MAI escondeu durante quase um ano parecer que travava ordens ilegais de Moedas a polícias

Em outubro do ano passado, o Governo já sabia que as ordens que Carlos Moedas dava à sua polícia municipal eram ilegais. Ainda assim, a ex-ministra Margarida Blasco decidiu pedir um segundo parecer à PGR. A conclusão foi a mesma. Em setembro de 2024, o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, deu ordens aos agentes da polícia municipal para passarem a fazer detenções de qualquer pessoa que cometa crimes. No entanto, no início deste mês soube-se que o Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República advertiu para a ilegalidade dessas ordens. Agora, o Diário de Notícias revela que o Ministério

Tomar banho de água quente dá mesmo cabo da nossa pele?

Tomas banho de água quente tem vantagens e desvantagem. O importante é saber ler o nosso corpo. A pele é o seu maior órgão e tem duas partes distintas: a epiderme, no exterior, e a derme, no interior. A epiderme é composta por milhares de milhões de células que se encontram em quatro camadas na pele fina (como nas pálpebras) e em cinco camadas na pele espessa (como na planta do pé). As células (queratinócitos) nas camadas mais profundas são mantidas juntas por junções apertadas. Estas pontes celulares estabelecem ligações impermeáveis entre as células vizinhas. As células do exterior da

Cinco semanas depois, não há nenhum incêndio ativo em Portugal — mas o perigo mantém-se

Os dois grandes fogos estão controlados, mas a classificação de um incêndio como “em resolução” não significa que o risco esteja eliminado. Mais de 40 concelhos estão ainda em perigo máximo de incêndio. Na manhã desta segunda-feira não se registava nenhum fogo em curso em Portugal, mas o perigo continua elevado em várias regiões. De acordo com dados da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelas 10 horas da manhã estavam contabilizadas 30 ocorrências, todas em fase de resolução ou conclusão, com 1806 operacionais e 570 veículos e cinco meios aéreos ao serviço. O local mais preocupante continua

64 mil hectares: incêndio de Arganil foi o maior de sempre em Portugal

Incêndio em Coimbra, que se alastrou para a Guarda e Castelo Branco, destruíu mais área do que o que deflagrou em Vilarinho, na Lousã, em outubro de 2017. O de Freches, Trancoso, entrou no pódio. O incêndio que deflagrou em Arganil no dia 13 apresenta a maior área ardida de sempre em Portugal, com 64 mil hectares consumidos, segundo o relatório provisório do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF). O incêndio que começou no Piódão, no concelho de Arganil, no distrito de Coimbra, e que entrou em resolução no domingo, ao fim de 11 dias, apresenta uma área

Análise – Donkey Kong Bananza

Donkey Kong tem estado na indústria dos videojogos quase desde sempre. Começou por atirar barris a futuros canalizadores, ganhou a sua própria série com inúmeros jogos e géneros. Teve jogos de plataformas, bongos, puzzles e até nem faltou à estreia recente de Super Mario no cinema. É um gorila que mesmo não sendo a cara principal da Nintendo, conseguiu continuar a ser uma referência.

Muitos anos depois da sua aventura em 3D na Nintendo 64, Donkey Kong regressa com um novo jogo em 3D e com uma missão ainda mais importante, ser um dos grandes jogos de lançamento da Nintendo Switch 2 e provar que a consola começa a ser uma proposta válida para todos os jogadores. A missão, foi concluída com éxito, pois Donkey Kong Bananza é um jogão.

Neste episódio da longa vida de Donkey Kong, o gorila começa o jogo a fazer o que gosta mais, procurar por bananas. Neste universo, as bananas vão além do normal, pois existem bananas gigantes cristalizadas que levam a macacada a minerar todas as camadas do mundo para encontrar estas bananas e não só. O primata vive uma vida calma e saborosa até que um grupo de outros gorilas aparecem e começam a destruir e roubar tudo. Donkey Kong é o heroí disponível para resolver o problema e depressa vai encontrar apoio em Pauline que aqui surge como uma pequenota de 13 anos.

