Antes de encontro entre Putin e Trump, líderes europeus listam princípios fundamentais para negociações

Os líderes europeus listaram esta quarta-feira num comunicado os quatro princípios fundamentais que devem ser defendidos em qualquer negociação de paz na Ucrânia, depois da reunião virtual entre estes, Zelensky e Tump, na antecipação do encontro deste último com Vladimir Putin, que se realizará esta sexta-feira no estado norte-americano do Alasca.
Em primeiro lugar, os líderes europeus que estiveram reunidos — num encontro moderado por Friedrich Merz, Emmanuel Macron e Keir Starmer — reiteram que “negociações significativas só podem ter lugar no contexto de um cessar-fogo ou de uma paragem duradoura e significativa das hostilidades”. Em segundo lugar, propõem que “as sanções e as medidas económicas destinadas a exercer pressão sobre a economia de guerra da Rússia devem ser reforçadas se a Rússia não concordar com um cessar-fogo no Alasca”.
Em terceiro lugar, os líderes europeus reiteram a ideia de que “as fronteiras internacionais não podem ser alteradas pela força”. E, por último, defendem que devem ser dadas à Ucrânia “garantias de segurança robustas e credíveis para defender eficazmente a sua soberania e integridade territorial”. Nesse sentido, afirmam que “não devem ser impostas limitações às forças armadas da Ucrânia ou à sua cooperação com países terceiros” e que a Rússia não pode impedir o país vizinho da adesão à NATO e à UE.
Os líderes da coligação dos dispostos [“coalition of the willing“] afirmaram ainda que estão prontos “para desempenhar um papel ativo”, inclusivamente através do envio de uma força de paz para a Ucrânia, assim que as hostilidades cessarem. No comunicado publicado após as reuniões entre aliados ocidentais realizadas esta quarta-feira, os líderes europeus “saudaram os esforços do Presidente Trump para pôr fim à matança na Ucrânia, acabar com a guerra de agressão da Rússia e alcançar uma paz justa e duradoura”.
Dizem também que “o caminho para a paz na Ucrânia não pode ser decidido sem a Ucrânia” e que é necessária “uma abordagem que combine diplomacia ativa, apoio à Ucrânia e pressão sobre a Rússia”. A solução deve “proteger os interesses vitais de segurança da Ucrânia e da Europa”, concluiu.
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