Viajar até às praias do Algarve: do verde norte ao dourado sul de Portugal

Viajar do Norte ao Sul de Portugal num só dia é uma experiência de diferentes sensações, que são também aquelas que vivo nas minhas viagens ao Algarve. Natural do Minho e mais ligada ao Norte do que ao Sul, o Algarve foi durante uma boa parte da minha vida um destino desconhecido. Como vivia perto da fronteira com a Espanha, a Galiza era um destino frequente para mim, que a visitava com a minha família. A seguir à Galiza, foram várias as viagens que fiz atravessando a Espanha, explorando depois o sul de França e, por fim, a Europa para lá das latinidades. Isto para vos dizer que conheci uma boa parte do Velho Continente ainda antes de ter visitado o Algarve. Mas quando finalmente o conheci, já adulta, fiquei fascinada por aquele Portugal tão diferente do das minhas vivências.

Travelling from north to south of Portugal in one single day is a journey filled with different sensations, which I experienced during my first trip to the Algarve and relive every year. There are mainly three reasons why you must visit AlgarveA native from the northern province of Minho and with more liaisons to the north than the south of Portugal, the Algarve remained for a big part of my life an unknown destination. Living near the border with Spain, Galicia was a frequent destination for me and my family. Following Galicia, there were several trips I made through Spain, later exploring the south of France and, finally, Europe beyond the latin region. This goes to show you that I travelled across the old continent even before visiting the Algarve. When I finally got there, as an adult, I was overwhelmed by that part of Portugal that was so different from what I knew.

Numa viagem do Norte ao Sul de Portugal pelo litoral posso ver as cambiantes da paisagem, que das verdes montanhas do Minho e do Douro vai perdendo altura até se desdobrar em vales de arrozais na bacia dos afluentes do Tejo, zona em que sempre me encanta ver os majestosos ninhos de cegonhas que habitam nos postes de electricidade ao longo da estrada.
Atravessado o Tejo sinto que cheguei ao Sul. A partir daqui prendem-me o olhar as manadas de touros ribatejanos e de bois de côr clara, até branca – que não são comuns no Norte – assim como ocasionais cavalos lusitanos, por vezes solitários. Este é um território de planícies douradas onde seculares oliveiras desenham sombras que transbordam bucolismo. É também nesta região que me sinto sempre tentada a sair da auto-estrada e ir explorar os caminhos dourados do Alentejo através da fotografia, um projecto que quero muito concretizar.
Quando faço a viagem para Sul na Primavera fico rendida à brancura das amendoeiras em flor. No Verão as miragens que se formam na estrada ao longo do asfalto anunciam o bom calor que sei que me espera mais abaixo. E eis que surge o letreiro colorido a marcar a entrada no “ALGARVE”, finalmente. Mais de cinco horas de viagem e percorrido o país de Norte a Sul, chego a uma parte de Portugal que me deu algumas das minhas melhores memórias de férias de Verão.

In a journey from the North to the South of Portugal along the coast you can see the landscape changing, from the green mountains of Minho and Douro regions to the rice paddies valleys in the basin of the Tejo river, where I’m always delighted to see the majestic nests of storks inhabiting the electricity poles along the road.
After crossing the Tejo I feel I have entered in the South part of the country. Herds of Ribatejo bulls and light coloured oxen – which are rare in the North – as well as occasional Pure Blood Lusitano horses, which are a native Portuguese breed. This is a land of golden plains where ancient olive trees draw bucolic shadows. By this time in my journey, I am always tempted to leave the motorway and go exploring the Alentejo through photography, a project that I hope to accomplish soon.
When I make this trip in spring the whiteness of the almond blossom leave me overwhelmed. In summer the mirages that form on the road along the asphalt announce the warm air I know is awaiting for me ahead. Finally, a colourful sign to mark the entry in the “ALGARVE” appears. More than five hours of travel and having crossed Portugal from north to south, I arrive to one of the parts of Portugal where I enjoyed some of my best summer holidays.

