Antes, durante e depois: Jorge Costa foi o homem da noite no FC Porto-V. Guimarães

Durante o minuto de silêncio em memória de Jorge Costa, largos períodos houve em que o único ruído perceptível era o dos geradores do estádio. Em contraste, durante o segundo minuto de jogo, o barulho dos aplausos foi ensurdecedor. Mais do que o tiro de partida para a temporada 2025-26, o jogo frente ao V. Guimarães foi momento de celebrar o nome e a memória de Jorge Costa, o “bicho” e um dos principais ídolos de todos os tempos do clube.

Apesar da acesa rivalidade, a esmagadora maioria dos adeptos vimaranenses respeitou os momentos de homenagem ao eterno capitão dos portistas. As referências ao director para o futebol vítima de uma paragem cardiorrespiratória na passada terça-feira estiveram em todo o lado, das camisolas dos jogadores até à própria estrutura do Dragão.

No exterior do estádio, o memorial criado junto à porta 2, número usado pelo capitão ao serviço do FC Porto, crescia a olhos vistos.

“Ainda vou a tempo de deixar aqui uma camisola em memória dele. Ainda não tinha conseguido dar cá um salto”, comentava um adepto. Ao lado, um outro colocava cuidadosamente no chão um cachecol que celebrava a conquista do título 2005-06, o derradeiro com Jorge Costa enquanto jogador dos “azuis e brancos”.

A bandeira do clube que acompanhou a urna de Jorge Costa durante o velório e funeral foi colocada no centro da viga por cima da bancada sul do Dragão. Uma lembrança permanente do “bicho” para todos os que entrarem no estádio. Nas camisolas dos jogadores, um pequeno 2 ao lado do número – uma elevação ao quadrado.

Cada lugar reservado aos adeptos portistas tinha uma cartolina. De um lado, o desenho da camisola de Jorge Costa. Do outro, a cor azul ou branca. Quando levantadas, o mosaico exibia as palavras “Jorge Costa” nas bancadas centrais e o número “2” nas laterais. Foi com este cenário que as equipas entraram para o terreno de jogo.

Entre os muitos momentos ligados ao “bicho” durante os 90 minutos, houve ainda tempo para uma ovação em pé a André Villas-Boas, presidente do FC Porto. A iniciativa nasceu nas redes sociais com o objectivo de enaltecer a elevação de Villas-Boas durante este período difícil.

Os golos foram também momento de relembrar o antigo capitão. Pepê levantou uma camisola de Jorge Costa após inaugurar o marcador. Samu, que bisou na partida, levantou a camisola para mostrar a mensagem “descansa em paz”.

A missa de sétimo dia de Jorge Costa está agendada para as 19h desta terça-feira, dia 12 de Agosto, na Igreja de Cristo Rei, no Porto.

Crianças da Ucrânia passam férias em Portugal longe das “sirenes e dos bombardeamentos”

O relógio apontava para as 16h30 quando o avião aterrou em Lisboa, esta segunda-feira. Foi a primeira vez que Nadia, de 41 anos, e os dois filhos saíram da Ucrânia. No aeroporto Humberto Delgado, foram recebidos com cartazes e flores pelos membros das associações da comunidade ucraniana em Portugal.

Nadia e os filhos viajaram de uma aldeia próxima da cidade ucraniana de Sumy, que faz fronteira com a Rússia. Desde o início da guerra, em fevereiro de 2022, é uma das regiões que está na linha de fogo.

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Para Nadia, as férias em Portugal são uma oportunidade de “descansar do som das sirenes e dos bombardeamentos”. Após a morte do marido, que foi soldado de guerra, esta mulher ucraniana está a reconstruir a sua vida e espera que os filhos possam esquecer o que se está a passar na Ucrânia durante os próximos 10 dias.

“Eles estão muito tensos por causa da guerra”

Na tradução para português, feita por Pavlo Sadokha, presidente da Associação de Ucranianos em Portugal, afirmou esperar “que eles esqueçam um bocadinho a guerra, descansem, porque eles estão muito tensos por causa da guerra”.

“Uma pausa no ambiente de guerra” – é esse o objetivo do projeto “Crianças dos heróis aquecidas pelo sol e pelo mar”, organizado pela Associação dos Ucranianos em Portugal, pela Associação das Mulheres Ucranianas e pela Junta de Freguesia de Benfica, com o apoio logístico e financeiro de algumas empresas e doações.

