipa, esteve fantástico. Tenho pena que não tenha conseguido fazer golo, porque mereceu-o. Também o Trincão, Pote, Maxi até sair, toda a linha defensiva, o Morten e o Morita, mas foi o coletivo que mais sobressaiu”.

Ricardo Mangas

“É um miúdo que conheço muito bem. Apareceu comigo, sei bem o que ele pode dar à equipa. O homem e sportinguista que é, também. Supermotivado e dentro das qualidades individuais, vai acrescentar coisas à equipa. Hoje entrou muito bem, muito dinâmico. É um jogador de corredor, bastante vertical”.

Lesões de Maxi Araújo e Diomande

São lesões para reavaliar, espero que não seja nada de grave”.

NOVA FCSH considera caso de estudante retido em Gaza inaceitável e apela a visto urgente

A Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) da Universidade Nova de Lisboa pediu hoje às autoridades portuguesas e israelitas “que atuem com urgência” na emissão de visto ao estudante palestiniano retido em Gaza, considerando ser “uma situação inaceitável”.

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Em comunicado hoje divulgado, a instituição manifestou “a sua profunda preocupação com a situação de Tarek al-Farra”, o estudante palestiniano residente na Faia de Gaza e admitido num mestrado na instituição portuguesa em Estudos Ingleses e Norte-Americanos que devia iniciar em setembro.

“Tarek al-Farra aguarda a emissão do visto de estudante, um requisito indispensável para poder sair de Gaza, processo que depende da autorização das autoridades israelitas. A NOVA FCSH tem feito todos os esforços para apoiar Tarek, mas a ausência de mecanismos eficazes que garantam a saída segura de estudantes em zonas de conflito impede a concretização do direito fundamental à educação e à segurança. Estamos perante uma situação inaceitável do ponto de vista humano e moral”, defendeu a faculdade.

Recordando que Tarek al-Farra permanece em Gaza com a família “privado de condições básicas de segurança e sobrevivência e sujeito a restrições extremas impostas pelo bloqueio”, a NOVA FCSH apelou “às autoridades portuguesas e israelitas para que atuem com urgência, garantindo a emissão rápida do visto de estudante”.

A faculdade pede também “mecanismos humanitários que permitam a saída de estudantes e investigadores de zonas de guerra, honrando os compromissos éticos e institucionais assumidos pelas universidades”.

Tarek Al-Farra, de 23 anos, está inscrito num mestrado na FCSH da Universidade NOVA de Lisboa e até já pagou parte das propinas, mas não consegue obter visto para estudar em Portugal devido à guerra.

A Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (AEFCSH) da NOVA manifestou-se, no final de julho, solidária com o caso, adiantando que se mantinha em contacto com o estudante palestiniano.

Governo dos EUA investiga procuradora de Nova Iorque que acusou Trump de fraude

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos abriu uma investigação à procuradora-geral de Nova Iorque, Letitia James, cujo gabinete processou por fraude Donald Trump, então empresário e atual Presidente, segundo os media norte-americanos.

A investigação visa determinar se James e a sua equipa abusaram da sua autoridade e violaram os direitos legais de Trump ao processá-lo, assim como às suas empresas, em 2022, noticiou a NBC News, citando três fontes próximas do caso.

O Departamento de Justiça está também a investigar se a Procuradoria-Geral de Nova Iorque violou os direitos da principal organização pró-armas do país, National Rifle Association (NRA), que também processou em 2020.

Um porta-voz da Procuradoria-Geral afirmou num comunicado que “qualquer utilização indevida do sistema judicial deve preocupar todos os americanos”.

“Apoiamos firmemente o nosso litígio bem-sucedido contra a Trump Organization e a NRA e continuaremos a defender os direitos dos nova-iorquinos”, adiantou.

Citado pelo The New York Times, o advogado de James, Abbe Lowell, afirmou que a investigação é “o exemplo mais descarado e desesperado da campanha de retaliação política do Presidente”.

