A coligação de esquerda composta por PS, BE, Livre e PAN oficializou esta segunda-feira no Tribunal Cível de Lisboa a candidatura à maior autarquia do país, revelando o nome dos candidatos à presidência das 24 juntas lisboetas. Entre os candidatos a liderar as freguesias, há dois independentes indicados pelo PS e três nomes do Livre, sendo que os restantes 19 candidatos são socialistas.

Além do PS, o Livre, que teve 10% nas últimas legislativas em Lisboa, é o único partido da coligação com direito a nomear candidatos à liderança de freguesias. Francisco Costa, assessor do partido na CML será o candidato à junta de Alvalade; Joana Alves Pereira, cabeça de lista do partido em Castelo Branco nas últimas legislativas, é a escolha para o Areeiro; e Laura Cassandra Silva terá o desafio de conquistar a junta de freguesia das Avenidas Novas à coligação liderada por Carlos Moedas

Nestas eleições autárquicas, o PS tem seis presidentes de juntas lisboetas que estão impedidos de se recandidatarem às respetivas freguesias por terem atingido o limite de mandatos. Na Misericórdia, Carla Almeida tentará garantir o lugar deixado por Carla Madeira. Em Alcântara, o candidato Mauro Santos tenta manter a freguesia sob influência socialista depois de três mandatos de Davide Amado. Miguel Coelho, presidente da junta de Santa Maria Maior terá Maria João Correia como candidata do PS à sua sucessão.

O mesmo acontece na junta de Santa Clara, onde a candidata é Carla Castro; em São Vicente, André Bevetti foi o escolhido pela coligação de esquerda; e nos Olivais, onde o nome apontado para suceder a Rute Lima foi Iara Ferreira. Na junta da Penha de França, a candidata à sucessão da socialista Sofia Oliveira Dias é Elisa Madureira.

Por outro lado, existem também três juntas com presidentes da coligação liderada por Carlos Moedas que não poderão recandidatar-se, abrindo espaço a disputas entre PS e PSD sem que nenhum apresente um presidente em funções como candidato. Para disputar o lugar que foi ocupado nos últimos três mandatos por Luís Newton, na Estrela, o PS escolheu Luís Silva Monteiro, atual membro da assembleia da mesma freguesia.

Em Belém, Fernanda Costa é a candidata que procura assumir o lugar atualmente ocupado por Fernando Ribeiro Rosa (PSD) e, em Santo António, Lucas Manarte visa ser o sucessor de Vasco Morgado (PSD). Em Carnide, a única junta que não foi ganha por PS ou PSD, a deputada municipal Daniela Serralha (independente) é a aposta da coligação Viver Lisboa para ficar com o lugar de Fábio Sousa (PCP).

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Para recuperar a junta de Arroios, perdida em 2021, o PS apresenta outro independente, o antigo diretor do Liceu Camões João Jaime Pires. No Lumiar, para impedir a reeleição do independente Ricardo Mexia, a coligação de esquerda propõe o socialista Tito Bastos. Por sua vez, João Correia foi o escolhido para disputar a presidência da junta do Parque das Nações com o atual autarca indicado pelo CDS, Carlos Ardisson. O mesmo acontece com Gonçalo Lopes (PS) que tenta impedir o independente José da Câmara de continuar à frente da freguesia de São Domingos de Benfica.

Finalmente, há ainda cinco socialistas que se candidatam às freguesias que já lideram. Em Campo de Ourique, Hugo Vieira da Silva tenta ser eleito pela primeira vez, depois de ter assumido o cargo na sequência da demissão de Pedro Costa — que foi preterido por Alexandra Leitão na lista da coligação para a Câmara como noticiou o Observador. Além destes, tentam continuar à frente das respetivas freguesias Silvino Correia, no Beato, Ricardo Marques, em Benfica, Miguel Belo Marques, em Campolide, e António Videira, em Marvila.

