O pico das 14h, as 1000 pessoas na paragem e a rádio: retalhos de um dia inédito sem luz

E ainda um pedido invulgar dos taxistas, as filas na mercearia e os sacos de carvão. Eis o histórico 28 de Abril de 2025. Quando pensávamos que já tínhamos tido a nossa “dose” com 11 de Setembro, com COVID-19, com guerras… Afinal ainda havia mais. 28 de Abril de 2025, um dia que fica na História de Portugal e de Espanha. O dia do apagão. As imagens acima mostram um pouco do que foi este dia. Esta segunda-feira foi um dia inédito na Península Ibérica, que só não ficou literalmente às escuras porque a luz falhou a partir das 11h33

O papiro com a única palavra escrita por Cleópatra dava favores fiscais a um romano

Nas vitrinas do Museu Egípcio de Berlim encontra-se um frágil pedaço de papiro que não fala de romances turbulentos ou batalhas épicas, mas de algo mais mundano e revelador: impostos, negócios e possíveis acordos secretos com romanos poderosos. O chamado “Papiro de Cleópatra“, datado de 23 de fevereiro de 33 a.C., é um decreto real que isenta um cidadão romano do pagamento de taxas pela exportação de trigo egípcio e importação de vinho grego. Também lhe concede privilégios para os seus navios e animais de carga — um acordo excecional numa época em que o Egito e Roma oscilavam entre

Situação de crise energética prolonga-se até às 23h59 desta terça-feira. O que está em causa

Acompanhe aqui o nosso liveblog sobre o apagão em Portugal

A situação de crise energética, declarada pelo Governo na segunda-feira, vigora para o período compreendido entre as 11h30 horas do dia 28 de abril de 2025 e as 23h59 horas do dia 29 de abril de 2025, em todo o território de Portugal continental, de acordo com o comunicado publicado nesta terça-feira em Diário da República.

A declaração de situação de crise energética obriga a que sejam acautelados, a partir das 14h00 do dia 28 de abril de 2025, os níveis de combustível nos postos de abastecimento integrados na Rede Estratégica de Postos de Abastecimento (REPA), que é uma rede especial de postos de abastecimento destinada a assegurar o abastecimento de combustíveis às entidades que, por motivos sociais, económicos ou de segurança, são definidas como prioritárias.

A REPA integra:

a) Postos de abastecimento de combustível exclusivos, destinados unicamente a entidades prioritárias a que se refere o n.º 11, que funcionam ininterruptamente; e

b) Postos de abastecimento de combustível não exclusivos, destinados a entidades prioritárias e a veículos equiparados e que, supletivamente, podem abastecer o público em geral.

Esses postos de abastecimento de combustível exclusivos devem ser inequivocamente assinalados, diz o Conselho de Ministros. “Os postos de abastecimento de combustível não exclusivos ficam obrigados a reservar, para uso exclusivo das entidades prioritárias e veículos equiparados, e para cada tipo de combustível, pelo menos, uma unidade de abastecimento”, diz a declaração.

“Os postos de abastecimento de combustível referidos no número anterior ficam obrigados a reservar, para uso exclusivo das entidades prioritárias e veículos equiparados, uma quantidade de cada produto igual a:

  • 10.000 litros de gasóleo, ou 20 % da sua capacidade de armazenagem de gasóleo, no caso de essa capacidade de armazenagem ser inferior a 50 000 litros;
  • 4.000 litros de gasolina, ou a totalidade da capacidade de armazenagem se esta for inferior;
  • 2.000 litros de GPL-auto, ou 20 % da sua capacidade de armazenagem de GPL-auto, no caso de essa armazenagem ser inferior a 10 000 litros.

As entidades prioritárias são “as forças armadas e as forças e serviços de segurança (Guarda Nacional Republicana, Polícia de Segurança Pública, Polícia Judiciária, Serviço de Informações e Segurança, Autoridade Marítima Nacional e os órgãos do Sistema da Autoridade Aeronáutica); os serviços e agentes de proteção civil, os serviços prisionais e as infraestruturas de justiça (Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça); os serviços de emergência médica, hospitais e unidades de saúde, e serviços de transporte de medicamentos e dispositivos médicos; as entidades públicas ou privadas que prestam serviços públicos essenciais na área da energia, comunicações eletrónicas, serviços postais, água para consumo humano, águas residuais, recolha de resíduos e limpeza urbana, transporte público de passageiros, publicação do jornal oficial, atividade de navegação aérea e transporte de reagentes e lamas; e as entidades do sistema científico e tecnológico nacional em serviços que careçam de abastecimento vital”.

