Cancelada presença de Boaventura de Sousa Santos em seminário no Brasil após críticas de alunos

A participação do sociólogo português Boaventura de Sousa Santos num seminário na Universidade de São Paulo (USP), no Brasil, foi cancelada após protestos de alunos devido às denúncias de assédio sexual e moral de que é alvo em Portugal.

De acordo com o jornal brasileiro Folha de S.Paulo, a USP informou que cancelou a participação do sociólogo português num seminário intitulado “O futuro da democracia ou a democracia do futuro?”, marcado para dia 25 de agosto, porque “o palestrante está com problemas de saúde”.

No entanto, o jornal revelou que a ida do professor da Universidade de Coimbra à USP era alvo de protestos desde o início desta semana, quando foi anunciada, pelo facto de o académico ser alvo de uma série de denúncias de assédio sexual e moral em 2023.

Alunos do centro académico Ísis Dias de Oliveira, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP divulgaram na terça-feira um comunicado nas redes sociais frisando que não aceitariam que o evento fosse sediado na universidade.

“Estamos enviando denúncias formais à coordenação de curso e ao departamento, exigimos que o evento seja cancelado”, afirmaram.

Três investigadoras que passaram pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade (CES) de Coimbra denunciaram situações de assédio por parte de Boaventura de Sousa Santos, de 84 anos. O caso motivou o seu afastamento e do investigador Bruno Sena Martins de todos os cargos que ocupavam no CES, em abril de 2023.

O CES acabou por criar, uns meses depois, uma comissão independente para averiguar as denúncias, tendo divulgado num relatório, quase um ano depois, em 13 de março de 2024, que confirmou a existência de padrões de conduta de abuso de poder e assédio por parte de pessoas em posições hierarquicamente superiores, sem especificar nomes.

De acordo com o relatório então divulgado à comissão independente, foram denunciadas 14 pessoas, por 32 denunciantes, num total de 78 denúncias.

Vasco Matos. “Melhor resultado que o Santa Clara já tinha alcançado”

O treinador do Santa Clara, Vasco Matos, considera que a equipa deu uma boa resposta, mas lamenta as muitas oportunidades desperdiçadas.

A partida

“As situações que criamos é o que mais me satisfaz. Criámos muitas situações, e na primeira parte poderíamos ter chegado quase com o mesmo resultado que trouxemos. Os jogadores deram uma grande resposta, com as muitas alterações. Alcançámos o melhor resultado que o Santa Clara já tinha alcançado [playoff Liga Conferência em 2021/22]. Foco total no campeonato e esperamos também ter a presença dos nossos adeptos que com eles somos mais fortes. Vamos continuar a olhar para a equipa e continuar a desenvolver porque não queremos a equipa confortável, até porque os adversários já nos começam a conhecer”.

Foco

“O nosso foco está no jogo com o Moreirense. Acreditamos no coletivo, não acreditamos em individualidades. A força deste grupo é o coletivo e vamos continuar a olhar para isso para ver os melhores jogadores para cada jogo”.

O Santa Clara segue para o playoff da Liga Conferência, com um agregado de 3-0 diante do Larne.

Santa Clara avança para o playoff da Liga Conferência

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Montenegro promete “processos rápidos” para incendiários e outros crimes graves

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, quer aumentar a rapidez no setor da justiça, desde logo para criminosos apanhados em flagrante delito, nomeadamente no caso dos incendiários.

O anúncio foi feito esta quinta-feira durante um discurso na Festa do Pontal, em Quarteira, que marca a rentrée política do PSD.

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“Assim como acontece para os crimes menos graves, pode haver um regime de aceleração, mais abreviada do ponto de vista processual, para os crimes mais graves desde que haja uma recolha de prova reforçada, nomeadamente quando há detenção em flagrante delito“, começou por referir.

Isso pode aplicar-se a crimes mais graves, a começar por aqueles que de forma dolosa provocam incêndios florestais“, defendeu Luís Montenegro.

