Excedente externo da economia portuguesa cai para 2.265 milhões

A economia portuguesa apresentou um excedente externo de 2.265 milhões de euros até junho, menos 1.976 milhões de euros em termos homólogos e o equivalente a 1,6% do PIB semestral, divulgou o BdP.

Segundo o Banco de Portugal (BdP), a redução do excedente reflete o aumento de 2.748 milhões de euros do défice da balança de bens, causado por um crescimento das importações (+2.490 milhões de euros) e um decréscimo das exportações (-258 milhões de euros).

Resulta ainda do acréscimo, de 754 milhões de euros, do excedente da balança de serviços, justificado maioritariamente pela evolução do saldo das viagens e turismo (+489 milhões de euros).

No primeiro semestre de 2025, a capacidade de financiamento da economia portuguesa traduziu-se num saldo da balança financeira de 2.471 milhões de euros.

De acordo com o BdP, as instituições financeiras não monetárias, exceto sociedades de seguros e fundos de pensões, foram “o setor que mais contribuiu” para este saldo, nomeadamente através da redução de passivos em capital e em títulos de dívida. .

Em sentido contrário, o banco central foi o setor com a maior redução de ativos líquidos sobre o exterior, devido, sobretudo, ao aumento dos passivos na forma de depósitos.

Considerando apenas o mês de junho, a economia portuguesa apresentou um excedente externo de 747 milhões de euros, menos 566 milhões de euros do que no mesmo mês de 2024.

Esta redução reflete o aumento, de 402 milhões de euros, do défice da balança de bens, causado por um crescimento das importações (+487 milhões de euros) superior ao das exportações (+85 milhões de euros).

Resulta ainda da redução, de 302 milhões de euros, do excedente da balança de rendimento secundário, justificada pelo recebimento de um primeiro prémio do Euromilhões em junho de 2024, e da diminuição, de 122 milhões de euros, do défice da balança de rendimento primário, decorrente sobretudo da diminuição dos juros pagos.

Quinta da Lagoalva com “Noite de Vindima” a 05 de setembro

Situada em Alpiarça, no centro do país e a apenas hora de Lisboa, a Quinta da Lagoalva arrancou com as suas vindimas a 8 de agosto. Cerca de um mês depois, na sexta-feira, dia 05 de setembro 2025, a família Holstein Campilho, proprietária desta que é uma das maiores e mais antigas casas agrícolas da região, abre as portas para um programa de (final) de vindima aberto ao público. Distinguida com o galardão de Melhor Enoturismo nos Prémios Vinhos do Tejo 2025, a Quinta da Lagoalva promete surpreender quem aceder à chamada desta proposta que pretende celebrar as pessoas que ali trabalham e o terroir.

Quinta da Lagoalva aposta em enoturismo

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Quinta da Lagoalva

Sob o mote “Noite de Vindima na Lagoalva”, o convite é para viver um ambiente de bom vinho, boa gastronomia e animação, comemorando-se o fim de uma das mais importantes épocas da vida da Quinta.

O programa começa às 18h30, tendo como ponto de partida uma visita ao núcleo central da Quinta da Lagoalva e à adega histórica, com uma contextualização do produtor e breve explicação das castas da vindima atual.

Pelas 20h30, tem início o jantar, com o menu criado pelo chef Rui Lima Santos, filho da terra e proprietário do restaurante Deselegante, em Santarém. A harmonização fica a cargo da dupla de enologia Pedro Pinhão (eleito Melhor Enólogo do Ano) e Luís Paulino.

Ao couvert, junta-se um “tártaro de carapau e batata-doce”, acompanhado de Lagoalva Reserva Arinto & Chardonnay branco 2024. Como prato de peixe, o chef do Deselegante elegeu “lascas de bacalhau com magusto” – tão típico da região e ex-libris dos tempos de vindimas, em jeito de torricado – servido com o branco topo de gama da casa: o Quinta da Lagoalva Dona Isabel Juliana Grande Reserva, de 2021.

Quinta da Lagoalva aposta em enoturismo

Quinta da Lagoalva

No que toca à carne, “pato confit com puré de cenoura e laranja” com a última estreia do produtor, o Quinta da Lagoalva Grande Reserva Alfrocheiro Biológico, um tinto de 2023, com grande frescura e facilidade de encantar quem o provar. Para finalizar, “bolo de chocolate em mousse e natas”, com Lagoalva Espumante Reserva Bruto.

