Pampilhosa da Serra cancela festas no concelho e ativa Plano Municipal

A Câmara de Pampilhosa da Serra anunciou esta sexta-feira o cancelamento de todo o programa de festas devido ao incêndio que se encontra ativo na zona norte do concelho e a ativação do Plano Municipal de Emergência.

Numa nota enviada à agência Lusa, o município de Pampilhosa da Serra, no distrito de Coimbra, justifica esta decisão, com “a necessidade de concentrar todos os esforços e recursos na salvaguarda de pessoas e bens” em virtude do incêndio que se encontra ativo na zona norte do concelho.

O presidente da Câmara Municipal, Jorge Custódio, revogou ainda todas as licenças emitidas até domingo, o que implica também o cancelamento obrigatório de todas as festas previstas em diversas aldeias do concelho até esse dia.

“Esta decisão, embora difícil, é tomada em nome da segurança, da responsabilidade e do respeito para com todos os munícipes, bem como para com as entidades e profissionais envolvidos no combate ao incêndio”, lê-se na nota.

Foi ainda ativado, pelo meio dia desta sexta-feira, o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil.

Segundo a autarquia, esta decisão visa garantir que as entidades e instituições que integram a Comissão Municipal de Proteção Civil acionam, a nível municipal, os meios necessários ao desenvolvimento das ações de proteção civil, reforçando a resposta.

Permite, também, o acionamento dos meios, públicos e privados, necessários para responder às necessidades.

Uma pessoa morreu em Vila Franca do Deão, quatro bombeiros feridos e fogo à porta da cidade de Mêda

Quatro bombeiros da corporação da Mêda ficaram feridos enquanto combatiam o fogo em Paipenela, esta quinta-feira, naquele concelho, e foram encaminhados para o Hospital da Guarda.

“Dois deles já tiveram alta, os restantes continuam internados com queimaduras de segundo grau. Estão em observações e não correm risco de vida”, confirmou à agência Lusa o vice-presidente do município, César Figueiredo.


Segundo o autarca, neste momento há uma frente ativa na localidade de Vale Flor e outra entre a Prova e Aveloso, na zona norte do concelho do distrito da Guarda.


Esta última frente está agora “à porta” da sede do concelho.

“Em ambas as situações o incêndio está a avançar com muita intensidade, atiçado pelo vento, que varia muito e está a dificultar o trabalho dos operacionais”, referiu.


César Figueiredo adiantou que os meios estão colocados à entrada das localidades para “travar as chamas e evitar o pior, mas precisamos de meios aéreos rapidamente porque a situação estão incontrolável”.


Segundo o vice-presidente da Câmara da Meda, já terão ardido “entre 5.000 a 6.000 hectares” no seu município, sobretudo pastos, floresta, soutos, pinhais, terrenos agrícolas e, hoje, algumas casas de segunda habitação.

“Provavelmente, também haverá muitos animais mortos, como ovelhas, cabras e vacas, porque os donos soltam-nos, simplesmente, devido à ameaça do fogo”, afirmou.  

Montenegro anuncia regresso da F1 a Portugal. Valerá a pena o investimento?

Não se extraiu muito sumo das declarações do primeiro-ministro, Luís Montenegro, na tradicional Festa do Pontal, na quinta-feira, de tal forma que um dos temas a saltar para a linha da frente acabou por ser o anúncio do regresso da Fórmula 1 ao Algarve. Em Quarteira, o chefe de Governo apontou para 2027 a entrada de Portugal no calendário da mais mediática prova de desporto motorizado, depois de uma presença episódica no circuito no período da covid-19. Mas será um investimento com retorno?

Desde que o Autódromo Internacional do Algarve (AIA) foi utilizado como escapatória para os problemas logísticos provocados pela pandemia, em 2020 e 2021, que a expectativa em torno de um eventual retorno da Fórmula 1 ao sul do país se renova. Os obstáculos têm sido muitos, a começar pelo esforço financeiro que os contratos comportam e a acabar na concorrência e na vontade da Liberty Media (actual detentora dos direitos comerciais da F1) de diversificar mercados, mas aparentemente essas dificuldades terão sido contornadas nos últimos meses.

