Mainz confirma Leandro Barreiro no Benfica

O médio Leandro Barreiro vai mesmo ser reforço do Benfica na próxima temporada.

O internacional suíço já tinha anunciado que ia sair do Mainz, como jogador livre, e agora foi o diretor desportivo do clube, Christian Heidel, que desfez todas as dúvidas sobre o destino do jogador.

Após a última ronda da liga alemã, este sábado, o dirigente revelou que Leandro Barreiro “informou o clube de todos os passos com o Benfica”.

Bola de luz atravessou Portugal esta noite

O clarão de uma bola de luz foi avistado esta noite em Portugal. Trata-se de um meteoro a cruzar a atmosfera na noite deste sábado para domingo. Dezenas de vídeos e fotografias do clarão começaram de imediato a ser partilhados nas redes sociais. Muitos dos registos foram captados no Norte de Portugal, mas os relatos estenderam-se a zonas mais para sul do país, incluindo a zona de Lisboa.

Segundo a Protecção Civil, o objecto que causou o clarão visto em grande parte do território de Portugal pode ter caído na zona de Castro Daire – nesse caso, como meteorito. Contactados pelo PÚBLICO, os bombeiros locais afirmaram ainda não conseguir dar detalhes sobre o que se terá passado.

Benfica não esquece Viktoriya Borshchenko: «Este título também é para ela!»

Num clima de grande solidariedade para com a ucraniana Viktoriya Borshchenko, ausente em Braga por ter sido submetida a intervenção cirúrgica por causa de problema grave de saúde, o Benfica venceu (29-25) este sábado o ABC e conquistou o tricampeonato nacional feminino, em partida da 9.ª jornada. Com 5 golos cada, Ana Bolzan e Maria Unjaque destacaram-se pelo clube da Luz.
As águias celebraram o seu 10.º campeonato, 3.º consecutivo, tendo o treinador João Alexandre Florêncio dedicando o feito à atleta ucraniana. “Não me posso esquecer também da Viktoriya [Borshchenko]. Veio na altura certa, é uma jogadora de Liga dos Campeões, chegou aqui, fugiu da guerra [Ucrânia], e agora está com um problema, mas nós nunca a vamos esquecer. Este título também é para ela!”, disse à BTV o treinador, visevelmente emocionado, uma visão partilhada pelo restante grupo, sobre a atleta que atravessa um grave problema de saúde e que foi operada nos últimos dias.

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“Primeiro que tudo, uma mensagem para a Viktoriya [Borshchenko], uma dedicatória muito especial para ela, a única atleta que não pôde estar aqui presente hoje e que tanto contribuiu nesta época para esta conquista. Questionaram-me há pouco se somos um campeão justo… claro que somos!”, disse a capitã Mihaela Minciuna.

“A Viktoriya [Borshchenko] não está aqui connosco, infelizmente, mas de coração está sempre, e esta é para ela. Amamos-te muito!”, atirou Ana Bolzan.

Mais tarde, o presidente Rui Costa também felicitou as jogadoras através de uma mensagem publicada no site do clube: “Extraordinário feito revela o foco, trabalho e espírito de grupo da equipa. Parabéns a todos.”

Os 25 anos da FlorCaveira

Há 25 anos eu, o Samuel Úria, o Miguel Sousa, o Paulo Ribeiro, o João Marques e o João Eleutério começámos uma editora musical chamada FlorCaveira. Em 1999 o projecto desta editora tinha uma página na internet com um manifesto escrito sob a influência que o PSR (o partido que deu origem ao Bloco de Esquerda) exercia na Universidade onde estudei, a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, tinha críticas dos discos que ouvíamos e tinha umas ilustrações (que o Paulo fazia). A FlorCaveira começou por ser uma confusão de intenções meio ideológicas e a música que fazíamos em baixa fidelidade.

