A trágica história dos trigémeos que foram separados para um estudo psicológico

Os gémeos idênticos Robert, David e Eddy nasceram num subúrbio de Nova Iorque em julho de 1961 e foram entregues para adoção ainda bebés para famílias diferentes. Cresceram sem saber que tinham irmãos biológicos — aliás, nem os pais adotivos sabiam. Quando eles se encontraram, totalmente por acaso, a história virou notícia e teve grande repercussão. Mas o que parecia uma história com final feliz acabou sendo muito mais complexa e sombria, quando veio à tona que os gémeos tinham sido separados como parte de uma experiência psicológica. A história do reencontro começa em 1980, quando Robert “Bobby” Shafran, de

Um núcleo no Largo do Romal em Coimbra imagina a Baixa a partir da arte

O Núcleo de Imaginação da Baixa (NIB) assentou arraiais no Largo do Romal, em Coimbra, neste verão, com uma programação que procura alimentar um diálogo com quem habita e vive naquela zona da cidade, a partir da arte.

O NIB, uma curadoria da Associação Há Baixa para o programa Verão a 2 Tempos da Câmara de Coimbra, começou em julho e estende-se até setembro, com apresentações todas as quartas-feiras, às 18h30, no Largo do Romal, em plena Baixinha, numa programação que junta artistas e comunidade.

O projeto arrancou com uma performance que também foi momento de encontro, intitulada “Chautari”, de Matilde Real, que se repete no final do ciclo, a 17 de setembro, dando nota da intenção do NIB — criar redes, numa Baixa diversa e que vai mudando —, explicou à agência Lusa a presidente da Há Baixa, Catarina Pires.

No Largo, já houve momentos em que, a partir de objetos, comerciantes e moradores — novos e velhos — contaram pedaços da sua vida e da sua relação com aquela zona, um concerto do coro BaixaVoz com Mariana Camacho, ou uma instalação feita por Ana Rita Albuquerque e o Saco da Baixa (BaixaVoz e Saco da Baixa são duas iniciativas criadas no seio da associação).

A escolha do Largo do Romal como palco do NIB deve-se à ideia de “uma intervenção mais localizada e intensiva”, naquele que foi também a espécie de berço do Há Baixa, em 2016, e que é também retrato de alguns dos problemas que marcam hoje aquela zona da cidade, disse a presidente da Há Baixa.

“Achámos que era uma oportunidade para aprofundar esta relação com quem está na Baixa e com os problemas sociais que contactamos todos os dias”, salientou.

No Largo do Romal, o NIB imagina como é que a Baixa pode ser transformada, perante uma realidade “feita de muitas camadas” e de uma intervenção que, no caso do núcleo, é quase na escala de “um para um”.

Essa escala, mesmo que tenha um âmbito de intervenção mínimo, “tem valor”, notou Catarina Pires, dando nota de diálogos e relações com pessoas que de outra forma não teriam rosto ou voz.

“É nesta abordagem de todas as pessoas como pessoas e não como problemas que nós quisemos aproximar-nos delas”, vincou.

Para a responsável do NIB, isso provoca mudanças tão simples, como a exigência de um Largo do Romal limpo e cuidado.

“Há também uma postura de exigência cidadã”, acrescentou.

Ao mesmo tempo, o NIB dá conta de algumas transformações da Baixa, que “está e não está diferente”.

“Continua com os mesmos problemas estruturais. É o cuidado com o espaço público, é a habitação degradada, é o comércio muito debilitado e é uma diferença abissal entre a rua Visconde da Luz e a Baixinha. Depois da Praça do Comércio, parece a passagem para outro universo”, notou.

Apesar disso, a Baixa deixou de ser habitada apenas por pessoas mais velhas, com imigrantes e as suas famílias que agora ali se vão estabelecendo, atraídos por habitações mais baratas, mas também com menos condições, referiu.

É com base nessas transformações que o NIB quer ajudar a criar redes e um sentido de comunidade.