“O objetivo é ajudar estas crianças, para lhes mostrar que o mundo não é assim tão mau, que há países onde não há guerra. Ajudá-los a esquecer os momentos trágicos que vivem na Ucrânia, e viveram, ao perder os pais”, explicou à Renascença Pavlo Sadokha, presidente da Associação dos Ucranianos em Portugal.

Esta é a primeira edição da iniciativa, mas o objetivo é que se repita anualmente.

No total, viajaram para Portugal 16 crianças/jovens e 10 mães, acompanhados por uma psicóloga voluntária.

Estão organizadas visitas a praias, ao Oceanário de Lisboa, ao Pavilhão do Conhecimento, ao Badoca Safari Park, a Fátima e à Assembleia da República, entre outras atividades de lazer.

Durante a estadia as famílias vão ficar alojadas na Junta de Freguesia de Benfica.

Luís Pinto: “Pode ser um jogo de aprendizagem e muito importante para nós”

Luís Pinto, treinador do Vitória de Guimarães, acredita que a derrota no Estádio do Dragão vai permitir à equipa “continuar a crescer”.

À Sport TV no final do jogo, o técnico fez a análise da sua estreia na I Liga com uma derrota por 3-0 frente ao FC Porto

Porto forçou os erros? “Eles tiveram sucesso na pressão, faltou-nos alguma aproximação à baliza e depois sofremos dois golos muito cedo, já tínhamos tido oportunidades para o ter feito. O jogo mudou um pouco e empolgou o adversário, tornou-se mais difícil.”

Equipa manteve-se ligada: “O sentimento de crença e possibilidade que o jogo estava em aberto. Tivemos capacidade de ter a bola mas não tivemos a capacidade de sermos perigosos. Nesse aspeto, é um jogo que nos vai trazer alguns ensinamentos. Pode ser um jogo muito importante para nós e nos índices de agressividade foi notório, se formos a ver o numero de faltas a diferença foi de metade. Podemos impedir algumas coisas com esse tipo de ações, sinto que jogámos bem o jogo mas com pouca agressividade”

Jogo pode afetar? “Acredito que vamos utilizar este jogo para continuar a crescer. O sentimento que existia era de crença e esperança e a forma como queremos encarar os jogos não vai alterar. Queríamos ter ganho, não ganhámos, não podemos dizer que está tudo bem, mas vamos ultrapassar este momento e usar isto parta estarmos mais fortes no próximo sábado”.

Um Samu ao quadrado no dia em que era preciso jogar por e pelo 2 (a crónica do FC Porto-V. Guimarães)

Era muito mais do que um jogo de futebol. Menos de uma semana depois da repentina morte de Jorge Costa, o FC Porto tinha de começar o Campeonato, começar a temporada e começar a correr atrás do que escapa há três anos. Ainda assim, apesar desse esforço ingrato de entrar em campo poucos dias depois da perda de alguém de dentro, da casa, da família, o FC Porto também tinha a oportunidade ideal para homenagear o eterno capitão.

Depois de dias marcados pelas cerimónias fúnebres, tanto no Dragão como já na Igreja de Cristo Rei, a primeira jornada do Campeonato acabou por ser inevitavelmente adiada de sábado para segunda-feira, oferecendo mais algum tempo para que o FC Porto pudesse viver um luto necessário e doloroso que não foi esquecido por Francesco Farioli antes da própria estreia oficial enquanto treinador dos dragões.

Ficha de jogo

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FC Porto-V. Guimarães, 3-0

1.ª jornada da Primeira Liga

Estádio do Dragão, no Porto

Árbitro: António Nobre (AF Leiria)

FC Porto: Diogo Costa, Alberto Costa, Nehuén Pérez, Jan Bednarek (Dominik Prpic, 66′), Martim Fernandes (Zaidu, 55′), Victor Froholdt, Alan Varela, Gabri Veiga (Stephen Eustáquio, 66′), Pepê, Borja Sainz (William Gomes, 66′), Samu (Luuk de Jong, 85′)

Suplentes não utilizados: Cláudio Ramos, Zé Pedro, Deniz Gül, Rodrigo Mora

Treinador: Francesco Farioli

V. Guimarães: Charles, Miguel Maga (Lebedenko, 73′), Toni Borevkovic, Miguel Nóbrega, Vando Félix, Tiago Silva, Tomás Händel, João Mendes, Oumar Camara (Telmo Arcanjo, 56′), Nuno Santos (Nélson Oliveira, 56′), Gustavo Silva (Alioune Ndoye, 73′)