Em 2000 eu, o Sami (como o Samuel Úria é tratado pelos amigos) e o Bruno Morgado gravámos um disco chamado “A Sessão MUG”, inspirado na “Million Dollar Session” que juntava o Elvis, o Johnny Cash, o Jerry Lee Lewis e o Carl Perkins. Não sendo essa a primeira gravação da FlorCaveira, tornou-se em grande parte a gravação primordial. Passados 25 anos, e já com quase 100 discos editados, creio que é no trio que formei com o Sami e o Bruno que continuam a ser descobertos os alicerces da FlorCaveira.

Talvez a imagem que vou usar não seja a mais ortodoxa mas creio que é a mais eficaz para explicar o que, 25 anos depois, a FlorCaveira ainda é a partir do seu trio musical fundador. Muito sucintamente, o Sami é as drogas leves, eu sou as drogas duras e o Bruno é a overdose. O Sami tem uma carreira profissional porque dá para manter uma vida normal curtindo umas drogas leves de vez em quando. Eu estrago a vida de quem se viciar em mim e tornei-me irrelevante para a maioria. O Bruno simplesmente mata quem se meter com ele.

Sem o Sami a FlorCaveira teria acabado em 2010. O Sami salvou a FlorCaveira quando ela, abandonada a mim, rapidamente se desintegraria. O Sami tem muita paciência em aturar os meus excessos e não será completamente justo que fique com uma imagem de moderação, como se uma pureza maior me pertencesse a mim e ao Bruno. Afinal, devemos-lhe a sobrevivência da FlorCaveira. Mas também é certo que, quer a consagração do Sami, quer a minha irrelevância, nada ameaçam nos ouvintes. O verdadeiro teste da FlorCaveira, a tentação do deserto que se segue à unção do baptismo, sempre foi o Bruno (que felizmente voltou a dar sinal de vida nos últimos tempos).

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E é ainda neste campo das intoxicações químicas que convém entender a história da FlorCaveira no contexto da música popular portuguesa recente. A FlorCaveira só por um equívoco eventualmente abençoado se cruzou com a história da música portuguesa. Pelo tédio imenso que tende a caracterizar a cena artística nacional, as pessoas julgaram, quando a editora fez estrondo na imprensa, sobretudo entre 2008 e 2010, que podiam consumir a droga que nós éramos. Mas a verdade é que rapidamente ressacaram do pouco que experimentaram. Hoje uma pequena minoria fará a dose leve que a nostalgia lhes permite.

Há exemplos curiosos nesta aventura. O B Fachada e os Diabo na Cruz foram adictos temporários da droga da FlorCaveira mas sem grande demora se desintoxicaram do pouco que fizeram. Não nasceram para morrer nas nossas ruas de desgraça. O lema da editora, “religião & punk rock”, não inspira saúdes e carreiras mas desencaminhamentos e desencontros. Hoje continuo a acompanhar a música do Bernardo e do Jorge porque um viciado pode amar desintoxicados mas os nossos destinos diferem. O único não-fundador que ainda consome da FlorCaveira é o Manuel Fúria.

A FlorCaveira está hoje mais de acordo com o espírito do capitalismo à la Max Weber do que de acordo com A Música Portuguesa A Gostar Dela Própria. Hoje a FlorCaveira faz discos, faz livros, faz roupa e provavelmente tem mais para fazer no Brasil do que em Portugal. Apesar de vivermos no nosso país, pouco nos cruzamos com ele. Passámos de “editora prestigiada” a suspeita de ligada ao Chega. Portugal pouco ou nada nos diz, seja o de esquerda ou o de direita—sempre preferimos a inundação da Rua Augusta à Portugalidade. Como o Roberto Carlos cantava com algum sentido de oportunidade, não nos importamos assim tanto se a nação for para o Inferno.

São 25 anos de religião e punk rock. Não faziam sentido há um quarto de século, não fazem sentido hoje e têm todo o futuro do mundo.

00h. Gouveia e Melo. “Sinais internacionais são preocupantes”

O olhar de José Manuel Fernandes e Helena Matos para os principais acontecimentos do dia. Programa aberto à participação dos ouvintes que quiserem dar a sua opjnião. Basta inscreverem-se pelo 910024185. Todos os dias às 10h10 na Rádio Observador.