A partir das 22h00, há música ao vivo, num programa que tem o valor de €75,00 por pessoa. Numa mesa partilhada, a capacidade é limitada, a 50 pessoas.

A reserva é obrigatória, devendo ser feita através do site, em página própria Noite de Vindima na Lagoalva 2025. Quaisquer outras informações poderão ser dirigidas para 912 021 033 ou [email protected].

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Quinta da Lagoalva

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Susana Ribeiro é jornalista desde 1998. Especializou-se em turismo e gastronomia mas tem experiência em várias áreas e meios: revistas, jornais, rádio, televisão, internet, locuções e redes sociais. Fez o Viaje Comigo para incentivar outros a viajarem mais. Saiba Mais sobre a Susana Ribeiro

Título em Cincinnati empurra Iga Swiatek para o segundo lugar do ranking

A tenista polaca Iga Swiatek venceu o torneio WTA 1000 de Cincinnati (EUA), derrotando na madrugada desta terça-feira a italiana Jasmine Paolini, por 7-5 e 6-4, o que lhe permitiu ascender de número 3 a vice do ranking mundial.

Iga Swiatek, de 24 anos, teve um arranque perfeito rumo ao Open dos Estados Unidos, o último torneio do Grand Slam da temporada, que venceu em 2022 e que começa domingo em Nova Iorque.

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Em Cincinnati, cidade do estado norte-americano de Ohio, a tenista polaca conquistou o seu 24.º troféu da carreira, o 11.º em WTA 1000, categoria em que apenas Serena Williams detém mais títulos (13).

O triunfo de Swiatek, antiga número 1 do mundo, permitiu-lhe subir de terceiro a segundo do ranking WTA, ultrapassando a norte-americana Coco Gauff, embora ainda muito atrás da líder bielorrussa Aryna Sabalenka.

Na final de Cincinnati, Swiatek superou um mau início (3-0) e assumiu a liderança do jogo para vencer o primeiro set (7-5), repetindo a vitória no segundo em que ambas as jogadoras trocaram quebras de serviço (6-4).

Mudanças no rosto de Anitta provocam comparações com Ludmilla

Anitta voltou a chamar a atenção do público. Após a divulgação de imagens da cantora em territórios indígenas em Mato Grosso, Brasil, internautas passaram a apontar o que chamam de “processo de ludmillização” da artista brasileira de funk: muita gente nas redes sociais acha que o rosto dela está ficando bem semelhante ao de Ludmilla, com quem já teve uma briga pública no passado.

As fotografias são da visita da cantora ao Xingu, na aldeia Ipatse, do povo Kuikuro. Por lá, a cantora foi recebida pelas lideranças indígenas e por organizações comprometidas com a luta pelos seus direitos. Anitta ainda conheceu o Cacique Raoni, na Terra Indígena do povo Kayapó.

Mas na Internet, muitos estranharam a quantidade de cirurgias plásticas. “Às vezes, parece que a Anitta está querendo ficar parecida com a Ludmilla, e a Ludmila quer se parecer com a Anitta, nesse ritmo elas se encontram no meio do caminho”, publicou um internauta.

“A indústria da beleza trabalha com um só objectivo: transformar a estética e beleza feminina num padrão. Depois falam da auto-aceitação, enfim, a hipocrisia do mundo actual”, escreveu outra. “Devem ter ido ao mesmo cirurgião plástico e ele deve ter um molde só”, opinou outra.

Anitta nunca escondeu que é adepta dos procedimentos estéticos. Em Julho, quando já havia chamado a atenção pela mudança da face, disse que não se importava sobre o que diziam a seu respeito.

“Quem está influenciando o jovem ou a mulher a pensar sobre aparência? Se eu quiser amanhã virar o Smigol [personagem de O Senhor dos Anéis] ou o Fofão [personagem da série televisiva brasileira Balão Mágico], eu viro. Se eu quiser ficar desfigurada, é o meu corpo”, afirmou num live na sua conta de Instagram.


Exclusivo PÚBLICO/Folha de S.Paulo
O PÚBLICO respeitou a composição do texto original, com excepção de algumas palavras ou expressões não usadas em português de Portugal.

Viseu: 1º Jardim das Artes e das Letras, de 29 de agosto a 6 de setembro

A primeira edição do Jardim das Artes e das Letras (JAL) realiza-se na Mata do Serrado, em Viseu, de 29 de agosto a 6 de setembro de 2025. O JAL é de entrada gratuita, propõe mais de 100 atividades diárias, 13 propostas permanentes e um conjunto alargado de concertos, sessões de cinema ao ar livre, conversas, oficinas e atividades para famílias.