Tenho ficado muitas vezes na zona de Vilamoura, um verdadeiro oásis pensado para o lazer, onde aprecio as ciclovias em toda a extensão, as palmeiras ao longo das estradas, os bairros de casas caiadas de branco e encimadas pelos terraços mouriscos, que honram o legado dos antepassados que aqui habitaram. Tudo aqui transmite uma sensação de calma, de sol, de… férias.
Vilamoura estende o tapete a algumas das praias mais bonitas da Europa. Fiel às praias da Falésia e da Rocha baixinha (mais conhecida por Praia dos Tomates), deslumbro-me incansavelmente com os tons quentes das falésias que mergulham na areia. Faço longas caminhadas pela praia e observo cada recorte daquelas escarpas cujos veios oscilam entre a alvura da areia branca e o impactante laranja avermelhado.

I have often been in the Vilamoura area, a true oasis thought for leisure, with dedicated bike lanes, palm trees along the roads, neighbourhoods of whitewashed houses surmounted by Moorish terraces which honor the legacy of all the arabic ancestors who lived here. Everything here exudes a sense of calm, sun, and … vacation.

Vilamoura has some the most beautiful beaches in Europe. Faithful to the beaches of Falésia and Rocha Baixinha (better known as Praia dos Tomates) I stare tirelessly with the warm tones of the cliffs plunging into the sand. I love taking long walks along the beach, always bewildered by the cliffs tones ranging from a sharp sandy white and a striking reddish orange.


Os cactos que nelas se enraízam para crescerem vertiginosamente, dão-me a impressão de estar nalgum destino exótico do continente americano. O Grand Canyon dir-se-ia antepassado destas algarvias escarpas vermelhas. Mas são as águas tépidas do nosso Atlântico algarvio que me surpreendem sempre. No Verão passado estive 10 dias nesta latitude e em todos eles entrei na água sem qualquer receio de alguma maldosa corrente fria.

Huge cactuses give me the sensation of being at some exotic destination in the Americas. The Grand Canyon could claim to be an ancestor of these Algarve’s red cliffs.
But the thing that strikes me most are that here the Atlantic waters are warm! In each of the 10 days I spent this summer in the Algarve I have always entered the water without any fear of a cold stream.


E o ar quente.
Uma nortenha como eu está habituada à neblina da manhã, àquela humidade no ar que o torna mais fresco e que adia a chegada à praia dos apreciadores dos raios de sol aberto. No Algarve o ar amanhece quente e límpido, transparente. O Sol agarra-se ao dia desde a madrugada até à hora em que a noite o leva definitivamente embora, puxando-o suavemente para baixo da linha de água no horizonte, a ocidente.

And the warm air.
A northern girl like me is used to some fog and humidity in the early morning. In the Algarve the air dawns warm, clear and transparent. The sun clings to the day from the morning to the time when the evening takes him definitely away, pulling it gently down the water line on the horizon, to the west.

All photos are my own and copyright protected.

#VeraDantas #portoenvolto #algarve #minho #portugal #visitportugal #viajar #travel #bloggergirl #travelblogger #travelling #visitportoenorte #visitalgarve #turismodeportugal #turismodeportugal #praias #beaches #algarvebeaches #mediterraneanbeaches #mediterrâneo #visitaportugal #tupodes #algarve

Viajar até às praias do Algarve: do verde norte ao dourado sul de Portugal

Viajar do Norte ao Sul de Portugal num só dia é uma experiência de diferentes sensações, que são também aquelas que vivo nas minhas viagens ao Algarve. Natural do Minho e mais ligada ao Norte do que ao Sul, o Algarve foi durante uma boa parte da minha vida um destino desconhecido. Como vivia perto da fronteira com a Espanha, a Galiza era um destino frequente para mim, que a visitava com a minha família. A seguir à Galiza, foram várias as viagens que fiz atravessando a Espanha, explorando depois o sul de França e, por fim, a Europa para lá das latinidades. Isto para vos dizer que conheci uma boa parte do Velho Continente ainda antes de ter visitado o Algarve. Mas quando finalmente o conheci, já adulta, fiquei fascinada por aquele Portugal tão diferente do das minhas vivências.