“Uma das circunstâncias que mais contribui para a promoção desta região são os grandes eventos. Assegurámos a realização do MotoGP, a prova-mãe do motociclismo a nível mundial para 2025 e 2026. E estou em condições de vos dizer que temos tudo pronto para formalizar o regresso da Fórmula 1 ao Algarve no próximo ano, em 2027”, adiantou o primeiro-ministro, reconhecendo que o Estado terá de abrir os cordões à bolsa. “Estes eventos implicam algum esforço financeiro por parte do Governo, mas têm um retorno financeiro quer directo, quer indirecto, de promoção, que valem, sinceramente, a pena”, justificou.

O exercício de perceber em que medida compensa, efectivamente, uma aposta desta natureza é sempre complexo (até porque há algumas variáveis intangíveis), mas neste caso há indicadores objectivos e números palpáveis que nos permitem compreender o que está em causa e os riscos assumidos. A começar pelo fee, o valor a pagar ao organizador pelo circuito promotor do Grande Prémio, que no fundo traduz o investimento inicial para ter o direito de acolher a corrida.

Muitas obrigações, poucas receitas directas

Em média, o montante relativo ao fee ronda os 25 milhões de euros por prova, valor que tem sido inflacionado pelas quantias pagas pelos promotores emergentes. Ou seja, a Liberty Media tem negociado investimentos mais avultados, por exemplo, com países como o Azerbaijão (49 milhões de euros) e a Arábia Saudita (47), ao passo que as paragens mais tradicionais, como acontece com o continente europeu, beneficiam de valores mais baixos, entre os 18 e os 25 milhões.

Levando em linha de conta que factores como a localização, as condições do circuito, o afluxo de espectadores e a oferta logística têm também impacto no montante final, Portugal deverá integrar a bitola europeia neste particular. E a experiência que acumulou na organização não só das provas de Fórmula 1 de 2020 e 2021, mas também do MotoGP (este é o quinto ano consecutivo em que Portimão acolhe o Mundial de motociclismo de velocidade) dão garantias ao organizador de que estes pressupostos são satisfeitos.

Desembolsar dezenas de milhões de euros garante, assim, ao promotor o direito de realizar a corrida no país e de utilizar a marca Fórmula 1 para efeitos de promoção. O que não garante, por outro lado, é uma fatia sequer dos direitos de transmissão televisiva da corrida, nem dos patrocínios directamente ligados à prova, habitualmente dispostos ao longo do circuito. Essa é uma verba que entra directamente nos bolsos da Liberty Media.

Com que receitas directas poderá contar, então, o anfitrião do Grande Prémio? Essencialmente as provenientes da venda de bilhetes, concessões e patrocínios exclusivamente locais. Francamente pouco para o caudal de despesas previstas – que incluem, para além da milionária taxa de organização, os custos com segurança, staff, mercadorias, publicidade ou manutenção da pista.

Negociações individuais e confidenciais

Em 2021, a Parkalgar, empresa que gere o AIA, deu conta de um investimento aproximado de 10 milhões de euros e de um impacto económico do GP de Portugal que rondou os 27 milhões de euros – um pouco abaixo das estimativas do Governo e muito distante dos 40 milhões de receita directa previstos pelo Turismo do Algarve, que apontava para os 80 milhões considerando a receita indirecta. Mas o contexto era extraordinário, tendo o Algarve sido considerado, em ano de disseminação da covid-19, uma espécie de porto seguro e uma alternativa de última hora para compor o calendário do Campeonato do Mundo.

De resto, a dificuldade estrutural de equilibrar as contas ao assumir a empreitada de receber a Fórmula 1 foi assumida, já nessa altura, pelo então presidente do Conselho de Administração do autódromo de Portimão. “São provas que valem pelo impacto económico que trazem aos países e pela exposição mediática que dão. Para o país e para a região é fantástico, para o circuito não. É para o bem público. E como é para o bem público, o que acontece em todo o lado é que é o Estado que paga o ‘fee’ de entrada da prova. Porque o retorno que vai receber é muito superior. É um investimento, não é um custo”, afirmou então Paulo Pinheiro, à agência Lusa.

