O Princípio de Pareto e as mudanças do Governo

Sem surpresa, os anúncios de mudanças sectoriais que têm sido feitos pelo Governo são sucedidos por uma série de críticas, a generalidade delas no mesmo sentido. É normal, faz parte da vida em democracia. Algumas críticas serão mais pertinentes e certeiras do que outras. Muitas decorrem do velho princípio, também comum em democracia: tudo o que o campo político adversário faz é mal feito e pretende apenas ser um “ataque” a isto ou àquilo. Outras ainda partem de uma leitura parcelar e apressada das mudanças propostas, muitas vezes com base no título de uma notícia ou na inabilidade de comunicação do Governo.

Nas últimas semanas assistimos a esse fenómeno comum acerca das propostas de mudança nas leis do trabalho e nas regras da imigração.

Em todas elas, o foco principal das críticas incidiu sobre aspetos reduzidos e pouco centrais de tudo o que está em causa em cada um desses dossiês.

No caso das leis do trabalho, a indignação centrou-se primeiro nas alterações ao luto gestacional e logo depois nos direitos relacionados com a amamentação.

Nas leis da imigração, o centro da polémica esteve nas regras do reagrupamento familiar — que acabaram por ser chumbadas pelo Tribunal Constitucional.

A propósito de tudo isto lembrei-me do Princípio de Pareto, que nos diz que a maioria dos efeitos (80%) é produzido por um número reduzido de causas ou factores (20%).

O economista italiano Vilfredo Pareto notou pela primeira vez esta relação sobre a riqueza no seu país: 80% era possuída por 20% da população.

Desde então, o seu princípio já teve mil e uma adaptações: gastamos 80% do tempo a tratar de assuntos que têm 20% de importância; 80% das receitas são obtidas com 20% dos clientes; 80% do emprego é criado por 20% das empresas; 80% do IRS é pago por 20% das famílias e por aí fora.

Claro que os números 80/20 não são mágicos nem são aqui o importante, mas sim a ideia de que uma pequena parcela das causas gera uma larga fatia dos efeitos.

Sem desprezar o impacto nas vidas das pessoas diretamente envolvidas, os direitos da amamentação e do luto gestacional não são o mais importante na reforma laboral nem é da sua alteração que resultará uma economia mais dinâmica; e o reagrupamento familiar é uma parcela muito pequena do aumento descontrolado do número de imigrantes.

Para além do escrutínio público e das críticas fundamentadas, o Governo sabe que vai enfrentar resistências de corporações, interesses instalados, opositores políticos e partes interessadas em cada mudança que queira fazer.

O que se está a passar com as mudanças propostas para a Fundação da Ciência e Tecnologia é, a esse nível, muito ilustrativo. Durante décadas, a FCT era um exemplo de mau funcionamento, de atrasos no pagamento de bolsas e de geração de instabilidade na vida dos bolseiros. Perdeu-se a conta aos concursos impugnados, criticados ou polémicos e muitas das denúncias desse caos vinham precisamente dos cientistas e de organizações que dizem representá-los. Agora que o Governo apresenta uma mudança da organização, são essas mesmas vozes que se opõem e defendem o status quo.

O Governo sabe também que uma boa parte das reformas se ganham ou perdem na opinião pública e na forma como a mediana sociológica do país as entender.

Por fim, o Governo não desconhece que as tentativas de mudança causam desgaste político imediato em nome de um eventual reconhecimento futuro — se as mudanças foram efetivas e eficazes.

Se se perder nos aspetos que geram 95% do desgaste apesar de terem apenas 5% de importância de cada dossier, rapidamente o Governo vai perder o foco e em pouco tempo estará ocupado a apagar fogos e a fazer a gestão de danos das pequenas polémicas públicas.

Se está disponível para assumir o custo das mudanças, então que se concentre em assuntos estruturais que podem fazer mesmo a diferença.

Alimentar um bebé em duas horas por dia Seria maravilhoso, não é?

Num dia abrasador de agosto, com Portugal sob elevadas temperaturas e já em ritmo de férias, uma polémica inesperada veio aquecer o debate público. No centro da discussão está o direito das mães a duas horas diárias de dispensa para amamentação — um benefício previsto na lei laboral portuguesa.

