Pampilhosa, Fundão e Castelo Branco: os incêndios mais difíceis a esta hora

Há três povoações em risco na linha de incêndio na Pampilhosa da Serra.

À Renascença, o presidente da Câmara, Jorge Custódio, dá conta da grande preocupação que tem com as populações onde já anda o fogo.

“Continuamos a ter aqui as povoações do Carregal do Zêzere, do Machialinho e do Esteiro, que neste momento são as três povoações que nos estão a oferecer mais preocupação”, diz o autarca.

Jorge Custódio acrescenta ainda que “muitas das outras aldeias, junto, já tiveram aqui o incêndio que passou, literalmente, dentro das aldeias e que queimou e ardeu praticamente tudo o que eram as envolventes das habitações”.

O incêndio de Arganil estendeu-se à Pampilhosa da Serra, no distrito de Coimbra, onde as chamas continuam ativas e a dar muito trabalho aos operacionais que estão no terreno.

Populações a salvo em Castelo Branco

Já há meios aéreos no incêndio de Castelo Branco e as populações estão a salvo.

Segundo o presidente da autarquia, Leopoldo Rodrigues, o município conseguiu prever o avanço das chamas e proteger as populações.

De acordo com o autarca, “neste momento [o fogo] aproxima-se das localidades de Vale de Figueira e está também relativamente próximo da localidade da Partida”.

“Também houve uma intensificação das chamas na direção do Mourelo”, diz Leopoldo Rodrigues, assinalando, no entanto, que “não há casas em risco, nem pessoas em risco”.

Portugal é o país da União Europeia com maior percentagem de território ardido

O presidente da Câmara de Castelo Branco confessa, no entanto, que existe “receio relativamente ao vento e relativamente ao calor, que foram as condicionantes que, durante o dia de ontem, maior influência tiveram”.

A Câmara Municipal de Castelo Branco ativou o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil devido ao incêndio rural de grandes dimensões que chegou ao concelho vindo do Fundão.

A decisão foi tomada na noite de segunda-feira (18 de agosto), após reunião da Comissão Municipal de Proteção Civil.

Situação “muito instável” no Fundão

Já o incêndio que afeta o Fundão continua com vários pontos críticos e uma situação “muito instável”.

“A situação é muito grave”, com vários pontos críticos num fogo “muito longe de estar controlado”, afirmou o presidente do município, em declarações à agência Lusa.

O autarca diz temer que essa problemática irá agravar-se com o avançar do dia e o aumento da temperatura.

Portugal precisa de "profissionalização total" dos meios de combate aos incêndios

Vento forte até quarta-feira

O vento é, de facto, o parâmetro que mais preocupa no combate aos incêndios.

À Renascença, a meteorologista do IPMA, Patrícia Marques, aponta para rajadas de vento forte nas terras altas, que devem prolongar-se até quarta-feira.

“O vento, neste momento, sopra do norte-noroeste. O vento sopra naquilo que se designa por regime de nortada, sopra com alguma intensidade. Temos vento médio que, nas terras altas — ou seja, nos sítios onde neste momento temos os incêndios ativos — sopra até 45 quilómetros por hora”, diz a meteorologista.

Combate aos incêndios evolui favoravelmente em Espanha

O combate aos incêndios em Espanha evolui favoravelmente, com a descida das temperaturas após 16 dias de onda de calor, mas haverá ainda “horas difíceis”, alertou o primeiro-ministro.

Pedro Sánchez afirmou que o governo vai declarar várias zonas de catástrofe.

Apesar das previsões meteorológicas favoráveis e de vários incêndios estarem esta terça-feira a ser controlados, “haverá ainda horas difíceis”, sublinhou Sánchez, numa declaração a jornalistas numa das zonas mais afetadas pelos fogos na Extremadura.

Direção-Geral de Recursos Naturais emitiu 192.320 licenças de pesca lúdica em 2024

A Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM) emitiu 192.320 licenças de pescas lúdica, no continente, em 2024, sobretudo para a modalidade de pesca apeada.

“No total, foram emitidas 192.320 licenças, abrangendo diferentes modalidades e prazos de validade”, lê-se numa nota partilhada pela DGRM.