As negociações com a Liberty Media são feitas a título individual e cada contrato está protegido por uma cláusula de confidencialidade, sendo que a regra é os acordos serem plurianuais. E o que acontece, nestes casos, é o que valor da taxa de organização vai sendo revisto em alta ao longo do tempo de vigência do contrato, o que significa que o montante do primeiro ano será sempre mais baixo do que o do último. No caso de Portugal, desconhece-se ainda a duração e os termos do acordo anunciado por Luís Montenegro.

Igualmente por definir nesta altura está a data que o Grande Prémio de Portugal poderá ocupar no calendário – e esse será também um factor a ter em conta na previsão de receitas. Para um promotor exclusivamente privado, é particular espinhoso rentabilizar o investimento, como provam os prejuízos avultados registados na Índia, em 2011 a 2013 (cerca de 20 milhões de euros) e na Coreia do Sul, em 2012 (31 milhões). O papel do Governo é, pois, fundamental para assumir o risco, sempre na perspectiva de que as dormidas, os gastos dos turistas em bens e serviços e a promoção da região e do país como destino turístico compensem o investimento.

F1 vai voltar a Portugal? Os possíveis custos e o espaço (em falta) no calendário

Luís Montenegro anunciou, na Festa do Pontal, que Portugal vai “formalizar” o regresso da Fórmula 1 a Portugal, aoAutódromo Internacional do Algarve. A F1 esteve pela última vez no circuito de Portimão em 2021, numa altura em que o campeonato precisava de encher o calendário para combater os impedimentos da pandemia de covid-19.

A F1 tem, atualmente, 24 corridas por ano: dez na Europa, quatro na Península Arábica, seis no continente americano (com três só Estados Unidos da América), três na Ásia e uma na Oceania. E enquanto o número de corridas não deve aumentar, a lista de interessados em entrar no calendário tem crescido.

O responsável do Autódromo do Algarve, Miguel Praia, preferiu não comentar a hipótese à Autosport, publicação especializada de desportos motorizados. “Desde o tempo do nosso querido Paulo [Pinheiro] que mantemos a porta da F1 aberta. De momento, não podemos acrescentar mais”, afirmou.

Há espaço no calendário de F1?

Muito pouco. Os regulamentos ainda permitem chegar às 25 corridas, numa altura em que a F1 faz 24 Grandes Prémios por ano, mas atingir o número atual de corridas não foi pacífico. Sabendo disso, o atual chefe da Fórmula 1, Stefano Domenicali, disse recentemente à Auto Hebdo que “vamos ficar neste número, mas algumas corridas vão entrar em rotação”.

Com a F1 em crescimento, não faltam candidatos ao calendário: além de Portugal se estar a juntar à lista, pelo menos África do Sul, Nigéria, Ruanda, Tailândia, Turquia e Coreia do Sul querem entrar no mundo da F1. Aqui, as prioridades da F1 estão na Tailândia e numa corrida no continente africano.

F1 tem calendário de nove meses em 2026. Imola sai para dar lugar a Madrid

Geograficamente, há outro desafio para a candidatura. A F1 já tem uma corrida em Espanha, no circuito nos arredores de Barcelona, e vai passar a ter outra em 2026, com a primeira corrida citadina em Madrid. O contrato de Barcelona termina em 2026, abrindo uma hipótese, mas a Fórmula 1 pode sentir que o mercado da Península Ibérica já está bem explorado. Uma renovação do contrato de Barcelona pode dar pistas ao que é possível a Portugal, dependendo dos termos revelados.

Rotação de corridas pode abrir espaço

A saída do GP dos Países Baixos depois de 2026 vai abrir espaço no calendário, mas a corrida em Imola (no quintal da Ferrari, no norte de Itália) — que caiu do calendário para a entrada de Madrid — quer voltar, apesar de isso parecer improvável. A melhor hipótese para Portugal parece ser o sistema de rotação entre corridas, que pode começar em 2028.

Esse é o primeiro ano em que o contrato de uma corrida atual, o do GP da Bélgica, deixa espaço para outra corrida assumir o lugar desse Grande Prémio no calendário — a Bélgica tem corridas asseguradas em 2026, 2027, 2029 e 2031. Se Barcelona desaparecer mesmo da F1, o Autódromo do Algarve poderia entrar na F1 em rotação com o circuito de Spa-Francorchamps e aparecer no calendário em 2028 e 2030.

