Juíza impede Administração Trump de deportar crianças guatemaltecas não acompanhadas

Uma juíza federal dos EUA impediu, neste domingo, a Administração Trump de deportar um grupo de crianças migrantes guatemaltecas que já estavam a bordo de aviões — e potencialmente várias centenas que se encontram em abrigos do Governo —, depois de os seus advogados terem apresentado um recurso de emergência antes do amanhecer.

A cena dramática lembrou outros recursos judiciais de última hora contra os esforços de deportação da era Trump.

Pouco depois da 1h da manhã deste domingo, o National Immigration Law Center, um grupo de defesa dos imigrantes, apresentou uma moção de emergência ao Tribunal Distrital dos EUA em Washington, D.C. para impedir a deportação de dez crianças migrantes desacompanhadas para a Guatemala.

Numa audiência rara durante um fim-de-semana prolongado (nesta segunda-feira, assinala-se nos EUA o Dia do Trabalhador), a juíza distrital Sparkle Sooknanan, que disse ter sido acordada às 2h35 e alertada sobre o caso, emitiu uma ordem de restrição temporária que suspende a deportação das crianças, com idades entre 10 e 17 anos, por 14 dias.

Sooknanan ampliou a ordem para incluir quaisquer menores guatemaltecos desacompanhados sob a custódia do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (HHS, na sigla original). A denúncia afirmava que esse grupo poderia chegar a centenas de crianças.

Sooknanan disse aos advogados do Governo que confirmassem até à tarde deste domingo que as crianças tinham sido retiradas dos aviões. Mas, já à noite, a juíza disse que o Governo não tinha feito isso e ordenou que explicasse por que havia falhado o prazo.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, republicano, lançou uma ofensiva contra a imigração após regressar à Casa Branca em Janeiro, incluindo um esforço para localizar e deportar crianças migrantes desacompanhadas. A sua Administração chegou a um acordo com a Guatemala que permitiria que crianças desacompanhadas fossem enviadas de volta ao país, e planeava iniciar as deportações neste fim-de-semana, disseram um funcionário actual e dois ex-funcionários dos EUA à Reuters. Os planos foram noticiados pela primeira vez pela CNN na sexta-feira.

As crianças migrantes que chegam às fronteiras dos EUA sem pais ou responsáveis são classificadas como desacompanhadas e enviadas para abrigos administrados pelo Governo federal até que possam ser colocadas com um membro da família ou num lar adoptivo, um processo descrito na lei federal.

O Presidente da Guatemala, Bernardo Arevalo, disse em Julho que o seu Governo estava a trabalhar com os EUA para repatriar crianças desacompanhadas.

Durante a audiência de emergência deste domingo, Sooknanan pressionou o Departamento de Justiça para obter garantias de que as crianças guatemaltecas ainda não tinham sido deportadas. “Estamos aqui para tentar descobrir o mais rápido possível o que está a acontecer”, disse Sooknanan, nomeada pelo antecessor democrata de Trump, Joe Biden.

O advogado do Departamento de Justiça, Drew Ensign, disse que nenhuma criança tinha sido retirada do país, mas que algumas tinham embarcado em aviões. Ensign disse acreditar que um avião pode ter levantado voo, mas que, após a ordem judicial, regressou.

Um advogado do Centro Nacional de Leis de Imigração, Efren Olivares, disse ao juiz que algumas crianças ainda pareciam estar a bordo de aviões em Harlingen e El Paso, no Texas. Ensign disse que elas seriam transferidas de volta para os abrigos.

Ensign disse que todos os pais ou responsáveis das crianças na Guatemala solicitaram o seu retorno através do Governo guatemalteco, embora Olivares tenha contestado essa declaração.

O vice-chefe de gabinete da Casa Branca, Stephen Miller, criticou Sooknanan por bloquear as deportações. “Todos os menores relataram que os seus pais estão de volta à Guatemala”, escreveu Miller no X. “Mas um juiz democrata está a recusar-se a deixá-los ir ter com os seus pais.”