Também foram confirmados esta segunda-feira os nomes dos candidatos à Câmara lisboeta. A candidata à presidência da autarquia, Alexandra Leitão, contará com o antigo líder da concelhia de Lisboa do PS, Sérgio Cintra no segundo lugar da lista. Os dois outros socialistas em posição elegível são Carla Madeira (3º), que atingiu o limite de mandatos à frente da junta da Misericórdia, e Pedro Anastácio (4º), o único que atualmente é vereador municipal.

As quatro posições seguintes serão ocupadas por candidatos dos outros outros partidos da coligação. O Livre tem como candidatos Carlos Teixeira (5º) e Patrícia Robalo (7º), para o Bloco de Esquerda, será Carolina Serrão na sexta posição e, na oitava, o PAN apresenta o deputado municipal António Morgado Valente.

A Câmara do Funchal suspendeu um funcionário do departamento de Ambiente que foi detido por, alegadamente, transportar e traficar substâncias estupefacientes numa viatura municipal, disse esta segunda-feira fonte da autarquia.

“Foi instaurado um procedimento disciplinar e o funcionário está suspenso como medida cautelar preventiva”, indicou a mesma fonte à agência Lusa, escusando-se a prestar mais informações sobre este caso.

Em comunicado, o comando regional da Polícia de Segurança Pública (PSP) confirma que deteve na passada semana um homem no Funchal, no âmbito de um inquérito que investiga a prática de crimes de tráfico de estupefacientes, de peculato de uso e de abuso de poder. Esta autoridade policial refere que a investigação “durava há cerca de um ano, incidiu sobre um indivíduo que vendia o que se presume ser alfa-PHP e/ou alfa-PiHP (drogas sintéticas) a terceiros”.

A PSP indica ainda que executou “mandados de busca domiciliária e não domiciliária e de apreensão e de pesquisa e apreensão de dados e documentos informáticos, incluindo registos de comunicações eletrónicas”. Segundo a polícia, foram apreendidas “diversas doses de produto estupefaciente, dinheiro suspeito de resultar da venda de drogas, um telemóvel e várias armas proibidas”.

“Também foi apreendida a viatura utilizada pelo arguido, entretanto entregue ao respetivo titular”, acrescenta. Depois de ser ouvido em primeiro interrogatório judicial, o arguido ficou em liberdade e aguarda o resultado das perícias toxicológicas às substâncias apreendidas.

Entretanto, a coligação Confiança (liderada pelo PS), que é oposição no município funchalense liderado pelo PSD/CDS-PP, exigiu já, em comunicado, esclarecimentos urgentes sobre esta situação.

No documento, indica que “terão sido encontrados diversos tipos de droga e vários milhares de euros em numerário”, acrescentando que “relatos apontam ainda que a atividade criminosa alegada teria como um dos pontos de atuação ruas do centro histórico da cidade do Funchal”.

O PS anuncia ainda que, na próxima reunião de câmara, vai “exigir ao executivo municipal que esclareça publicamente” a confirmação desta ocorrência, qual o vínculo funcional e as funções desempenhadas pelo trabalhador em causa, se existem mais trabalhadores ou meios municipais envolvidos neste processo e quais as medidas preventivas e disciplinares adotadas.

O Governo português expressou “profundo pesar pelas vítimas da tempestade” que afetou esta segunda-feira de madrugada a ilha de São Vicente, em Cabo Verde, com registo de pelos menos sete mortos.

Numa publicação na rede social X, o Ministério dos Negócios Estrangeiros apresentou “condolências às famílias, ao povo irmão cabo-verdiano e às autoridades, manifestando todas as formas de solidariedade”.

O Governo português expressa profundo pesar pelas vítimas da tempestade que afetou a Ilha de São Vicente, em Cabo Verde. Apresenta condolências às famílias, ao povo irmão cabo-verdiano e às autoridades, manifestando todas as formas de solidariedade.

— Negócios Estrangeiros PT (@nestrangeiro_pt) August 11, 2025

Antes, o MNE disse à Lusa que não há registo de vítimas portuguesas e indicou que a embaixada na cidade da Praia está a acompanhar a situação em permanência em Cabo Verde, um destino turístico com muita procura por turistas portugueses.