A sessão foi aberta pela Vereadora da Cultura do Município de Viseu, Leonor Barata, que começou por contextualizar a importância do espaço escolhido: “Esta mata é um local extraordinário dentro da nossa cidade, não só pela sua centralidade, que representa uma mais-valia para quem está no centro e quer passear, mas também pela sua beleza, pelas suas qualidades e características naturais, que a tornam um pulmão da nossa cidade. Mais do que isso, tornam-na num sítio quase encantatório, porque de repente, quando entramos aqui dentro, ficamos abrigados do tecido urbano”.

Jardim das Artes e das Letras - Viseu

Jardim das Artes e das Letras – Viseu

Recordando que a Câmara Municipal assumiu a gestão da Mata do Serrado em 2023, a autarca sublinhou que “foi possível devolver o espaço aos cidadãos e às famílias, permitindo que a comunidade o usufrua de forma plena”.

Sobre a génese do evento, acrescentou que “quando fomos desafiados pela Pausa Possível para que esta criasse, um programa que ativasse este espaço através da arte e da literatura, e destinado a famílias, não hesitámos em apoiar a candidatura que esta entidade fez à Dgartes. Os programas têm de nascer para os espaços e não ser projetos que aterram sem ligação ao lugar. Este nasceu daqui, da mata, e para a mata”.

A diretora artística do JAL, Sandra Oliveira, explicou que a ideia da realização surgiu em 2022 e foi submetida à Direção-Geral das Artes no ano seguinte: “O Jardim das Artes e das Letras nasceu da vontade de contrariar a velocidade digital e a dependência tecnológica, criando momentos de fruição partilhada, onde possamos ouvir os pássaros, sentir o verde e o ar da natureza no centro da cidade. A Mata do Serrado é o lugar ideal para desacelerar, para promover empatia, sociabilidade e pensamento através das artes”.

A programação parte de dois livros: Tisanas, de Ana Hatherly, e Toranja, de Yoko Ono. “São duas autoras que, de formas diferentes, foram subestimadas no seu tempo. Ambos os livros propõem textos curtos, abertos à interpretação e à imaginação individual. A partir deles, pensámos um programa que combina pensamento, arte e conhecimento, convidando o público a viver a arte no quotidiano”.

Sandra Oliveira destacou ainda que “não tenho conhecimento que exista, em Portugal uma atividade que combine de forma tão integrada arte, literatura, natureza num ambiente familiar, mantendo o acesso gratuito a todas as atividades”.

Um dos eixos centrais é a Feira do Livro, que terá 10 estruturas criadas pela organização e reunirá editoras e livrarias de diferentes regiões, com destaque para a venda de livros em segunda mão e a preços reduzidos.

A pausa possível convidou para a co-curadoria, o artista plástico Lucas F. Oliveira, e ativista Maria Inês Demétrio, que explicou que “a seleção foi feita a partir da ideia de livro, arte e conhecimento. Mantivemos a feira numa escala reduzida para garantir qualidade e ligação entre expositores e público. Queremos que a feira seja também um lugar de encontro e de conversa, com programação associada que vai além da literatura, envolvendo outras áreas de pensamento e criação artística.”

Jardim das Artes e das Letras - Viseu

Jardim das Artes e das Letras – Viseu

Maria Inês, de 16 anos, sublinhou a importância de alargar o acesso: “Pensámos que era essencial democratizar a literatura, especialmente numa cidade que não tem feira do livro. Trouxemos editoras que trabalham com livros usados e preços acessíveis para chegar a mais jovens e a quem normalmente não compra livros novos. A ideia é que qualquer pessoa possa levar um livro para casa.”
Durante os 9 dias, o público poderá usufruir de 13 propostas permanentes:

● Sonhos à Mesa – mesa de ardósia com poemas e gizes para escrita e desenho;
● Canto Poético – espaço para leitura e expressão espontânea;
● Zona de Piquenique – com mantas disponibilizadas pela organização;
● Equipamento Lúdico Infantil – esculturas em madeira natural de animais da mata
e lupas de grande escala;
● Árvore das Notícias – instalação com jornais nacionais e internacionais, incluindo
edições históricas;
● Casa na Árvore – mini biblioteca com secções dedicadas a poesia, arte
contemporânea e literatura infantil;
● Tisanas com Toranjas – percurso performativo criado por Patrícia Portela,
inspirado nos livros de Ana Hatherly e Yoko Ono;
● Des.des.construir – instalação de Lucas F. Oliveira, inspirada numa performance
de Ana Hatherly;
(entre outras cinco propostas permanentes que incluem instalações e espaços de descanso e fruição).