Resumindo, com a Bélgica a já ter rotatividade prevista no contrato, há candidatos a encaixar nesses espaços: Barcelona, Azerbaijão e, talvez, Portugal.

A renovação dos contratos atuais, sem rotação, de Barcelona e Azerbaijão pode depender do quão cedo a F1 considera possível ter um Grande Prémio na Tailândia, ou num país africano, para ocupar esses espaços — o que empurraria essas corridas para um sistema de rotação.

Quanto custa ter uma corrida de F1?

Para ter uma corrida de F1 em Portugal, é preciso pagar à F1. No último ano em que se falou de um regresso da F1 a Portimão, estaria a negociar-se um contrato de 25 milhões de euros, segundo disse a presidente da câmara à SIC Notícias.

Os pagamentos dos promotores dos circuitos são uma das maiores fontes de receitas do campeonato: em 2024 renderam 999,4 milhões de dólares dos 3,4 mil milhões de receitas totais, de acordo com a Standard & Poors. Isso significa que, em média, cada corrida pagou, em 2024, 41,6 milhões de dólares pelo privilégio de estar no calendário da F1. Apesar de haver secretismo em torno dos valores dos contratos, sabe-se que nem todos pagam o mesmo.

Leclerc perdeu 1,4 segundos por volta no GP Hungria com um misterioso problema no chassis

O Mónaco será quem paga menos pela corrida — depois de décadas sem pagar, o valor é agora de 20 milhões por ano, segundo a CNBC. Na outra ponta da escala estão principalmente as corridas no Médio Oriente: a Arábia Saudita paga perto de 60 milhões de dólares por ano, tal como o Qatar. O Azerbaijão também está entre estes valores.

As corridas europeias estão, tendencialmente, entre as que menos pagam, não ultrapassando os 30 milhões de dólares por ano. O valor mais alto na Europa será o do Grande Prémio da Hungria, em torno dos 40 milhões anuais, enquanto a corrida de Barcelona pagava 25 milhões em 2023. Mas os contratos definem, habitualmente, aumentos anuais, tradicionalmente de 5%.

Como se cobrem estes custos? Os patrocínios visíveis em torno do circuito são geridos pela F1 e, por isso, receitas da própria F1, mas ainda há corridas com os seus próprios patrocinadores titulares (como Singapura), o que contribui para reduzir a fatura. Na falta desse investimento privado, apenas o interesse de governos paga os custos. Seguem-se as receitas de bilhetes, e possíveis concessões para a venda de alimentação.

Em 2020, Portugal terá pagado pouco ou nada à F1 pelo Grande Prémio, e pouco mais em 2021. Esses anos, em que a F1 precisava de corridas para compensar os impactos da covid-19, foram uma exceção.

O que está a favor do circuito do Algarve?

Há algo inegável: os pilotos gostam do Autódromo Internacional do Algarve.

“A pista é incrível. Demorou algumas voltas a entrar no ritmo porque as curvas são cegas, mas assim que entramos no ritmo, é muito bom”, disse Charles Leclerc em 2020. Pierre Gasly acrescentou que nas primeiras voltas sentiu “o estômago como se estivesse numa montanha-russa”.

“É muito desafiante, há muitas curvas cegas, alta velocidade, baixa velocidade, travagem combinada [com curva], portanto é bastante incomum”, continuou o francês.

Os elogios também eram seguidos por Lewis Hamilton, então ‘apenas’ com seis campeonatos do mundo e ainda na Mercedes. “Na saída da curva 8, está-se a olhar para o céu durante algum tempo e não se faz ideia do que está depois da colina. Na curva 11, não sabes onde estás e de repente estás na curva”, descreveu o então campeão em título.

A ondulação e desafio da pista é mesmo o maior ponto forte do Autódromo.

O que está contra o circuito do Algarve?

Um ponto contra o circuito é a falta de acessos. Para chegar ao circuito na Mexilhoeira Grande sem usar caminhos de terra, apenas existe o Caminho Municipal 1054 (CM1054), acessível na saída 3 da A22. A experiência de 2020, com longas filas, mostrou que esse acesso é insuficiente para o volume de pessoas de um dia de corrida — nem com autocarros a ir buscar adeptos às cidades nos arredores.