O Departamento de Segurança Interna dos EUA, a agência responsável pelo ICE, e o HHS não responderam imediatamente aos pedidos de comentários. O Ministério das Relações Exteriores da Guatemala recusou-se a comentar.

“Violação clara”

Dentro do Escritório de Reassentamento de Refugiados do HHS, que cuida de crianças desacompanhadas até que elas possam ser colocadas com tutores nos EUA, surgiram sinais da nova iniciativa de deportação na semana passada.

Melissa Johnston, directora do programa para crianças desacompanhadas do HHS, enviou um e-mail aos funcionários proibindo a libertação nos EUA de crianças guatemaltecas sob custódia federal, excepto aquelas que têm pais ou tutores legais no país, de acordo com uma cópia analisada pela Reuters.

Na sua queixa no domingo, o Centro Nacional de Leis de Imigração e o Centro Young para os Direitos das Crianças Imigrantes afirmaram que as deportações seriam uma “violação clara das protecções inequívocas que o Congresso lhes concedeu como crianças vulneráveis”.

A queixa alega que, na Guatemala, as crianças “podem enfrentar abusos, negligência, perseguição ou mesmo tortura”.

Entre os queixosos há uma menina indígena guatemalteca de 10 anos cuja mãe morreu e que sofreu abusos e negligência por parte de outros cuidadores, lê-se na queixa. A menina estava detida num abrigo do governo dos EUA no Sul do Texas, de acordo com o mesmo texto.

Vários dos dez queixosos expressaram receio de regressar à Guatemala. As crianças têm estado em abrigos ou em lares adoptivos na Califórnia, Texas, Pensilvânia e Nova Iorque, diz a mesma queixa.


Reportagem de Ted Hesson, em Washington, e Kristina Cooke, em São Francisco; com Susan Heavey, em Washington, e Sofia Menchu, na Cidade da Guatemala

Cabo Verde recebe turbinas eólicas cinco vezes mais potentes que as atuais

“As turbinas atuais têm uma potência nominal de 850 kW, enquanto estas chegam aos 4.500. Estamos a falar de unidades cinco vezes mais potentes, capazes de produzir mais energia e garantir que a energia eólica represente até 30% da produção nacional”, disse à Lusa o diretor técnico da Cabeólica, Valdemar Lopes, no Porto da Praia, durante a retirada dos materiais do navio que atracou no sábado.

Após instaladas, estas turbinas serão as “estruturas mais altas do país”, com 105 metros até ao ‘hub’ e cerca de 180 metros até à ponta da pá, segundo o representante.

O projeto insere-se nas metas nacionais de transição energética para 2025/2026, que passam por elevar para pelo menos 30% a quota de renováveis na matriz elétrica e reduzir a dependência de combustíveis fósseis.

Até 2030, Cabo Verde pretende atingir 50% de energia renovável.

“Com esta expansão, o país torna-se menos dependente de fatores internacionais que não controlamos, garantindo maior sustentabilidade e segurança energética”, acrescentou.

Segundo o responsável, enquanto as turbinas existentes começam a gerar energia a partir de ventos de quatro metros por segundo, estas produzem já a partir de três, garantindo maior eficiência.

São também tecnologicamente mais avançadas, ajustando-se às complexidades das redes insulares.

As novas turbinas integram o projeto de expansão da Cabeólica, cujas componentes incluem pás, torres e naceles.

O transporte para o Parque Eólico de Santiago começa a 03 de setembro e deverá durar cerca de duas semanas.

“Tivemos de estudar todo o trajeto, desde o porto até ao Parque Eólico, ajustando o percurso por ruas da cidade, devido às pás de até 75 metros. É um desafio logístico, mas tudo está a decorrer conforme o cronograma”, afirmou Valdemar Lopes.