Em 2023, após uma ação judicial interposta pelo Ministério Público de Nova Iorque liderado por James, Trump foi considerado culpado de fraude recorrente na Trump Organization, por inflacionar os ativos da empresa para obter ganhos financeiros.

O juiz Arthur Engoron decidiu que Trump, dois dos seus filhos (Donald Jr. e Eric), a sua empresa e dois sócios eram responsáveis por anos de fraude e ordenou o cancelamento das suas licenças de operação no estado, resolvendo a principal acusação do caso e pondo em risco os rendimentos da família.

Trump teve ainda de pagar uma multa de mais de 500 milhões de dólares (430 milhões de euros.

A sua equipa de defesa recorreu da decisão do juiz.

No seu caso contra a NRA, James obteve uma condenação judicial por fraude civil contra Wayne LaPierre, antigo líder da associação, que foi destituído do cargo após a sentença.

Desde que Trump regressou à Casa Branca, James e outros procuradores democratas processaram o seu governo várias vezes pelas suas políticas.

[Um jovem polícia é surpreendido ao terceiro dia de trabalho: a embaixada da Turquia está sob ataque terrorista. E a primeira vítima é ele. “1983: Portugal à Queima-Roupa” é a história do ano em que dois grupos terroristas internacionais atacaram em Portugal. Um comando paramilitar tomou de assalto uma embaixada em Lisboa e esta execução sumária no Algarve abalou o Médio Oriente. É narrada pela atriz Victoria Guerra, com banda sonora original dos Linda Martini. Ouça o terceiro episódio no site do Observador, na Apple Podcasts, no Spotify e no Youtube Music. E ouça o primeiro episódio aqui e o segundo aqui]

Obra Católica pede Lei dos Estrangeiros mais “humana e justa” após chumbo

A diretora da Obra Católica para as Migrações, Eugénia Quaresma, espera que a próxima versão da Lei dos Estrangeiros seja “mais humana e justa”.

O diploma aprovado no Parlamento por PSD, CDS e Chega foi chumbado esta sexta-feira pelo Tribunal Constitucional, após a fiscalização preventiva pedida pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a 24 de julho.

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Em declarações à Renascença a diretora da Obra Católica para as Migrações aplaude a decisão dos juízes do Palácio Ratton e espera que o Parlamento aproveite a oportunidade para melhorar o diploma, nomeadamente em matéria de reagrupamento familiar dos imigrantes.

“Ao voltar para a Assembleia, aquilo que esperamos é que nesta nova redação que vai ser feita relativamente ao reagrupamento familiar tenha os aspetos constitucionais em conta. Mais humana, mais justa, no fundo, os valores que o Governo diz responder estejam refletidos na nova redação da proposta de lei”, afirma Eugénia Quaresma.

A nova Lei dos Estrangeiros viola a Constituição da República Portuguesa, anunciou esta sexta-feira o Tribunal Constitucional (TC).

“O Tribunal Constitucional decidiu pronunciar-se pela inconstitucionalidade” de cinco normas, revelou a juíza relatora Joana Fernandes Costa, numa declaração no Palácio Ratton, em Lisboa.

Os juízes do TC respondem, assim, ao pedido de fiscalização preventiva enviado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

O juiz presidente do Tribunal Constitucional, José João Abrantes, detalhou que numa das normas alteradas fica em causa o reagrupamento familiar dos imigrantes.

Houston, temos um problema: morreu o astronauta Jim Lovell

O famoso astronauta da NASA, Jim Lovell, que comandou a quase desastrosa missão Apollo 13 — que foi forçada a abandonar a tentativa de alunagem em 1970 — faleceu esta quinta-feira, aos 97 anos. Morreu o astronauta Jim Lovell, comandante da missão Apollo 13, da NASA, que tornou célebre a frase “Houston, we have a problem”. A família de Lovell pediu privacidade, mas declarou estar “triste por anunciar o falecimento do nosso querido pai, Capitão da Marinha dos EUA Jim Lovell, piloto e oficial da Marinha, astronauta, líder e explorador do espaço”. Segundo um comunicado da NASA, Lovell morreu a

ANAC aplicou 1,98 milhões em coimas por voos fora dos horários autorizados no 1.º semestre

A Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) aplicou quase dois milhões de euros em coimas por incumprimento do regime jurídico relativo às faixas horárias e restrições noturnas durante o primeiro semestre de 2025.