A mesma fonte acrescentou que o escritório consular no Mindelo, na ilha de São Vicente, está encerrado esta segunda-feira, mas que reabre na terça-feira, sendo que o “número de contacto móvel permanece disponível”.

O Governo cabo-verdiano declarou estado de calamidade nas ilhas de São Vicente e Santo Antão.

O ministro da Administração Interna cabo-verdiano, Paulo Rocha, citado pela Rádio de Cabo Verde (RCV), alertou que ainda que o número de mortos pode aumentar, pois ainda há pessoas desaparecidas.

“A Câmara Municipal e o Governo têm de fazer o levantamento. Pode levar alguns dias. O primeiro passo é tentar localizar as pessoas desaparecidas e pôr todas a salvo, mas onde for necessário, faremos as intervenções”, acrescentou.

Já o presidente do Serviço Nacional de Proteção Civil e Bombeiros, Domingos Tavares, confirmou que as chuvas causaram graves danos em infraestruturas públicas, habitações e viaturas, além das vítimas mortais.

As operações no Aeroporto Internacional Cesária Évora, na ilha cabo-verdiana de São Vicente, estão condicionadas, anunciou a Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV).

Cerca de 700 jovens de todo o país são esperados na terça-feira, em Pombal, distrito de Leiria, para as comemorações nacionais do Dia Internacional da Juventude, anunciou esta segunda-feira a organização.

A iniciativa arranca ao meio-dia, no Parque Verde do Açude, para celebrar a ação local com impacto global, e é promovida pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) e Conselho Nacional de Juventude (CNJ) em articulação com a Federação Nacional das Associações Juvenis e Câmara de Pombal.

Segundo uma nota de imprensa do IPDJ, o programa “inclui experiências desportivas, criativas, momentos artísticos, contacto com instituições públicas, ações de cidadania ativa e partilhas intergeracionais”

“Ao longo do dia, a programação integra também uma forte componente musical”, com diversas atuações, como Capitão Fausto, refere o IPDJ.

Está também prevista uma sessão protocolar com a intervenção dos presidentes da autarquia e do CNJ, Pedro Pimpão e André Cardoso, respetivamente, assim como da ministra da Cultura, Juventude e Desporto, Margarida Balseiro Lopes.

“As comemorações contam ainda com a participação ativa de entidades públicas e privadas, instituições europeias, organizações da sociedade civil, forças militares e de segurança, estruturas culturais e associativas, que se associam ao IPDJ na construção de um dia plural, representativo e acessível”, adianta o instituto.

O IPDJ explica que, a nível nacional, dezenas de outras iniciativas decorrem este mês, “envolvendo autarquias, associações juvenis e outras”.

“Em paralelo, centenas de ofertas são disponibilizadas a jovens até aos 30 anos, com condições especiais ou acesso gratuito a museus, teatros, transportes públicos, espaços desportivos, equipamentos culturais e centros de ciência, como forma de garantir o acesso universal a experiências de participação, aprendizagem, mobilidade e fruição cultural”, acrescenta.

Na nota de imprensa, o IPDJ esclarece que o Dia Internacional da Juventude, assinalado anualmente em 12 de agosto, “é uma efeméride reconhecida pelas Nações Unidas desde 1999, tendo as suas origens em Lisboa, na primeira Conferência Mundial de Ministros Responsáveis pela Juventude, em 1998”.

“Mais do que um marco simbólico, esta data afirma-se como uma plataforma global para dar visibilidade à participação das juventudes e ao seu papel transformador na sociedade”, assinala o instituto.

Este ano, o tema definido pelas Nações Unidas é “Iniciativas locais dos jovens para os ODS e além”, para realçar a “importância das iniciativas lideradas por jovens nos seus territórios enquanto contributos concretos para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)”.

“Trata-se de reconhecer que os jovens não são apenas beneficiários do desenvolvimento, mas atores centrais da sua construção, promovendo soluções inovadoras, sustentáveis e profundamente enraizadas nas realidades locais”, salienta o IPDJ.