Confesso que, do meu lugar de privilégio de quem trabalha numa empresa que respeita a individualidade de cada um dos seus colaboradores — fiquei genuinamente surpreendida com algumas das declarações da Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. Em especial, aquela em que a ministra afirma: “Acho difícil de conceber que, depois dos dois anos, uma criança tenha que ser alimentada ao peito durante o horário de trabalho. Isso quer dizer que se calhar não come mais nada, o que é estranho.”

Primeiro, custa-me a acreditar que a Ministra pense mesmo que essas duas horas de dispensa servem exclusivamente para alimentar bebés ao longo do dia. Se for esse o caso, talvez seja altura de lhe explicarmos que não é bem assim. Na prática, essas horas são, muitas vezes, uma forma de passar mais tempo com os filhos — seja de manhã, seja ao final do dia — e de tornar a logística familiar um pouco menos caótica.

E, já agora, convém esclarecer uma coisa: alimentar um bebé em duas horas por dia? Seria maravilhoso, não é? Um bebé que mama das 8h às 10h e depois está saciado, calmo e indiferente ao mundo até ao dia seguinte. Se existisse, era provavelmente vendido em versão cápsula na farmácia mais próxima.

O segundo motivo pelo qual fiquei tão surpreendida é simples: tenho uma filha de quatro anos que mamou até aos três (mesmo tendo feito introdução alimentar aos seis meses). Por escolha minha e dela. Como trabalho numa empresa que respeita as diferentes fases da vida de cada pessoa, nunca senti necessidade de reduzir o meu horário, nem de entrar em burocracias como a apresentação de um atestado médico que, na prática, só serve para sobrecarregar ainda mais os médicos de família. Curiosamente, isso não me impediu de amamentar várias vezes durante o horário de trabalho — e, mais importante ainda, nunca comprometeu o meu desempenho profissional.

E é precisamente esse o ponto onde queria chegar: a discussão não devia centrar-se nestas duas horas, nem nas mulheres que — supostamente — tentam tirar proveito da lei. O debate que vale a pena ter é sobre como criar condições para que nenhuma mulher sinta necessidade de “enganar” a sua empresa ou de ajustar-se ao silêncio. Porque quando existe respeito, confiança e flexibilidade, tudo se encaixa — incluindo a amamentação.

Empresas que apostam numa cultura de confiança e flexibilidade sabem que não é preciso controlar ao minuto para garantir resultados. Pelo contrário, quando se dá espaço às pessoas para serem inteiras, para conciliarem a vida profissional com a pessoal sem culpa nem obstáculos, o retorno é claro: mais motivação, mais compromisso, mais lealdade. Apoiar uma mãe a amamentar, um pai a acompanhar o filho ao médico ou qualquer colaborador nas suas necessidades reais, não é uma cedência — é uma demonstração de maturidade organizacional. E, no final, todos ganham.

Nagasaki, a cidade portuguesa que a bomba atómica destruiu…

Oito décadas depois da explosão que, a 9 de agosto de 1945, reduziu a cinzas grande parte de Nagasaki, é impossível não refletir sobre o que ali se perdeu. Muito se falou, e continua a falar, sobre as vidas ceifadas, o trauma coletivo e o impacto geopolítico que a bomba atómica deixou no Japão e no mundo. Mas há uma memória pouco conhecida e raramente evocada: parte do que foi destruído naquela manhã dramática tinha sido, séculos antes, erguido com o contributo decisivo dos portugueses.

A ligação entre Portugal e Nagasaki remonta ao século XVI. Em 1543, os navegadores portugueses foram os primeiros europeus a aportar ao Japão, inaugurando uma rota marítima e cultural que ligava Lisboa a portos distantes como Goa, Malaca, Macau e, por fim, Kyushu. Pouco depois, missionários jesuítas e comerciantes lusos encontraram na baía de Nagasaki um local estratégico para o comércio com o arquipélago. O relevo recortado e montanhoso lembrava-lhes Lisboa, a cidade das sete colinas. Foi essa semelhança que inspirou e orientou o traçado urbano de um porto seguro e bem protegido, com cais, armazéns e ruas desenhadas à maneira europeia.