Atualmente, alguém que é apanhado em flagrante delito a atear um incêndio florestal não é abrangido pelo processo sumário, mas o chefe do Governo quer mudar isso.

“Porque é que não pode ser submetido a um processo mais rápido a ser penalizado, com isso a termos uma tranquilidade pública e uma justiça mais efetiva, e já agora uma dissuasão do comportamento criminoso”, sublinhou.

Santa Clara passa, sem distinção, ao play-off da Liga Conferência

O Santa Clara garantiu esta quinta-feira o apuramento para o play-off da Liga Conferência, fase em que defrontará o Shamrock Rovers, da República da Irlanda, após carimbar, sem surpresa e sem golos (0-0), a vitória na eliminatória frente ao Larne.

Para o Santa Clara, depois do triunfo categórico na Irlanda do Norte, onde os açorianos construíram uma vantagem de três golos, esta segunda mão da terceira pré-eliminatória oferecia uma margem de manobra segura, o que levou Vasco Matos a gerir a equipa, que se apresentou com sete alterações em relação ao jogo com o Famalicão, da primeira jornada da Liga.

Apesar das mudanças, o Santa Clara não teve qualquer problema em assumir o controlo absoluto do encontro com o Larne, adversário incipiente, incapaz de construir um lance de ataque, como demonstravam as estatísticas ao intervalo, sem remates ou cantos a favor. Apenas um cruzamento antes do intervalo.

O grande mérito do Larne foi ter mantido a baliza inviolável, apesar das incontáveis situações de golo iminente. O guarda-redes e a ineficácia dos açorianos mantinham tudo inalterado em relação à eliminatória, o que só interessava à equipa portuguesa, a quem, ainda assim, se exigia outra assertividade.

Ao intervalo, Vasco Matos fez duas alterações e a equipa esteve perto de marcar nos instantes iniciais, com Henrique Pereira a rematar à barra. O golo poderia ter surgido aos 55 minutos, mas nem o árbitro dinamarquês nem o VAR descortinaram um penálti claro de Randall sobre Pedro Ferreira.

Poupado, o Larne acabaria por transformar um jogo de sentido único num encontro mais repartido, com uma perdida soberana para se colocar em vantagem e com uma presença mais regular no ataque.

Nada que alterasse o perfil do jogo, que continuou com o Santa Clara a esbanjar e o Larne a resistir para sair de cabeça erguida.

Ficam em liberdade homens apanhados em flagrante a atear incêndio em Vinhais

Acompanhe o nosso liveblog sobre a situação dos incêndios

Vão aguardar julgamento em liberdade os dois homens detidos por atearem fogo em Vinhais, depois de presentes a primeiro interrogatório, esta quinta-feira.

De acordo com a GNR de Bragança, os homens, de 42 e 61 anos, ficaram com Termo de Identidade e Residência, depois de presentes, esta tarde, a primeiro interrogatório, no Tribunal Judicial de Bragança.

Os suspeitos tinham sido apanhados em flagrante, ontem, a atearem um incêndio com um isqueiro na localidade de Quirás, concelho de Vinhais. Acabaram detidos pela GNR e o isqueiro foi apreendido.

O fogo chegou a ter três frentes ativas, tendo sido combatido por 95 operacionais, apoiados por um meio aéreo.

Foi dado como dominado por volta da meia-noite.

Happy Meal, cartas Pokemon, promoção: não acabou bem

A McDonald’s tinha uma promoção no Japão que juntava a casinha e as cartas. O que interessa mais…? A “loucura” por cartas Pokémon já é bem visível em Portugal, mas imagine-se no Japão, país onde foi criado este jogo – que entretanto passou para o ecrã e para as cartas. E isto num país onde há enormes comunidades de fãs de banda desenhada e de vídeo-jogos. Fazem parte da cultura do país, em praticamente todas as faixas etárias. A McDonald’s – que sim, entra nesta história – vende Happy Meal há mais de 40 anos. No Japão, custam cerca de

Pesquisador moçambicano diz que conflitos e mudanças climáticas disseminam Mpox

O pesquisador moçambicano Osvaldo Inlamae apontou esta quinta-feira que conflitos e alterações climáticas, que forçam à deslocação de pessoas, contribuem para a disseminação da mpox, mas que não se verificaram condições para a doença se transformar epidémica em Moçambique.