As operações de transporte vão atravessar zonas na cidade da Praia como Lém Ferreira, Achada Grande, aeroporto e São Francisco, com apoio de várias entidades, incluindo a Polícia Nacional, para minimizar impactos no trânsito.

Os equipamentos serão deslocados sobretudo fora das horas de ponta.

Empresas internacionais especializadas em logística e instalação de turbinas apoiam todo o processo.

A expansão vai permitir reduzir mais de 50.000 toneladas de dióxido de carbono (CO2) por ano chegando a 100.000 toneladas com a operação global da Cabeólica, além de reforçar a independência energética com turbinas e baterias e tornar a eletricidade mais competitiva.

“No mês de outubro esperamos produzir os primeiros quilowatts, com o comissionamento gradual de todo o projeto. Até ao final do ano, o sistema de armazenamento de energia em bateria também estará operativo, aumentando a capacidade de energia injetada e a estabilidade da rede”, adiantou ainda o diretor técnico.

Novo “balcão da nacionalidade” abre segunda-feira em Lisboa

O Instituto dos Registos e do Notariado (IRN) anunciou a abertura, na segunda-feira, 1 de setembro, de um novo “balcão da nacionalidade” no Parque das Nações, em Lisboa, para atendimento presencial.

Em comunicado, o IRN informa que o novo balcão “vai concentrar todo o atendimento presencial”, até agora prestado na Conservatória dos Registos Centrais, na Rua Rodrigo da Fonseca, e no Espaço Registos da Expo, em Lisboa.

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“Esta reorganização do atendimento presencial visa oferecer mais espaço, melhores instalações, maior comodidade no atendimento e maior acessibilidade, procurando elevar a qualidade do serviço prestado aos cidadãos”, sublinha a nota do IRN.

Segundo a informação divulgada, no novo balcão, o IRN “terá capacidade de dar resposta aos atendimentos presenciais (espontâneos e por agendamento)”.

Os cidadãos com atendimento já agendado para os locais anteriores estão a ser contactados pelo IRN para confirmação da data e informar da nova morada.

O novo balcão, na Alameda dos Oceanos, n.º 67-L, vai estar aberto entre as 09h00 e as 16h00, para atendimento por marcação e espontâneo, e até às 19h00 apenas para atendimento por agendamento.

O IRN continua a aconselhar, no entanto, a utilização dos canais não presenciais, nomeadamente o correio, com os cidadãos a poderem enviar o requerimento de nacionalidade e respetivos documentos por correio postal para um balcão da nacionalidade.

Também está disponível o canal online no portal justica.gov.pt, “que permite a submissão de todas as tipologias de pedido de nacionalidade e respetivos documentos”.

Este serviço online “é exclusivo e obrigatório para os mandatários (advogados e solicitadores inscritos nas respetivas Ordens em Portugal) que representam cidadãos estrangeiros no pedido de nacionalidade”, informa o comunicado do IRN.

Este novo balcão será visitado na segunda-feira, às 14:30, pela secretária de Estado da Justiça, Ana Luísa Machado.

Rudolph Giuliani hospitalizado após acidente de viação. Antigo autarca de Nova Iorque tem vértebra partida

O antigo autarca de Nova Iorque e advogado de Donald Trump, Rudolph Giuliane, envolveu-se num acidente de viação na noite de sábado, 30 de agosto, em New Hampshire, e foi hospitalizado com uma vértebra partida, de acordo com um comunicado divulgado nas redes sociais pelo seu responsável de segurança, Michael Ragusa. “Apesar de ferido, está de bom humor e a recuperar bem“, afirma Ragusa.

A viatura de Giuliane terá sido atingida por outro carro, por trás, em alta velocidade, disse o responsável de segurança. “Ele foi transportado para um hospital próximo especializado em trauma, onde foi diagnosticado com uma vértebra torácica partida, múltiplas lacerações e contusões, assim como ferimentos no braço esquerdo e parte de baixo das pernas. O seu sócio e médico foi contatado rapidamente e chegou ao hospital para prestar os cuidados necessários.”