Destacam-se as modalidades de pesca apeada e de embarcação com, respetivamente, 107.771 e 71.859 licenças.

Contabilizam-se ainda 7.949 licenças para a pesca submarina e 4.741 licenças gerais.

No ano passado, foram emitidas 100.137 licenças com um ano de validade, 21.572 com um mês e 70.611 com um dia.

A prática da pesca lúdica é uma atividade sujeita à emissão de uma licença, independentemente da sua modalidade.

“A DGRM reforça a importância do cumprimento das regras e limites estabelecidos, garantindo uma prática sustentável e segura desta atividade”, sublinhou.

A DGRM é um serviço central da administração direta do Estado, com autonomia administrativa, que tem por objetivo o desenvolvimento da segurança e serviços marítimos, a execução das políticas de pesca e a preservação dos recursos.

“Rainha da Cetamina” que vendeu dose que matou o ator Matthew Perry vai declarar-se culpada

Jasveen Sangha, conhecida como “Rainha da Cetamina”, vai declarar-se culpada no processo que investiga a morte do ator norte-americano Matthew Perry. O conhecido Chandler, da série Friends, foi encontrado morto em casa, em Los Angeles, a 28 de outubro de 2023. Tinha 54 anos.

Sangha, de 42 anos, é a quinta pessoa a declarar-se culpada na investigação à morte por overdose da estrela. As autoridades acusam-na de ter sido a responsável pela venda de várias doses de cetamina ao ator, através de intermediários.

O médico de Perry, Salvador Plasencia, também se declarou culpado, assim como outras três pessoas — o médico Mark Chavez, Kenneth Iwamasa, o assistente do ator, e Erik Fleming, de 55 anos, que fez chegar a droga a Perry.

De acordo com o comunicado do Departamento de Justiça norte-americano, a “Rainha da Cetamina” chegou a acordo com os procuradores federais. Ao declarar-se culpada, a mulher, que tem nacionalidade norte-americana e britânica, evita o julgamento pela morte do ator, que está marcado para setembro. “Ela está a assumir a responsabilidade pelas suas ações”, disse o advogado de Sangha, Mark Geragos, numa nota citada pela Associated Press.

Jasveen Sangha vai admitir a culpa de várias acusações, como posse de droga, três acusações de distribuição de cetamina e ainda uma acusação de distribuição de cetamina que resultou em morte ou ferimentos graves. Inicialmente, enfrentava acusações por nove crimes. O comunicado do Departamento de Justiça revela que o acordo vai ser assinado “nas próximas semanas”.

O acordo entre Sangha e os procuradores federais envolve também outra morte que não está ligada ao caso de Matthew Perry. Sangha admitiu ter vendido quatro frascos de cetamina a um homem chamado Cody McLaury, horas antes de este morrer de overdose, em 2019.

A “Rainha da Cetamina” enfrenta uma pena de prisão que pode chegar até um máximo de 45 anos. O juiz que vai julgar o caso não tem necessariamente de seguir os termos do acordo, mas os procuradores indicaram no documento que não pedirão a pena máxima de prisão.

A mulher foi detida em agosto de 2024. Nas redes sociais, apresentava um estilo de vida luxuoso e marcava presença em festas com várias celebridades. Era através desses contactos que venderia a cetamina.

Quem é Jasveen Sangha, a “rainha da cetamina” associada à morte de Matthew Perry

A cetamina é uma substância legal, usada para o tratamento da depressão. Matthew Perry tinha uma prescrição, mas começou a administrar mais cetamina do que a que lhe foi receitada. Sangha terá tido conhecimento da dependência do ator e estabeleceu contacto para que se tornasse um dos seus clientes.

Assistente pessoal e médicos de Matthew Perry acusados de facilitar acesso a droga que levou à sua morte

A nota do Departamento de Justiça explica que, em outubro de 2023, Sangha e Fleming, o médico de Perry, venderam 51 frascos de cetamina ao ator, que foram entregues ao seu assistente. “Até à morte de Perry, Iwamasa injetou-o repetidamente com cetamina fornecida por Sangha a Fleming”, diz a nota. “Especificamente a 28 de outubro de 2023, Iwamasa injetou Perry com pelo menos três doses da cetamina de Sangha, o que causou a morte de Perry.”