“No caso do mpox, que é o nosso assunto do momento, basicamente, este aumento de casos que tem estado a se verificar está muito mais relacionado à mobilidade de pessoas por diversas causas (…) do que necessariamente uma causa única”, disse à Lusa Osvaldo Inlamae, pesquisador e coordenador do programa de doenças transmitidas por vetores, negligenciadas e zoonóticas no Instituto Nacional de Saúde (INS) de Moçambique, à margem de um seminário online científico organizado pela instituição, quando o surto da doença já provocou 38 casos num mês.

Segundo o pesquisador, as mudanças climáticas e os conflitos permitem que as pessoas se movam para áreas de reassentamento ou outras em busca de terras agrícolas mais produtivas e, no processo, podem disseminar uma doença “confinada numa determinada área geográfica”.

Moçambique vive, desde 2017, conflitos armados em Cabo Delgado, no norte do país, que obrigaram à deslocação de mais de um milhão de pessoas. O país africano é também considerado um dos mais severamente afetados pelas alterações climáticas globais, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, mas também períodos prolongados de seca severa, situações que obrigam à deslocação de centenas de pessoas, algumas vezes para países vizinhos.

Apesar destas deslocações de pessoas em massa que se registam em Moçambique, Osvaldo Inlamae garantiu ainda “não existir condições” para a mpox se tornar uma epidemia no país que, para o coordenador, está numa situação “um pouco mais avantajada”.

“O mpox é um agente DNA, tem poucas variantes, a forma de transmissão precisa de um contacto próximo, muito próximo, enquanto a Covid-19 não precisava disto. Então, tem aspetos muito relacionados ao patógeno e também tem aspetos relacionados a medidas de controlo que limitam”, explicou o responsável.

As autoridades de saúde moçambicanas afirmaram, na quarta-feira, que mais de metade dos casos confirmados de mpox em Moçambique já estão recuperados e sem registo de óbitos.

“Do total de 38 casos positivos, 20 estão atualmente recuperados da doença e já tiveram alta domiciliar. Até agora não tivemos nenhum óbito pela doença e esperamos, gostaríamos e estamos a trabalhar para evitar que tenhamos óbitos pela doença no país”, disse o diretor nacional de Saúde Pública, Quinhas Fernandes.

A mpox é uma doença viral zoonótica, identificada pela primeira vez em 1970, na República Democrática do Congo. No atual surto, na África austral, desde 01 de janeiro, já foram notificados 77.458 casos da doença, em 22 países, com 501 óbitos.

O primeiro caso de mpox em Moçambique aconteceu em outubro de 2022, com um doente em Maputo. O coordenador do COESP, órgão da Direção Nacional de Saúde Pública, aponta a capacidade de testagem que agora existe nas províncias, com 4.000 testes disponíveis e mil para análises de reagentes para identificar estirpes de casos positivos, como a grande mudança em três anos.

Braga avança para o playoff da Liga Europa

O Sp. Braga derrota Cluj, por 2-0, e está confirmado no play-off da Liga Europa.

Os arsenalistas já tinham vencido 2-1 na primeira mão e reforçaram a vantagem na segunda mão.

Os tentos dos guerreiros do Minho foram apontados por Zalazar, que bisou.

O Braga vai agora defrontar o Lincoln, campeão de Gibraltar.

[em atualização]

Trump garante que Putin “não vai brincar” com ele durante cimeira no Alasca e admite líderes europeus em futura reunião trilateral

Acompanhe o nosso liveblog sobre a guerra na Ucrânia

O Presidente norte-americano, Donald Trump, garantiu, esta quinta-feira, que o seu homólogo russo, Vladimir Putin “não vai brincar” com ele na cimeira bilateral marcada para esta sexta-feira no Alasca.