Antes do acidente, o antigo autarca de Nova Iorque terá parado para ajudar uma vítima de violência doméstica. “Giuliane prestou assistência imediata e ligou para o 911, permanecendo no local até à chegada dos agentes que poderiam garantir a segurança da mulher”, afirmou Michael Ragusa.

Entretanto, diante das especulações de que o ato poderia ter sido intencional, o responsável de segurança esclareceu que “este não foi um ataque premeditado” e que Giuliane “estava num carro alugado, ninguém sabia que era ele”. “Pedimos respeito à privacidade e recuperação de Giuliane, e que parem de espalhar teorias da conspiração infundadas”.

A polícia do estado de New Hampshire confirmou que os agentes estavam a investigar uma denúncia de violência doméstica quando viu o acidente a acontecer do lado oposto da autoestrada, escreve a BBC. “Como resultado da colisão, os dois veículos invadiram o separador central e ficaram bastante danificados”, disse a polícia, que identificou o condutor que terá embatido contra o carro de Giuliane. Entretanto nenhuma acusação foi feita e a investigação continua.

Quase 300 casos de violência doméstica registados pela PSP numa semana

A PSP registou 297 casos de violência doméstica em todo o país na última semana, tendo sido detidos cinco suspeitos da prática daquele crime, divulgou aquela força de segurança este sábado.

Este dado é sublinhado no balanço da atividade operacional da Polícia de Segurança Pública (PSP) entre 23 e 29 de agosto, semana em que um caso de violência doméstica ocorrido no Machico, ilha da Madeira, ganhou dimensão, devido à divulgação das imagens das agressões, captadas por câmaras de vigilância.

O suspeito destas agressões, de 35 anos, ficou em prisão preventiva após ter sido presente a primeiro interrogatório judicial.

As imagens das agressões, que aconteceram na presença do filho da vítima e do agressor, de 9 anos, foram captadas por câmaras de videovigilância na casa da vítima e amplamente difundidas nas redes sociais.

Este caso levou mesmo a secretária regional da Inclusão, Juventude e Trabalho, Paula Margarido, a manifestar-se “profundamente chocada”, assegurando que estavam a ser adotadas “todas as diligências necessárias para garantir a proteção e o acompanhamento da vítima e do respetivo agregado familiar”.

Entretanto, no balanço da atividade semanal, a PSP destaca também 251 detenções por crimes rodoviários, 42 por crimes contra a propriedade (furtos, roubos e burlas), 11 por imigração ilegal e 49 por tráfico de estupefacientes, tendo sido apreendidas 5.150 doses individuais de droga.

Paulo Raimundo diz que Montenegro brindou país com “promessas e ilusões”

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, considerou este domingo que o líder do PSD e primeiro-ministro brindou o país com uma intervenção marcada por promessas e ilusões, ao anunciar um conjunto de medidas para a habitação acessível.

“Fomos brindados com uma intervenção ainda com alguma dimensão, marcada por aquilo que tem sido marcado este Governo”, ou seja “promessas, ilusões [e] fora da realidade das dificuldades” da população, afirmou Paulo Raimundo em declarações à agência Lusa, à margem da visita à Feira de Agosto, em Grândola, no distrito de Setúbal.

Questionado pela Lusa sobre as medidas apresentadas por Luís Montenegro para aumentar a habitação acessível e dar maior uso do património do Estado, Paulo Raimundo disse não ter ilusões.

E recordou “aqueles apelos à juventude, aquela preocupação com a juventude e depois escondeu aquilo que quer para a juventude que é alterar o pacote laboral para intensificar mais a precariedade, para apertar mais os salários, flexibilizar ainda mais as horas de trabalho, o tempo de trabalho, para despedir mais facilmente”.

