Ateou fogo a roupas em casa da ex-companheira e abriu gás do fogão para se vingar. Foi detido pela PJ

A Polícia Judiciária (PJ) deteve um homem de 36 anos por suspeitas de ter ateado fogo a roupas em casa da ex-companheira, na Covilhã, e de ter aberto o gás do fogão para se vingar por uma queixa sobre violência doméstica.

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Em comunicado, a PJ indica que o homem é suspeito da “autoria de um crime de incêndio, explosões e outras condutas perigosas, no apartamento de um prédio de habitação, violação de domicílio ou perturbação da vida privada e de morte e maus-tratos a animal de companhia” cometidos no apartamento de um prédio de habitação, na cidade da Covilhã, onde residiu com a sua ex-companheira.

“Os factos ocorreram após consumo de bebidas e produtos estupefacientes por parte do suspeito, motivado por um sentimento de revolta e vingança pelo facto de a sua ex-companheira ter apresentado queixa contra si, por violência doméstica”, acrescenta a nota.

Ainda segundo a PJ, o homem “após colocar fogo a roupas e objetos no quarto da ex-companheira, através de chama direta, com utilização de um isqueiro, ausentou-se, deixando os bicos do fogão a gás abertos, na cozinha, com intenção de vir a provocar o maior dano possível, o que não sucedeu devido à pronta intervenção dos bombeiros na sequência de alerta de vizinhos, aos primeiros sinais de fumo”.

O detido irá ser presente a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.

Viana do Castelo atenta a comboio Celta reclama investimento na linha do Minho

O presidente da Câmara de Viana do Castelo disse esta quinta-feira que vai vigiar a implementação “temporária” de transbordo no comboio Celta Porto/Vigo, prevista até “meados de dezembro”, e reclama investimento na linha do Minho.

“Por se tratar de uma medida temporária e excecional, a câmara compreende os motivos que levaram a esta medida, mas vai ficar vigilante e atenta para que sejam cumpridos os prazos, sublinhando que é necessário continuar o investimento na Linha do Minho, fundamental para o tecido social, cultural e turístico da região do Norte de Portugal e da Galiza”, indicou o autarca, numa resposta escrita enviada à Lusa, a propósito do transbordo que vai ser implementado no domingo.

O socialista Luís Nobre revelou ter recebido a garantia de que se trata de uma solução “temporária e que, em meados de dezembro, a situação será reposta”.

“Em causa está o atraso nas obras de eletrificação da linha do Algarve com a redução do número de automotoras da série 592. As ligações [do Celta] continuam a ser asseguradas com automotoras elétricas da série 2240 entre Porto e Viana do Castelo e com automotoras diesel da série 592 entre Viana do Castelo e Vigo”, explicou.

O autarca indicou também que, “em dezembro, será ativada a catenária na Linha do Algarve, libertando as automotoras diesel, que serão transferidas para o Norte e permitirão que as ligações internacionais voltem a ser realizadas nos moldes atuais”.

O comboio internacional Celta vai obrigar a transbordo em Viana do Castelo a partir de domingo, numa medida “excecional e temporária”, revelou a CP na sexta-feira.

De acordo com a CP, a medida garante “a continuidade do serviço” que, desde julho de 2013, liga o Porto a Vigo com paragens em Valença, Viana do Castelo e Nine.

A operadora espanhola Renfe garantiu na terça-feira que o comboio internacional Celta fará um “transbordo simples” em Viana do Castelo e continuará com os mesmos horários, adiantando apenas “motivos operacionais” como causa para a mudança no serviço.

“O serviço far-se-á da forma habitual quanto a horários”, pode ler-se numa resposta de fonte oficial operadora ferroviária espanhola Renfe a questões da Lusa.

Atualmente há duas circulações diárias do comboio em cada sentido, com partidas às 08h13 e 19h10 de Porto-Campanhã e respetivas chegadas às 11h35 e 22h34 (hora espanhola) a Vigo-Guixar e, no sentido contrário, partidas às 08h58 e 19h56 (hora espanhola) de Vigo-Guixar e respetivas chegadas às 10h20 e 21h18 portuguesas a Porto-Campanhã.

A partir de domingo, “o trajeto entre Porto-Campanhã e Viana do Castelo será assegurado por automotoras elétricas UTE 2240, mantendo-se as automotoras UTD 592 [a diesel] no percurso Viana do Castelo — Vigo”, disse a CP.