Catarina Pires vinca que a iniciativa não pretende “que as pessoas venham para participar num projetozinho e depois acabou-se” e, apesar da vertente social, há um cuidado na qualidade artística dos projetos apresentados.

“Não é só o processo. O resultado também é importante”, salientou.

Até setembro, haverá outras propostas, como uma visita guiada para mostrar a cidade a partir do que está escrito nas paredes e um guia afetivo da Baixa pelo olhar das crianças que nela habitam, entre outros.

Em cada ação, conta Catarina, procura-se criar “um sentido de comunidade”, consciente de que a arte não tem mecanismos para resolver problemas estruturais, mas que pode imaginar caminhos e diálogos.

“O objetivo é transformar o Largo num espaço de estar”, diz Catarina Pires, que vê nos próprios tapetes que são lá postos todas as quartas-feiras um sinal das “tais redes maravilhosas” que se procuram criar — uns são emprestados, outros oferecidos.

JGA // JEF

Lusa/Fim

Eucaliptos são árvores VIP no Parque Peneda-Gerês

Há árvores de crescimento rápido que têm estatuto de privilégio na sub-região do Parque Nacional Peneda-Gerês, no Norte de Portugal. É a lei quem o diz: uma portaria, publicada há seis anos, refere o eucalipto como uma das espécies florestais que “devem ser privilegiadas” naquela área. Quem se habituou a ouvir que as acções de arborização com espécies do género Eucalyptus spp. devem ser proibidas em áreas protegidas, pode achar no mínimo bizarra esta recomendação do diploma em vigor.

As árvores não são intrinsecamente boas ou más – os impactos que poderão ter dependem sempre do contexto ecológico no qual são cultivadas ou introduzidas. Sob a perspectiva socioeconómica, o eucalipto figura como a base da indústria de pasta e papel, um sector que domina o mercado de produtos florestais em Portugal. Do ponto de vista ambiental, contudo, o eucalipto é visto com maus olhos por ser uma espécie exótica potencialmente invasora e muito inflamável, o que aumenta o risco e a intensidade de incêndios florestais.

Recorde-se que, há cerca de uma semana, os incêndios que assolaram o Parque Nacional Peneda-Gerês destruíram 5786 hectares da área protegida, segundo dados provisórios do Instituto para a Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). Isto significa que, num punhado de dias, o fogo consumiu 8,3% do único parque nacional que temos.

Tantas chamas já arderam na vasta região montanhosa do noroeste de Portugal que, hoje, mais de 70% do território está dominado por matos – ou, para ser mais precisa, por carquejas, giestas, tojos e urzes. O fogo adia sucessivamente o sonho da regeneração dos ecossistemas nativos, que, idealmente, seria feita com recurso a sementes de árvores recolhidas no interior do próprio parque nacional.

Um dos sonhadores da regeneração é Miguel Dantas da Gama, ambientalista e membro do Conselho Estratégico do Parque Nacional Peneda-Gerês, com quem tive oportunidade de falar enquanto o fogo ardia. Ele, que conhece tão bem aquela paisagem, diz que é preciso “recuperar o coberto vegetal natural, tornando a vegetação mais resiliente”.

E como se faz isso? “Disseminando espécies arbóreas nativas, num processo que durará décadas até que as novas árvores passem a dominar a paisagem ou, o mesmo é dizer, até que se sobreponham aos matos”, explica Miguel Dantas da Gama.

Esta recuperação exige a paciência de algumas décadas, um compasso de espera que só é produtivo se não for atravessado por novos incêndios. A palavra-chave é tempo. Tempo para desenvolver-se e, depois, ser capaz de resistir. É a antítese da lógica do crescimento rápido.

É por isso que Miguel Dantas da Gama considera “um tremendo e inaceitável erro” considerar como prioritárias não apenas o eucalipto, mas também outras espécies de crescimento rápido, “estranhas ao território, contrárias aos princípios da preservação da natureza que devem prevalecer num espaço com o estatuto de parque nacional”.