Donkey Kong Bananza pode ser visto como um jogo de plataformas em 3D puro e puro, mas estaríamos a menosprezar algumas das melhores ideias do jogo pensando só dessa forma. Para este jogo, a Nintendo elevou o conceito de “collect-a-ton” (apanhar muitos coleccionáveis) ao extremo, indo além do que se vê apenas no mapa e dando ao jogo um dos sistemas mais divertidos, recompensadores e satisfatórios dos últimos tempos, a capacidade para destruir grande parte do cenário. Quase tudo o que partem do ambiente, seja terra ou paredes, pode conter ouro, items, maças que recuperam vida, etc, o que incentiva a que partam literalmente tudo.

Logo nas primeiras horas de jogo, dei por mim a perder demasiado tempo a destruir os cenários quase por inteiro, um verdadeiro perigo para alguém que está a analisar um jogo e tem outros à espera, mas é tão divertido partir tudo e encontrar baús com mapas que nos levam a novos fósseis ou bananas, que é quase uma tentação magnética. Como tudo o que se apanha pode ser usado em algo, como comprar roupas novas que dão bónus adicionais, construir abrigos ou comprar mais bananas, nunca sentem que estão a desperdiçar o vosso tempo.

Porém, não pensem que isto faz de Donkey Kong Bananza um jogo de plataformas menos competente, muito pelo contrário. Tirando alguns problemas ocasionais relacionados com a câmara ficar presa no cenário dada a quantidade de destruíção e necessidade de acompanhar a personagem, estamos a falar de um dos jogos mais sólidos de plataformas que podem encontrar, estando ao nível de Mario Odyssey e Astro Bot. Podem no entanto, pensar nele como um bom jogo de plataformas, ao qual foi adicionado um beat-em-up, pois os punhos de Donkey Kong servem para partir tudo, até mesmo os inimigos.

Para elevar o caos e destruição a um patamar ainda maior, o nome do jogo entra em acção e isso quer dizer que existem vários modos Bananza em que Donkey Kong se pode transformar ao longo da aventura. Começando por um gorila ainda maior que parte mais coisas com mais força, passando por uma avestruz e culminando com outros também bastante “malucos”, estas transformações são igualmente bastante divertidas de usar e ajudam a transpor alguns dos desafios e puzzles do jogo. Tanto Kong como as transformações podem ser melhoradas, pois as bananas dão pontos que podem ser gastos numa grelha de poderes, com coisas simples como aumentar o número de corações, fazer com que o tempo de Bananza seja mais longo ou desloquear habilidades próprias de cada transformação.

Embora pareça ao início que a aventura está a andar depressa, cada cenário começa a ficar cada vez maior e com mais coisas para encontrar. Abrir o mapa, revela cada vez mais segredos e coisas para apanhar, ao ponto de terem de usar o teleporte entre zonas para não terem de percorrer toda a sua extensão (mas podem, o que vos permite partir mais coisas até ao objetivo). A presença de Pauline, embora não seja tão impactante diretamente na jogabilidade, acaba por ser essencial em alguns puzzles onde precisam de cantar, a ajudar a encontrar o próximo objetivo caso estejam perdidos e ainda abrir portais para desafios secretos onde podem ganhar ainda mais bananas. Donkey Kong Bananza ainda dura perto das 30 horas de jogo com a maioria das coisas feitas, mas existe aqui tanto para apanhar e fazer que podem duplicar este número calmamente.

Todo o visual de Donkey Kong Bananza é bastante forte e apelativo. Cenário, modelos das personagens, destruição dos cenários. No geral, tem tudo muito bom aspeto. A Nintendo Switch 2 sofre ainda assim com alguns problemas de fluídez com muita coisa a acontecer no ecrã e com algumas texturas mais fracas de vários elementos de cenário. Apesar disso, é inegável que a direcção artística aliada ao poder da consola, são uma combinação vencedora que corre bastante bem em modo portátil, mas ainda melhor e com mais qualidade e fluídez na versão TV colocada na doca.

Também a nível sonoro, o trabalho foi feito com excelência. Os sons da macacada e dos gorilas é bastante divertido, os sons do caos e da destruíção também e embora Pauline seja a única voz que acompanha o jogo, não é de todo irritante e o seu trabalho foi muito bem feito. A música também é muito boa e utiliza algumas versões dos clássicos em conjunto com novas músicas para ter uma selecção bastante eclética. Destaque sem dúvida, vai para algumas das músicas cantadas, com um carinho especial pela que acompanha as transformações Bananza.