A partir dessa base, estabeleceu-se um ponto de encontro único no Extremo Oriente. Ali cruzavam-se seda chinesa e vinho português, porcelana japonesa e açúcar de Macau, livros e mapas, pergaminho e papel de arroz. Não era apenas comércio: havia intercâmbio de técnicas de construção naval, de métodos agrícolas e até de práticas artísticas. A influência lusa entrou também no idioma japonês — palavras como pan (pão), tabako (tabaco) ou biru (do inglês beer, via português) são vestígios dessa primeira globalização.

O intercâmbio linguístico fez-se nos dois sentidos. Do japonês chegaram ao português termos que hoje usamos sem pensar na sua origem. Catana, quimono, samurai, bonsai, biombo ou tempura são alguns exemplos. O caso de biombo é particularmente curioso: vem de byōbu, literalmente “protetor contra o vento”, uma peça de mobiliário que fascinou os europeus pela delicadeza e funcionalidade. Já tempura é herdeira da palavra latina tempora, associada aos dias de jejum, e ganhou no Japão uma identidade culinária própria.

Nagasaki não foi apenas um entreposto comercial. Tornou-se um espaço de convivência cultural e religiosa. Igrejas ergueram-se junto a armazéns, e artistas japoneses começaram a pintar perspetivas ao estilo europeu, influenciados pelas gravuras trazidas de Lisboa e Antuérpia. Essa convivência, porém, foi interrompida no século XVII, quando o xogunato Tokugawa fechou o país aos estrangeiros, confinando a presença portuguesa e substituindo-a pela holandesa na ilha artificial de Dejima.

Séculos mais tarde, no verão de 1945, a cidade que nascera desse encontro entre Oriente e Ocidente foi escolhida como alvo da segunda bomba atómica da História. O que a explosão destruiu não foi apenas um centro urbano, mas também um legado que tinha atravessado oceanos e séculos. Ao pensar nesse momento, é impossível não recordar que nós, portugueses, ajudámos a construir parte do que ali se perdeu.

Hoje, ao pronunciarmos palavras japonesas incorporadas no nosso vocabulário, reativamos um elo invisível que liga Lisboa a Nagasaki. A cidade japonesa, reconstruída, continua a olhar para o mar como a capital portuguesa. Ambas sabem que as águas que as separam são também as que, outrora, as uniram. É essa a lição que sobrevive ao tempo: entre Portugal e Japão, os laços não se medem apenas em distâncias geográficas, mas em memórias partilhadas que resistem à própria destruição.

Linha Cronológica – Portugal e Japão até Nagasaki (1543–1945)
1543 – Chegada dos primeiros portugueses ao Japão, na ilha de Tanegashima. Introdução das armas de fogo.
1549 – São Francisco Xavier inicia a missão jesuíta no Japão.
1571 – Fundação de Nagasaki com apoio técnico português. Traçado urbano inspirado em Lisboa.
1580–1600 – Nagasaki floresce como porto luso-japonês, com intercâmbio comercial, religioso e cultural.
1600–1639 – Perseguições cristãs e fechamento do Japão ao exterior. Fim da presença portuguesa direta.
Séculos XVII–XIX – Palavras portuguesas permanecem no japonês (pan, tabako, koppu), e palavras japonesas entram no português (catana, quimono, biombo, bonsai, tempura).
1854 – Reabertura do Japão ao comércio exterior.
1945 – 9 de agosto: bomba atómica devasta Nagasaki, destruindo também parte do legado arquitetónico e urbano herdado do período português.

Fundador da Rolex foi investigado pelos serviços secretos britânicos sob suspeita de ser espião nazi

Hans Wilsdorf, o fundador da Rolex, esteve sob suspeita de ser espião para os nazis durante a II Guerra Mundial. A revelação surgiu em documentos dos Arquivos Nacionais britânicos que foram desclassificados, e que indicam que o empresário alemão naturalizado britânico foi investigado pelo MI5, os serviços secretos do Reino Unido dedicados a assuntos internos.

Os documentos em causa remontam ao período entre 1941 e 1943, décadas depois de Hans Wilsdorf se ter mudado para o Reino Unido, relata o jornal britânico The Telegraph. Em 1941, um relatório citava o cônsul britânico em Genebra e as suas crenças em como o fundador da Rolex era “muito conhecido pelas suas fortes simpatias pelos nazis” e que o irmão, Karl, era um “alegado membro ativo do ministério da Propaganda de Goebbels”.