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De acordo com os dados enviados à Lusa pelo regulador, na primeira metade do ano foram instaurados 51 processos de contraordenação e concluídos 81, num valor total de coimas aplicadas de 1.978.700 euros. Porém, a ANAC ressalva que os dados do primeiro semestre ainda não estão totalmente fechados.

Estão em causa os voos que aterraram ou descolaram entre as 00:00 e as 06:00, ultrapassando os limites diários ou semanais estabelecidos pelas atuais portarias que impõem restrições ao tráfego aéreo noturno devido ao ruído.

Sobre os incumprimentos de ruído registados em junho e no restante primeiro semestre, a autoridade adiantou que, segundo os últimos dados, até ao fim de abril, foram recebidos 595 reportes de potenciais incumprimentos que ainda estão a ser analisados, pelo que não há dados finais disponíveis.

O número de processos instaurados às transportadoras aéreas tem vindo a aumentar, passando de 202 em 2023 para 208 em 2024, o que indica um crescimento continuado da fiscalização e da aplicação das sanções.

Os processos concluídos aumentaram de 34 para 246 no mesmo período, enquanto as coimas aplicadas também dispararam, passando de 266.200 euros em 2023 para 8.721.600 euros em 2024.

No entanto, o valor total das coimas pode vir a diminuir, uma vez que nem todos os processos transitaram em julgado, estando ainda sujeitos a recurso judicial por parte das transportadoras visadas.

De acordo com a portaria de 2004, está estabelecido um máximo de 91 movimentos aéreos semanais e 26 diários entre as 00:00 e as 06:00.

A portaria condiciona ainda a autorização para movimentos no período noturno aos níveis de ruído das aeronaves utilizadas.

A associação ambientalista Zero tem alertado para o aumento dos voos fora das horas permitidas e para as consequências da poluição sonora provocada pelas aeronaves.

A Zero apelou à proibição de voos noturnos entre as 01:00 e as 05:00 já partir do verão de 2025, bem como ao reforço da fiscalização e aplicação de sanções em caso de incumprimento da legislação.

Este tema tem sido alvo de atenção no contexto da implementação das medidas de mitigação do ruído, conforme determinado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 58/2025.

A ANAC, em conjunto com a NAV Portugal, prepara a operacionalização destas medidas, apesar dos prazos poderem ser alargados devido aos exigentes requisitos da legislação europeia, como explicou fonte oficial do regulador à Lusa.

Começo de transportes intermunicipais na região de Coimbra gera várias críticas

Paragens sem horários, falta de informação e terminais em Coimbra desajustados às necessidades são algumas das críticas dos utentes aos novos transportes intermunicipais na região de Coimbra, que começaram a 01 de agosto.

O novo sistema de transportes intermunicipais, intitulado SIT (Sistema Intermunicipal de Transportes), tem gerado algum desagrado junto dos utentes ouvidos pela agência Lusa.

Apesar de reconhecerem que há mais autocarros e que as viaturas operadas pela israelita Busway têm melhores condições que o sistema anterior (assegurado pela Transdev), os utentes notam que falta informação nas paragens e várias linhas terminam agora em São José, junto ao Estádio Cidade de Coimbra, e não na zona da Baixa, como acontecia no passado.

“Não vai ao centro e isso faz falta”, disse à Lusa Alice, mesmo antes de apanhar o autocarro para Vila Nova de Poiares, naquele terminal, onde outra utente contava que teve de recorrer a um TVDE (transporte individual de passageiros a partir de plataforma eletrónica) para chegar à Baixa.