Sobre a intervenção de Luís Montenegro na sessão de encerramento da 21.ª edição da Universidade de Verão do PSD, que hoje terminou em Castelo de Vide (Portalegre), Paulo Raimundo disse, em tom irónico, que “quase [foi] levado pela emoção que o primeiro-ministro transmitiu” ao falar sobre as residências universitárias e da falta de camas para os alunos.

“Podia ter aproveitado aquele momento e aquela emoção e lagrimazinha no olho para explicar por que é que estava uma coisa encaminhada em Évora a partir de um edifício militar, pronto para ser adaptado para servir os estudantes e [que] parou”, afirmou.

Ou, prosseguiu, “porque é que há dez anos, estamos há espera no edifício do antigo Ministério da Educação, na Avenida 5 de Outubro, em Lisboa, que dava para centenas de camas, que ía ser supostamente transformado em residência universitária até hoje não foi constituído”.

“Se a preocupação era tanta e legítima com as questões da habitação, o primeiro-ministro podia ter dito que perante este drama temos de tomar medidas imediatas, dentro do que é possível, e anunciar, por exemplo, a suspensão do aumento das rendas que se vai colocar já em janeiro do próximo ano”, argumentou.

Já em relação ao Orçamento de Estado (OE), o secretário-geral do PCP realçou as palavras de Luís Montenegro que, na intervenção de hoje, disse que “é um instrumento da sua própria política e que tem de ser um instrumento para dar continuidade, acentuar e acelerar a política deste Governo”.

“Uma política de desmantelamento do Serviço Nacional de Saúde, do aumento do custo de vida, do pacote laboral com as medidas que estão em cima da mesa, uma política que fala em nome das necessidades da habitação, mas depois aquilo que desenvolve são ideias que favorecem aqueles que nos trouxeram até aqui: os fundos imobiliários e a banca”, criticou.

E insistiu na ideia de que “ninguém vai ao engano” às reuniões que se iniciam na próxima semana com os partidos para discutir o OE.

“Ninguém vai ao engano quando lá for conversar com o Governo e vamos lá ver quem vai acompanhar o Governo nesta aventura desastrosa, com uma política desastrosa para o país e para a vida de cada um de nós”, afirmou.

Da parte do PCP, o Governo pode esperar um “firme combate dentro das forças que tem e aquelas que vai ter de criar ainda mais”, garantiu.

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Chega quer que Orçamento de Estado para 2026 reflita “mudança de espírito de política de habitação”

O líder do partido Chega, André Ventura, disse este domingo que quer um Orçamento do Estado para 2026 que “reflita uma mudança de espírito de política de habitação” e propôs algumas medidas.

Numa mensagem vídeo enviada às redações, em reação a uma série de medidas anunciadas este domingo pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, o líder do Chega pediu investimento “de habitação pública para a classe média que está com dificuldades” e o aumento das deduções fiscais das despesas com habitação.

“Precisamos de ajudar as pessoas para que as despesas que tenham com habitação possam deduzir mais no IRS. Aquilo que têm hoje para deduzir são migalha, quando a despesa das famílias na habitação é uma brutalidade”, disse.

No encerramento da Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide (Portalegre), Luís Montenegro disse que o Governo quer dar “um novo impulso à habitação”, porque o desafio na área “é gigante, mas tem que ser ultrapassado e vencido”.

Montenegro anunciou que na próxima quinta-feira vai ser assinada, com o Banco Europeu de Investimento (BEI), uma linha de crédito de mais 1.300 milhões de euros para o domínio da habitação acessível.

O Governo quer ainda criar uma ficha única digital que congregará, para já, “todos os documentos certificados do imóvel” e ainda transferir para a empresa que gere o imobiliário do Estado, a Estamo, o património do Estado que não tenha justificação de uso pelas entidades públicas.

