Afeganistão. Portugal oferece ajuda em ações internacionais de resgate após sismo

O Governo português lamentou esta segunda-feira as consequências do sismo que atingiu o Afeganistão no domingo, causando pelo menos 800 mortos e cerca de 2.700 feridos, e disponibilizou-se para ajudar as ações internacionais de resgate.

“O Governo português lamenta profundamente as consequências devastadoras do sismo no Afeganistão, que causou centenas de vítimas mortais e milhares de feridos”, avançou o Ministério dos Negócios Estrangeiros, numa mensagem publicada na rede social X.

“Portugal expressa solidariedade ao povo afegão e dispõe-se a apoiar as ações de salvamento da ONU e do Crescente Vermelho”, acrescenta o ministério liderado por Paulo Rangel.

O Afeganistão registou, na noite de domingo, um sismo de magnitude 6 na escala de Richter e várias réplicas, duas das quais de magnitude 5,2.

Os terramotos causaram mais de 800 mortos e cerca de 2.700 feridos, de acordo com o último balanço das autoridades locais, divulgado esta manhã.

O porta-voz do Governo afegão, Zabihullah Mujahid, indicou que só numa das províncias do país, Kunar, foram contabilizados 800 mortos e 2.500 feridos.

Centenas de casas ficaram destruídas, acrescentou o diretor de Informação e Cultura de Kunar, Ihsanullah Ihsan.

Lovers & Lollypops celebra 20 anos com festa nas Piscinas Municipais de Barcelos

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Barcelos acolhe a celebração dos 20 anos da Lovers & Lollypops, com atuações de Lobster, Cremalheira do Apocalipse, Hetta e outros nomes da cena musical portuguesa.

A Lovers & Lollypops cumpre duas décadas de existência e assinala o momento com uma festa nas Piscinas Municipais de Barcelos. Ao longo destes 20 anos, a música revelou-se apenas o ponto de partida. Para além do som, surgem encontros, atenção partilhada e a criação coletiva de experiências que ultrapassam o simples ouvir.

O percurso da editora e produtora desenvolveu-se através de diferentes formas de proximidade. As ligações geográficas ajudaram a consolidar a cena musical de Barcelos, contribuindo para eventos como o Milhões de Festa e o Tremor. As relações afetivas juntaram bandas, artistas e públicos ao longo de mais de uma centena de edições e do recente espaço no centro do Porto. As colaborações deram também origem a curadorias, concertos e projetos inesperados. Ao longo do tempo, a Lovers expandiu-se, envolvendo-se com novas comunidades e espaços que hoje fazem parte da sua identidade.

Ao celebrar os 20 anos, a intenção não é apenas olhar para o passado, mas também reunir quem tem acompanhado a trajetória e acolher novas presenças. A festa promete ser uma extensão desta história, reunindo vozes que marcaram o percurso e outras que se acrescentam à narrativa em curso.

O alinhamento musical começa com o regresso dos Lobster, protagonistas da era dourada do MySpace e de palcos emblemáticos do Milhões de Festa. Segue-se a Cremalheira do Apocalipse, coletivo de Rio Tinto que transforma o rock numa experiência sonora intensa. O programa inclui ainda os Hetta, quarteto do Montijo que mistura screamo, noise e pós-hardcore, e os La Família Gitana, jovens músicos de Cascais que exploram a tradição cigana com fusões contemporâneas. A DJ e ativista Luísa Cativo apresenta um set onde intensidade e inclusão se cruzam, enquanto a colaboração entre Violeta Azevedo, flautista experimental, e Ariyouok, artista luso-cabo-verdiano, cria atuações únicas que unem percussão tradicional e eletrónica.

A festa dos 20 anos da Lovers & Lollypops terá lugar no dia 13 de setembro, das 14h às 20h, nas Piscinas Municipais de Barcelos. Os bilhetes custam 20€ através da DICE.