O JAL contará com sessões de cinema ao ar livre, concertos, performances, conversas, percursos guiados, yoga e oficinas.
No ciclo Cordas Sem Amarras atuam 4 dos melhores guitarristas portugueses da actualidade: Tó Trips, Norberto Lobo, Lula Pena e Filho da Mãe. O programa musical inclui ainda concertos de Rafael Toral e Ece Canli.

A programação de cinema resulta de parceria com a Tate que irá exibir filmes curtos de animação sobre movimentos, artísticos, expressões artísticas e percurso de artistas internacionais como Yoko Ono, W. Turner, Paula rego entre muitos outros.

Da parceria de programação com o o Cine Clube de Viseu, serão exibindo títulos cWhy Are We Creative?, O Espírito da Colmeia e Poesia.
As oficinas foram criadas para serem fruídas pelas crianças e em família, mas também especializadas, como a “oficina de engenharia de papel” com o italiano Carlo Giovanni, e propostas como “Monstros na Árvore”, “Insetos Nossos” e “Boca da Floresta”.

O evento é cofinanciado pela Direção-Geral das Artes e pela e Câmara Municipal de Viseu. Entre os parceiros encontram-se o Plano Nacional das Artes, APECV, Tate, Queen’s University, Cine Clube de Viseu, Fundação millenniumbcp, Umbigo Contemporânea, Politécnico de Viseu, Freguesia de Viseu e meios de comunicação como o Jornal do Centro, Diário de Viseu e Celeuma e o grito e o cochicho (media).
O programa completo, divido por atividades diárias e atividades permanentes de forma detalhada e com imagens, está disponível aqui.

Jardim das Artes e das Letras - Viseu

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A mítica igreja de Kiruna está a ser movida para abrir espaço para a maior mina da Europa

Numa viagem em “câmara lenta”, um comboio de reboques está a transportar a Igreja de Kiruna para um novo lugar, para dar lugar à expansão da maior mina subterrânea da Europa. A Kiruna Kyrka, uma igreja luterana sueca inaugurada em 1912, está a ser lentamente transportada para a sua nova casa, a um ritmo de meio quilómetro por hora, numa viagem que começou esta terça-feira e vai durar dois dias. Kiruna é a cidade mais a norte do país, a 200 quilómetros acima do Círculo Polar Ártico, e é lar de cerca de 23.000 habitantes — incluindo membros do povo

Com lesão no gémeo direito, Rafael Leão falha arranque da Serie A

Rafael Leão vai falhar a estreia do AC Milan na Liga italiana de futebol, devido a lesão, estando em dúvida para os próximos jogos dos ‘rossoneri’, assim como para o arranque da qualificação de Portugal para o Mundial2026.

Numa nota publicada hoje no seu site oficial, o AC Milan explicou que o avançado de 26 anos tem um problema no gémeo direito, lesão que sofreu no domingo frente ao Bari (2-0), na Taça de Itália, e vai falhar a receção de sábado à Cremonese.

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Na partida da Taça de Itália, Leão marcou o primeiro golo do emblema de Milão.

“Após o jogo da primeira jornada, o seu estado físico será avaliado diariamente antes da próxima deslocação a Lecce em 29 de agosto”, acrescentou o AC Milan.

Isto significa que Rafael Leão poderá também falhar a segunda jornada da Serie A e também os dois jogos que a seleção portuguesa tem agendado para o inicio de setembro, que marca o arranque da campanha portuguesa na fase de apuramento para o Mundial2026.

No Grupo F, Portugal visita a Arménia, em 6 de setembro, e defronta a Hungria em Budapeste, em 9.

Rafael Leão está a iniciar a sua sétima temporada no AC Milan.

Marcelo realça “enorme passo” para Portugal com produção de novo carro na Autoeuropa

O Presidente da República destacou esta terça-feira o “enorme passo” para o crescimento económico de Portugal com a produção de um novo carro da Volkswagen na Autoeuropa, salientando que é um “salto qualitativo” numa estratégia nacional com décadas.

Marcelo Rebelo de Sousa visitou esta manhã, acompanhado pelo ministro da Economia e Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, a fábrica da Autoeuropa, em Palmela, tendo depois assistido à assinatura de uma declaração conjunta de intenções entre o grupo Volkswagen e o Governo português para a produção do carro elétrico ID.EVERY1.