Travelling from north to south of Portugal in one single day is a journey filled with different sensations, which I experienced during my first trip to the Algarve and relive every year. There are mainly three reasons why you must visit AlgarveA native from the northern province of Minho and with more liaisons to the north than the south of Portugal, the Algarve remained for a big part of my life an unknown destination. Living near the border with Spain, Galicia was a frequent destination for me and my family. Following Galicia, there were several trips I made through Spain, later exploring the south of France and, finally, Europe beyond the latin region. This goes to show you that I travelled across the old continent even before visiting the Algarve. When I finally got there, as an adult, I was overwhelmed by that part of Portugal that was so different from what I knew.

Numa viagem do Norte ao Sul de Portugal pelo litoral posso ver as cambiantes da paisagem, que das verdes montanhas do Minho e do Douro vai perdendo altura até se desdobrar em vales de arrozais na bacia dos afluentes do Tejo, zona em que sempre me encanta ver os majestosos ninhos de cegonhas que habitam nos postes de electricidade ao longo da estrada.
Atravessado o Tejo sinto que cheguei ao Sul. A partir daqui prendem-me o olhar as manadas de touros ribatejanos e de bois de côr clara, até branca – que não são comuns no Norte – assim como ocasionais cavalos lusitanos, por vezes solitários. Este é um território de planícies douradas onde seculares oliveiras desenham sombras que transbordam bucolismo. É também nesta região que me sinto sempre tentada a sair da auto-estrada e ir explorar os caminhos dourados do Alentejo através da fotografia, um projecto que quero muito concretizar.
Quando faço a viagem para Sul na Primavera fico rendida à brancura das amendoeiras em flor. No Verão as miragens que se formam na estrada ao longo do asfalto anunciam o bom calor que sei que me espera mais abaixo. E eis que surge o letreiro colorido a marcar a entrada no “ALGARVE”, finalmente. Mais de cinco horas de viagem e percorrido o país de Norte a Sul, chego a uma parte de Portugal que me deu algumas das minhas melhores memórias de férias de Verão.

In a journey from the North to the South of Portugal along the coast you can see the landscape changing, from the green mountains of Minho and Douro regions to the rice paddies valleys in the basin of the Tejo river, where I’m always delighted to see the majestic nests of storks inhabiting the electricity poles along the road.
After crossing the Tejo I feel I have entered in the South part of the country. Herds of Ribatejo bulls and light coloured oxen – which are rare in the North – as well as occasional Pure Blood Lusitano horses, which are a native Portuguese breed. This is a land of golden plains where ancient olive trees draw bucolic shadows. By this time in my journey, I am always tempted to leave the motorway and go exploring the Alentejo through photography, a project that I hope to accomplish soon.
When I make this trip in spring the whiteness of the almond blossom leave me overwhelmed. In summer the mirages that form on the road along the asphalt announce the warm air I know is awaiting for me ahead. Finally, a colourful sign to mark the entry in the “ALGARVE” appears. More than five hours of travel and having crossed Portugal from north to south, I arrive to one of the parts of Portugal where I enjoyed some of my best summer holidays.

Tenho ficado muitas vezes na zona de Vilamoura, um verdadeiro oásis pensado para o lazer, onde aprecio as ciclovias em toda a extensão, as palmeiras ao longo das estradas, os bairros de casas caiadas de branco e encimadas pelos terraços mouriscos, que honram o legado dos antepassados que aqui habitaram. Tudo aqui transmite uma sensação de calma, de sol, de… férias.
Vilamoura estende o tapete a algumas das praias mais bonitas da Europa. Fiel às praias da Falésia e da Rocha baixinha (mais conhecida por Praia dos Tomates), deslumbro-me incansavelmente com os tons quentes das falésias que mergulham na areia. Faço longas caminhadas pela praia e observo cada recorte daquelas escarpas cujos veios oscilam entre a alvura da areia branca e o impactante laranja avermelhado.