Missão da União Europeia formou mais de 500 militares moçambicanos no primeiro ano

Mais de 500 militares moçambicanos foram formados desde 1 de setembro de 2024 pela Missão de Assistência Militar da União Europeia em Moçambique (EUMAM-MOZ), foi esta segunda-feira anunciado, no balanço do primeiro ano de atividade.

Em comunicado, a EUMAM-MOZ, que se seguiu à missão de treino no âmbito da parceria militar da União Europeia com Moçambique iniciada em 2021, refere ter implementado durante este primeiro ano de atividade 16 programas de capacitação de militares moçambicanos, “em estreita colaboração” com as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM).

As atividades envolveram mais de 500 militares moçambicanos e foram implementadas “numa abordagem integrada” com programas em áreas como comando e controlo, logística, formação de formadores para instrutores das Forças de Reação Rápida, reabastecimento e transportes, liderança, pedagogia militar, Cooperação Civil-Militar (CIMIC), comunicação estratégica e assessoria institucional ao Estado-Maior-General das FADM.

“Paralelamente, foram lançados programas essenciais para garantir a sustentabilidade logística dos meios disponibilizados no âmbito do European Peace Facility (EPF)”, acrescenta o comunicado da EUMAM-MOZ, missão que é liderada por Portugal.

Com 83 militares de 11 nacionalidades, a EUMAM-MOZ é comandada pelo brigadeiro-general Luís Barroso, que destacou, citado no comunicado, “o contributo de todos os elementos da missão e dos países que participam”, realçando ainda “a importância do trabalho realizado em conjunto com as FADM que já permitiu capacitar meio milhar de militares moçambicanos”.

Entretanto, o Governo português propôs ao Presidente da República a nomeação do comodoro César Manuel Pires Correia para comandante da EUMAM-MOZ, “com efeitos entre setembro de 2025 e setembro de 2026”, refere uma nota da reunião do Conselho de Ministros realizada a 28 de agosto.

A missão refere, no comunicado, que o chefe do Estado-Maior-General de Moçambique, general Júlio dos Santos Jane, numa mensagem dedicada ao primeiro aniversário, destacou o “impacto positivo” da EUMAM-MOZ e pediu “motivação para continuar a servir com o mesmo entusiasmo”.

“Parabéns à EUMAM-MOZ e que continuemos a trabalhar juntos para um futuro de paz e prosperidade, livre do terrorismo e outras ameaças à paz e progresso”, sublinhou o general Júlio dos Santos Jane.

A EUMAM-MOZ, cujo mandato atual é válido até junho de 2026, é uma missão não executiva que tem como objetivo assistir as FADM a desenvolver capacidades para assegurar que estas implementam e sustentam o ciclo de emprego operacional das Forças de Reação Rápida, “com respeito pelos Direitos Humanos e pelo Direito Internacional Humanitário”, recorda a missão.

A União Europeia anunciou em 2024 a adaptação dos objetivos estratégicos da anterior Missão de Formação Militar da UE em Moçambique (EUTM-MOZ), que transitou, a 1 de setembro do mesmo ano, do modelo de treino para um de assistência, passando, assim, a designar-se EUMAM-MOZ.

A EUTM-MOZ, que como a atual EUMAM-MOZ foi liderada por Portugal, formou em dois anos mais de 1.700 militares comandos e fuzileiros moçambicanos, que passaram a constituir 11 companhias de Forças de Reação Rápida (QRF, na sigla em inglês) e já combatem o terrorismo em Cabo Delgado, bem como uma centena de formadores.

A missão em Moçambique foi ainda financiada, através do Mecanismo Europeu para a Paz, para aquisição de todo o tipo de equipamento não letal para estas companhias de forças especiais.

Autárquicas. Candidato do PS à Câmara de Gaia propõe-se reduzir a taxa de IMI para o mínimo legal

O candidato do Partido Socialista à Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia propõe-se reduzir a Taxa de Imposto Municipal (IMI) para o mínimo legal e extinguir a taxa das rampas e da Proteção Civil.