“Trata-se de uma medida excecional e temporária, sem qualquer supressão de comboios. O serviço manter-se-á assegurado com a introdução de transbordo em Viana do Castelo”, assegura.

Apesar do comboio Celta ser feito com recurso a uma automotora a diesel, a linha ferroviária está eletrificada de ambos os lados da fronteira, mas em tensões elétricas diferentes. Além disso, há também diferenças nos sistemas de sinalização e segurança.

O Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular denunciou a “traição” de fazer alterações ao comboio internacional Celta em agosto, condenando a “má gestão” e garantindo que irá fazer tudo para repor os níveis de serviço transfronteiriços.

A ligação veio permitir percorrer os 175 quilómetros que separam as cidades em duas horas e 15 minutos, quando anteriormente a ligação demorava mais de três horas.

ONU vai construir 400 casas para mulheres em Cabo Delgado

A ONU Mulheres prevê construir até final do ano cerca de 400 casas para apoiar mulheres afetadas pelos ataques terroristas em quatro distritos da província moçambicana de Cabo Delgado, que enfrenta uma insurgência armada desde 2017.

De acordo com Marie Laetitia, representante daquela agência das Nações Unidas em Moçambique, o projeto vai “ajudar também para o empoderamento económico”.

A responsável acrescentou que estas casas, ainda em construção, vão beneficiar mulheres residentes nos distritos de Palma, Macomia, Muidumbe e Chiúre, este último sendo o epicentro da nova onda de ataques de terroristas desde finais de julho em Cabo Delgado.

De acordo com Laetitia, devido à preocupação com os deslocados, aquela agência apoiou o Instituto Nacional de Gestão e Redução de Risco de Desastres (INGD) de Moçambique a integrar o género na sua política de redução de desastres climáticos.

Desde outubro de 2017, a província de Cabo Delgado, rica em gás, enfrenta uma rebelião armada com ataques reclamados por movimentos associados ao grupo extremista Estado Islâmico.

De acordo com o mais recente relatório da OIM, com dados de 20 de julho a 03 de agosto, “a escalada de ataques e o crescente medo de violência” por parte de grupos armados não estatais nos distritos de Muidumbe, Ancuabe e Chiúre, levaram ao deslocamento de aproximadamente 57.034 pessoas, num total de 13.343 famílias.

O ministro da Defesa Nacional admitiu no final de julho preocupação com a onda de novos ataques em Cabo Delgado, adiantando que as forças de defesa estão no terreno a perseguir os rebeldes armados.

“Como força de segurança não estamos satisfeitos com o estado atual, tendo em conta que os terroristas nos últimos dias tiveram acesso às zonas mais distantes do centro de gravidade que nós assinalámos”, disse Cristóvão Chume, aos jornalistas.

Só em 2024, pelo menos 349 pessoas morreram em ataques de grupos extremistas islâmicos na província de Cabo Delgado, um aumento de 36% face ao ano anterior, indicam dados divulgados recentemente pelo Centro de Estudos Estratégicos de África, uma instituição académica do Departamento de Defesa do Governo norte-americano que analisa conflitos em África.

Trump e Putin vão reunir-se a sós antes de conferência de imprensa conjunta, diz Casa Branca

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, vão reunir-se a sós na sexta-feira, no Alasca, antes de realizarem uma conferência de imprensa conjunta, afirmou esta quinta-feira a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt.

Numa entrevista à Fox News, Leavitt disse que os EUA dispõem de várias ferramentas para ajudar a pôr fim ao conflito entre a Ucrânia e a Rússia. Este é, aliás, o principal tema a ser discutido no encontro entre Trump e Putin.

Embora já fosse conhecido o encontro de sexta-feira entre os dois presidentes, poucos detalhes foram revelados até agora. Certo é que Volodymyr Zelensky, presidente ucraniano, não foi convidado.

Genebra torna transportes públicos gratuitos para combater poluição de ozono

Os transportes públicos serão temporariamente gratuitos em Genebra, pela primeira vez na Suíça, como parte de uma série de medidas para combater o aumento da poluição na cidade, que está a registar um pico grave de poluição por ozono à superfície – um gás nocivo que pode causar problemas respiratórios e desencadear dores de cabeça e ataques de asma, de acordo com a Organização Mundial de Saúde.

O sistema de alerta de poluição de Genebra anunciou que as concentrações de ozono tinham ultrapassado o limiar de segurança sanitária ambiental de 180 microgramas por metro cúbico durante 24 horas, segundo um comunicado do Cantão de Genebra.