Ambientalista e autor de publicações sobre a região, Dantas da Gama recorda que, na origem do parque nacional, “estava precisamente o desígnio de erradicar tudo que era exótico”. Por fim, conclui: “a razão por que o eucalipto figura na lista, tal como o pinheiro-bravo, o larício e os cedros é exclusivamente a motivação económica. Mas até sob esta perspectiva é um erro, porque as contas entre o que se ganha e o que se perde, estão por fazer”.

Numa era de crise climática, com extremos de calor a alimentar incêndios como o que devorou uma fatia do Parque Peneda-Gerês, não faria sentido rever a portaria 58/2019, que detalha o Programa Regional de Ordenamento Florestal para aquela sub-região? A lógica da rapidez não pode continuar a ter privilégios num dos “últimos redutos do país onde se encontram ecossistemas no seu estado natural”, como descreve o próprio ICNF.

Associação Gedipe garante vitória que obriga Google a bloquear sites

A Gedipe – Associação para a Gestão Coletiva de Direito de Autor e de Produtores Cinematográficos e Audiovisuais anunciou esta quinta-feira uma “vitória histórica” sobre a Google que passa a bloquear “websites a mando” da entidade portuguesa.

Este “é o resultado do combate à pirataria digital, reforçando o primado do Estado de direito e da soberania nacional no contexto digital”, afirma a Gedipe, em comunicado.

Em junho de 2023, a Gedipe “intentou uma providência cautelar contra a Google Portugal, filial da Google Inc., com o objetivo de forçar o cumprimento de ordens de bloqueio de websites com conteúdos ilegais previamente identificados e confirmados por sentença judicial”, recorda a entidade.

Estes sites — o EZTV e mais de meio milhar de subdomínios que se dedicavam à difusão ilegal de filmes — “continuavam acessíveis através do serviço de DNS público da Google, que, ao substituir o DNS dos utilizadores, escapava à aplicação dos bloqueios legalmente determinados pela IGAC — Inspeção-Geral das Atividades Culturais e obrigatórios para todos os prestadores de acesso à Internet em Portugal”.

Ora, em 9 de setembro de 2024, o Tribunal da Propriedade Intelectual (TPI) “decidiu favoravelmente à Gedipe” e, “após esgotados todos os recursos legais, a sentença transitou em julgado em julho” deste ano. A Google Portugal “notificou então o tribunal de que comunicou a decisão à Google Ireland Ltd., entidade que representa a multinacional na União Europeia, e esta procedeu voluntariamente à implementação das medidas de bloqueio, que se encontram em vigor desde 17 de julho de 2025”.

Esta ação “visou evitar o pagamento de uma sanção pecuniária compulsória de 1.000 euros por cada dia de incumprimento”, refere a Gedipe. Durante o processo, “a Google Portugal alegou que seria tecnicamente impossível implementar bloqueios geograficamente limitados a Portugal”, mas “a concretização dos bloqueios prova que esse argumento era infundado e desrazoável”, prossegue.

“Esta decisão representa um precedente relevante e simbólico: um tribunal português impôs limites a uma das maiores empresas tecnológicas globais, reafirmando que nenhuma entidade, por mais poderosa que seja, está acima da lei”, afirma o diretor-geral da Gedipe, Paulo Santos, citado em comunicado. “Trata-se de uma reafirmação clara da autoridade do Estado português face à influência tentacular de plataformas digitais multinacionais, muitas vezes pouco escrutinadas e alheias às obrigações fiscais e legais dos países onde atuam”, conclui.

A Gedipe espera que este desfecho “sirva de lição e que, no futuro, entidades como a Google respeitem prontamente as ordens legítimas emitidas pela IGAC e baseadas na legislação portuguesa”. “A Associação para a Gestão Coletiva de Direito de Autor e de Produtores Cinematográficos e Audiovisuais continuará a sua missão de defesa dos titulares de direitos de autor e conexos, tanto a nível nacional como internacional — missão que, curiosamente, inclui também a proteção de muitos produtores norte-americanos, cujos conteúdos são igualmente alvo de pirataria”, assevera Paulo Santos.