O fundador da Rolex tinha sediado a empresa em Genebra, depois de ter começado a criar os famosos relógios no Reino Unido. O cônsul referia que Karl Wilsdorf “se servia de Hans Wilsdorf em Genebra para divulgar propaganda nazi em todo o mundo: “Ouvimos que Hans é, por consequência, vigiado pela polícia federal suíça”, adiantava.

Em 1943, surgiu um novo relatório que detalhava o interesse dos serviços secretos britânicos nos negócios da Rolex, de que Hans Wilsdorf e a mulher, a britânica Florence Crotty, eram “acionistas maioritários”: “Ele é suspeito de espionagem a favor do inimigo” e conhecido como “um forte nazi”, sustentavam os serviços secretos.

Apesar de em 1941 os serviços secretos britânicos terem sugerido que a empresa fosse colocada numa lista negra, ao mesmo tempo era feito o aviso em como tal poderia não servir os interesses do Reino Unido. Afinal, o comércio da empresa era feito com muitos territórios incluídos no Império Britânico.

Em 1943, foi posta de parte a possibilidade de banir a empresa, apesar de um relatório desse ano indicar que não existiam “quaisquer dúvidas” sobre as opiniões políticas de Hans Wilsdorf.

Ao The Telegraph, um porta-voz da Rolex confirma que a empresa está a par das alegações. “Tendo em conta a sensibilidade […], já criámos uma equipa de historiadores independentes e com autoridade na matéria que está a investigar o papel exato de Hans Wilsdorf durante este período”, afirmou. Segundo o jornal, a equipa é liderada pelo historiador suíço Marc Perrenoud e quando os resultados estiverem disponíveis, serão publicados.

Um especialista ouvido pelo jornal explica que o interesse do MI5 pelo fundador da Rolex pode ter surgido de uma oferta que o mesmo fazia de relógios à Marinha de Itália. Ao mesmo tempo, o especialista questiona os verdadeiros motivos para o empresário enviar, como fazia, relógios, comida e tabaco aos prisioneiros de guerra britânicos.

Segundo o jornal britânico, acabaram por não ser detetadas atividades “indesejáveis” por parte da Rolex no período entre 1941 e 1943. Hans Wilsdorf morreu em 1960, na Suíça.

São Bento de porta aberta

São Bento da Porta Aberta, santo hospitaleiro, guardião de peregrinos, aquele que mantinha a porta escancarada para todos os que precisassem de abrigo, pão e fé. Era um símbolo bonito, transmitia a confiança de quem sabe que, mesmo aberta, a porta está protegida pelo respeito e pela devoção.

Mas, no novo evangelho político, São Bento foi “modernizado”. Tiraram-lhe o hábito, trocaram-no por um colete fluorescente e colocaram-no à entrada do país. Agora, a sua “porta aberta” já não é um gesto de fé, mas uma política oficial. E, para não parecer discriminatório, não se questiona a quem entra se vem rezar, trabalhar ou saquear.

Pelo mar, chegam botes que não vêm em romaria, mas em negócio. Por terra, passam colunas humanas que não procuram o altar, mas o balcão da segurança social. E São Bento, paciente, sorri e carimba vistos improvisados, porque lhe disseram que fechar a porta é um pecado moderno.

O problema é que a porta aberta do santuário tinha atrás de si um templo; a porta aberta da nação, que convenhamos, se não tiver guarda nem critério, arrisca-se a dar para um armazém vazio. Num santuário, convém respeitar a fé; num país sem fronteiras firmes, alguns entram, sem sacudir os pés, apenas para mudar o cadeado.

E assim, veneramos um São Bento reinterpretado: não o santo que protegia o seu templo, mas o porteiro que entrega a chave a todos, sem perguntar se vêm por fé ou por interesse. Milagre? Talvez. Mas se for este o milagre, temo que o próximo seja ver a casa inteira convertida num dormitório… com os devotos antigos, esses, a dormir lá fora.