A onda de calor que está a varrer a Europa contribui para isto. Na terça-feira, as temperaturas atingiram 37 graus Celsius e o Governo emitiu avisos de calor para o Oeste e Sul da Suíça. As altas temperaturas e a baixa cobertura de nuvens significam que os poluentes de ozono se acumulam e demoram mais tempo a dispersar-se, disse à Reuters o Gabinete do Ambiente do Cantão de Genebra.

O ozono troposférico, que é nocivo para a saúde humana, não deve ser confundido com a camada de ozono que funciona como um “escudo” protector do nosso planeta e que, por extensão, protege os seres vivos que nele habitam.

Quando se forma na atmosfera, através da interacção entre gases precursores e a luz do sol, o ozono é um poluente do ar. Se os limiares de concentração na atmosfera são excedidos, o ozono pode ser nocivo para a saúde humana, e está associado a doenças respiratórias e cardiovasculares.

Limites excedidos em Portugal

Também em Portugal tem havido picos de concentração de ozono de 180 µg/m³ (microgramas por metro cúbico), definida como limiar de informação à população sobre este poluente. Na quarta-feira, este patamar foi ultrapassado nas estações de monitorização da qualidade do ar nos Olivais, concelho de Lisboa, e em Paio Pires, concelho do Seixal (Setúbal), alertou a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) de Lisboa e Vale do Tejo.

A diferença é que, na Suíça, as autoridades estão a tomar medidas. Os transportes públicos foram tornados gratuitos pela primeira vez na quarta-feira em todo o cantão francês, para incentivar os residentes e os visitantes a trocarem os seus automóveis por autocarros, eléctricos, comboios e barcos, a fim de reduzir as emissões de poluentes provenientes do tráfego.

As medidas tomadas no âmbito deste protocolo de emergência visam reduzir as emissões de óxido de azoto, nomeadamente através da promoção dos transportes públicos e da limitação da circulação dos veículos mais poluentes, declarou o gabinete do ambiente.

Os passageiros não precisarão de bilhete e os controlos da bilhética serão suspensos até que a poluição melhore, informaram as autoridades num comunicado. Entre as 6h00 (5h00 em Portugal continental) e as 22h, apenas os carros com emissões mais baixas são autorizados a circular no centro da cidade.

Causa de morte prematura

A exposição ao ozono no início da vida, até aos dois anos, aumenta o risco de uma criança desenvolver asma e “pieira” aos quatro anos, revela uma análise publicado na revista médica JAMA Network Open, que envolveu 1188 crianças dos Estados Unidos.

A poluição atmosférica por ozono é hoje uma das principais causas de mortalidade prematura na Europa. Com a crise climática, estes fenómenos tendem a piorar, uma vez que a radiação solar interfere directamente no complexo processo de formação do ozono na troposfera (daí a denominação ozono troposférico ou respirável).

Um estudo publicado no ano passado na revista científica Nature Medicine explicava que o aquecimento global reforça as condições que levam à formação de ozono troposférico no futuro. Isto porque “os mecanismos fotoquímicos de formação de ozono são favorecidos durante as ondas de calor e períodos de elevada radiação solar”. O artigo alerta que este é, de resto, o “factor dominante” que faz com que os investigadores estimem maiores concentrações de ozono e, como resultado, maior impacto na saúde pública.

Passo a passo da cimeira entre Donald Trump e Vladimir Putin

Acompanhe aqui o nosso liveblog sobre a guerra na Ucrânia

O conselheiro do Kremlin, Yuri Ushakov, apresentou esta quinta-feira o plano para a cimeira entre Donald Trump e Vladimir Putin a realizar-se na próxima sexta-feira, na base norte-americana Elmendorf–Richardson, em Anchorage no Alasca.

Depois de uma viagem de nove horas para Putin, a partir de Moscovo, e de oito horas para Trump, a partir de Washington D.C., os dois Presidentes encontram-se às 11h30 locais (20h30 em Lisboa). Para essa hora, está agendada uma reunião a dois — com a “participação, naturalmente, de tradutores”. Antes deste primeiro encontro, “está programado que cada um dos Presidentes diga algumas palavras”.

Depois desta reunião, Putin e Trump voltam a falar à imprensa através de uma conferência de imprensa conjunta, em que irão “resumir os resultados das negociações”. O encontro entre os dois Presidentes continua com um “pequeno-almoço de trabalho”.