Suplentes não utilizados: Juan Castillo, Paulo Vitor, Beni Mukendi, Diogo Sousa, Fabio Blanco

Treinador: Luís Pinto

Golos: Pepê (12′), Samu (32′ e 79′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Tiago Silva (15′), a Miguel Maga (50′), a William Gomes (81′), a Nélson Oliveira (90+5′)

“Têm sido dias muito difíceis para todos nós, não é fácil lidar com este tipo de emoções. A única coisa que depende de nós e que queremos fazer é honrar a memória e o legado do Jorge Costa. Sempre que treinarmos aqui no Olival recordaremos a imagem dele ali sentado e eu sinto que o Jorge vai estar sempre connosco. Temos de seguir o exemplo do Jorge, a sua paixão pelo clube, e tentar demonstrar o ADN dele dentro de campo”, disse o italiano em declarações aos órgãos do clube, já que não realizou a habitual conferência de imprensa de antevisão.

Assim, no Dragão, Francesco Faroli voltava a apostar no onze da apresentação oficial contra o Atl. Madrid e mantinha Samu como referência ofensiva, com Luuk de Jong a começar ainda no banco, para além dos reforços Bednarek, Alberto Costa, Victor Froholdt, Gabri Veiga e Borja Sainz como titulares. Do outro lado, num V. Guimarães que também assistia à estreia de Luís Pinto na Primeira Liga depois da saída de Luís Freire, Nuno Santos, Camara e Gustavo Silva eram os elementos mais adiantados.

De forma expectável, as homenagens a Jorge Costa foram contínuas e consecutivas. Uma tarja circular aparecia no relvado com a imagem do antigo central e nas bancadas lia-se o nome do internacional português graças a uma coreografia com cartolinas. Os ecrãs mostravam as melhores imagens da carreira do defesa e as camisolas dos jogadores do FC Porto continham um “2” incorporado, como se os respetivos números estivessem ao quadrado, para além de que todos utilizavam uma braçadeira como a que Jorge Costa usava, mas a preto e branco.

O jogo começou a um ritmo elevado, com Tiago Silva a rematar ao lado de fora de área ainda nos primeiros instantes (1′) e Nehuén Pérez a cabecear logo depois para defesa de Charles na sequência de um canto (4′). O equilíbrio que se viveu nos 10 minutos iniciais, com lances de perigo junto das duas balizas e nenhumas das equipas a conseguir ter longos períodos de posse de bola, depressa se perdeu: o FC Porto começou a dominar, beneficiando da clara passividade do V. Guimarães a sair a jogar, e não demorou a chegar à vantagem.

Num lance de transição rápida depois de uma perda de bola vimaranense, Pepê abriu da direita para a esquerda para encontrar Samu, que conduziu em velocidade antes de tentar colocar em Borja Sainz — o espanhol falhou a receção e a bola sobrou para o mesmo Pepê, que picou à saída de Charles e abriu o marcador (12′), homenageando Jorge Costa com uma camisola com o nome e o número do antigo capitão.

O FC Porto aproveitou o ímpeto do golo, o V. Guimarães sentiu o golo. Os dragões passaram a dominar em absoluto, com uma facilidade impressionante em criar situações de perigo ou recuperar bolas no último terço contrário: Victor Froholdt rematou cruzado e ao lado (18′), Samu teve um golo anulado por fora de jogo de Pepê (22′) e o mesmo Samu atirou rasteiro para Charles defender (26′). O dono do segundo golo do FC Porto estava encontrado e não desiludiu: numa nova oportunidade, depois de um grande cruzamento de Alberto Costa na direita, o avançado espanhol cabeceou e aumentou a vantagem (32′), aproveitando também para homenagear Jorge Costa nos festejos.

Até ao fim da primeira parte e sem tirar o pé do acelerador, o FC Porto ainda poderia ter dilatado mais o resultado com duas oportunidades de Samu, que rematou por cima (35′) e para defesa de Charles (36′) de forma quase consecutiva, e outra de Pepê (36′), que falhou o alvo de fora de área. Ao intervalo, apesar de o V. Guimarães ter reagido nos últimos minutos e ainda ter visto Diogo Costa a encaixar um pontapé de Camara (42′), os dragões estavam a vencer de forma inteiramente justa.