André Ventura concordou com algumas das medidas anunciadas por Montenegro, nomeadamente sobre a redução de burocracia, mas considerou que ainda “são absolutamente insuficientes”.

“Vamos insistir para que o Orçamento do Estado para 2026 reflita uma mudança de espírito de política de habitação”, disse Ventura.

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Rudy Giuliani hospitalizado com vários ferimentos após acidente na autoestrada

Rudy Giuliani, antigo presidente da Câmara de Nova Iorque e aliado de Donald Trump, sofreu um acidente de automóvel na noite de sábado e está hospitalizado.

O político republicano sofreu várias lesões, incluindo uma fratura na coluna, informou este domingo Michael Ragusa, que se identificou como chefe de segurança de Giuliani.

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Rudy Giuliani foi transportado para um hospital, onde foi diagnosticado com uma “fratura na vértebra torácica, múltiplas lacerações e contusões, além de ferimentos no braço esquerdo e na perna esquerda”, revelou Michael Ragusa.

A viatura onde seguia o antigo “mayor” de Nova Iorque foi abalroada por trás na autoestrada, num acidente que aconteceu a “alta velocidade”, indicou Michael Ragusa, numa publicação na rede social X que foi partilhada pela conta oficial de Giuliani.

Contactado pela NBC News, o chefe de segurança garante que Giuliani está “alerta e consciente” apesar do acidente grave, e “bem disposto”.

Giuliani, de 81 anos, tem estado envolvido em diversos processos legais nos últimos anos, mas continua a participar em eventos políticos e públicos. Não se sabe ainda se as lesões irão afetar a sua agenda.

Sébastien Ogier vence Rali do Paraguai em prova marcada por reviravoltas

O francês Sébastien Ogier (Toyota Yaris) venceu este domingo o Rali do Paraguai, 10.ª prova do Campeonato do Mundo, depois de um fim de semana marcado por sucessivos contratempos e por um desfecho carregado de emoção.

Ogier assumiu o comando no sábado, quando o seu colega de equipa Kalle Rovanperä (Toyota Yaris) sofreu um furo na penúltima especial, e nunca mais largou a liderança.

Apesar de enfrentar chuva intensa na ‘power stage’ de hoje, já depois de a maioria dos rivais ter rodado em seco, o francês manteve o primeiro lugar e selou a quarta vitória da temporada, reforçando a candidatura ao nono título mundial.

O piloto da Toyota concluiu a prova com 26,2 segundos de vantagem sobre o galês Elfyn Evans (Toyota Yaris), que recuperou até ao segundo posto no derradeiro troço, aproveitando a quebra de Adrien Fourmaux (Hyundai i20), que caiu para quarto.

O belga Thierry Neuville (Hyundai i20) fechou o pódio, apenas a 27,2 segundos de Ogier.

Ott Tänak (Hyundai i20), que chegou a lutar pelo segundo lugar, voltou a sofrer problemas mecânicos no último dia e terminou em quinto, enquanto Rovanperä, depois do furo de sábado, limitou danos e acabou em sexto, a mais de dois minutos.

O finlandês, porém, conseguiu resgatar pontos importantes ao ser segundo classificado quer no ‘super domingo’ quer na ‘power stage’.

Apesar de estar na frente, Ogier não deixou de reconhecer o elemento da sorte com que teve de lidar, especialmente num dos troços decisivos, onde foi o único piloto a ser surpreendido pela chuva. ”

“Fui o único que apanhou aquelas chuvas fortes durante a especial, é assim mesmo, que azar. Mas não interessa, o que interessa foi ter conseguido esta importante vitória”, disse o experiente piloto.

No WRC2, vitória do sueco Oliver Solberg (Toyota Yaris Rally2), que deixou o francês Yohan Rossel (Citroën C3) a 22,5 segundos. O estónio Robert Virves (Skoda Fabia) perdeu tempo com um furo na penúltima especial e caiu para quinto, dando lugar ao russo Nikolay Gryazin (Skoda Fabia) no terceiro lugar.