Arrancam 46 dias de festa na 633.ª edição da Feira de São Mateus

A 633.ª edição da Feira de São Mateus, em Viseu, é inaugurada esta quinta-feira, prometendo um festival, música para todas as idades e gostos, animação, artesanato, desporto e gastronomia, na nova praça da alimentação.

A Viseu Marca – “associação de marketing territorial e de branding de Viseu”, criada em 2016, por iniciativa do Município de Viseu e da Associação Empresarial da Região de Viseu (AIRV) -, organizadora do certame, que decorre até 21 de setembro, afirma, numa nota de imprensa, que esta “é uma das maiores edições de sempre”.

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Inaugurada esta quinta-feira à noite, pelas 21h30, pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, a feira decorre, sob o mote “Viseu, a cidade para ser feliz”.

“É reforçada a aposta na sustentabilidade, nas vertentes social e ambiental, com um espaço que acompanha crianças autistas e uma rota da consciência ambiental com os 17 objetivos da Organização das Nações Unidas (ONU); uma nova praça da alimentação e o espaço das enguias renovado e ainda as diversões”, destaca a organização.

O desporto é outro marco do certame secular e, este ano, estão agendadas “cerca de 60 atividades para amadores e profissionais”, entre as quais, por exemplo, a 42.ª Meia Maratona Carlos Lopes e um torneio de artes marciais, que se realiza pela primeira vez.

Ao longo dos 46 dias da feira, subirão ao palco músicos como o dinamarquês Lukas Graham, Matias Damásio, Dillaz, Calema, Fernando Daniel, Nininho Vaz Maia, Bárbara Tinoco, Miguel Araújo, Carolina de Deus, Joana Almeirante, MarizaBispo, João Só, padre Guilherme e Rita Guerra.

Também atuarão bandas musicais, como GNR, Gipsy Kings, Canta Baía, Táxi, Fingertips e haverá ainda um tributo a Marco Paulo, intitulado “Para Sempre Marco”.

No dia 29 de agosto, terá lugar a segunda edição do Mateus Fest, destinado aos mais jovens, que tem como cabeça de cartaz o rapper brasileiro Matûe, atuando antes Van Zee, Lon3r Johny e ProfJam e DJ Perez.

“A Feira é o verdadeiro palco da felicidade e dos reencontros, de viseenses e amigos, de perto e de longe, dos nossos emigrantes e também vizinhos. A cada ano, pese embora os seus seis séculos de história, reinventa-se para estar à altura da ocasião, das exigências do público, mas sempre preservando e valorizando a sua identidade, os seus sabores e tradições. É isso que faz dela autêntica, genuína, única no seu todo”, salienta, na mesma nota de imprensa, o presidente da Câmara Municipal de Viseu, Fernando Ruas.

Já o presidente da Viseu Marca, Pedro Alves, considera que “é um grande evento nacional” que quer ser “para todos, inclusivo”. Faz, por isso, uma “forte aposta na sustentabilidade, não só na sua vertente ambiental, mas também, e muito importante, na vertente social”.

“O espaço que criámos este ano para acompanhar crianças autistas é prova disso”, realça, a juntar ao espaço já existente para pessoas com mobilidade reduzida assistirem aos espetáculos.

Socióloga Inês Pereira encabeça coligação Livre/BE/PAN a Odivelas

A socióloga Inês Pereira encabeça uma coligação formada pelo Livre, BE e PAN para concorrer à presidência da Câmara Municipal de Odivelas nas próximas eleições autárquicas, tendo como prioridades a habitação e a inclusão social.

Inês Pereira tem 46 anos e é membro do Livre e da Comissão Instaladora do Núcleo Territorial do partido em Odivelas, onde vive desde os dois anos.

A socióloga e investigadora da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, encabeça a coligação “Odivelas com Futuro”, juntamente com o BE e com o PAN, tendo como prioridades a habitação e a inclusão social, segundo explicou a própria à agência Lusa.

“Chegamos a um momento em que há algum esgotamento daquilo que tem sido a governação autárquica até agora. Há também bastantes mudanças sociais a decorrer, principalmente ligadas às questões do parque habitacional e em questões relativas à inclusão e à discriminação da população imigrante. Isso é um ponto que nos toca muito”, sublinhou.

