Espólio de Teixeira de Pascoaes pode ser visitado em Amarante até 2028

O espólio do escritor Teixeira de Pascoais, que contempla um conjunto representativo de objetos, documentos, fotografias, obras de arte e mobiliário, está patente ao público na Casa da Cadeia, em Amarante, onde permanecerá pelo período de três anos.
Inaugurada na sexta-feira, a exposição temporária “Teixeira de Pascoaes: Entre Ruínas e Fantasmas”, dedicada à vida e obra do poeta e pensador amarantino, é organizada pela autarquia e tem curadoria de José Rui Teixeira, autor das obras “Pascoaes — Poesia I, II e III” e investigador com trabalho amplamente reconhecido na área dos estudos pascoaesianos.
Todas as peças expostas foram adquiridas pelo município e constituem um acervo de elevado valor literário e histórico, que permite uma aproximação à intimidade, pensamento e universo criativo do autor, releva a Câmara Municipal de Amarante, em comunicado.
A Casa da Cadeia (antiga câmara e cadeia de Amarante) passa, assim, a assumir-se como o Lugar Saudade — Teixeira de Pascoaes, um espaço cultural dedicado à promoção do conhecimento e valorização do legado do autor, junto da comunidade local, da comunidade educativa e académica, bem como dos visitantes e turistas.
[Um homem desobedece às ordens dos terroristas e da polícia e entra sozinho na embaixada. Momentos depois, ouve-se uma enorme explosão. “1983: Portugal à Queima-Roupa” é a história do ano em que dois grupos terroristas internacionais atacaram em Portugal. Um comando paramilitar tomou de assalto a embaixada turca em Lisboa e uma execução sumária no Algarve abalou o Médio Oriente. É narrada pela atriz Victoria Guerra, com banda sonora original dos Linda Martini. Ouça o quarto episódio no site do Observador, na Apple Podcasts, no Spotify e no Youtube Music. E ouça o primeiro episódio aqui, o segundo aqui e o terceiro aqui]

Teixeira de Pascoaes nasceu em Amarante, em 1877. Estudou Direito em Coimbra, mas cedo trocou a jurisprudência pela literatura e pela vida rural, fixando-se na Casa de Pascoaes, em Gatão.
Figura central do saudosismo e da renascença portuguesa, destacou-se no Porto e em Lisboa como poeta, filósofo e ensaísta.
Autor de vasta obra traduzida para várias línguas, manteve-se fiel à poesia até ao fim da vida, em 1952.
A sua escrita, marcada por um forte imaginário telúrico e introspetivo, consolidou-o como o poeta-filósofo da saudade.