Após saber da morte do ator, a “Rainha da Cetamina” enviou uma mensagem a Fleming através do Signal, uma aplicação de comunicação encriptada. A mensagem terá servido para definir uma estratégia de distanciamento. Sangha terá ativado nesse dia as definições da aplicação para apagarem automaticamente as mensagens trocadas. “Apaga todas as nossas mensagens”, referia numa mensagem enviada a Fleming.

O ator norte-americano era um dos protagonistas da série Friends, que esteve no ar entre 1994 e 2004. Matthew Perry tinha problemas com drogas e, na sua autobiografia, admitiu que teve dezenas de recaídas ao longo dos anos.

Orgãos de informação devem evitar exibir fogos ativos para não incentivar incendiários

O vice-presidente da Associação de Técnicos de Segurança e Proteção Civil (ASPROCIVIL) defende que os orgãos de comunicação social devem evitar exibir imagens de fogos ativos para evitar o efeito multiplicador entre potenciais incendiários.

À Renascença, Jorge Silva aponta que “hoje em dia temos um incendiário que fica em casa a ver a chama arder. Quem tem gosto a ver o incêndio, está sentado a vê-lo na televisão”.

“Temos dificuldade em perceber o que é que é o contexto dos incêndios. Devemos falar sobre eles, mas a imagem da chama viva à frente da câmara, sou contra”, expressa.

Jorge Silva acrescenta que a presença profunda de jornalistas e média nos teatros de operações causa “preocupações” aos bombeiros, “da imagem e de como estão a agir e a trabalhar”.

“Deviam estar mais preocupados a combater o incêndio. Dentro de um teatro de operações, deviam estar só os operacionais de combate aos incêndios. O restante devia estar fora”, sublinha.

Noutro plano, o vice-presidente da ASPROCIVIL mostra-se preocupado com a dimensão da área ardida em 2025 – a segunda maior desde o ano de Pedrogão – e aponta as características da vegetação como a principal causa.

O especialista refere que se tratam zonas “de difícil acesso, com vegetação muito elevada e densa e que, devido a um inverno mais chovoso e intenso, cresceu muito rapidamente”.

“A questão aqui é: Há muita matéria vegetal na floresta que tem de ser potenciada para poder ser utilizada para outros fins”, defende.

Criado grupo de trabalho para traçar Plano Nacional para Materiais de Construção

O Governo criou um grupo de trabalho encarregue de preparar um Plano Nacional para os Materiais de Construção, atendendo à alta dos preços destas matérias-primas e à urgência em reforçar a construção e reabilitação de habitações no país.

De acordo com o despacho n.º 9795/2025, publicado esta terça-feira em Diário da República, o grupo de trabalho fica na dependência direta do ministro das Infraestruturas e Habitação e será constituído por sete elementos, em representação do Gabinete do ministro das Infraestruturas e Habitação, do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), dos institutos da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) e dos Mercados Públicos, do Imobiliário e da Construção (IMPIC), da Construção Pública, EPE (CP) e das associações dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), dos Comerciantes de Materiais de Construção (APCMC) e Cluster AEC — Arquitetura, Engenharia e Construção.

Sem direito a remuneração e com a missão de “estudar e apresentar propostas que visem a criação de um Plano Nacional para os Materiais de Construção”, os membros integrantes deste grupo de trabalho serão designados no prazo máximo de oito dias úteis, tendo a partir desta terça 30 dias para apresentar um relatório preliminar e 60 dias para entregar à tutela um relatório final com conclusões e propostas.

Para o efeito, cabe-lhes analisar as necessidades estratégicas do setor da construção, com especial enfoque na habitação, identificar materiais críticos para o setor, avaliar materiais alternativos (nomeadamente reutilizáveis ou de menor pegada ecológica), mapear potenciais fontes e cadeias de abastecimento e estudar modelos internacionais e boas práticas relevantes.

Nos termos do despacho publicado esta terça-feira, poderão ser convidados para participar no grupo de trabalho, embora sem direito a voto, representantes de outras entidades públicas ou privadas e especialistas “cujos contributos se revelem relevantes”, sendo o apoio técnico, logístico e administrativo ao funcionamento desta unidade assegurado pelo Gabinete do ministro das Infraestruturas e Habitação.