Ana Gomes sobre o desembarque no Algarve: “As pessoas já se esqueceram dos tios e pais que foram ‘a salto’ para França e para a Alemanha”

Em mais um comentário de domingo à noite, numa época de verão onde o mundo não para, Ana Gomes olha para as principais polémicas da semana. Para além do elogio ao chumbo do Tribunal Constitucional à nova lei da imigração, faz um breve comentário ao desembarque no Algarve de migrantes oriundos de Marrocos e aos comentários de ódio que a informação gerou nas redes sociais. “As pessoas já se esqueceram dos tios e pais que foram ‘a salto’ para França e para a Alemanha”, ironiza, e recorda que todos estes acontecimentos, promovidos por um Governo que leva a extrema-direita “a reboque”, só “privilegiam a agenda do Chega”. Ainda sobre matéria de política nacional, analisa a novas alterações à lei do trabalho e compara as intenções da contra-reforma ao tempos da troika. “O Governo numa linha troikista, ou até mais do que troikista, vai estar a trabalhar para os pedidos dos patrões”, analisa.

Quanto ao encontro de Putin com Trump no Alasca, faz questão de repetir as suas convicções sobre o conflito na Ucrânia. “O que se joga na Ucrânia não é o território do país, é a própria Europa. Sempre o disse”. Ouça aqui o programa emitido a 10 de agosto na SIC Notícias.

A opinião de Ana Gomes. Ao domingo à noite tem encontro marcado na SIC Notícias para analisar os temas que marcam a semana. Ouça mais episódios:

Alverca regressa com derrota

O Moreirense venceu o Alverca, por 2-1, em partida da primeira jornada da I Liga.

Os cónegos marcaram por Schettine e Yan, este aos 90+5.

Já pela equipa ribatejana, que está de regresso ao principal campeonato, ainda empatou por Milovanovic.

Veja o resumo da partida:

Insólito. Dedé avançado e guarda-redes do Marinhense (e com sucesso)

O avançado Dedé, do Marinhense, esteve em destaque na primeira jornada do Campeonato de Portugal.

Jogo da Série C do quarto escalão do futebol nacional, contra o Peniche.

Primeiro Dedé fez o golo da sua equipa e depois, já aos 90+12, foi obrigado a ir para a baliza – depois expulsão de Framelin – e defendeu uma grande penalidade.

A partida terminou com a vitória do Marinhense por 1-0.

Israel matou jornalistas da Al Jazeera e alega que um deles era agente do Hamas

Israel matou os jornalistas da Al Jazeera Anas al-Sharif e Mohammed Qreiqeh, assim como os dois operadores de câmara Ibrahim Zaher e Mohammed Noufal, num ataque na Faixa de Gaza este domingo, de acordo com a Al Jazeera.

As mortes terão acontecido num bombardeamento perto do hospital Al-Shifa, onde estava localizado um acampamento de jornalistas.

O exército israelita apenas confirma a morte de al-Sharif, de 28 anos, acusando-o de ser líder de uma célula terrorista do Hamas.

Alegadamente recrutado quando tinha 16 anos, Israel afirma que Anas al-Sharif coordenou ataques de rockets a civis e tropas israelitas. Além disso, o exército israelita diz ter registos de salários e listas de treino que comprovam que o jornalista da Al Jazeera era um elemento do Hamas.

“Uma acreditação de imprensa não é um escudo para terrorismo”, termina a nota publicada nas redes sociais. Israel não menciona, nem explica as mortes dos restantes jornalistas que morreram no mesmo ataque, segundo a Al Jazeera.

Por sua vez, a Al Jazeera nega que Anas al-Sharif tivesse qualquer ligação com o Hamas.

Mais de 230 jornalistas já morreram na Faixa de Gaza, desde 7 de outubro de 2023.

Porque as moedas têm ranhuras — e o que Newton tem a ver com isso

Essas pequenas ranhuras ao redor das bordas dos quartos e dimes não são apenas decorativas—são o resultado de uma batalha secular contra a fraude monetária — que envolveu um dos cientistas mais famosos da história. A história das ranhuras das moedas começa no século XVII com uma prática chamada “corte de moedas“. Os criminosos raspavam cuidadosamente pequenas quantidades de metal precioso das bordas lisas das moedas de ouro e prata, depois gastavam a moeda raspada pelo valor total — e vendiam as raspas de metal para obter lucro. Sem moedas de referência para comparação, esta fraude era quase impossível de

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