Nas contas gerais do WRC, Evans mantém-se na liderança do campeonato, agora com nove pontos de vantagem sobre Ogier. Rovanperä é terceiro, a mesma distância do francês, enquanto Tänak perdeu terreno e está a 20 pontos do topo. Neuville, apesar do pódio, segue a 48 pontos do primeiro lugar.

Na classificação de construtores, a Toyota consolidou a supremacia e dispõe agora de 100 pontos de vantagem sobre a Hyundai, ficando com o título a um passo de ser matematicamente assegurado.

O Mundial prossegue dentro de duas semanas, com o Rali do Chile, a 11.ª prova da temporada.

Fabricado na Autoeuropa, novo VW T-Roc tem mais 12 cm e mais mala

A Volkswagen revelou a 2.ª geração do T-Roc, durante muitos meses o modelo mais vendido da marca germânica e particularmente importante para nós, os portugueses, uma vez que é produzido exclusivamente na fábrica da Autoeuropa, em Palmela. Além de ser maior e mais habitável, alinhando pela concorrência mais recente, o novo T-Roc recorre a mais argumentos, de forma a continuar a ser o modelo mais vendido da VW na Europa e não só.

O que salta à vista é a nova estética do pequeno SUV, que alinha na perfeição com os mais recentes modelos da marca, com uma frente mais esguia e aerodinâmica. Mas o mais importante é que o novo T-Roc se adapta à nova realidade do mercado, em que os modelos crescem de uma geração para a outra, ao anunciar um comprimento de 4,35 m, ou seja, mais 12 cm do que a 1.ª geração. Este incremento é ainda mais interessante, uma vez que permite tornar o habitáculo mais espaçoso e a mala mais generosa.

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Concebido sobre a plataforma MQB EVO, o T-Roc pode agora bater-se com os mais recentes adversários do segmento. A mala, por exemplo, cresceu 30 litros, atingindo agora 475 litros, um valor mais que aceitável para esta classe de veículos. A evolução do espaço para as pernas e ombros dentro do habitáculo não foi anunciada e muito menos avaliada por entidades independentes, mas espera-se que se em largura o T-Roc evolua, mas não muito, já o mesmo não aconteça em comprimento, permitindo que quem se senta atrás usufrua de mais espaço para pernas.

Mas é provável que a evolução mais importante introduzida pelo novo T-Roc seja ao nível das mecânicas, com a adopção de motores electrificados. Finalmente, o T-Roc passará a oferecer motores híbridos ligeiros (mild hybrid ou mHEV) a 48V e híbridos convencionais (full hybrid ou HEV) para reduzir os consumos. A Volkswagen ainda não abriu completamente o jogo em relação às motorizações com que o T-Roc vai contar, mas isso não a impediu de anunciar que o SUV produzido em Portugal terá, pelo menos de início, duas motorizações híbridas mHEV, ambas a recorrer ao motor 1.5 eTSI, com 115 cv e 150 cv.

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A marca avança que, mais tarde, a gama será completada com motorizações HEV, bastante mais interessantes porque elevam a potência e reduzem o consumo de forma mais significativa, com a promessa de que estas unidades serão integralmente novas e concebidas para optimizar o rendimento. Existirá também uma mecânica mais potente destinada a equipar o T-Roc R, com esta versão mais desportiva a recorrer ao 2.0 TSI mHEV e ao sistema de tracção integral 4MOTION.

O construtor germânico anunciou o arranque das encomendas para o novo T-Roc a 28 de Agosto para os condutores alemães, com as primeiras unidades a chegarem em Novembro, desconhecendo-se de momento o calendário previsto para o nosso país. Ainda segundo a marca, na Alemanha, o T-Roc com o motor 1.5 eTSI com 115 cv é proposto por valores a partir de 30.845€.

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