I have often been in the Vilamoura area, a true oasis thought for leisure, with dedicated bike lanes, palm trees along the roads, neighbourhoods of whitewashed houses surmounted by Moorish terraces which honor the legacy of all the arabic ancestors who lived here. Everything here exudes a sense of calm, sun, and … vacation.

Vilamoura has some the most beautiful beaches in Europe. Faithful to the beaches of Falésia and Rocha Baixinha (better known as Praia dos Tomates) I stare tirelessly with the warm tones of the cliffs plunging into the sand. I love taking long walks along the beach, always bewildered by the cliffs tones ranging from a sharp sandy white and a striking reddish orange.


Os cactos que nelas se enraízam para crescerem vertiginosamente, dão-me a impressão de estar nalgum destino exótico do continente americano. O Grand Canyon dir-se-ia antepassado destas algarvias escarpas vermelhas. Mas são as águas tépidas do nosso Atlântico algarvio que me surpreendem sempre. No Verão passado estive 10 dias nesta latitude e em todos eles entrei na água sem qualquer receio de alguma maldosa corrente fria.

Huge cactuses give me the sensation of being at some exotic destination in the Americas. The Grand Canyon could claim to be an ancestor of these Algarve’s red cliffs.
But the thing that strikes me most are that here the Atlantic waters are warm! In each of the 10 days I spent this summer in the Algarve I have always entered the water without any fear of a cold stream.


E o ar quente.
Uma nortenha como eu está habituada à neblina da manhã, àquela humidade no ar que o torna mais fresco e que adia a chegada à praia dos apreciadores dos raios de sol aberto. No Algarve o ar amanhece quente e límpido, transparente. O Sol agarra-se ao dia desde a madrugada até à hora em que a noite o leva definitivamente embora, puxando-o suavemente para baixo da linha de água no horizonte, a ocidente.

And the warm air.
A northern girl like me is used to some fog and humidity in the early morning. In the Algarve the air dawns warm, clear and transparent. The sun clings to the day from the morning to the time when the evening takes him definitely away, pulling it gently down the water line on the horizon, to the west.

All photos are my own and copyright protected.

#VeraDantas #portoenvolto #algarve #minho #portugal #visitportugal #viajar #travel #bloggergirl #travelblogger #travelling #visitportoenorte #visitalgarve #turismodeportugal #turismodeportugal #praias #beaches #algarvebeaches #mediterraneanbeaches #mediterrâneo #visitaportugal #tupodes #algarve

Roteiro de três dias no Gerês

/

Vera Dantas numa cascata do Rio Gerês

A maior dificuldade perante a imensidão do Gerês é decidir o que explorar, por onde ir. Sinto-a sempre que entre neste reino verde, aquático e aberto. O tempo limita-me a vontade de explorar todas as paisagens que comporta, e por isso volto com renovada ânsia para continuar a descoberta. A última vez que lá estive foi em Agosto e  fiz da vila do Gerês a base para novas explorações. Agora que nos prepararmos para viver um Verão diferente, Portugal é o melhor destino. E o Gerês está entre os lugares mais seguros e amplos onde pode ir em segurança.

Com uma tenda espaçosa para estrear, ousei voltar a acampar após muitos anos. Optei  pelo Parque do Vidoeiro, um dos mais antigos do Gerês, mesmo acima da vila, cuja proximidade é uma grande vantagem. Inicialmente reticente pela localização dos alvéolos em escarpa apertada, procurei um lugar melhor e encontrei uma zona, no alto do parque, onde não entram automóveis, perfeitamente idílica e com muito espaço e arvoredo. Depois da tenda montada resolvi explorar o curso do Rio Gerês, que passa mesmo pelo meio do parque de campismo. Tinham-me dito que dava apenas para refrescar. Mas na verdade forma duas lagoas de água translúcida onde se pode nadar! Uma delas, a maior, é banhada por uma cascata, de água bem fresca, paradisíaca.