Como nunca tinha jogado Donkey Kong 64, mas como fã incondicional de Donkey Kong Land (especialmente do Game Boy) e Country na Wii e Wii U, Donkey Kong Bananza chegou e conquistou. A Nintendo Switch 2 inciou a sua vida com Mario Kart World, mas Donkey Kong Bananza é o derradeiro primeiro jogo da consola que luta por si só e abre (literalmente) caminho para ser o primeiro exclusivo obrigatório da consola.

Daniel Silvestre
Latest posts by Daniel Silvestre (see all)

Algumas praias portuguesas podem ficar sem areal esta semana

Enquanto uma boa parte do país está ainda sob perigo máximo de incêndios; na costa, a preocupação é a agitação marítima. Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), os dez distritos de Portugal continental que ficam na costa vão estar, terça e quarta-feira, sob aviso amarelo, devido à previsão de agitação marítima forte. Os distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Leiria, Lisboa, Setúbal, Beja e Faro vão estar sob aviso amarelo entre as 06h00 de terça-feira e as 00h00 de quarta-feira devido à agitação marítima, prevendo-se ondas de noroeste até 4 metros. O aviso

Pescar com drone já é uma realidade – e já é um problema

O entusiasmo normal quando se une tecnologia de ponta e passatempos tradicionais. Mas esta novidade não parece ser grande ideia. A pesca com drones está a conquistar cada vez mais adeptos na África do Sul, na Nova Zelândia e na Austrália. Mas há especialistas que alertam para os riscos ambientais que a prática pode representar. Este método utiliza drones para transportar linhas com isco a locais de difícil acesso ou águas mais profundas, muitas vezes fora do alcance da pesca tradicional. Alguns drones equipados com câmaras permitem ainda localizar cardumes, aumentando as hipóteses de sucesso. O fenómeno começou a ganhar

Chega pede comissão de inquérito ao “negócio mafioso dos fogos altamente suspeitos”

Chega recomenda legislação que proíba a negociação da madeira resultante dos fogos, agravamento das penas para os condenados por incêndio florestal e apela a que se “considere que um incendiário é um terrorista”. O Chega anunciou que daria entrada ainda no domingo com o pedido para a realização de uma comissão de inquérito aos fogos em Portugal e do seu negócio, disse o seu líder, André Ventura, em Leiria. “E é isso que nós vamos fazer. Nós vamos fazer mesmo uma investigação a sério aos fogos, vamos propor ao parlamento que o faça e que recomende legislação que não deixe

Qual é afinal o lugar mais seguro num carro? Depende…

Segundo os peritos em segurança rodoviária, há um lugar que é claramente mais seguro do que os restantes, e um mais perigoso. Mas há muitos fatores a ter em conta — principalmente, o tipo de veículo em causa. E nunca é demais lembrar: use sempre cinto de segurança, independentemente do lugar. Há a ideia generalizada de que estar ao lado do condutor pode trazer maiores riscos numa situação de emergência, o que levanta a questão: qual é o lugar mais seguro quando viajamos de carro? “O lugar mais seguro de um carro depende muito do tipo de veículo em que

Gigantescos pedaços do fundo do mar estão misteriosamente de pernas para o ar

Nas profundezas do Mar do Norte, o fundo marinho está a comportar-se de uma forma inesperada. Uma equipa de cientistas da Universidade de Manchester, no Reino Unido, descobriu centenas de enormes montes de areia, alguns com vários quilómetros de extensão, que “contrariam princípios geológicos fundamentais”. Segundo um comunicado da universidade, estes montes acumulam-se sobre estruturas conhecidas como sinkites, resultado de um processo chamado inversão estratigráfica, nunca antes observado em tão grande número. A descoberta foi apresentada num artigo recentemente publicado na revista Communications Earth & Environment. “Esta descoberta revela um processo geológico que nunca tínhamos visto nesta escala”, afirma o

1 206 207 208 209 210 608