De acordo com a nota de imprensa, a celebração deste ano “coincide com o 30.º aniversário do Programa de Ação Mundial para a Juventude, um marco político internacional que reconhece os jovens como agentes essenciais na construção de sociedades mais justas, inclusivas e resilientes”.

Delegados de 184 países do mundo têm quatro dias para chegar a um acordo sobre o primeiro tratado global contra a poluição por plástico, incluindo no meio marinho, depois de uma semana inconclusiva de discussões.

A primeira semana de negociações da ONU em Genebra não produziu um texto, com os Estados a demonstrarem profundas divisões desde o início das discussões, há dois anos e meio, incluindo sobre o propósito e o âmbito do futuro tratado.

Na semana passada, grupos de trabalho reuniram-se para discutir temas técnicos que vão desde o design e produção de plástico a partir de hidrocarbonetos à gestão de resíduos, passando pelo financiamento da recolha de resíduos nos países em desenvolvimento ou por uma lista de moléculas e aditivos químicos que representam riscos ambientais e para a saúde.

As negociações são constantemente dificultadas por um conjunto de países, maioritariamente ricos em petróleo (Arábia Saudita, Kuwait, Rússia, Irão, Malásia, etc.), agrupados sob a alcunha de “países com ideias semelhantes”. Os Estados Unidos, tal como a Índia, também estão próximos deste movimento.

Em oposição, e sob o olhar de uma coligação de cientistas que acompanha os debates, há um grupo crescente — descrito como “ambicioso” — de países que querem medidas globais para regular a produção e conter os danos causados pelo plástico nos ecossistemas e até na saúde humana.

Este grupo exige, em particular, que o tratado inclua uma cláusula que preveja a redução da produção exponencial de plásticos, que deverá triplicar até 2060. Segundo os países, esta é a única solução para conter a poluição.

O grupo reúne os 27 países da União Europeia, muitos países latino-americanos e africanos, Austrália, Reino Unido, Suíça, Canadá e a maioria das nações insulares, que são sobrecarregadas pelos resíduos plásticos, especialmente provenientes do turismo.

“O tempo está a esgotar-se”, alertou este fim de semana Eirik Lindebjerg, consultor de políticas de plásticos da organização ambientalista WWF. “A maioria ambiciosa, que há muito se comprometeu a exigir um tratado forte, optou por deixar que um punhado de países bloqueie o processo. Esperar encontrar uma saída por consenso é uma ilusão”, disse Lindebjerg à AFP.

Segundo a WWF, mas também outras organizações não-governamentais, “a única solução possível para finalizar um texto dentro do prazo estipulado é recorrer à votação”. Caso contrário, “corremos o risco de ter um tratado vazio, sem regras ou proibições globais vinculativas”.

Sem se comprometer com uma votação, que violaria as regras de consenso da ONU, a comissária Europeia do Ambiente, Jessika Roswall, disse esperar que as negociações acelerem e apelou a todas as partes para que “sejam construtivas e orientadas para os resultados”.

“A quatro dias do fim das discussões, temos mais parênteses no texto do que plástico no mar. É tempo de obter resultados”, disse Jessika Roswall num breve comunicado divulgado à imprensa no domingo, quando se referia aos parágrafos sobre os quais os países ainda não chegaram a acordo.

Setenta ministros e cerca de trinta altos funcionários de governos, representando autoridades ambientais de cerca de cem países, são esperados em Genebra a partir de terça-feira para participar e talvez ajudar a quebrar o impasse no final das negociações.

As delegações de quase 200 países estão reunidas em Genebra, Suíça, desde 5 de agosto para tentar alcançar um acordo global vinculativo para travar a produção de plásticos e proteger a saúde humana e ambiental.

A reunião, denominada segunda parte da quinta sessão do Comité de Negociação Intergovernamental das Nações Unidas (INC-5.2), termina na quinta-feira.

Segundo a ONU, 17 milhões de barris de petróleo são usados para a produção de plástico todos os anos.

Por ano, são usados 500 mil milhões de sacos de plástico enquanto, por minuto, um milhão de garrafas de plástico são compradas.