No seu programa eleitoral, João Paulo Correia, ex-secretário de Estado da Juventude e do Desporto, apresenta como desígnio ter contas certas para investir no futuro do concelho do distrito do Porto.

Além da redução da taxa de IMI, o socialista quer ainda baixar a taxa de IRS, a dívida de médio e longo prazo e o prazo médio de pagamentos.

A habitação é uma área prioritária para o candidato do PS, que quer assegurar mais de 1.100 habitações até 2029 em regime de renda acessível, reabilitar 600 habitações do parque municipal e duplicar de 450 para 900 em dois anos o número de famílias apoiadas.

Na área da saúde assumiu como “desígnios maiores” para Gaia a segunda fase de requalificação do hospital, avaliada em cerca de 200 milhões de euros, e a sua elevação a hospital universitário.

Em matéria de cultura estão previstos, no programa do PS, novos auditórios, um museu de arte contemporânea e um centro de exposições e, no domínio ambiental, a construção de mais espaços verdes como o parque Urbano de Sermonde, o ecoparque do Atlântico e o parque de Santa Luzia.

Criticando o funcionamento dos autocarros da Unir, João Paulo Correia garantiu que, caso ganhe as eleições, irá pedir a substituição do operador e estender a gratuitidade do Andante a pessoas até aos 30 anos, pensionistas e reformados.

Na corrida à Câmara de Vila Nova de Gaia estão as candidaturas de André Araújo (CDU — coligação PCP/PEV), João Paulo Correia (PS), Luís Filipe Menezes (PSD/CDS-PP/IL), Daniel Gaio (Volt), João Martins (BE/Livre), Rui Sequeira (ADN), António Barbosa (Chega) e Catarina Costa (Partido Liberal Social).

O executivo municipal é composto por 11 vereadores, tendo o PS nove e o PSD dois. O PS também lidera a Assembleia Municipal com maioria.

As eleições autárquicas realizam-se em 12 de outubro.

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Perfumes ideais para cada ocasião: descubra as melhores opções na Douglas Portugal

Escolher um perfume é uma experiência quase tão pessoal quanto escolher uma peça de roupa especial. O aroma que usamos acompanha-nos silenciosamente, mas tem o poder de transmitir muito sobre nós sem que seja necessário dizer uma única palavra. Há fragrâncias que despertam confiança, outras que evocam romantismo e algumas que nos trazem uma sensação imediata de frescura e energia. Na Douglas Portugal, encontra-se uma coleção cuidada de perfumes que respondem a todos os gostos e estilos de vida, tornando cada momento inesquecível. Mais do que um simples acessório, o perfume é muitas vezes considerado a “assinatura invisível” de uma

Poêjo Torres. Envio de tropas para a Ucrânia é “uma possibilidade muito forte”

O envio de tropas para a Ucrânia “é uma possibilidade muito forte”, considera Manuel Poêjo Torres, especialista em assuntos internacionais, em declarações à Renascença. A análise surge depois de Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, ter admitido ao Financial Times a possibilidade de um envio de forças com apoio norte-americano.

“É a outra face da moeda, num momento muito delicado para a Europa. Ontem, em declarações à televisão francesa LCI, o chanceler Merz afirmou de forma inequívoca que a Alemanha está em estado de conflito com a Rússia”, sublinha o especialista.

Segundo Manuel Poêjo Torres, esta posição implica consequências imediatas: um estado de conflito obriga todos os outros aliados a apoiar o país que se sente ameaçado.

Neste momento, os Estados que se sentem ameaçados são a Polónia, a Alemanha, a França, o Reino Unido e, naturalmente, a Ucrânia.

Para o especialista, a lógica das alianças é clara: “um por todos e todos por um”. Assim, se Von der Leyen admitiu o envio de forças após um eventual cessar-fogo, “muito provavelmente é isso que vai acontecer”. “Resta saber se os Estados Unidos assumirão um papel de apoio ou de liderança”, lança.