A criação do grupo de trabalho é justifica pelo executivo com a “recente estabilização em alta dos preços dos materiais de construção, em especial daqueles com maior relevância para o setor habitacional”, associada à “necessidade premente de reforçar a construção e a reabilitação habitacional em território nacional” e ao “ambicioso plano de investimentos em obras públicas que o Governo pretende implementar nos próximos anos”.

Ainda referido é o “atual contexto internacional, que exigirá significativos esforços de reconstrução em várias regiões do globo, com o consequente e previsível aumento da procura global por materiais de construção”.

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Porque o seu gato faz cocó fora da caixa de areia

Quando o seu gato deixa de usar a caixa de areia e começa a fazer cocó noutros locais, pode ser frustrante e desconcertante; afinal de contas, é suposto os gatos serem limpinhos. A causa pode variar desde problemas de saúde a simples preferências relativamente à caixa de areia. Embora a maioria dos gatos use a caixa de areia de forma instintiva, mudanças de comportamento podem indicar um problema. Identificar a causa implica analisar a saúde do gato, a configuração da caixa de areia e quaisquer alterações no ambiente ou na rotina. Antes de assumir que o seu gato está a comportar-se

Imigração e justificação para restringir direitos fundamentais

Se o Estado quer restringir os direitos dos imigrantes, tem de justificar essas restrições. E o Tribunal Constitucional tem o dever de controlar essa justificação.

Não há direitos absolutos. Os direitos fundamentais podem ser – e são frequentemente – restringidos. Mas num Estado de Direito as restrições dos direitos fundamentais têm necessariamente de ser justificadas. Por outras palavras, as restrições dos direitos fundamentais não podem, nunca, ser arbitrárias; devem servir um propósito, prosseguir um fim. É esse fim que justifica a restrição dos direitos fundamentais.

Contudo, em virtude da sua consagração constitucional, não é suficiente que se apresente um fim qualquer para justificar restringir direitos fundamentais. É necessário que a justificação para a restrição de direitos fundamentais tenha uma importância equivalente ao direito fundamental restringido. Imagine-se o caso de uma manifestação pública proibida por uma câmara municipal. Essa restrição ao direito fundamental de manifestação deve ter uma justificação da mesma importância do próprio direito de manifestação, como, por exemplo, o direito fundamental à segurança. A invocação do direito à segurança é uma justificação legítima para restringir o direito à manifestação; o que não equivale a dizer que a restrição – ela própria – seja legítima, uma vez que ainda terá de ser controlada à luz dos princípios constitucionais aplicáveis, como é o princípio da proporcionalidade. Mas antes desse controlo da legitimidade da restrição, é preciso fazer um controlo da legitimidade da justificação para restringir.

Este método aplica-se a todos os casos de direitos fundamentais. E as recentes alterações à Lei dos Estrangeiros, chumbadas pelo Tribunal Constitucional, não são exceção. Contudo, no que respeita ao controlo da legitimidade da justificação para restringir os direitos fundamentais limitados pelas referidas alterações, o Tribunal Constitucional e os seus juízes sentiram sérias dificuldades. Por um lado, o Estado foi parco na apresentação das justificações, obrigando, por vezes, o Tribunal Constitucional a um juízo de adivinhação. Por outro lado, essas dificuldades estão ancoradas, principalmente, num discurso político, até há um par de anos minoritário, mas atualmente maioritário, que vem associando o aumento dos fluxos imigratórios à insegurança pública. Esse discurso, baseado, muitas vezes, em perceções desmentidas por dados estatísticos, é de tal forma repetido, que acaba por ser tido como verdadeiro. De mãos dadas com este tipo de discurso político, surge um outro segundo o qual os fluxos imigratórios são a razão da falência de muitos serviços públicos.