Salvador e a arbitragem. “Houve uma equipa que assim não deixou”

O presidente do Sp. Braga, António Salvador, deixa duras críticas à arbitragem e elogios aos adeptos no final da derrota contra o FC Porto.

“Mais uma vez, [os adeptos} provaram que foram grandes apoiantes na ajuda da equipa. Hoje tentaram mais uma vez ajudar com a sua força anímica e incentivar os jogadores para que pudessem ter um outro resultado. Não foi possível porque houve uma equipa que assim não o deixou. Gostaríamos que esta tivesse sido uma grande época. Tudo fizemos para que esta final levássemos de vencida, mas não nos deixaram. Os jogadores foram inexcedíveis, foi um grupo fantástico, com uma força anímica extraordinária, e mereciam que isto se traduzisse hoje numa grande época”, referiu.

O líder arsenalista reconhece que “o quarto lugar [no campeonato] é frustrante, queríamos mais”.

“Fizemos um trajeto ao longo da época onde jogámos na Liga dos Campeões. Por infelicidade, contra grandes equipas não fomos mais longe. Ganhámos a Taça da Liga e para concluir uma grande época teríamos de ganhar esta final. Os jogadores fizeram o melhor para a vencer, mas todos vocês viram que não foi possível. Houve incidências durante o jogo e não foi possível aos jogadores ultrapassá-las”, acrescentou.

O Sp. Braga perdeu 1-0 diante do FC Porto na última jornada do campeonato. Os guerreiros do Minho jogaram com 10 desde os 12 minutos por expulsão de Victor Gomez.

A Teoria da Classe Lazeirenta

A maior parte das pessoas acha que as classes lazeirentas se distinguem das classes não lazeirentas porque, como disse um bruto com brutalidade, têm mais dinheiro. A intuição comum sustenta que as classes lazeirentas gastam o seu dinheiro em diversos ócios porque sentem prazer com eles, e porque naturalmente têm dinheiro para esses ócios. A teoria da classe lazeirenta, pelo contrário, provou cientificamente que as classes lazeirentas gastam o seu dinheiro em ócios para que possam ser reconhecidas como classes lazeirentas pelas outras pessoas. A teoria postula que o lazeirar não se deve a nenhuma apetência particular pelo ócio ou pelo prazer daqueles que lazeiram, mas à apetência de terceiros pelo seu lazeirar, e à apetência dos lazeirentos pela ideia de serem reconhecidos por terceiros.

A teoria da classe lazeirenta sustenta que ao equilíbrio das coisas e à felicidade geral é essencial que todos possam ter acesso a imagens agradáveis: os lazeirentos, a imagens de si próprios a lazeirar; e os terceiros, a imagens dos lazeirentos a produzir imagens de si próprios. Torna assim compreensível que exista um número escolhido de lazeirentos ao serviço da felicidade: da sua, bem entendido, e da dos outros, bem entendida. A ordem dos lazeirentos mata um arminho com uma única cajadada: serve regularmente o público com a ideia de que há pessoas diferentes do público, a saber, os membros das classes lazeirentas.

Parecerá a muita gente improvável que em banheiras cheias de leite de burra até aos bordos se ocultem os últimos franciscanos, animados por aquilo que no fundo é a consciência séria de uma missão. Existem razões para essa desconfiança, que se devem porém a uma noção limitada do serviço público. Não há razão para que um serviço público não possa ser bem exercido por um pequeno esquadrão de pessoas ocupadas a casar-se, a manifestar indignação, a começar a comer, a comprar opalas, a ler a sua autobiografia, em posições de descanso, e a sair e entrar do avião.