Essa é a grande crítica ouvida pela Lusa junto a essa paragem, que é o fim e início da viagem de várias linhas.

Os passageiros que se dirigem para a zona da Baixa são agora obrigados a viagens mais longas e a mais transbordos, recorrendo aos Serviços Municipalizados dos Transportes de Coimbra (SMTUC) para chegar ao destino final.

Maria Luísa, de 78 anos, a morar em Miranda do Corvo, é ainda mais contundente nas críticas: “Foi a pior coisa que fizeram”.

“Faz algum sentido acabar aqui? Quem quer ir para a Baixa tem de apanhar dois autocarros”, nota.

Ao seu lado, outra mulher, de Semide, também no concelho de Miranda do Corvo, nota que “os autocarros são melhores e têm mais condições — têm ar condicionado — e há mais horários”, mas diz que “não faz sentido a viagem acabar” junto ao estádio.

A mesma utente notou que uma viagem que durava “uma hora e pouco”, entre a Baixa e a sua casa, passa a quase duas horas e meia, face aos transbordos.

Questionada pela agência Lusa, a Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIMRC), que assegurou a concessão do sistema, afirmou que “ainda estão a ser alinhados alguns aspetos”, nomeadamente os fins das linhas.

De acordo com a CIMRC, está já a ser realizado trabalho técnico que permita a alteração da última paragem nas linhas da Estrada da Beira, passando de São José para a Portagem, na zona da Baixa.

Além do problema daquele terminal, o serviço que arrancou há uma semana não disponibiliza nas paragens qualquer horário das linhas que servem.

Em São José, onde as pessoas aguardam pelos autocarros debaixo do viaduto do Calhabé, o único sinal de que por ali poderá ser a paragem do novo sistema intermunicipal é um painel informativo desligado do SIT que anuncia uma nova mobilidade que está a chegar.

Num abrigo da Metro Mondego para serviços rodoviários alternativos do ramal da Lousã, o SIT não disponibiliza qualquer informação sobre horários, estando apenas duas folhas A4 impressas com indicações da localização das paragens em Coimbra para cada linha.

As mesmas folhas aparecem nas paragens dos SMTUC junto à gare rodoviária de Coimbra, aí sem sinalética que indique o terminal do SIT.

Já os horários só se encontram no site do SIT Região de Coimbra, em formato PDF para cada concelho.

A Lusa tentou obter esclarecimentos junto da Busway, através do único número disponibilizado no ‘site’ do SIT, mas não foi atendida, depois de 15 minutos de chamada em espera.

Sobre a ausência de sinalética e horários, a CIMRC garantiu que todas as paragens terão horários e sinalética, assegurando que a questão está a ser tratada pelo operador.

Fonte oficial da CIMRC disse ainda que será lançada uma campanha de comunicação à escala das freguesias e que os horários serão integrados na aplicação Google Maps, a quem a Região de Coimbra já enviou todos os dados necessários, acreditando que essa integração aconteça “muito em breve”.

Os municípios também vão fazer investimentos para haver um maior número de abrigos em paragens que não os têm, indicou.

“Secretamente”, Donald Trump terá enviado diretriz para destacar forças militares para o combate contra cartéis na América Latina

Desde o início da sua campanha presidencial, Donald Trump fez do combate à entrada de drogas no país uma das suas principais bandeiras. Agora, na sua segunda passagem pela Casa Branca, o Presidente terá assinado uma diretriz para garantir que vai conseguir vencer a batalha. Trump ordenou “secretamente” ao Pentágono para utilizar as forças militares norte-americanas contra cartéis na América Latina que estão assinalados como organizações terroristas, avança o New York Times, citando fontes familiares com o processo, no que é o “passo mais agressivo” desta administração para combater o narcotráfico nos EUA.