São, também, equiparados a entidades prioritárias os “veículos de entidades públicas ou privadas destinados ao transporte de doentes e de órgãos, pessoas portadoras de deficiência, usando dístico legalmente exigido para o efeito; veículos de instituições particulares de solidariedade social destinados ao apoio domiciliário; veículos destinados ao transporte de leite em natureza e de produtos agrícolas em fase crítica de colheita; veículos funerários; veículos destinados ao transporte de valores; veículos das entidades concessionárias de autoestradas destinados à segurança na via e dotados de avisadores luminosos especiais; veículos que prestem serviços de piquete, de pronto-socorro, reboques e camiões-guindaste e dotados de avisadores luminosos especiais; veículos que assegurem o transporte de mercadorias perigosas e que apresentem um pictograma de perigo, aprovado pelo Regulamento n.º 1272/2008, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de dezembro de 2008, relativo à classificação, rotulagem e embalagem de substâncias e misturas; veículos que assegurem o abastecimento da grande distribuição alimentar.

“Outras entidades podem solicitar à Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI) a equiparação de certos veículos a veículos de entidades prioritárias, sendo o pedido validado, a título excecional e caso se encontre devidamente fundamentado com a satisfação de necessidades sociais básicas e impreteríveis, pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, no prazo máximo de 24 horas”, acrescenta a declaração de situação de crise energética.

Jürgen Klopp não ficou indiferente à homenagem do Liverpool: «Extremamente otimista para o futuro»

Treinador alemão, que deixou os reds no ano passado, recorreu às redes sociais depois de ter sido relembrado durante a festa do título

Depois de ter sido lembrado por todos durante a festa do título do Liverpool, Jürgen Klopp fez questão de deixar, esta segunda-feira, uma mensagem nas redes sociais a dar os parabéns aos reds, que orientou entre 2015 e o verão do ano passado.

“Super-grato pelo passado, super, super-contente pelo presente, extremamente otimista para o futuro. Parabéns! You’ll Never Walk Alone. Obrigado. Adoro-vos”, escreveu no Instagram o treinador alemão, de 57 anos, que atualmente desempenha o cargo de diretor geral de futebol da Red Bull.

Na mesma publicação, Klopp, que conquistou a Premier League em 2019/20, partilhou ainda uma das imagens mais marcantes da festa do título, onde os jogadores e equipa técnica aparecem perfilados com as bancadas ao fundo.

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Por André Santos

Como nos tornamos menos dependentes de eletricidade? Há alternativas — mas não valem a pena

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Leitão Amaro. “Há lições a extrair e avaliações a fazer”

O Governo diz que a situação é já de normalidade em todo o país.

Em entrevista à Renascença, o ministro da Presidência assegura que “ao nível da eletricidade, o país está ligado, todos os 6,4 milhões de consumidores estão alimentados de energia elétrica”, e também “no abastecimento de água, a situação é de normalidade”.

“Há uma recuperação global de normalidade, em termos também de Proteção Civil e de segurança. A noite foi tranquila”, acrescenta.

Já segue a Informação da Renascença no WhatsApp? É só clicar aqui

Confrontado sobre os reparos feitos em vários setores de que a proteção civil poderia ter enviado aos cidadãos uma mensagem, como é usual em situações de condições atmosféricas mais adversas, Leitão Amaro garante que essa mensagem foi enviada.

“Compreendo que houve vários utilizadores de telemóvel que não receberam”, diz o ministro, justificando com os “constrangimentos na rede”, porque a mensagem “é enviada por SMS e é enviada através de uma rede telefónica que não estava [operacional] em vários casos”.

O ministro da Presidência assinala que a mensagem rádio foi transmitida a partir dos primeiros 30 minutos, por ele próprio, em nome do Governo, incluindo na Renascença, com quem falou às 12 horas e poucos minutos.

“O Governo e as autoridades estiveram em contato, usando os vários meios disponíveis”, garante, apontando para uma avaliação mais tarde.