Ainda a fechar o programa eleitoral da coligação, Inês Pereira referiu que constarão várias propostas para melhorar a inclusão social, tanto para “pessoas de diferentes nacionalidades, como para diferentes faixas etárias”.

A candidata apontou ainda a intenção de criar propostas para aumentar os espaços verdes no concelho e mecanismos para melhorar a participação cívica.

“Queremos criar canais diretos de comunicação com todos os coletivos, associações e pessoas que habitem no município, através de experiências de democracia participativa”, sublinhou.

Além da candidatura de Inês Pereira, já foram anunciados Hugo Martins como candidato do PS, Florentino Serranheira como candidato da CDU (coligação PCP/PEV), Fernando Pedroso pelo Chega, André Francisco pela IL e Marco Pina, que concorre pela segunda vez pelo PSD à presidência da Câmara de Odivelas.

O executivo da Câmara de Odivelas, do distrito de Lisboa, é atualmente constituído por seis eleitos do PS, três do PSD, um da CDU e um do Chega.

As eleições autárquicas estão marcadas para 12 de outubro.

Em Locarno, com Willem Dafoe: “Cada vez mais vivo fora da indústria do cinema americano”

Por amor a uma italiana [a realizadora e atriz Giada Colagrande], trocou há 20 anos Nova Iorque por Roma. Já se sente europeu?
O que sinto é que cada vez mais vivo fora da indústria do cinema americano e que isso me torna mais disponível para este tipo de filmes como The Birthday Party. Nem toda a gente sabe que eu comecei no teatro. Ainda faço teatro, aliás. Fui nomeado diretor artístico do departamento de teatro da Biennale de Veneza para as edições deste ano e do próximo. Aqui em Locarno ninguém me fala disso, por exemplo. São dois mundos separados.

É vizinho de Abel Ferrara em Itália, já fizeram vários filmes juntos, mas não ultimamente. O que se passa?
Tenho estado muito ocupado e o Abel é impaciente, tem que fazer as coisas ao seu ritmo, nem sempre é fácil acompanhá-lo. Sabe que ele escreveu um livro sobre a sua vida? Vai sair nos Estados Unidos este Outubro.

Na última vez que falámos, elogiou muito o trabalho e a criatividade de Yorgos Lanthimos. Ele tem um filme pronto para Veneza, Bugonia, mas você não entra neste. Por algum motivo?
Ah, mas segui-o de perto, ele pôs-me a par da história. E simplesmente não há ali nada que eu possa fazer. Às vezes vejo filmes de pessoas que admiro e fico a cismar, “bolas, porque é que ele nem sequer me ligou…” Não foi este o caso. Você verá: não há lugar para mim em Bugonia.

E no entanto vai estar em Veneza com dois outros filmes. Que me pode dizer sobre The Souffleur, do argentino Gastón Solnicki, fotografado pelo português Rui Poças?
Conheci Gastón num período em que vivi em Buenos Aires mas só voltámos a ver-nos graças ao retiro Oxbelly, um encontro de artistas, sem fins lucrativos, promovido na Costa Navarino pelo produtor grego Christos V. Konstantakopoulos. Ele tem um resort de família naquela zona e convida gente criativa para trocar ideias. O Paul Thomas Anderson e a Jane Campion já passaram por lá. Quando lá fui, estive no mesmo grupo de mentores do Gastón, foi então que ele me falou da história de um empresário americano que gere há 30 anos o mesmo hotel de Viena, célebre pela receita do seu soufflé. Nisto, ele descobre que o edifício do hotel vai ser vendido e demolido. E tenta inverter essa situação. É uma história muito ligada a Viena.