Num discurso nessa cerimónia de assinatura, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que Portugal dá “um enorme passo no sentido do crescimento, da inovação, das exportações, da transição energética, da descarbonização, da competitividade”.

“Desafios todos em simultâneo e todos inevitavelmente destinados a serem vencedores”, frisou o Presidente da República.

Perante representantes do grupo alemão, Marcelo Rebelo de Sousa elogiou “a visão” que o antigo primeiro-ministro e presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, teve quando, entre 1989 e 1991, negociou a construção da fábrica da Autoeuropa.

O Presidente da República sublinhou que essa visão tem sido “sistematicamente apoiada por todos os governos, de direita e de esquerda, e por todos os presidentes, de esquerda e de direita”, referindo que isso se viu também esta terça-feira, com a presença do ministro da Economia e Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, na cerimónia de assinatura.

“Isto é, por uma vez, e não foi a única, mas foi talvez das mais importantes, houve uma estratégia nacional prosseguida ao longo de décadas e que, agora, conhece um salto qualitativo muito apreciável”, referiu.

Autoeuropa. Governo e Volkswagen assinam acordo para produzir carro elétrico

O chefe de Estado elogiou a presença de Castro Almeida nesta cerimónia, e o facto de ter sido o ministro a assinar a declaração com a Volkswagen, referindo que isso mostra que o Governo compreende “o significado estratégico do passo dado por este grupo para construir um Portugal com mais crescimento, com mais competitividade, com mais exportações e, portanto, com mais sucesso económico e social”.

“Sem esta visão e este comprometimento, a economia e a sociedade portuguesa seriam muito diferentes”, frisou.

Marcelo Rebelo de Sousa deixou ainda uma palavra de “enorme reconhecimento” aos trabalhadores da Autoeuropa, considerando que, sem eles, a fábrica “não seria o que é hoje”.

“Eu recordo que muitas horas do mandato presidencial foram utilizadas ao serviço do país a tratar questões da Autoeuropa e a acompanhar essas questões económicas, financeiras e laborais”, referiu.

Marcelo Rebelo de Sousa salientou que os trabalhadores da Autoeuropa são “milhares de homens e mulheres, quase cinco mil hoje”, que tornaram possível o crescimento da indústria em Portugal.

“Souberam ultrapassar diferenças, tensões, conflitos e períodos de crise, seja internas, em Portugal, ou no mundo, ao mesmo tempo fazendo um significativo caminho de qualificação e valorização das suas competências”, elogiou.

O Governo e a Volkswagen assinaram esta terça-feira o acordo para a produção do novo automóvel elétrico ID.EVERY1 na Autoeuropa, em Palmela, distrito de Setúbal, afirmando que representa a confiança do grupo no país.

“O novo T-ROC e o compromisso com o ID.EVERY1 simbolizam muito mais do que apenas dois novos modelos, representam a confiança do Grupo Volskwagen em Portugal, representam também o apoio e a visão estratégica do Governo português e, acima de tudo, representam o trabalho notável que esta equipa aqui [em Palmela] tem feito”, afirmou o diretor-geral e presidente do Conselho de gerência da Volkswagen Autoeuropa, Thomas Engel Gunther, na cerimónia de assinatura.

“A base das garantias de segurança são as forças armadas ucranianas”, diz António Costa

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, anunciou, no início da tarde desta terça-feira, a disponibilidade europeia para “reforçar a pressão sobre a Rússia”, o que se traduz num novo pacote de sanções (o 19.º desde o início da guerra), garantias no processo de alargamento e garantias de segurança que passam pelo “reforço das capacidades militares” ucranianas, que descreveu como “a base das garantias de segurança”.

Em Lisboa, no rescaldo de uma manhã cheia de contactos – Costa revelou ter falado com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e com os membros do Conselho Europeu, numa reunião na qual participou à distância –, o tema do dia era incontornável: as conversas de segunda-feira, na Casa Branca, onde participaram Donald Trump, Zelensky e vários líderes europeus.

Saudando o “trabalho de equipa dos representantes europeus nos EUA”, que defenderam a “posição europeia e a Ucrânia”, e a confirmação da disponibilidade norte-americana para participar numa “coligação de voluntários”, o líder do Conselho Europeu falou num estado de espírito optimista, mas lembrou que ainda há uma “estrada difícil por percorrer” e que “estamos num ponto crítico em que nada está garantido”.