“O Conselho Ministro reunirá hoje outra vez; esteve reunido ontem, em permanência, a partir da uma da tarde, e os ministros mais envolvidos reunidos a partir do meio-dia e pouco, a acompanhar, coordenar e gerir a situação, com a ativação de todas as células de crise e gabinetes de coordenação, na proteção civil, no sistema de segurança interna, na direção do executivo do SNS, no fornecimento e abastecimento elétrico. Houve uma grande interação”, lembra.

Já sobre a forma como Portugal está interligado no abastecimento de energia e questionado se o Governo vai encontrar eventuais alternativas para evitar situações como a que aconteceu esta segunda-feira, o governante diz que “o que fazer com as interligações e com as nossas soluções de resiliência, que é muito mais o que está, aqui, em causa, quanto à possibilidade e à rapidez da resposta, será tudo objeto de discussão”.

“Há matérias de discussão e de respostas mais rápidas, outras de resposta mais duradoura, sabendo que este problema não teve origem em Portugal, teve origem, muito provavelmente, em Espanha, por causas que ainda estão a ser apuradas e que o Governo português está naturalmente empenhado em conseguir conhecer e apoiar e avaliar pelos portugueses”, explica.

Nestas declarações à Renascença, Leitão Amaro reitera que, neste momento, há uma situação de normalidade e estabilidade e que todas as entidades estão totalmente focadas e empenhadas em acompanhar a estabilização do sistema, admitindo que “há lições a extrair e avaliações a fazer e, seguramente, melhoramentos a fazer”.

“Da nossa parte, podemos dizer aos portugueses que, tal como estivemos totalmente empenhados para que, em primeiro lugar, não houvesse disrupção de serviços essenciais, essa foi grande probabilidade, a começar pelos hospitais, e houve, efetivamente, situações bastante polarizadas durante o dia que foi possível acudir e resolver, continuaremos empenhados em que, agora que estamos na fase da normalidade, garantir estabilidade, essa normalidade”, promete.

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O Governo do Brasil quer obrigar a tecnológica norte-americana Meta a tomar medidas contra anúncios que circulam nas plataformas Facebook e no Instagram que usam símbolos e marcas oficiais para perpetrar “golpes financeiros”.

A Advocacia-Geral da União (AGU) do Brasil afirmou, em comunicado divulgado na segunda-feira, que procura, através de uma ação civil pública, “coibir o uso indevido” da imagem do Governo federal e das autoridades nacionais em “anúncios fraudulentos publicados nas redes sociais Facebook e no Instagram”.

Um estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) identificou “pelo menos 1.770 anúncios fraudulentos” deste tipo publicados nas plataformas referidas com o objetivo de aplicar “golpes financeiros” aos utilizadores.

Na opinião da AGU, órgão que representa judicialmente o Governo brasileiro, o sistema de verificação de anúncios da Meta é ineficiente, o que contraria os termos de utilização de ambas as redes sociais.

Neste sentido, a ação visa exigir à Meta o pagamento de uma compensação por ” danos morais coletivos pela violação das normas legais de proteção do consumidor contra a publicidade enganosa”.

A AGU sustenta que, “em sua imensa maioria”, os anúncios fraudulentos, alguns dos quais ainda estavam ativos no início de abril, eram “facilmente percetíveis” e, por isso, “deveriam ter sido identificadas se houvesse uma análise mais eficiente por parte da empresa”.

“Se houvesse o mínimo de zelo por parte da empresa ré em uma atividade que lhe gera significativas receitas, tais anúncios jamais poderiam ser publicados”, referiu a queixa.

Alguns dos anúncios promoviam programas governamentais reais ou fictícios, personificavam instituições públicas e privadas e até “manipulavam a imagem de lideranças políticas com inteligência artificial”.

O estudo da UFRJ indicou que a maioria destes anúncios promovia “um suposto direito a saque de valores pela população, prometendo a liberação do dinheiro mediante o pagamento de uma falsa taxa de serviço”.

“Os anunciantes exploraram indevidamente políticas públicas voltadas à inclusão financeira para aplicar golpes em cidadãos brasileiros por meio do impulsionamento de anúncios nas plataformas da Meta”, refere a ação.

Sobre a utilização de imagens de figuras públicas manipuladas por inteligência artificial, a AGU considera que a Meta tem capacidade técnica para “a adoção de medidas adicionais de deteção e prevenção”, como a própria empresa reconheceu, com base em medidas que estão a ser implementadas na União Europeia, no Reino Unido e na Coreia do Sul.

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