Durante a conferência de imprensa na Casa Branca, Trump acrescentou que o líder do Kremlin “gostaria de chegar a um acordo” e sugeriu que se não fosse ele, Putin tomaria o controlo da Ucrânia: “Se eu não fosse Presidente, na minha opinião, ele [Putin] preferiria tomar conta de toda a Ucrânia, mas eu sou Presidente e ele não vai brincar comigo”.

O Presidente dos Estados Unidos admitiu, ainda nas mesmas declarações, a possibilidade de líderes europeus participarem numa reunião com os chefes de Estado russo, Vladimir Putin, e ucraniano, Volodymyr Zelensky, no seguimento da cimeira com o líder do Kremlin no Alasca.

Antecipando “um bom encontro” com Putin, Trump insistiu, no entanto, que uma reunião que inclua Zelensky seria “mais importante” para o fim da guerra, iniciada por Moscovo em fevereiro de 2022.”A reunião mais importante será a segunda reunião que teremos: vamos reunir-nos com o Presidente Putin, o Presidente Zelensky e comigo, e talvez levemos alguns líderes europeus, ou talvez não. Não sei”, disse.

O líder norte-americano tinha dito anteriormente que pretendia telefonar a Zelensky e aos principais líderes europeus para os informar sobre o resultado do encontro presencial que terá com Putin em Anchorage, no Alasca, que será focado no conflito na Ucrânia. Apesar de ter aberto a possibilidade de marcar de imediato uma cimeira tripartida alargada a Zelensky, caso a reunião com Putin produza resultados, Trump não tinha ainda levantado a ideia de incluir dirigentes europeus.

Passo a passo da cimeira entre Donald Trump e Vladimir Putin

Na quarta-feira, Donald Trump teve uma reunião virtual com Zelensky, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, e vários líderes europeus, incluindo o alemão Friedrich Merz, o britânico Keir Starmer e o francês Emmanuel Macron, para ouvir as suas posições.

Durante essa reunião, o Presidente norte-americano acordou cinco linhas vermelhas para as negociações com Vladimir Putin. Segundo o Wall Street Journal, entre os pontos definidos com os líderes europeus estão um cessar-fogo como pré-requisito para novas negociações, a não negociação de questões territoriais fora das atuais linhas da batalha, garantias de segurança do Ocidente aceites pela Rússia, a participação direta da Ucrânia nas negociações e o apoio conjunto dos Estados Unidos e da Europa a qualquer eventual acordo.

De acordo com Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, nenhum documento deverá ser assinado após a cimeira entre a Rússia e os Estados Unidos. Questionado esta quinta-feira sobre a possibilidade de um acordo formal, Peskov afirmou: “Não, não está previsto. Nada foi preparado e dificilmente haverá um documento”.

O Presidente norte-americano já concordou com a necessidade de um cessar-fogo e nas vésperas da reunião no Alasca advertiu para “consequências muito sérias” para Moscovo se não terminar as hostilidades.

Segundo o Kremlin, a reunião tem início às 11h30 locais (20h30 em Lisboa), na base militar de Elmendorf-Richardson nos arredores de Anchorage, no Alasca, e será seguida de uma conferência de imprensa conjunta.

[Um homem desobedece às ordens dos terroristas e da polícia e entra sozinho na embaixada. Momentos depois, ouve-se uma enorme explosão“1983: Portugal à Queima-Roupa” é a história do ano em que dois grupos terroristas internacionais atacaram em Portugal. Um comando paramilitar tomou de assalto a embaixada turca em Lisboa e uma execução sumária no Algarve abalou o Médio Oriente. É narrada pela atriz Victoria Guerra, com banda sonora original dos Linda Martini. Ouça o quarto episódio no site do Observador, na Apple Podcasts, no Spotify e no Youtube MusicE ouça o primeiro episódio aqui, o segundo aqui e o terceiro aqui]