A teoria da classe lazeirenta explica o aparecimento de uma ordem de lazeirentos abnegados, a pingar leite de burra, que se dedicam a fazer coisas para que, à base das suas aventuras, a sua felicidade possa ser melhor conhecida do público. Não considera todavia o preço que os membros dessa pobre ordem pagam pelo seu serviço. Como serão suscitadas as suas vocações? Haverá violência familiar na sua origem? Sentir-se-ão satisfeitos com o que fazem? E, mais importante de tudo, como serão os lazeirentos em privado, nos intervalos do seu múnus? Serão, como alguém sugeriu, moles e cínicos? Não é de excluir que fora das horas de expediente os membros das classes lazeirentas possam ser iguais à gente que ajudam; que queiram apenas que os deixem descansar em paz num parque de campismo do interior, de boca aberta e sem sentir nada de especial.

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Atalanta garante Champions antes da final da Liga Europa

A Atalanta assegurou este sábado um lugar na Liga dos Campeões do próximo ano, após vencer no campo do Lecce, por 2-0, enquanto o AC Milan acabou derrotado em Turim, na 37.ª e penúltima jornada da Liga italiana.

A Atalanta, com golos do belga De Ketelaere, aos 48′, e de Scamacca, aos 53′, garantiu pelo menos que vai terminar a Serie A nos cinco primeiros, confirmando por isso o regresso à Champions, após dois anos de ausência.

Este foi o último jogo da formação de Bérgamo antes da final da Liga Europa, agendada para 22 de maio, em Dublin, perante o Bayer Leverkusen.

Por seu lado, o Lecce segue no 13.º posto e, mesmo com este desaire, já tinha a manutenção garantida.

Em Turim, o AC Milan em modo final de época e com Rafael Leão a começar no banco de suplentes, foi derrotado por 3-1 pelo Torino, que manteve aspirações europeias.

Leão foi lançado na partida aos 61′, já depois de a equipa da casa ter construído uma vantagem de três golos, por intermédio de Zapata (26′), Ilic (40′) e Ricardo Rodríguez (46′), antes de Bennacer reduzir para os rossoneri, de grande penalidade, aos 55′.

Agressão a criança. Associação assume erros por ter indicado nacionalidade e usado a expressão linchamento

O Centro Padre Alves Correia (CEPAC) emitiu este sábado um comunicado a esclarecer os detalhes sobre o caso da alegada criança nepalesa alvo de um linchamento, que foi avançado pela Rádio Renascença na terça-feira passada, e que contou com declarações da diretora executiva da associação, Ana Mansoa.

No documento enviado às redações, o CEPAC reconheceu que o termo linchamento “não é o adequado”, surgindo como “manifestação espontânea face aos contornos da agressão”. Além disso, a associação assumiu igualmente que foi um “erro prestar informação sobre a nacionalidade e a idade da criança”.

Segundo o comunicado, as declarações de Ana Mansoa surgiram no “contexto de uma conversa telefónica, por iniciativa do jornalista da Rádio Renascença” e foram enquadradas no “pedido de exemplos que sustentassem a preocupação e perceção de organizações católicas sobre o aumento do discurso de ódio contra pessoas migrantes”.

No entanto, o CEPAC assegura ter existido uma agressão, cujos “contornos foram transmitidos à Procuradoria da Família e Menores e ao Ministério da Educação”. “Caberá agora às referidas entidades o apuramento do ocorrido, em sede própria, reiterando o CEPAC total disponibilidade para colaborar”, lê-se no comunicado.

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O Centro Padre Alves Correia salienta igualmente o “quão difícil é para as vítimas e testemunhas denunciarem estes casos, e que o foco deverá ser sempre a sua proteção”, empenhando-se na sua missão “junto das pessoas migrantes em situação de vulnerabilidade”.

No mesmo sentido, o Ministério da Educação emitiu, esta sexta-feira, um comunicado a garantir que não há qualquer indício de ter ocorrido um caso de “linchamento” numa escola da Amadora denunciado pelo Centro Padre Alves Correia após se ter reunido com a direção da instituição.

Por sua vez, a Procuradoria-Geral da República confirma ter recebido uma denúncia relativa ao alegado episódio de agressões a um aluno, mas não especificou a nacionalidade. Apenas disse que a mãe não era nepalesa.