Midnight Murder Club, é um dos novos shooters por equipas de maior destaque recente para a PS5. Num mercado saturado e competitivo, este jogo chega com a promessa de uma experiência multijogador intensa, focada na tática, na coordenação de equipa e na fluidez da jogabilidade. A sua proposta assenta na combinação de tiroteios rápidos com um sistema de classes e habilidades que exige mais do que apenas reflexos rápidos. A questão que se coloca é se o jogo consegue distinguir-se da concorrência e se o seu desempenho na PS5 (versão da nossa análise) o coloca como um candidato a algo que marque o seu espaço na plataforma.

No coração de Midnight Murder Club reside a sua jogabilidade, que é construída em torno da cooperação de equipa. O jogo apresenta um sistema de classes que procura adicionar profundidade estratégica, onde cada membro da equipa tem um papel específico a desempenhar, seja no ataque, na defesa ou no apoio. A jogabilidade é focada em objetivos, e as vitórias dependem da coordenação da equipa, o que exige comunicação constante entre os jogadores.

O modelo de shooter em FPS é básico e equilibrado, o que evita frustrações desnecessárias. A locomoção é fluída, embora se sinta o peso das personagens, com mecânicas de movimento que permitem uma navegação pensada nos mapas. Os modos de jogo são algo variados e incluem opções tanto para o jogador casual como para a comunidade competitiva. A combinação de um shooter sólido com um design de níveis positivo, mas demasiado simples. Um dos pontos que mais se destaca no jogo é o seu ambiente que recompensa a exploração dos cenários e a tática.

Em termos visuais e de performance, Midnight Murder Club beneficia do hardware da PS5, apresentando uma fidelidade gráfica que se alinha com o que se espera de um título low buget em 2025. Os modelos dos personagens e as texturas dos cenários são razoáveis, e a iluminação e os efeitos de partículas são competentes, especialmente durante os momentos mais caóticos de um tiroteio. A performance do jogo é sólida, mantendo uma taxa de fotogramas consistente, que é um requisito essencial para um shooter competitivo.

A opção de 60 FPS é estável, e a fluidez é crucial para a jogabilidade. O comando DualSense também é utilizado de forma a enriquecer a experiência, com o feedback háptico a dar uma sensação de peso a cada arma e os gatilhos adaptativos a permitirem uma experiência de tiro mais interessante. Os tempos de loading, graças ao SSD da consola, são muito rápidos, o que permite que as sessões se sucedam mais facilmente.

A aposta no jogo online e no conteúdo pós-lançamento é outro ponto a ter em conta. O jogo tem uma estrutura que se baseia em atualizações periódicas, com a introdução de novos mapas, armas e operadores que mantêm a experiência relevante. A estabilidade dos servidores é consistente, e o matchmaking procura colocar jogadores com um nível de habilidade similar uns contra os outros, o que contribui para a experiência mais justa. O modelo de monetização, que inclui um battle pass e itens cosméticos, não interfere com a progressão nem com o balanceamento do jogo, o que é um ponto importante para a sua longevidade, caso a comunidade acabe por crescer.

Por fim, há que falar do visual e do som, que não são nada por aí além. No geral, é tudo bastante simples e pouco detalhado e existem muitas texturas que deixam bastante a desejar. O som também não tem nada de relevante para adicionar e as vozes não são nada de especial. Pelo menos, pelo preço, conseguem convidar mais 4 amigos, ou seja, 5 pessoas podem jogar apenas com uma compra.

Em suma, Midnight Murder Club é uma proposta sólida que ainda tenta agarrar um pequeno espaço no género de FPS por equipas. A sua jogabilidade tática, a sua execução técnica na PS5 e a sua aposta no conteúdo regular são os seus pontos mais importantes, mas acaba por deixar bastante a desejar. O jogo cumpre com as suas promessas e oferece uma experiência que é consistente, mas não muito além disso. Para aqueles que procuram um jogo de equipa que exige mais do que apenas reflexos rápidos, este jogo é uma opção que podem ter em conta, mas que não oferece nada com impacto diferenciador.

Fã de jogos, filmes, anime e coisas do género. Jogo desde que me lembro e adoro RPG. Tenho uma grande colecção deles que tenciono acabar. Talvez um dia no lar da 3ª idade.

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