O circuito também não tem parques de estacionamento da dimensão necessária para acomodar todos os carros de adeptos — em 2020, recorreu a terrenos de terra batida nas imediações, além dos muitos carros estacionados pelas estradas. A queda de chuva algo forte, ainda que por pouco tempo, após a corrida, transformou os parques improvisados em lama, dificultando a saída de carros.

Presidente da FIA sugere que Fórmula 1 não vai voltar a Portugal

Coelhos demoníacos com chifres à solta no Colorado. Não é um filme de terror, é um vírus

Um grupo de coelhos no Colorado com excrescências grotescas parecidas com chifres pode parecer saído de um filme de terror de baixo orçamento, mas os cientistas garantem que não há razão para alarme — os bichinhos peludos têm apenas um vírus relativamente vulgar. Coelhos-bravos avistados recentemente na região de Fort Collins, no norte do Colorado, nos Estados Unidos, estão infetados com o papilomavírus de Shope. Essencialmente inofensivo, este vírus provoca o crescimento de formações semelhantes a verrugas, que se projetam e espalham das suas cabeças, como se fossem chifres ou tentáculos. Fotografias destes animais viralizaram na internet e inspiraram uma

De mágico a lenda eterna: Ricardinho termina carreira no futsal aos 39 anos

O ala internacional português Ricardinho anunciou esta sexta-feira, aos 39 anos, o final de uma carreira no futsal repleta de títulos e prémios individuais que o deixam na galeria dos melhores de sempre na modalidade.

“Hoje venho aqui pôr um ponto final na minha carreira desportiva, enquanto profissional. É a mais difícil decisão de sempre da minha vida como atleta”, afirmou Ricardinho, numa conferência de imprensa na Cidade do Futebol, em Oeiras, que contou com a presença do presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Pedro Proença, e um vídeo enviado pelo selecionador Jorge Braz.

Eleito por um recorde de seis vezes o melhor jogador de futsal do mundo, em 2010 e entre 2014 e 2018, pelo portal especializado Futsal Planet, Ricardinho começou no Miramar FC, notabilizou-se no Benfica e passou pelo Nagoya Oceans (Japão), CSKA Moscovo (Rússia), Inter Movistar (Espanha), ACCS (Paris), Pendekar United (Indonésia), Riga FC (Letónia) e Ecocity Genzano (Itália), o último clube da carreira.

Arrebatou o Mundial2021 e o Europeu2018 ao serviço da seleção portuguesa, que representou 188 vezes, e levantou três Ligas dos Campeões, cinco campeonatos portugueses, quatro Taças de Portugal, cinco Supertaças, seis Ligas espanholas, uma Liga francesa, três Ligas japonesas, uma Liga letã, entre muitos outros títulos.

Concentração motard de Góis cancelada devido a incêndios na região

A concentração motard de Góis, no interior do distrito de Coimbra, que começou na quinta-feira e deveria decorrer até domingo, foi cancelada devido aos incêndios florestais que lavram naquela região, disse fonte da GNR.

“Vai haver o cancelamento do evento”, adiantou fonte do comando territorial da GNR de Coimbra sobre a iniciativa anual que reunia cerca de 20 mil pessoas em Góis, concelho localizado entre os municípios da Lousã e de Arganil, onde lavram incêndios florestais de grande dimensão. De acordo com a mesma fonte, foi dada ordem de evacuação do recinto da concentração, onde estavam milhares de motociclistas.

Ouvido pela Lusa, Nuno Bandeira, presidente do Moto Clube de Góis, promotor do evento, explicou que o cancelamento da 32ª Concentração Internacional de Motos foi decidida para preservar a segurança dos participantes face aos incêndios que lavram naquela zona do centro do país.

“Temos de preservar a segurança, não só de quem nos visita, mas também de todas as pessoas que estão a trabalhar no evento. E após reunião com a Proteção Civil, a comissão distrital de Proteção Civil (…) ficou decidido o cancelamento da concentração”, revelou.

O cancelamento e a evacuação do recinto da concentração está a decorrer, segundo Nuno Bandeira, sem problemas, tendo a GNR dado indicações para que os motociclistas deixem Góis pela Estrada Nacional (EN) 2, em direção a norte por Vila Nova de Poiares e a sul por Pedrógão Grande.