Nenhum dos treinadores fez alterações ao intervalo e a lógica manteve-se, com o FC Porto a ficar muito perto de aumentar a vantagem logo nos instantes iniciais: Gabri Veiga descobriu Borja Sainz na esquerda e o espanhol rematou cruzado já na área para uma defesa atenta de Charles (48′). Os dragões mantinham-se muito bem no jogo, ainda que com um ritmo ligeiramente mais baixo ao apresentado na primeira parte, e o V. Guimarães não tinha capacidade para reagir de forma evidente.

Francesco Farioli foi forçado a realizar a primeira substituição devido a uma lesão aparentemente grave de Martim Fernandes, que saiu de maca e foi rendido por Zaidu, e Luís Pinto lançou Telmo Arcanjo e Nélson Oliveira logo depois. O jogo foi entrando numa fase mais incaracterística, com o FC Porto a gerir esforços e o V. Guimarães a aproveitar para tentar explorar a profundidade nas costas da defesa contrária, e a qualidade do encontro que até aí tinha estado presente ia desaparecendo.

O treinador dos dragões voltou a mexer a cerca de 25 minutos do fim, estreando Prpic e colocando também William Gomes e Stephen Eustáquio, e Samu ficou novamente perto de bisar com mais um remate forte que Charles defendeu (74′). Apesar desse oásis no deserto, o jogo tinha mesmo entrado numa fase mais morna e sem momentos de destaque — ainda que os jogadores da casa se mantivessem muito ligados às ocorrências, com uma reação agressiva à perda da bola que é a principal diferença em relação às prestações da temporada passada.

Já dentro do último quarto de hora, o que estava quase prometido concretizou-se: Eustáquio rematou de fora de área, Charles defendeu para a frente e Samu, na recarga, conseguiu mesmo bisar (79′). Até ao fim, Francesco Farioli ainda teve tempo para proporcionar a estreia de Luuk de Jong, que assistiu Eustáquio para o que seria o quarto golo, mas viu o lance ser anulado por fora de jogo (86′). O FC Porto venceu o V. Guimarães no Dragão e começou o Campeonato da melhor maneira, com Samu a responder à chegada de um concorrente com uma exibição à altura das homenagens que se exigiam.

Detidos mais três líderes dos taxistas em Angola por associação criminosa e terrorismo

Três presidentes de associações de taxistas em Angola foram detidos por suspeita de associação criminosa, incitação à violência, terrorismo e atentado contra a segurança dos transportes, anunciaram esta segunda-feira as autoridades angolanas.

As detenções foram realizadas ainda no âmbito de investigações na sequência dos tumultos que causaram pelo menos 30 mortos, mais de 200 feridos e de 1.500 detidos, entre 28 de julho e 1 de agosto.

[Um jovem polícia é surpreendido ao terceiro dia de trabalho: a embaixada da Turquia está sob ataque terrorista. E a primeira vítima é ele. “1983: Portugal à Queima-Roupa” é a história do ano em que dois grupos terroristas internacionais atacaram em Portugal. Um comando paramilitar tomou de assalto uma embaixada em Lisboa e esta execução sumária no Algarve abalou o Médio Oriente. É narrada pela atriz Victoria Guerra, com banda sonora original dos Linda Martini. Ouça o terceiro episódio no site do Observador, na Apple Podcasts, no Spotify e no Youtube Music. E ouça o primeiro episódio aqui e o segundo aqui]

Depois do presidente e do vice-presidente da Associação Nacional dos Taxistas de Angola (ANATA), Francisco Paciente e Rodrigo Luciano Catimba, respetivamente, o Serviço de Investigação Criminal (SIC) deu conta da detenção dos líderes da Associação de Taxistas de Angola (ATA), Francisco Eduardo, da Cooperativa de Táxis Comunitários de Angola (CTCA), Rafael Ginga Inácio, e da Cooperativa dos Taxistas e Motociclistas Freitas (CTMF), António Alexandre Freitas.

As detenções foram efetuadas este domingo em Luanda “por factos que se configuram na prática dos crimes de associação criminosa, incitação à violência, atentado contra a segurança nos transportes e terrorismo, consubstanciado em fortes indícios do seu envolvimento na promoção dos atos de vandalismo e arruaça contra bens e serviços públicos e privados”, justificou o SIC em comunicado.

Angola registou na última semana atos de vandalismo, violência e pilhagem, na sequência de uma paralisação convocada por taxistas, em protesto face à subida do preço dos combustíveis e, consequentemente, das tarifas dos transportes públicos.