Ora, quando o Estado decide restringir direitos fundamentais dos imigrantes justificando essas restrições em razões de segurança ou de sustentabilidade dos serviços, o Tribunal Constitucional tem o dever de controlar essas justificações. Ou seja, o Tribunal Constitucional deve verificar, por um lado, se é verdade que existe insegurança e se é verdade que os serviços públicos estão em falência, e, por outro lado, se for efetivamente verdade, deve verificar se essas situações são causadas pelos fluxos imigratórios. Porque se não for verdade que há um aumento da insegurança, nem que os serviços públicos estejam em falência, nem que os imigrantes contribuam para a insegurança ou para a falência dos serviços públicos, então a justificação da restrição dos direitos fundamentais dos imigrantes não é legítima e as restrições são, desde logo, inconstitucionais.

O nível de certeza na resposta a estas questões não tem de – nem pode – ser absoluto. Há sempre alguma deferência que os juízes constitucionais devem dar ao legislador democraticamente eleito, que estará munido de informação que suporte as justificações apresentadas para restringir direitos. Mas a eleição democrática do legislador não é, por si só, justificação para restringir direitos fundamentais. Pelo contrário. É que o principal propósito dos direitos fundamentais é precisamente o de limitar a atuação de maiorias democraticamente eleitas.

O autor escreve segundo o acordo ortográfico de 1990

Suíça promete imunidade a Putin se for palco de conferência de paz

A Suíça promete imunidade ao Presidente russo caso o seu encontro bilateral com Volodymyr Zelensky, para negociar um acordo de paz entre Kiev e Moscovo, venha a acontecer naquele país, tradicionalmente neutro.

Vladimir Putin é alvo de um mandado de detenção, emitido pelo Tribunal Penal Internacional, por crimes de guerra cometidos na Ucrânia, nomeadamente, pelo rapto de crianças ucranianas, deportadas para a Rússia. Assim, o Presidente russo deveria ser detido ao pisar o território de um país que reconheça o TPI — e que não é o caso dos Estados Unidos, onde Putin esteve, na sexta-feira, no Alasca, para se reunir com Donald Trump.

Segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros suíço, as regras não se aplicam neste caso. Ignazio Cassis falava durante uma conferência de imprensa, em Berna, ao lado do seu homólogo italiano, e explicou que, no ano passado, o governo suíço definiu as regras para a concessão de imunidade a uma pessoa sob mandado de detenção internacional. “Se essa pessoa vier para uma conferência de paz” não deve ser detida.

“A Suíça está disponível para fazer isto [o encontro], mesmo que com pouca antecedência”, disse Cassis aos jornalistas. “Aliás, sublinhei repetidamente esta disponibilidade nos meus contactos com o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, nos últimos meses”, acrescentou.

O presidente francês, Emmanuel Macron, já tinha sugerido Genebra como possível local para um encontro bilateral entre Putin e Zelensky, já que acredita que a reunião deve acontecer num país neutro.

Este foi um dos principais avanços saídos da reunião, em Washington, que juntou Zelensky, Trump e vários líderes europeus para se tentar avançar num acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia. Além do encontro bilateral, depois haverá um trilateral (Zelensky, Puitn e Trump) e, mais tarde, um multilateral, com vários líderes europeus.

Autoeuropa assume compromisso da Volkswagen para com Portugal. “Uma ocasião verdadeiramente especial”, diz empresa

Uma “ocasião verdadeiramente especial”, com o pensamento no presente e futuro, assumiu Thomas Hegel Gunther, presidente da Autoeuropa, na assinatura do memorando de intenções entre Governo e Volkswagen para a produção do carro elétrico do grupo alemão em Portugal. O plano de investimento da Autoeuropa receberá do Estado português um apoio de 30 milhões de euros, indicou o ministro da Economia, Castro Almeida.

No final deste ano será lançado o novo T-Roc, “o qual estamos certo que dará continuidade ao extraordinário desempenho do modelo da geração atual”, indicou. O lançamento “é fruto de muitos meses de trabalho” por parte dos colaboradores, acrescentou, assumindo “mais um passe firme em direção ao futuro”, com a formalização do compromisso do ID Every.1, que começará a ser produzido em meado de 2027, que “será a próxima etapa da fábrica da Autoeuropa”.

Autoeuropa vai fabricar novo carro elétrico que deverá custar 20 mil euros (no mercado alemão)

Thomas Gunther relembrou que este será um modelo de entrada no elétrico, a partir de 20 mil euros. “O próximos tempos serão marcados em tornar o futuro em realidade”.