A agenda para o dia inclui ainda uma reunião entre as delegações russa e norte-americana, constituídas por cinco elementos cada. A equipa russa será constituída pelos ministros dos Negócios Estrangeiros, Sergey Lavrov, da Defesa, Andrei Belousov, das Finanças, Anton Siluanov, pelo representante especial para o investimento e a cooperação económica, Kirill Dmitriev, e pelo conselheiro Yuri Ushakov, detalhou o próprio, citado pela TASS.

Débora Monteiro: “Estava sozinha quando soube que eram gémeos, tive de abraçar o médico. Senti um amor incrível, mas também muito medo”

Alta Definição

Podcast

Mãe de gémeas e apresentadora do ‘Domingão’, Débora Monteiro fala com franqueza sobre os desafios da maternidade, desde o período em que precisou de injeções e “hora marcada para fazer amor” para engravidar, até aos primeiros anos das filhas, vividos em plena pandemia, enquanto conciliava o trabalho e a vida familiar. Recorde aqui a sua história com a versão do ‘Alta Definição’ em podcast

Aos 40 anos, Débora Monteiro olha para o seu percurso com orgulho: realizou muitas das ambições que tinha como mãe, na família e na carreira. Mas chegar até aqui não foi simples. Mãe de gémeas e apresentadora do ‘Domingão’, fala com franqueza sobre os desafios da maternidade, desde o período em que precisou de cirurgia, injeções e “hora marcada para fazer amor” para engravidar, até aos primeiros anos das filhas, vividos em plena pandemia, enquanto conciliava o trabalho e a vida familiar. Para a atriz, a maternidade é muitas vezes romantizada, quando na verdade “a realidade é cansativa e exige uma grande adaptação”. Ainda assim, quando Daniel Oliveira lhe pergunta o que é que foi o melhor destes quarenta anos, a atriz não hesita em responder: “As minhas filhas”.

Este programa foi inicialmente emitido na SIC a 10 de junho de 2023, recorde aqui o testemunho da atriz com a versão podcast do ‘Alta Definição’. A sinopse deste episódio foi criada com o apoio de IA. Saiba mais sobre a aplicação de Inteligência Artificial nas Redações da Impresa.

Entrevistas intimistas conduzidas por Daniel Oliveira. Todas as semanas um novo convidado no ‘Alta Definição’, um programa da SIC. Ouça mais episódios:

Portugal registou perto de 10 mil mortes em julho, mais 759 do que em junho

Portugal registou perto de 10 mil óbitos durante o mês de julho, mais 759 do que no mês anterior, segundo dados preliminares do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta quinta-feira.

De acordo com os dados mensais mais recentes das Estatísticas Vitais do INE, morreram 9.842 pessoas durante o mês de julho, mais 261 do que no mesmo mês do ano passado.

Comparativamente a junho deste ano, morreram mais 759 pessoas, o que representa um aumento de 8,4%.

O INE não estabelece qualquer nexo causal, mas dados divulgados pela Direção-Geral da Saúde (DGS) no mês passado já apontavam centenas de mortes em excesso durante os períodos de calor.

Entre 28 de junho e os primeiros dias de julho, durante o período de alerta de tempo quente, Portugal continental registou 284 óbitos em excesso, a que se somaram 264 mortes em excesso durante um segundo período de alerta de calor, na última semana daquele mês.

O relatório mensal das Estatísticas Vitais do INE refere ainda que, em julho, morreram 26 crianças com menos de 1 ano, todas de mães residentes em Portugal.

Face a junho, foram contabilizados mais oito óbitos, e mais cinco quando em comparação com julho de 2024.

Em relação aos nascimentos, os dados preliminares mais recentes do INE referem-se a junho, mês em que se registaram 7.140 nados-vivos, menos 206 face ao mês anterior, mas mais 411 do que em junho de 2024.

“No primeiro semestre do ano registaram-se 41.929 nados-vivos em Portugal (mais 690 do que no período homólogo de 2024), dos quais 130 de mães residentes no estrangeiro (148 em 2024)”, refere o relatório.

Em junho, o saldo natural foi de -1.921, o que representa um desagravamento face ao mês homólogo de 2024, quando o saldo natural foi de -2.509.

Nos primeiros seis meses do ano celebraram-se 15.330 casamentos no país (mais 332 do que no mesmo período de 2024), 3.888 dos quais durante o mês de junho.