E assim apareceu no Feirense ​Byron Munton, o primeiro sul-africano a triunfar na Senhora da Graça

A mítica subida à Senhora da Graça, uma das etapas mais especiais da Volta a Portugal, já tinha dado grandes alegrias ao Feirense ao longo das décadas. Desde os anos 90, foram muitos os homens do Feirense a festejar após a subida do Monte Farinha, como Quintino Rodrigues ou António Carvalho.

Mas este domingo a vitória teve um sabor inédito: pela primeira vez, um sul-africano ergueu os braços no alto de Mondim de Basto e também numa etapa da Volta.

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Byron Munton, ciclista da Feirense Beeceler, assinou uma prestação notável na etapa, isolando-se nos quilómetros finais e resistindo à perseguição. No final, admitiu que nem tinha percebido de imediato que estava em posição de vencer e o seu diretor desportivo, Joaquim Andrade, confirma que o momento teve até um toque de surpresa.

Fomos ver o que tem de especial a subida à Senhora da Graça: “Há sempre música, vinho e muita amizade"

“Fui dando algumas indicações, mas procurei não saturar com informação a mais. Quando ele arrancou e se isolou, pensei que já soubesse que ia líder. Mas às vezes há alguma dificuldade na tradução do inglês. De qualquer forma, como estava focado em ganhar tempo, geriu para manter a distância até ao final”.

A ligação de Munton ao Feirense não é de agora. Andrade conta que o ciclista começou a destacar-se cedo e esteve na mira da equipa ainda nos sub-23. “Ele começou nos sub-23. Eu, na altura, tinha falado com uma pessoa intermediária sobre a possibilidade de ele vir para Portugal. Depois fez 6.º ou 7.º lugar no Campeonato do Mundo de sub-23 e ficou mais difícil para nós”, revela

Byron Munton vence na Senhora da Graça e há novo líder

E continua: “Mas segui sempre o trajeto dele. Este ano, com a necessidade de integrar novos elementos, contactei-o diretamente e chegámos a acordo. Está a ser uma boa aposta, de ambas as partes”.

A vitória na Senhora da Graça coloca Munton em posição privilegiada na geral, tal como o colega António Carvalho. A equipa quer manter a ambição até ao final. “Vamos tentar estar na luta pela corrida. Ele e o António estão bem colocados. A cada dia tudo pode acontecer, mas a equipa está focada e tudo faremos para que possam superar-se e lutar pela vitória na Volta”.

Com esta vitória, o Feirense acrescenta mais um capítulo de glória à sua história numa das etapas mais emblemáticas do ciclismo português e abre uma nova página de vitórias estrangeiras graças a este talento vindo da África do Sul.

“Vila Real arde em lume brando”: Autarca pede explicações a Marcelo e ao Governo

O presidente da Câmara de Vila Real, Alexandre Favaios, pede explicações ao Governo e ao Presidente da República devido ao incêndio que lavra há quase dez dias no concelho.

Em declarações à Renascença, o autarca queixa-se da falta de meios no terreno, apesar das garantias dadas pela ministra da Administração Interna.

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“Relembro que hoje é o 10.º dia que lavra este incêndio, que já foi dado, aparentemente, como estado em conclusão. Está na altura de ouvir dos responsáveis alguma coisa, está na altura que o Presidente da República diga algo, que defenda Vila Real quando aparentemente pediu ao Governo para mobilizar meios. Está na altura de ouvir a senhora ministra, que disse ao país que estávamos preparados, que os meios eram suficientes. Percebemos todos no terreno que não são suficientes.”

O incêndio reativou esta segunda-feira à tarde numa zona de mato e pinhal em Outeiro, na Serra do Alvão.

Lamentando que o seu concelho esteja a arder “em lume brando”, Alexandre Favaios explica que há várias aldeias que “ainda nos preocupam” e a prioridade é salvar vidas e casas.

“São muitos focos para que aqueles que estão no terreno de uma forma mais ou menos simplista andam a saltar de um lado para o outro para salvaguardar o mais importante: a casa das pessoas, as suas vidas, as nossas populações, deixando a mancha florestal, infelizmente, a arder, porque não é suficiente a capacidade instalada no terreno”, sublinha o presidente da Câmara de Vila Real.

Pelas 21h30 desta segunda-feira, combatiam as chamas 368 operacionais e 122 meios aéreos.

