Fundação para a Ciência e Tecnologia apoia 400 projetos científicos exploratórios com cerca de 24 milhões de euros


Um total de 400 projetos científicos de caráter exploratório vão poder ser apoiados por fundos públicos da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) no valor global de cerca de 24 milhões de euros, foi anunciado esta quarta-feira.
A FCT anunciou esta quarta-feira, em comunicado, os resultados provisórios do concurso de 2024, que, face à edição de 2023, totaliza um investimento de aproximadamente mais quatro milhões de euros.
No concurso de 2023 foram aprovados 403 projetos de investigação de caráter exploratório, em todos os domínios científicos, representando um investimento da FCT de cerca de 20 milhões de euros. Na edição de 2024, cujas candidaturas foram submetidas entre 19 de dezembro de 2024 e 25 de fevereiro de 2025, o montante máximo a atribuir a cada projeto selecionado aumentou de 50 para 60 mil euros.
Ao todo foram aceites para avaliação 2.529 candidaturas das 2.547 submetidas, com a taxa de aprovação a situar-se nos 16%. Os resultados esta quarta-feira divulgados podem ser contestados pelos candidatos interessados em sede de audiência prévia antes de se tornarem definitivos.
A maioria dos projetos, que poderão beneficiar de tempo de cálculo nos supercomputadores Deucalion e MareNostrum 5, é liderada por cientistas mulheres. Com periodicidade anual, o concurso de projetos exploratórios em todos os domínios científicos visa “promover ideias inovadoras”.
Na dependência do Governo, a FCT é a principal entidade que subsidia a investigação científica em Portugal, nomeadamente através de apoios diretos a projetos.
Na semana passada, o executivo aprovou a criação da nova Agência de Investigação e Inovação, que irá substituir a FCT e a Agência Nacional de Inovação (ANI).
O Governo espera com a nova agência eliminar “as redundâncias atualmente existentes entre a ANI e a FCT, com ganhos óbvios operacionais e administrativos, por exemplo ao nível de plataformas, recursos humanos e sistemas de financiamento”.
O ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, assegurou que o financiamento à ciência será preservado, com estabilidade e previsibilidade.