O Pátio da Saudade | Sara matos protagoniza a comédia portuguesa deste verão

Depois de ‘O Pátio das Cantigas’, o filme português mais visto de sempre nos cinemas com mais de 600.000 espectadores, Leonel Vieira regressa ao cinema este verão com O Pátio da Saudade – uma comédia imperdível que exalta a tradição e a identidade portuguesa. Sara Matos, acompanhada por um elenco de luxo, protagoniza uma história onde a música, o teatro e o humor se entrelaçam num verdadeiro palco de emoções. Uma homenagem vibrante e comovente à nossa cultura, para ser vivida no grande ecrã a partir desta quinta-feira, 14 de agosto.

No centro da narrativa está Vanessa (Sara Matos), uma atriz de televisão que recebe a inesperada notícia da morte de uma tia afastada do Porto, que lhe deixou em testamento um antigo teatro em ruínas, símbolo dos tempos dourados da Revista à Portuguesa. Apesar das insistências do seu agente, Tozé Leal, para vender o edifício, Vanessa sente-se profundamente ligada à memória do teatro e decide reunir os amigos Joana e Ribeiro para montar um espetáculo capaz de ressuscitar a antiga glória do teatro. No entanto, a sua ambição enfrenta a resistência de Armando, proprietário de um teatro rival que fará de tudo para travar este sonho.

O Pátio da Saudade junta um leque de atores de excelência, composto por alguns dos nomes mais reconhecidos e acarinhados pelo público português. Ao lado de Sara Matos, destacam-se Ana Guiomar, Manuel Marques, José Pedro Vasconcelos, José Raposo, Gilmário Vemba, José Martins, Alexandra Lencastre, José Pedro Gomes, Aldo Lima e Carlos Cunha, que dão vida a uma história onde o humor, a emoção e a alma portuguesa se entrelaçam de forma única. Com carreiras sólidas no teatro, na televisão e no cinema, este elenco promete surpreender e divertir os espectadores de todo o país.

Produzido pela Volf Entertainment e com guião de Leonel Vieira, Alexandre Rodrigues, Manuel Prates e Aldo Lima, O Pátio da Saudade foi rodado em Lisboa, durante o verão de 2024, em cenários reais que capturam a atmosfera lisboeta.

O filme recebeu o Prémio Canal Hollywood na última edição dos Encontros do Cinema Português, na categoria de “Filme Nacional com Maior Potencial de Blockbuster”.

Sinopse:

Vanessa (Sara Matos) recebe a notícia da morte de uma tia afastada, que lhe deixou em testamento um velho teatro dos tempos de glória da Revista à Portuguesa. Tozé Leal (José Pedro Vasconcelos), o seu agente, tenta convencê-la a vender o edifício em ruínas, mas Vanessa sente o apelo dos tempos áureos do velho teatro e convence os seus amigos, Joana (Ana Guiomar) e Ribeiro (Manuel Marques), a montarem um espetáculo musical para recuperar a antiga glória do teatro. Mas o sonho não será fácil de concretizar: Armando (José Raposo), proprietário de um teatro vizinho, fará tudo para impedir Vanessa.

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Primeiro foram os imigrantes, depois as mães e agora somos nós

Primeiro foram os imigrantes. Decretaram-lhes que não poderiam ter consigo as suas mulheres (ou maridos) em Portugal através do reagrupamento familiar, só os filhos menores, exigiram uma espera de dois anos para que tal pedido pudesse ser feito, passaram a admitir que a resposta demorasse outro ano e meio, e definiram numa mera portaria as condições de acesso a esse direito. E se os seus direitos fossem negados, os imigrantes teriam o recurso aos tribunais, através de uma intimação, limitado.

O Governo pretendia “uma imigração mais regulada”, mas o que mostrou querer era uma restrição de direitos. Disse-o o Tribunal Constitucional (TC), que chumbou o decreto aprovado pela maioria AD e Chega. E foram estas as normas declaradas inconstitucionais, com o TC a sublinhar que impunham “a desagregação da família nuclear do cidadão estrangeiro”.

Tão importante quanto os efeitos deste decreto são as motivações para o fazer. Não temos tanto um problema na lei que desregula a entrada, permanência e afastamento de imigrantes ilegais do país, temos um Estado que descura a sua aplicação falhando nos meios de fiscalização. Acabou-se com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e as suas competências foram pulverizadas por várias polícias que há anos se queixavam da falta de meios humanos para cumprir as suas funções. Criou-se a Agência para a Integração Migrações e Asilo e os milhares de processos de autorização de residência atrasados atrasaram-se ainda mais.