O outro filme que terei em Veneza chama-se Late Fame, vem de uma novela escrita por Arthur Schnitzler que só foi descoberta muito recentemente, há cerca de dez anos, num monte de papéis. A história original passa-se também em Viena – há coincidências assim – embora o filme a tenha transposto para Nova Iorque. O que é engraçado é que eu próprio quis, a uma certa altura, realizar esta história. Mais tarde encontro Kent Jones [crítico, programador e realizador nova-iorquino], que me diz ter adquirido os direitos da história. E sem nada saber do meu desejo, ele convida-me para fazer o papel principal. Outra coincidência extraordinária! Tal como The Souffleur, também é um filme pequeno, e muito especial. Acho que capta certas atmosferas que estão a ser hoje muito sentidas em Nova Iorque.

O autor escreve de acordo com a antiga ortografia

Jovem detido por roubo de idosa após levantar dinheiro numa caixa ATM em Aveiro

A PSP de Aveiro deteve um jovem, de 23 anos, suspeito de ter roubado uma idosa após levantar dinheiro numa caixa ATM, informou esta quinta-feira aquela força policial.

Em comunicado, a PSP esclareceu que o caso ocorreu na terça-feira de manhã, numa rua da cidade de Aveiro e teve como vítima uma mulher de 83 anos.

“O suspeito, após ter visto a vítima a levantar dinheiro de uma caixa ATM, situada numa rua da cidade, seguiu-a. Quando a vítima se sentou num banco de jardim, aproximou-se dela por trás e, com um gesto brusco, roubou-lhe a carteira e pôs-se em fuga”, refere a mesma nota.

Segundo a Polícia, o suspeito veio a ser intercetado numa rua a escassos metros do local do roubo, tendo sido recuperada a carteira que havia sido roubada, contendo a quantia monetária levantada e um cartão multibanco.

A PSP refere ainda que o jovem, que foi detido por suspeita da prática do crime de roubo, pelo método de esticão, foi presente a primeiro interrogatório judicial, na quarta-feira, tendo ficado sujeito à medida de coação de apresentações semanais, no posto/esquadra da sua área de residência.

EuroDreams: Veja a chave desta quinta-feira

A chave do sorteio do EuroDreams desta quinta-feira, 7 de agosto de 2025, é composta pelos números 3 – 14 – 23 – 28 – 33 – 34 e pelo Número de Sonho 1.

Em jogo no primeiro prémio do EuroDreams estão 20 mil euros por mês, durante 30 anos. O segundo prémio vale dois mil euros, durante cinco anos.

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Ninguém acertou no primeiro e no segundo prémio. Para Portugal vão 15 terceiros prémios, no valor de 103 euros.

Os sorteios realizam-se duas vezes por semana, à segunda-feira e à quinta-feira.

Os prémios atribuídos de valor superior a cinco mil euros estão sujeitos a imposto do selo, à taxa legal de 20%, nos termos da legislação em vigor.

A chave do EuroDreams constante neste artigo não dispensa a consulta do site do Departamento de Jogos da Santa Casa.

Portugal perde, Neemias Queta lesionado

A seleção portuguesa de basquetebol perdeu (64-63) contra a equipa B de Espanha, em mais um jogo de preparação para o Europeu da modalidade.

Nota para a lesão de Neemias Queta, que escorregou no último quarto da partida e saiu com dores na virilha direita. Não se sabe ainda a extensão da lesão.

Também Anthony da Silva saiu lesionado no último quarto da partida em Málaga.

Na equipa das quinas destaque para Rafael Lisboa (11 pontos).

O selecionador Mário Gomes não gostou: “A primeira coisa que eu tenho a dizer é que eu sei perder, mas detesto perder. Mas a derrota de hoje foi muito merecida. A equipa espanhola mereceu a vitória e quis ganhar muito mais do que nós”, em declarações à assessoria da Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB).

“Só espero que esta derrota nos seja útil. E para nos ser útil, tem que se aprender, quer nas vitórias, quer nas derrotas, mas normalmente as derrotas ensinam-nos mais”, acrescentou.

A seleção vai ainda realizar uma outra partida de preparação, em Espanha, contra a Argentina, no próximo domingo. Portugal vai ainda defrontar Islândia e Suécia, em Braga.

De recordar que Portugal venceu a Espanha no primeiro jogo de preparação.