A marcar as últimas horas estão também as declarações de Putin na Cimeira da Organização de Cooperação de Xangai a admitir que a cimeira com Donald Trump, no Alasca, abriu caminho para encontrar uma solução na Ucrânia. Ainda assim, o Presidente russo apontou as tentativas do Ocidente em arrastar a Ucrânia para a NATO são uma das causas da crise entre os dois países.

Putin admite que cimeira do Alasca abriu caminho para uma solução na Ucrânia

O especialista em assuntos internacionais destaca que Putin apresenta, nestes dois dias de conferência – que são o início das festividades para o aniversário dos 80 anos desde o fim da Segunda Guerra Mundial e da derrota dos japoneses na China -, “condições em que diz que, de facto, a sua guerra contra os ucranianos é uma guerra justa”. “E é uma guerra justa especialmente porque foi impulsionada pelas posições da NATO em querer absorver aquilo que é um espaço vital dos próprios russos”, diz.

Apesar da aparente abertura do Kremlin, Manuel Poêjo Torres é categórico: “Não haverá solução. Vladimir Putin, tal como a China, tenta vender uma ilusão de um mundo que conhecemos bem e no qual não nos deixamos enganar.”

O especialista sublinha que Moscovo e Pequim são liderados por regimes autoritários, que se perpetuam no poder durante décadas.

“Estamos a falar de líderes autocratas que se perpetuam no tempo e no espaço governativo durante décadas. E não estamos a falar de líderes democráticos, não estamos a falar de lideranças transparentes e, portanto, Vladimir Putin tem que garantir que consegue permanecer e sobreviver no seu território e no seu governo durante a ‘Ade Eternum’. Isto vai ter consequências brutais para a Ucrânia e para a Europa”, alerta.

Redações de todo o mundo protestam contra assassínio de jornalistas em Gaza

Mais de duas centenas de órgãos de comunicação de 50 países, entre os quais a agência Lusa e o jornal Público, bloqueiam esta segunda-feira as primeiras páginas e interrompem as transmissões, exigindo o fim do assassínio de jornalistas em Gaza e acesso ao enclave.

Organizada pela Repórteres Sem Fronteiras (RSF), pelo movimento de campanhas Avaaz e pela Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), a ação é apresentada como o primeiro “protesto editorial em grande escala” da história moderna coordenado em simultâneo por redações em todos os continentes.

“Jornais impressos terão capas inteiramente pretas com uma mensagem marcante. Emissoras de TV e rádio interromperão a programação com uma declaração conjunta. Portais “online” apagarão suas “homepages” ou exibirão “banners” em solidariedade”, refere a organização, em comunicado.

A Lusa manterá em manchete na sua página online durante todo o dia uma fotografia da guerra em Gaza com as palavras do diretor geral da RSF: “Ao ritmo em que jornalistas estão a ser mortos em Gaza pelas forças de defesa de Israel, em breve não haverá mais ninguém para manter o mundo informado”.

O número de jornalistas mortos em Gaza ultrapassa os 210 desde 07 de outubro de 2023, segundo dados da RSF, o que faz deste “o conflito mais letal para repórteres nos tempos modernos”.

A organização assinala que “Israel tem impedido a entrada de jornalistas estrangeiros em Gaza há quase dois anos, deixando apenas os jornalistas palestinianos para reportar sob fogo”.

Em declarações à Lusa, a diretora de informação da agência de notícias portuguesa afirma que esta “não podia ficar indiferente e junta-se assim a este protesto mundial”.

“Como jornalistas, não podemos assistir impávidos aos assassínios deliberados ou colaterais dos jornalistas que, enfrentando todos os riscos e ameaças, deslocações sistemáticas, fome e até a morte, testemunham e informam o mundo sobre o que se está a passar em Gaza. Na sua guerra contra este enclave, Israel também faz guerra ao jornalismo e ao direito a informar e de ser informado”, sustenta Luísa Meireles.