E os cidadãos, incessantemente expostos a este tema nas notícias, nas redes sociais, nos comentários televisivos, cederam ao ódio e este passou a ser uma bandeira política que ganhou eleições e pariu decretos. Será que todos os imigrantes recebem subsídios quando chegam a Portugal? Não, é falso. Já o dissemos num artigo que publicamos em Março. Os imigrantes não recebem 235 euros da Segurança Social e 400 euros por cada curso que frequentam, como diz um vídeo partilhado nas redes sociais pelo líder do Chega, André Ventura. Desmentiu-o o próprio Governo na altura, questionado pelo PÚBLICO.

Sim, é verdade que temos uma proporção de imigrantes face à população nacional (15%), como nunca tivemos: mais de 1,5 milhões. Mas por que alguns odeiam os imigrantes, nós portugueses que somos também um povo muito marcado pela emigração para França, por exemplo, nos 1960 e 1970? Só nessa altura, 1,2 milhões de portugueses emigraram para esse país, segundo dados do Observatório da Emigração.

Tal como aconteceu então com França, Portugal precisa dos imigrantes em vários sectores. E a Segurança Social tem beneficiado com as contribuições dos trabalhadores estrangeiros. Há imigrantes que cometem crimes? Claro, como há portugueses que roubam, matam, violam e agridem. Muitos mais. Aliás, em Fevereiro, o director da Polícia Judiciária disse que não se podia relacionar imigração com a criminalidade e que 90% dos crimes “são cometidos por cidadãos nacionais”.

E, entrando nos temas que verificamos em Julho, será que os filhos de imigrantes têm prioridade no acesso a creches e ao pré-escolar, como se alega nas redes sociais? É falso, claro.

Depois foram as mães. Numa entrevista, a ministra do Trabalho falou na existência de “muitas práticas” abusivas, em que mães trabalhadoras estariam a recorrer ao pedido de dispensa para amamentação até as crianças “andarem na escola primária”, para usufruir de um horário reduzido sem perda de salário. E assim justificou a proposta do Governo para limitar a dispensa de amamentação até aos dois anos da criança, como confirmamos num fact-checking. Isto, apesar de o Governo admitir não saber qual o número de mães que pedem essa dispensa nem ter dados sobre esses alegados abusos. Uma ex-assessora da ministra, actual dirigente da Segurança Social, até exigiu a intervenção das Comissões de Protecção de Crianças e Jovens nos casos das mães que amamentem os filhos para lá dos dois anos. Quem o faz “não é uma boa mãe”, disse.

E agora somos nós. Quase todos. O Governo quer facilitar os despedimentos por justa causa nas micro, pequenas e médias empresas, dispensando várias garantias que estão previstas no Código de Trabalho e abrindo “portas à precariedade” e aos “salários baixos”, como disse em entrevista ao PÚBLICO o ex-secretário de Estado do Trabalho, Miguel Cabrita (PS).

A fórmula deste texto é inspirada na declaração de Martin Niemöller (1892–1984), muitas vezes usada nas redes sociais em múltiplos posts sem se mencionar o seu autor. Referia-se originalmente aos nazis e claro que nesta newstletter não se pretende essa comparação. Apenas lembrar que tal como aconteceu com o pastor luterano na Alemanha, muitas vezes ignoramos o mal dos outros provocado por medidas que não nos atingem, sem saber que outras medidas nos esperam no futuro. E esta maioria cada vez mais colada à direita radical populista parece não gostar de pessoas e ter algo a ditar que afectará todos.

Voltando à imigração, em Julho verificamos que era falso que Mariana Mortágua tivesse dito que o Bloco de Esquerda (BE) queria travar a lei dos estrangeiros para conseguir mais votos, como partilhara o presidente do Chega num vídeo manipulado. E será que o BE tinha uma capa de revista a apelar ao voto dos imigrantes? Também é falso.

A terminar este artigo destaco dois temas que estão a marcar a actualidade. Primeiro Gaza, onde o mundo parece ter perdido toda a sua humanidade. A fome em Gaza foi mais um pretexto para a desinformação em tempo de guerra. Várias fotografias que demonstram a fome no enclave foram acusadas falsamente, nas redes sociais, de serem descontextualizadas. E por fim, a dura realidade dos incêndios que está a marcar Portugal. Nos últimos 44 anos morreram 254 bombeiros em serviço, como confirmamos e pode ler aqui.

Veja aqui mais algumas Provas de Factos:

Obrigado por acompanhar o PÚBLICO e a Prova dos Factos. Bom fim-de-semana!

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