O presidente do Conselho Europeu aproveitou para detalhar os objectivos: assegurar a paragem dos ataques, uma troca de prisioneiros, a devolução das crianças raptadas e conseguir garantias de segurança, preparando “conversas bilaterais, trilaterais ou quadrilaterais para que possam ter lugar o mais depressa possível”. Para isso, é necessário “reforçar a pressão sobre a Rússia”, com mais sanções, reforçar capacidades militares da Ucrânia (o que “reforça as medidas de segurança” no território) e garantir o processo de alargamento, porque “o futuro da Ucrânia precisa de estabilidade e prosperidade”.

“A Europa provou que é possível”

Lembrando que é a chamada “coligação de voluntários” (conjunto de vários países que inclui, por exemplo, o Japão e a Nova Zelândia) que está a trabalhar no desenho das garantias de segurança, António Costa lembra que se trabalha num cenário “sem restrição da dimensão das forças armadas ucranianas”, tendo em conta “a dimensão do território a defender”.

Questionado sobre se a Europa estará à altura do desafio, o presidente do Conselho Europeu sublinha que “ao longo destes três anos, a União Europeia foi o maior suporte político, financeiro e militar da Ucrânia”.

“A Europa provou que é possível”, sublinha o ex-primeiro-ministro.

“Há mais de três anos em guerra constante, se é tréguas, cessar-fogo ou acordo de paz, o que interessa é que as mortes terminem e a destruição termine”, afirmou aos jornalistas. E que “o futuro acordo” não tenha “o mesmo destino de outros acordos de paz com a Rússia”: “Temos de garantir que desta vez é mesmo a sério e que a Rússia tem de cumprir.”

Num cenário de negociações bilaterais, uma hipótese aventada na segunda-feira, no encontro entre os líderes europeus e o Presidente dos EUA, António Costa não afasta a possibilidade de a Europa vir a participar no processo. Salienta que “há questões que só a Ucrânia pode discutir e negociar”, mas que, em conversações sobre a segurança europeia, “a União Europeia tem de estar presente”.

Além disso, acrescentou Costa, “a possibilidade [de um encontro com Putin] é por si só um facto positivo, porque Putin até hoje não tinha apresentado essa possibilidade”.

Princesa belga volta a Harvard depois de Trump proibir estudantes estrangeiros

A princesa Elisabeth, herdeira do trono belga, vai poder continuar os seus estudos na Universidade de Harvard, informaram os porta-vozes da casa real. A futura rainha tinha sido abrangida pela iniciativa da administração de Donald Trump de revogar a autorização desta universidade de aceitar estudantes estrangeiros.

“Posso confirmar que, por enquanto, todas as condições parecem estar reunidas para que a princesa possa continuar os seus estudos em Harvard”, declarou o director de comunicação do Palácio Real belga, Xavier Baert, nesta terça-feira, confirmando a notícia que estava a ser avançada pela imprensa nacional sobre a filha mais velha dos reis Philippe e Mathilde.

Em Maio, quando Trump anunciou a proibição, o Palácio Real manifestou a sua preocupação com a princesa Elisabeth, pois sendo cidadã belga não poderia continuar os seus estudos em Harvard. Mas, em Junho, um juiz federal impediu a administração de implementar a decisão assinada por Trump.

A Casa Branca afirmou que está a tentar forçar uma mudança em Harvard e noutras universidades de topo nos EUA, alegando que estas instituições se tornaram bastiões do pensamento esquerdista “woke” e do anti-semitismo.

A administração recorreu da decisão do juiz, mas com o início do novo ano lectivo marcado para 2 de Setembro, a providência cautelar contra a proibição mantém-se em vigor.

A futura rainha dos belgas, de 23 anos, vai iniciar o segundo e último ano do mestrado em Políticas Públicas em Harvard, um curso concebido para alargar as perspectivas dos estudantes e aperfeiçoar as suas competências para “carreiras de sucesso no serviço público”, refere o site da instituição.

No último ano lectivo, a universidade com 388 anos de história acolheu quase 6800 estudantes internacionais, o que representa cerca de 27% da sua população estudantil.

Elisabeth fez quase todo o percurso académico fora da Bélgica. Depois de concluir o secundário no UWC Atlantic College, no País de Gales, onde também estudaram a princesa Leonor e a infanta Sofia de Espanha, fez a licenciatura em História e Política na Universidade de Oxford, no Reino Unido. É uma das próximas rainhas da Europa (actualmente não há nenhuma) ao lado da espanhola Leonor, da sueca Victoria e de Catherina-Amalia dos Países Baixos.

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