Amesterdão está a pedir desculpa aos gatos com mini-escadas nos canais

Cidade neerlandesa tenta remendar a sua relação com os animais depois do afogamento trágico de 19 nos últimos seis meses nos seus canais. Nos últimos seis meses, pelo menos 19 gatos morreram afogados nos canais de Amesterdão, segundo os dados da Dierenambulance Amsterdam. Só na zona central da cidade, seis foram retirados da água sem vida. A capital neerlandesa, conhecida pela sua extensa rede de canais, enfrenta um problema antigo: as margens estreitas e paredes íngremes dificultam que animais — e até pessoas — consigam sair da água em caso de queda. Mas está a tentar resolvê-lo, da forma mais

Autárquicas. Filipe Araújo acusa CP de desinvestimento na ligação Porto-Vigo

O candidato independente à Câmara do Porto Filipe Araújo acusou esta segunda-feira a CP de desinvestimento e desinteresse na ligação Porto — Vigo, após a empresa ter anunciado que o comboio internacional Celta vai obrigar a transbordo em Viana do Castelo.

“Esta alteração, feita de forma pouco transparente, sem diálogo com quem está no terreno e no mês de turismo por excelência, demonstra que a CP assume uma postura do ‘quero, posso e mando’, ignorando os interesses dos portuenses, dos nortenhos, dos galegos e dos empresários dos dois países”, afirmou, citado em comunicado, o cabeça de lista do movimento “Filipe Araújo: Fazer à Porto”.

Para o candidato, que é atualmente vice-presidente da autarquia, não é possível perceber aquilo que considera ser um “desinvestimento” no comboio internacional Celta, responsável pelo trajeto Porto — Vigo, e acusa a Comboios de Portugal — CP de “desinteresse” por uma “ligação estratégica para o Porto e para a região Norte”.

Filipe Araújo lamentou que a CP não tenha apresentado uma “justificação válida” para a necessidade de transbordo em Viana do Castelo e diz não estar a ser dada informação aos passageiros sobre a nova duração que terá a viagem Porto-Vigo, que acredita que será “claramente mais longa”.

A CP não justificou o porquê das alterações neste serviço, mas o candidato cita a imprensa espanhola para acusar a empresa de falta de planeamento: “esta alteração está relacionada com o facto de as automotoras estarem a atingir o limite de quilómetros, o que obriga a revisões profundas, e de não existir qualquer acordo entre a CP e a espanhola RENFE sobre o pagamento desses trabalhos de manutenção”.

A Lusa tentou obter esclarecimentos junto da CP e aguarda resposta.

Na passada sexta-feira, a CP revelou que o comboio internacional Celta vai obrigar a transbordo em Viana do Castelo a partir de 17 de agosto, para permitir “garantir a continuidade do serviço”.

Em comunicado, a CP afirmou ser uma medida “excecional e temporária”, sem indicar qual a data de conclusão dos “ajustes transitórios” no serviço que é operado em conjunto com a espanhola Renfe desde julho de 2013, ligando Vigo ao Porto com paragens em Valença, Viana do Castelo e Nine.

De acordo com a CP, a partir de 17 de agosto, “o trajeto entre Porto — Campanhã e Viana do Castelo será assegurado por automotoras elétricas UTE 2240, mantendo-se as automotoras UTD 592 no percurso Viana do Castelo — Vigo”.

“Trata-se de uma medida excecional e temporária, sem qualquer supressão de comboios. O serviço manter-se-á assegurado com a introdução de transbordo em Viana do Castelo”, assegurou, sem esclarecer qual o motivo de o serviço passar a ser operado por dois tipos diferentes de automotoras e de ser necessário transbordo.

Se tiver uma história que queira partilhar sobre irregularidades na sua autarquia, preencha este formulário anónimo.

Estoril e Estrela da Amadora selam primeiro empate do campeonato

O Estoril Praia e o Estrela da Amadora selaram, esta segunda-feira, a primeira igualdade na edição 2025/26 da I Liga portuguesa de futebol, ao empatarem 1-1 no Estádio António Coimbra da Mota, em encontro da primeira jornada.

A formação da casa adiantou-se no marcador, aos 36 minutos, por intermédio de Tiago Parente, mas, na segunda parte, aos 75, instantes depois de entrar em campo, o romeno Ianis Stoica restabeleceu o empate.

O Estoril Praia e o Estrela da Amadora ficam, assim, provisoriamente, no sétimo e oitavo lugares, com um ponto

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