Assinado o documento, abre-se a porta para a realização de operações militares “no mar ou até mesmo em território estrangeiro” para atingir os cartéis. Numa das suas primeiras medidas enquanto Chefe de Estado, Trump catalogou oficialmente diversos destes grupos organizados como organizações terroristas e, desta forma, estendem-se as possibilidades e as formas de atacar diretamente os cartéis. Assim, podem “usar outros elementos do poder americano, entre agências de serviços secretos, o Departamento de Defesa, para ter estes grupos na mira” caso tenham uma oportunidade para atuar, explicou o Secretário de Estado Marco Rubio, numa entrevista citada pelo jornal norte-americano.

A abordagem mudou. “Temos de começar a tratá-los como organizações terroristas armadas, não apenas como organizações de tráfico de droga”, continuou o responsável pela diplomacia dos EUA. De acordo com uma porta-voz da Casa Branca, a principal prioridade de Donald Trump é “proteger a pátria”, indicando que esta razão justifica esta nova designação atribuída aos gangues e cartéis visados.

Com a medida oficializada internamente, mas ainda sem quaisquer detalhes divulgados, surgem múltiplas questões. A primeira que se coloca é sobre o tipo de operações que as forças norte-americanas vão levar a cabo. Serão apenas missões de interceção dos traficantes? Vão destacar militares para derrubar diretamente o teatro de operações dos cartéis? Ou, como questiona o New York Times, o Pentágono vai organizar excursões para eliminar suspeitos de estarem envolvidos nos grupos? As dúvidas mantêm-se, uma vez que nem a Casa Branca, o Pentágono ou até o Departamento de Justiça se pronunciaram sobre o tema quando questionados pelo jornal.

Especialistas legais consultados pelo New York Times referem que a legislação norte-americana permite apenas que a administração de Donald Trump aplique sanções contra os grupos ou determinados membros destas associações criminosas, para congelar fundos e dificultar a sua mobilidade internacional. Porém, advertem que não existe qualquer artigo que fornece a autoridade legal para operações “estilo guerra” que visem um combate com forças armadas.

[Um jovem polícia é surpreendido ao terceiro dia de trabalho: a embaixada da Turquia está sob ataque terrorista. E a primeira vítima é ele. “1983: Portugal à Queima-Roupa” é a história do ano em que dois grupos terroristas internacionais atacaram em Portugal. Um comando paramilitar tomou de assalto uma embaixada em Lisboa e esta execução sumária no Algarve abalou o Médio Oriente. É narrada pela atriz Victoria Guerra, com banda sonora original dos Linda Martini. Ouça o terceiro episódio no site do Observador, na Apple Podcasts, no Spotify e no Youtube Music. E ouça o primeiro episódio aqui e o segundo aqui]

Recorde que esta quinta-feira, o governo norte-americano anunciou um aumento na recompensa por informação que conduza à detenção do Presidente da Venezuela Nicolás Maduro, um “líder de cartel” aos olhos da administração. “[Maduro] não vai escapar a justiça e vai ser responsabilizado pelos seus crimes repugnantes”, declarou a Procuradora-Geral Pam Bondi. Ora, da mesma forma, não é conhecido se este reforço no combate ao narcotráfico poderá estar associado a uma missão futura para chegar até ao líder venezuelano, mas não seria algo sem precedentes.

Pintadas como missões de apoio às autoridades locais, os Estados Unidos já enviaram, em diversas ocasiões, forças militares para operações dedicadas à luta contra os cartéis na América Latina. Em 1989, o então Presidente George H. W. Bush enviou mais de 20 mil militares norte-americanos para o Panamá com o intuito de deter o igualmente acusado de tráfico de droga e líder panamense, Manuel Noriega.

Esta também não é a primeira instância em que Donald Trump encarrega as forças militares com competências que têm sido maioritariamente atribuídas aos agentes de autoridade. Ainda este ano, o Chefe de Estado destacou a Guarda Nacional e membros do exército para a fronteira com o México para limitar não só a entrada de drogas para o país, mas também de imigrantes. Na mesma altura, estes meios foram também acionados para a Califórnia para conter a vaga de protestos contra as deportações em série que marcaram o mês de junho no Estados Unidos.

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