“Está a correr tudo bem, quero agradecer aos motociclistas, entenderam, compreenderam a mensagem e estão a sair de uma forma ordeira, sem criar complicações no trânsito. Inicialmente era o nosso receio, que houvesse aqui algum tipo de complicação, que as pessoas entrassem em pânico, mas não, está a correr tudo de forma ordeira”, reafirmou o organizador.

Nuno Bandeira adiantou ainda que a decisão da Proteção Civil em propor o cancelamento da concentração foi tomada atempadamente e que esse facto permitiu à organização “preparar tudo devidamente, com comunicados periódicos, para não criar esse pânico e para que as pessoas saiam de Góis de uma forma ordeira”.

“Com o objetivo claro de, no próximo ano, quererem regressar a Góis”, argumentou.

Portugal ativa Mecanismo Europeu de Proteção Civil após “noite extremamente complexa” e pede 4 aviões Canadair

Siga aqui o nosso artigo em direto sobre os incêndios em Portugal

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil confirmou a ativação do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, na sequência de não terem conseguido conter o incêndio no concelho da Lousã e outros grandes fogos que lavaram na regikçao centro durante esta madrugada. Em briefing pelas 12h de sexta-feira, foi indicado um pedido de apoio com quatro aviões Canadair até ao dia 18 de agosto.

O comandante nacional Mário Silvestre diz que os dois aviões enviados por Marrocos vão continuar nos teatros de operações até esta segunda-feira e, sobre os meios solicitados a nível europeu, não consegue adiantar uma data concreta para a sua chegada. Admite, no entanto, que se o processo seguir de forma célere, podem chegar ao terreno já este sábado.

“Somos o sétimo país da Europa a ativar o Mecanismo Europeu de Proteção Civil”, acrescenta o comandante Mário Silvestre, referindo que decidiram recorrer, em primeiro lugar, aos “acordos bilaterais” — com o pedido de auxílio de meios adicionais vindos de Marrocos e Espanha — mas com a “expansão dos incêndios no dia de ontem”, uma “noite extremamente complexa”, a decisão foi de efetivamente ativar o mecanismo da União Europeia.

Só nesta última semana, pelo menos seis países ativaram o Mecanismo Europeu de Proteção Civil. De acordo com a página da Comissão Europeia, Portugal agora junta-se à Grécia, a Espanha, à Bulgária, ao Montenegro e à Albânia, que solicitaram apoio adicional dos restantes Estados-membros da União Europeia para lidar com os respetivos incêndios florestais.

O representante da ANEPC refere que a área ardida pelos incêndios de Sátão e Trancoso já ultrapassa os 56 mil hectares, mencionando que o fogo em Lousã progrediu cerca de 30 km em apenas três horas numa das suas frentes ativas.

O comandante operacional informou que foram criadas sete zonas de apoio às populações para garantir o acolhimento de todos os que tenham eventualmente de abandonar as suas casas, duas em Sátão e cinco em Piodão. Quanto a ferimentos, indicou que um bombeiro ficou ferido e dois transportados para unidades hospitalares, assim como um civil assistido e dois reencaminhados para hospitais.

Este mecanismo já foi ativado 16 vezes este verão, como nota a Comissão, que realça as elevadas temperaturas e os incêndios “catastróficos” em todo o continente. “O número de ativações em 2025 já é igual ao número total de ativações do mecanismo feitas em 2024”, lê-se também.

A presidente da Comissão Europeia disse esta sexta-feira que “a solidariedade não conhece fronteiras” e que “está a ser mobilizado” o apoio de quatro aviões Canadair para auxiliar Portugal no combate aos incêndios florestais. “A nossa luta contra os incêndios florestais continua. Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil. A solidariedade europeia não conhece fronteiras. O nosso apoio está a ser mobilizado”, escreveu Ursula von der Leyen nas redes sociais.

A Comissão Europeia confirmou à Lusa que está a “mobilizar o apoio” que Portugal pediu, no âmbito do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, para ajudar a combater os incêndios florestais no país. “Sim, Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, nós estamos a mobilizar o apoio que o país pediu”, disse à Lusa a porta-voz do executivo comunitário europeu Eva Hrncirova.