E, claro, mergulhei! Cá fora o ar quente brindou a minha coragem com uma doce recompensa de bem estar revigorado.

Majestosa Árvore No Camping do Vidoeiro no Gerês Por Vera Dantas

No segundo dia, com vontade de subir a serra e descobrir novos destinos, parti em direcção à “Cascata Tahiti” ou “Cascata Fecha de Barjas”, que na verdade é a maior de um conjunto de várias cascatas belíssimas. Pedi indicações no Camping e fiquei a saber que há dois caminhos possíveis para lá chegar. Optei por seguir as coordenadas GPS – Latitude: 41º42’13.94 N, Longitude: 8º06’36.71 W – que me levaram pelo caminho mais directo. A viagem demora cerca de 20 minutos, com a calma e o cuidado necessários em estradas de montanha e subidas bastante íngremes com grandes escarpas a nossos pés e paisagens abertas proporcionadas pela considerável altitude do percurso. Ao chegar, a partir da ponte sobre o rio, há dois caminhos para descer até à cascata. Nenhum deles é muito fácil, mas são ambos praticáveis, desde que se vá sem pressas e com precaução. O da direita (para quem está na ponte virado para o lado descendente das cascatas), começa com umas pedras bastante escorregadias e íngremes mas mais à frente beneficia de um novo passadiço em madeira (cuja passagem será cobrada a 1 € segundo o cartaz afixado no local). A partir daí a descida é fácil e rápida até às cascatas. O da esquerda é sempre pelo solo da montanha, é mais longo mas menos íngreme, à excepção da última etapa, para a qual convém ter alguma ajuda nas descidas. Este último vai dar às rochas mais abaixo da grande cascata.

Vera Dantas Na Cascata Tahiti Do Gerês

Vá por que caminho for, acredite que o esforço compensa. Chegar à espaçosa lagoa verdejante e nela nadar é maravilhoso. E ainda me soube melhor porque a água aqui não é fria! A força da água junto à cascata é de cortar a respiração. E por isso mesmo sabe bem senti-la. Mesmo em Agosto, e apesar dos muitos visitantes, há espaço suficiente para estar na água à vontade. Difícil é querer sair…

Cascata Tahiti no Gerês Por Vera Dantas

Terceiro dia e a vontade de nadar na albufeira fez-me seguir directamente do Vidoeiro pela estrada fora, passando a vila do Gerês. Cinco minutos depois cheguei a um desvio sinalizado com um cartaz do “Restaurante Gerês Albufeira”. Virei à direita em direcção à albufeira. Chegando à praia restava-me estender a toalha e aproveitar o espaço a céu aberto rematado a verde geresiano. E como soube bem entrar naquele lago de água de temperatura macia…

A Albufeira em tons verdes no Gerês
E com um pouco de esforço chega-se a nado à península de Lugar de Cubos, Vilar da Veiga, em frente à praia.

Nadar até à Pensínsula de Vilar da Veiga no Gerês

Para esta experiência o ideal é ir apenas ao final da tarde, se for Verão, pois é nessa altura que a praia está menos povoada de gente e já há espaço para se estar bem.

Três dias de Gerês. Estes foram no Verão. Mas em todas as estações há deslumbramento à nossa espera.

#VeraDantas #PortoEnvolto #Gerês #Viajar #Natureza #Minho #PortoeNorte #cleanandsafe #viagensemfamilia #roadtrip #caravanismo #Portugal #Paisagens #Reservanatural #savethesummer #segurança #privacidade #satycations #slowtravel #shorthaul #unspoiled #Patrimonionatural #turismodoportoenorte #monstanha #serras #fronteira

1 679 680 681