Estes projetos “representam o compromisso da Volkswagen com Portugal”, concluiu.

Christian Vollmer, administrador do grupo Volkswagen, salientou as mudanças do mercado automóvel, com o foco na sustentabilidade. O grupo, diz, “está motivado em liderar a mudança”. Nas mudanças da indústria, o Every1, diz, é muito importante. “É um grande passo em frente”, assumiu. “Estamos muito contentes de o produzir aqui”. A localização foi escolhida porque “confiamos e acreditamos” na unidade, e salientou “a forte parceria com o Governo”, garantindo ser um país bom para investimentos. “É um projeto que nos podemos orgulhar em Palmela”, conclui em português, depois de um discurso em inglês. Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, em inglês expressou também a satisfação pelo passado, presente e futuro da Autoeuropa, desejando boa sorte para futuro pelo sucesso para a Volkswagen e mais crescimento económico e sucesso para Portugal.

Manuel Castro Almeida, ministro da Economia, assinalando “o momento histórico”, diz que este investimento “representa muito mais que um investimento industrial”. “Ao longo de mais de três décadas a Autoeuropa tem sido mais do que um pilar da economia nacional”, salientando emprego, tecido industrial e investimento estrangeiro. “Hoje reforça esse legado”. Poucas, diz, estarão tão em linha com o plano do Governo. A política económica de Portugal passa pela descarbonização produtiva, inovação produtiva e aumento das exportações. A Autoeuropa “está a colocar um desafio exigente às empresas nacionais e ao tecido económico do país”. Portugal tem um caminho grande a fazer na produtividade, sem esse caminho não conseguirá aumentar exportações.

“Não vale a pena falar de crescimento económico, de convergência do rendimento com a União Europeia, sem aumentar o peso das exportações no PIB”, disse Castro Almeida, indicando que é objetivo do Governo é atingir 50% desse peso e caminhar para os 55%. Está neste momento com 46%. 

O Governo declara disponibilidade para atribuir ao projeto da Autoeuropa o nível máximo de auxílio de Estado, 30 milhões de euros. “Será o nosso contributo”, assumiu Castro Almeida.

Marcelo Rebelo de Sousa optou, ainda, por fazer o histórico da Autoeuropa, desde o governo de Cavaco Silva que trouxe o investimento para Portugal, salientando que todos os governos que o sucederam apoiaram este projeto. “Por uma vez houve uma estratégia nacional prosseguida ao longo de décadas”, que “agora conhece um salto qualitativo muito apreciado”. Não foi a única mas terá sido uma raridade, indicou o Presidente da República, que deixou ainda uma palavra aos trabalhadores, quase cinco mil. “Tornaram possível o crescimento desta indústria, souberam ultrapassar diferenças, tensões, períodos de crise, ao mesmo tempo fazendo um significativo caminho de valorização das suas competências”.

O Presidente da República voltou a falar de solidariedade, aproveitando os incêndios e evocando Carlos Dâmaso, ex-presidente da junta de freguesia de Vila Franca do Deão que morreu a combater os fogos. Isto porque Carlos Dâmaso, contou o Presidente, morreu quando com o trator do seu sucessor estava no combate às chamas para salvar a aldeia. Dois opositores que trabalharam em conjunto e essa foi a mensagem que Marcelo quis passar.

“É o exemplo extremo da solidariedade entre pessoas e portugueses”, disse relacionando com a cerimónia desta manhã. A Autoeuropa “chegou com solidariedade entre 2 países, sucessivos governos e o presente e a solidariedade de toda a família Autoeuropa e dos trabalhadores, sabendo o que significa lutarem em conjunto, sabendo o que é lutar em conjunto”.

A Autoeuropa inaugurou, esta terça-feira, também oficialmente a nova prensa, que representou um investimento de 52,8 milhões de euros, e que, segundo o responsável da empresa, é a mais complexa das quatro novas prensas que o grupo alemão investiu. E foi também oficialmente lançada a primeira pedra da nova nave de pintura que ficará concluída até dezembro de 2027. O investimento nessa unidade de pintura e do novo forno elétrico atinge os 270 milhões de euros.

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