O azar voltou a bater à porta de Miguel Oliveira: piloto português caiu no primeiro dia do Grande Prémio da Áustria

Cumprido o período de férias, as emoções do MotoGP estão de regresso. Depois de três semanas de pausa para os pilotos e as equipas descansarem, a prova rainha do motociclismo deslocou-se para Spielberg, com o Grande Prémio da Áustria a receber a 13.ª corrida deste ano. Entre sexta-feira e domingo, os melhores pilotos do mundo vão competir no exigente traçado do Red Bull Ring. Entre eles está, claro, Miguel Oliveira, piloto português da Prima Pramac Yamaha que continua com o futuro incerto para 2026. Ao cabo de 12 Grandes Prémios, o atleta de Almada é 25.º no Mundial de pontos, com apenas seis pontos, ao passo que a sua equipa ocupa o 11.º lugar na classificação por equipas, com 61.

À entrada para a segunda metade da temporada, Oliveira continua numa batalha direta com Jack Miller por uma vaga na equipa satélite da Yamaha para o próximo ano. Inicialmente, esperava-se que o fabricante japonês tomasse a decisão antes da paragem de verão, no entanto essa decisão foi adiada para depois das férias. Para já ainda não é conhecida, embora a Yamaha procure um piloto experiente para liderar o seu novo projeto técnico, em estreita colaboração com Iwata. Como Miguel e Jack se enquadram nessa condição, as próximas corridas deverão ser decisivas para o futuro dos dois pilotos da Pramac. O português tem demonstrado consistência e capacidade de adaptação às adversidades que tendem a surgir em situações de corrida e até na sua moto, ao passo que o australiano procura recuperar a forma de outros anos.

“Após três semanas de férias — agradáveis e importantes —, estou muito feliz por estar na hora de voltar ao trabalho. Mal posso esperar para ver a minha equipa novamente e começar a trabalhar. As últimas duas corridas foram difíceis, não vou esconder isso, mas estou confiante de que podemos alcançar bons resultados, tanto na Áustria como na Hungria. Serão dois desafios muito diferentes — um é uma pista que não conhecemos, e o outro é, no papel, um pouco difícil para a Yamaha —, mas estamos otimistas”, referiu Miguel Oliveira aos meios de comunicação da sua equipa.

Na primeira sessão de treinos livres, realizada durante a manhã desta sexta-feira, o sol apareceu em força no Red Bull Ring, mas não deu alento a Miguel Oliveira, que não foi além do 21.º e último lugar, a segundo e meio de Marc Márquez (Ducati), que realizou o tempo de 1.29,376 minutos à décima tentativa e procura a primeira vitória da sua carreira na Estíria. O seu colega de equipa Pecco Bagnaia terminou em segundo, a 31 centésimos, ao passo que Marco Bezzecchi (Aprilia) foi terceiro, a 386 milésimos. Esta sessão serviu ainda para as equipas testarem um novo sistema de auxílio eletrónico, o sistema de controlo de estabilidade, que reduz o torque do motor quando a moto começa a derrapar, evitando assim a derrapagem.

Na sessão da tarde, cronometrada e com o acesso à Q2 em discussão, a temperatura da pista subiu para perto dos 60ºC e a sessão começou a todo o gás, com Jorge Martín (Aprilia) a sofrer um acidente na volta de saída e a ser obrigado a substituir a sua moto. Pouco depois, numa fase em que Pedro Acosta (KTM) liderava, Fabio Quartararo (Yamaha) e Miguel Oliveira caíram na curva 6, devido à presença de óleo na pista, deixado pela moto de Jack Miller. Nos últimos dois minutos da sessão, Marc Márquez voltou a arrebatar o melhor tempo, com 1.28,117 e apurou-se para a Q2 à frente de Acosta e de Bagnaia. Oliveira não conseguiu melhorar e terminou em 19.º, tendo de passar pela Q1 no sábado.

Carlos Moedas manifesta-se contra aumento do número de voos no aeroporto de Lisboa: “caminho não é aceitável”

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa expressou esta sexta-feira a sua “total oposição” ao plano da ANA de aumentar o número de movimentos do aeroporto de Lisboa, isto sem realizar obras na infraestrutura. “Já por diversas vezes referi que este caminho não é aceitável e que comigo tal não acontecerá”, salienta Carlos Moedas em comunicado enviado às redações.

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