A agência aderiu à iniciativa “pelo jornalismo, pelo direito à informação, pela liberdade de expressão, pelo acesso dos meios de comunicação internacionais a Gaza” e “contra a guerra”, disse.

Contactado pela Lusa, o diretor do jornal Público, David Pontes, destaca ser “importante dar visibilidade à situação atroz a que têm sido sujeitos os camaradas de profissão em Gaza”.

“O eclipse da humanidade naquele território tem de ser reportado com urgência, sob pena de não conseguirmos reunir forças para parar o terror que vivem os civis palestinianos. É, da nossa parte, um gesto muito pequeno perante as mortes heróicas de tantos jornalistas, que têm de cessar. Cada um de nós tem obrigação de fazer algo para que isto pare”, referiu à Lusa.

Citado no comunicado, o diretor geral da RSF, Thibaut Bruttin, alerta que “não é apenas uma guerra contra Gaza, é uma guerra contra o próprio jornalismo. Jornalistas estão a ser mortos, alvo de ataques e difamados. Sem eles, quem vai falar da fome, quem vai denunciar crimes de guerra, quem vai expor genocídios”, questiona.

O diretor de campanhas da Avaaz, Andrew Legon, diz que “Gaza se está a transformar num cemitério de jornalistas” porque “o governo de extrema-direita de Israel está a tentar concluir o massacre no escuro, sem o escrutínio da imprensa”.

“Se as últimas testemunhas forem silenciadas, as mortes não cessarão – apenas deixarão de ser vistas. É por isso que estamos unidos hoje: Não podemos e não vamos permitir que isso aconteça”, afirma.

Por sua vez, o secretário-geral da FIJ lembra que os jornalistas mortos “arriscaram tudo para contar a verdade ao mundo e pagaram com a vida. O direito do público à informação foi profundamente prejudicado por esta guerra. Exigimos justiça e uma convenção internacional da ONU sobre a segurança e a independência dos jornalistas”, diz Anthony Bellanger.

Os ataques mais recentes contra jornalistas em Gaza ocorreram em 25 de agosto, quando forças israelitas bombardearam o complexo médico al-Nasser — um conhecido ponto de encontro de repórteres – matando cinco jornalistas. Duas semanas antes, outros seis jornalistas foram mortos num único ataque.

Deficientes e cuidadores informais estão a perder apoios. Segurança Social não explica o que mudou

A Segurança Social passou a incluir os subsídios de apoio como rendimentos declarados, apesar de não ter havido qualquer mudança na lei. A Associação Nacional de Cuidadores Informais (ANCI) e o Movimento Cidadão Diferente (MCD) têm recebido centenas de queixas de famílias que afirmam estar a perder apoios sociais. Em causa está a nova inclusão, pela Segurança Social, de prestações como o subsídio de apoio ao cuidador informal, o complemento por dependência e até contribuições do seguro social voluntário como rendimentos declarados, apesar de a lei não ter sido alterada. De acordo com os relatos, esta interpretação está a afetar

Tribunal decreta serviços mínimos para a greve dos trabalhadores da Menzies

O Tribunal Arbitral do Conselho Arbitral do Conselho Económico e Social decretou serviços mínimos, nos aeroportos, para a greve convocada por dois sindicatos que representam trabalhadores da Menzies (antiga Groundforce) entre 3 de setembro e 2 de janeiro.

De acordo com os jornais Público e Eco, a decisão impõe a realização de 100% dos voos no continente e ilhas e 35% nos voos internacionais.

A paralisação convocada pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA) e pelo Sindicato dos Transportes (STA) abrange vários períodos entre as 00:00 dia 03 de setembro (próxima quarta-feira) e as 24:00 do dia 02 de janeiro, num total de 76 dias.

