“Nunca transpirei tanto a tocar ferrinhos, nem em Cabo Verde”: a dança política de Dino D’Santiago no Vodafone Paredes de Coura


Dino D’Santiago entra em palco, mãos juntas em sinal de agradecimento. São 17h10, em frente ao palco principal do Vodafone Paredes de Coura o público preenche sobretudo as zonas com mais sombra. Este, confessaria o próprio músico, era um momento há muito aguardado, o momento em que pisaria o palco de um festival que procura assumir a sua diferença em relação aos demais. Arranca com ‘Nôs Tradison’, pedido funanástico para que os presentes o acompanhem nesta sua viagem rumo ao que o define, a Cabo Verde que lhe corre no sangue. O que o músico fez em Paredes de Coura foi isso: um assinalar da sua identidade, sem perder a noção de que é preciso dançar para se ser feliz.