O acórdão de sexta-feira, aprovado por unanimidade, determina “a realização de todos os serviços de assistência em escala, para cada um dos dias de greve durante todo o período de greve decretado pelo SIMA e ST aos voos diários realizados pelas companhias aéreas assistidas pela SPdH [designação societária da Menzies Portugal], assegurando-se 100% dos serviços de e para o Continente e Regiões Autónomas e 35% dos restantes destinos”.

No acórdão, citado pelos jornais, é destacado “o caráter prolongado da greve no tempo, incidindo sobre quatro meses, ocupando os dias em torno dos fins de semana, o que suscita dificuldades acrescidas pela natureza do transporte aéreo nessa altura da semana e incluindo ainda três períodos de greve com duração superior a seis dias consecutivos, destacando-se os 15 dias consecutivos de greve durante a época do Natal e do Ano Novo”.

“Impõe-se fazer uma ponderação de bens, avaliando da relevância da proteção dos direitos e interesses em presença, na certeza de que o legislador constitucional, na delimitação do direito à greve, não configurou este direito fundamental dos trabalhadores como um direito irrestrito, sendo a definição de serviços mínimos uma limitação ao seu exercício”.

O ST decretou um pré-aviso de greve, acusando a SPdH/Menzies e a administração da TAP de continuarem a “ignorar os reais problemas dos trabalhadores sujeitando-os a salários de miséria, não pagando componentes remuneratórias em divida”.

O SIMA anunciou, a meio do mês de agosto, a marcação das novas greves de trabalhadores da empresa responsável pelos serviços de assistência em escala, em períodos alternados entre 03 de setembro e 02 de janeiro de 2026, incluindo fins de semana prolongados e datas de elevado movimento, como o Natal e o Ano Novo.

Entre as reivindicações, o sindicato exige o fim de ordenados base abaixo do salário mínimo nacional, o pagamento das horas noturnas, a manutenção de direitos como o acesso ao estacionamento e o cumprimento do memorando de entendimento anteriormente assinado.

Este novo pré-aviso do SIMA surge depois das greves realizadas em julho e agosto e da suspensão de paralisações previstas para finais de agosto, na sequência de contactos no Ministério do Trabalho.

A Menzies, por seu lado, garantiu que o cancelamento das últimas greves “não foi o resultado de qualquer acordo, negociação ou concessão”, assegurando que a sua posição “se mantém inalterada” e que não houve alterações aos compromissos assumidos até 2029.

A primeira greve irá realizar-se a partir das 00:00 do dia 03 de setembro até às 24:00 de 09 de setembro, seguindo-se depois nova paralisação de 12 a 15 de setembro, de 19 a 22 de setembro e de 26 a 28 de setembro.

Em outubro, estão agendadas paralisações de 03 a 06, de 10 a 13, de 17 a 20, de 24 a 27 e de 31 a 03 de novembro. Seguir-se-ão mais paragens de 07 a 10 de novembro, de 14 a 17 de novembro, de 21 a 24 de novembro, de 28 a 01 de dezembro, de 05 a 08 de dezembro e de 12 a 15 de dezembro.

A última está prevista de 19 de dezembro a 02 de janeiro de 2026.

ADN antigo resolve mistério da Praga de Justiniano, a primeira pandemia da História

Um novo estudo encontrou evidência genética direta que aponta para a causa da devastadora “Praga de Justiniano”, descrita pela primeira vez há quase 1.500 anos. Uma equipa de investigadores descobriu as primeiras provas genómicas diretas da bactéria responsável pela Praga de Justiniano — a primeira pandemia registada no mundo — no Mediterrâneo Oriental, onde o surto foi descrito há quase 1.500 anos. A descoberta, liderada por uma equipa interdisciplinar da University of South Florida e da Florida Atlantic University, em colaboração com cientistas da Índia e da Austrália, identificou a Yersinia pestis, o microrganismo que causa a peste, numa vala

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